I swear escrita por MylleC


Capítulo 3
Capitulo 2 - como se fosse minha âncora


Notas iniciais do capítulo

Eaeeee gente. No dia prometido, uffa kkkk queria agradecer a todos os comentários e incentivos, de verdade, me animaram muito. Tem recado nas notas finais pra quem le Unbreakable. Espero que gostem do capitulo,boa leitura!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/664616/chapter/3

E tudo que eu posso sentir é este momento

E tudo que eu posso respirar é sua vida

Porque mais cedo ou mais tarde isso acabará

E eu não quero sentir sua falta esta noite

E eu não quero que o mundo me veja

Porque não creio que eles entenderiam

Quando tudo estiver destruído

Eu só quero que você saiba quem eu sou

(Iris – Goo Goo Dolls)

Xxxxxxxxxxxxx

Dezoito anos antes

–Eu ganhei outra vez, Cheque-mate. – Felicity comemora mais uma vez, derrubando meu rei do tabuleiro e abrindo um sorriso vitorioso.

–Não vale! Já é a quinta vez seguida!

–Tudo é estratégia, Oliver. Você não pensa antes de mover as peças, tem que analisar todas as jogadas de seu oponente e descobrir como vencer.

–Está me ensinando a te vencer?

–Não, porque eu nunca uso a mesma jogada.

Bufo frustrado por ter perdido mais uma.

–Topa uma corrida até o lago?

Ela assente e rapidamente nos levantamos, deixando o tabuleiro ali mesmo e correndo entre as árvores. É claro que sou mais rápido do que ela e também tenho uma habilidade a mais para desviar com facilidade das árvores, já que faço aulas de luta, esgrima, natação e tudo o mais desde muito pequeno, por puro esporte. Minha mãe não deixava que ficássemos desocupados o dia todo, por isso colocou a mim e a Tommy em todas essas aulas ai. Fico imaginando o que ela fará com Thea quando ela ficar maior.

–Oiver, mais devagar.

–É uma corrida, Felicity. Se eu for devagar, você me passa.

–Essa é a intenção. – sua voz estava cada vez mais longe e por isso diminui um pouco o ritmo e logo já posso ouvir novamente seus passos me seguindo.

Em poucos minutos chego ao lago. Me apoiei em meus joelhos para recuperar o fôlego e Felicity enfim chega até mim.

–Parece que ganhei.

–É justo. – dis com o fôlego entrecortado. –Mas, te venci cinco vezes no xadrez.

–Podemos correr mais cinco vezes se quiser.

Revira os olhos e se senta no chã, encostando-se a árvore.

–Você é tão competitivo. – me sento ao seu lado.

–Talvez um pouco.

Vejo ela segurar o colar, uma mania que venho notando e sorrio.

–Mamã me perguntou sobre o colar. – conto.

–É mesmo? – me olha interessada. – E o que você disse?

–Disse que ganhei de uma amiga e que eu nunca poderia tirá-lo, para que quando nós nos encontrarmos novamente nos reconhecermos.

–E o que ela respondeu.

–Bem, foi estranho na verdade. Ela sorrio, pegou o colar entre os dedos e ficou olhando. Então disse que era fofo pensarmos assim e que tudo seria mais fácil no mundo se todos tivessem esse tipo de pensamento. Meu pai disse que eu vou esquecer, que quando eu for maior irei tirá-lo. Mas eu não vou!

–Os adultos são tão complicados. É algo muito simples, vamos ver o colar e nos reconhecer. Eu também nunca vou tirar o meu, nunca vou esquecer.

–Foi o que eu disse, porque eu esqueceria?

–Minha mãe não notou a falta da outra metade, ela esta bem estressada esses dias, principalmente por eu ter descoberto da forma errada sobre meu pai.

–Talvez tudo melhore em Vegas.

–Eu não queria me mudar para Vegas, seria legal mudar para Starling ai poderíamos continuar sendo amigos.

–Você vai gostar de Vegas, eu já fui pra lá.

–Já foi?

–Sim, é cheio de gente e não tem pessoas com colares igual o nosso?

–O que quer dizer?

–Quero dizer que quando eu tiver idade o suficiente e se não tivermos nos encontrado até lá eu vou viajar para Vejas e te encontrar, Tagarela.E então nós voltaremos pra cá e vamos olhar as estrelas, jogar xadrez e tudo o mais.

Ela ri e assente com a cabeça.

–Vou acreditar nisso, Oliver.

–Pode acreditar.

Dias atuais

OLIVER

Seria bem estranho se eu dissesse que estava morto de sono por não ter dormido direito? Simplesmente por minha mente não ter parado de funcionar um minuto sequer durante a noite, em como fiquei pensando... Nela. Por Deus, em todos os anos de minha vida nunca, jamais aconteceu de eu perder o sono por pensar em uma garota. O que Felicity estava fazendo comigo?

Tinha planejado algo legal para hoje, era mias um sábado, o que significava que todos os dias a das duas ultimas semanas passamos juntos, eu desci no departamento de Ti algumas vezes e saiamos juntos do trabalho para comer em algum lugar. O estranho era que nunca sentíamos que era um encontro, porque tínhamos esse pensamento de “amigos”, íamos nos lugares mais contrários de encontros, não eram restaurantes chiques ou coisas assim. Primeiro fomos ao Big Berly Burguer. No dia seguinte em um restaurante chinês e nos desafiamos a comer o Wasabi puro, o que não foi uma escolha inteligente.

Fomos á vários lugares, mas por ultimo no dia anterior foi a pizzaria, que na verdade fomos nós dois, Caitlin a amiga de Felicity e Tommy. O que me rendeu muita encheção de saco da parte dele. Talvez Felicity também tenha sofrido nas mãos de Caitlin mais tarde.

Mas hoje seria diferente, não sei bem do porque de ter ficado tão animado por ter reencontrado uma antiga amiga, mas Felicity era uma boa pessoa e me fazia me sentir diferente, de um jeito bom. O que me assustou realmente foi quando Tommy me chamou para uma das nossas típicas noitadas no Verdant e eu recusei, simplesmente por não ter vontade de ir, porque eu iria sair com Felicity e estava ansioso por isso. Se fosse qualquer outra eu desmarcaria fácil, alias, se fosse qualquer outra nem iríamos sair pra começo de conversa. Eu sentia essa constante vontade de estar perto dela, porque eu sabia que me sentira bem, que eu riria e me divertiria mais do que se estivesse em uma boate enchendo a cara.

Trato de tomar um rápido banho para espantar a preguiça e me arrumo, pegando uma mochila coloco algumas coisas essenciais dentro. Desço as escadas da mansão e encontro Thea e minha mãe tomando café, me sento com elas sentindo meu estomago clamar por comida.

–Bom dia.

–Bom dia Ollie, vai viajar? – pergunta Thea.

Sorrio e assinto, pegando uma torrada.

–Mais ou menos, é só por hoje, devo estar de volta amanhã de manhã.

–E você vai para onde, Oliver? – pergunta minha mãe.

–Coast City.

As duas parecem surpresas.

–Não vamos lá desde... – Thea começa, mas para de falar quando percebe que iria falar de nosso pai.

–É eu sei, mas... achei um bom motivo para voltar. – me levanto de beijo a bochecha das duas. – Até amanhã.

–Hey, espera não vai nos contar mais sobre isso? – Thea insiste quando já estou saindo pela porta.

–Amanhã!

Mando mensagem para Felicity anunciando que estou indo buscá-la. Entro no carro e meu celular toca, vejo que é Tommy, atendo e coloco no viva a voz para poder dirigir, não quero ter menos tempo com ela hoje. Estava tudo minuciosamente planejado.

–Hey, Oliver. Me diz que hoje teremos nossa noite enchendo a cara?

–Não. – respondo quase rindo por saber que ele ia reclamar.

–O que? Não acredito. Vai sair com Felicity outra vez?

–Vamos viajar.

–Viajar?

–Coast City.

–Estão parecendo namorados, tem certeza de que não são nada a mais?

–Tenho. Você sabe que eu nunca poderia ter um relacionamento sério de verdade.

–E ela sabe disso? Que vocês são só amigos?

–Claro! Não temos nada Tommy, somos apenas amigos.

Ouço ele suspirar do outro lado.

–Certo, é só que está tão estranho vocês dois o tempo todo pra cima e pra baixo juntos.

–Eu... Eu me sinto bem com ela, Tommy. Acho que por nos conhecermos quando crianças ela me lembra de uma época... Boa da minha vida, pelo menos antes de eu ver meu pai se atracando com aquela Isabel na sala dele. Alias, ela quem esteve comigo pouco depois de eu descobrir. Então o que temos um pelo outro é amizade e gratidão por termos nos suportado mesmo quando apenas crianças. É isso.

–Você fala como se estivesse tentando se convencer disso.

–Thomas!

–Tudo bem, desculpe! Hmm, boa viagem para vocês então.

Desligo bem a tempo de chegar na porta de Felicity que já me esperava, ela não sabe onde vamos.

–Hey. – cumprimenta ao entrar no carro. –Vai me dizer onde vamos agora?

–Vou deixar que descubra. Com sorte chegaremos na hora do almoço.

–Oliver, você sabe que odeio ficar curiosa, não pode fazer isso comigo. Mistérios ficam na minha cabeça.

–Desculpe Tagarela, vai ter que se conformar e esperar pacientemente.

Resmunga contrariada, mas coloca o cinto para que possamos partir.

O caminho estava sendo tranquilo e agradável. Ligamos o radio e cantamos desafinadamente juntos, Felicity filmou algumas dublagens bobas que fizemos o que nos arrancou muitos risos. Quando cruzamos a placa de Coast City Felicity gritou, soltando o cinto e ficando de joelhos no banco.

–Oliver! Não acredito.

–Bem vinda de volta!

–Ah Meu Deus. – seus braços circularam meu pescoço e senti os lábios quentes pressionaram na curva do meu pescoço, não planejado, mas sim desajeitado e apressado como se ela não se importasse onde iria beijar e com certeza não premeditou o arrepio que se espalhou por todo meu corpo quando ela o fez. Voltou a olhar para frente, alheia a minha cara de paisagem forçada e repetindo varias vezes as palavras “obrigada” e “Eu não acredito”

–Então, esse é o plano: – digo quando paramos em frente a casa que minha família costumava ficar quando vínhamos aqui. –Vamos á praia, comemos por lá mesmo e de noite vamos ver se nosso penhasco está inteiro.

–Oh Oliver, eu nem acredito que você nos trouxe aqui. Eu nunca mais voltei aqui depois daquele dia.

–Sei disso, você vem repetindo que não acredita desde que passamos pela placa. – implico.

–Ah vamos logo, anda. – abre a porta e corre até o porta-malas onde estavam nossas mochilas.

Saio do carro também e abro o porta-malas, Felicity pega sua mochila e eu pego a minha. Vamos para dentro, nós dois corremos para nos trocar com as roupas de praia, claro que fiquei pronto em dois minutos e, mais trinta minutos depois de ficar pronto eu já estava quase subindo no quarto de Felicity para saber por que tanta demora.

Me jogo no sofá, entediado enquanto a espero. Mais cinco minutos e nada, mais dez e nada. Bufo e me levanto, correndo escadas acima até chegar ao andar dos quarto. Paro em frente a sua porta e dou algumas batidas.

–Felicity? Posso entrar?

–Sim.

Abro a porta e a vejo de frente para o espelho, apenas de biquíni e com um tanto de protetor solar nas mãos, contorcendo o braço tentando passar o produto nas costas.

–Esse é o motivo da sua demora? – pergunto, tentando não transparecer que olhei para o seu corpo mais tempo do que devia. –Aqui, deixa que eu te ajudo.

Tentei convencer a mim mesmo de que não havia qualquer segunda intenção em minha oferta e deixei a vozinha que gritava irritante em minha mente, falando sozinha.

–Obrigada. – agradece quando pego e despejo um pouco do produto em minhas mãos. Sorrio para seu reflexo no espelho e a vejo retribuir.

Toco sua pele, deslizando meus dedos com facilidade devido ao produto. Sua pele se arrepia e me convenço de que é uma reação normal quando outra mão toca sua pele com um produto parcialmente gelado não é? Sim, claro.

Primeiro deslizo pela altura dos ombros, espalhando bem e descendo um pouco mais para o meio de sua coluna, até onde havia uma das amarras do biquíni, espalho ali pelo meio também, me permitindo me deliciar com a maciez de sua pele, de estar a tocando dessa maneira. Desligando-me completamente do mundo a minha volta e de qualquer consciência que eu tivesse tido minutos atrás. Apenas existia no momento eu e ela e minhas mãos tocando firmemente a pele de suas costas. Deslizando por ali com calma, como se tivéssemos todo o tempo do mundo. Cheguei na parte onde deslizeis as duas mãos, uma de cada lado, por sua cintura fazendo o caminho até a lateral da barriga. E então parei, fixando os dedos ali firmemente, sentindo-os quentes como se pudessem queimar sua pele exposta. Levanto um pouco a cabeça, observando seu pescoço ali, tão disponível para que eu distribuísse beijos suaves por toda sua extensão.

Passei a língua entre os lábios, umedecendo-os. Abaixei a cabeça lentamente e então senti meus lábios tocarem sua pele, parando ali e minha mente começou a voltar aos poucos para a realidade, me dando conta do passo que estávamos prestes a dar. Algo que provavelmente nos arrependeríamos depois, mas ainda assim minha boca parecia ter ficado imantada ali incapaz de se afastar. Mas o fiz, apenas alguns centímetros e percorri toda a extensão dele com o nariz, sentindo o aroma que ela exalava, doce e misturado com o cheiro bom do protetor solar.

Então sorri e levantei o rosto para olhá-la. Felicity tinha os olhos fechados antes, pois pude ver ela abri-los quando me sentiu me afastar.

–Vamos? – me limitei a dizer.

–Cla-claro. Vamos.

Mordo o lábio inferior, sentindo minhas mãos formigarem e outras partes do meu corpo também. O mar gelado não seria má idéia, definitivamente.

(...)

Por estarmos faminto compramos um pastel cada um, o momento de mais cedo não foi comentado, como se não tivesse passado de um simples e “inocente” momento entre amigos.

–Pronta pra cair no mar?

–Pronta. – Felicity tira a roupa transparente que cobria o biquíni e tira os chinelos. Também tiro meus chinelos.

–Felicity?

Ela se vira pra mim e sorrio.

–Troco. – a empurro, de modo não muito brusco para que não se machuque quando caísse, mas o suficiente para fazê-la cair, então corro ouvindo–a reclamar. Não corro muito rápido porque quero que ela me alcance.

Sinto ela pular em cima de mim depois de alguns passos, os braços circulam meu pescoço e seguro suas pernas que circulam meus quadris pelas costas, rindo enquanto íamos em direção ao mar.

–Aquilo foi cruel.

–E isso vai ser mais. – digo, quando vejo uma onda vindo e viro de costas, sinto Felicity segurar fortemente em meus ombros para que não caia.

–Oliver Queen!

Rio e solto suas pernas devagar para que firme os pés no chão.

–Está fria.

–Logo você se acostuma.

–Você não está com frio?

–Eu não sinto frio.

–Isso é tecnicamente impossi... – sua frase é cortada por outra onde que a atinge sem que ela veja, dessa vez me preocupo já que a onda cobre toda sua cabeça e assim que ela passa por mim me prontifico em me certificar de que ela está bem.

–Tudo bem? – pergunto enquanto ela puxa o ar com força.

–Sim, só quase morri afogada.- sorrio para seu exagero.

–Vem. – estendo minha mão pra ela para que outra situação assim não se repita. –Não se preocupe, não vou deixar que se afogue.

Ela assente e segura minha mão.

Gastamos muita energia no mar e no fim do dia estávamos cansados, com fome e cheios de sal. Por isso voltamos para casa e tomamos um longo banho. Novamente eu fui o primeiro a ficar pronto, mas dessa vez ela desceu logo, bem quando eu estava terminando de preparar nossa sesta com comidas e dobrando a toalha para colocar ali. Pegue um edredom também, já que agora a noite a temperatura tinha caído um pouco.

–Estou morrendo de fome. – diz, já levando a mão até a sesta e dou uma leve tapa na mesma. –Ai.

–Ainda não, só quando chegarmos lá.

–Estou faminta, Oliver!

Reviro os olhos e retiro uma maçã da sesta pra ela.

–Obrigada!

A caminhada até a floresta onde daria para o penhasco foi longa e acabou que eu mesmo tirei uma maçã para mim, mas depois de passarmos pelas inúmeras árvores finalmente chegamos em nosso lugar desejado.

Estendi a grande toalha pelo chão e nos sentamos ali, rapidamente já tirando as comidas da sesta, olhei para a vista um pouco modificada da cidade. Pouca coisa havia mudado, mas o suficiente para se notar. Terminei um dos sanduíches enquanto olhava para as estrelas assim como Felicity, a fome já não mais existia e Felicity se deitou na toalha para olhar melhor para o céu estrelado.

–Oliver?

–Sim?

–Hm... Você realmente não tirou o colar? Em todos esses anos? Porquê... – suas bochechas ficam levemente rosadas. –Eu confesso que fiquei meses sem usar.

Sorrio sem jeito e resolvo por fazer piada.

–Bem, então a culpa é toda sua por termos demorado tanto para nos reencontramos, Felicity.

–Hey, não é nada!

–Bem, eu não tirei meu colar.

–Porque não?

–Por que... – penso na resposta para essa pergunta. Eu nunca precisei explicar isso para alguém e fazê-lo agora seria um pouco complicado. Permaneço alguns minutos em silencio, refletindo.

–Acho que é porque ele me lembra de uma boa semana que passei. Sabe, quando voltei para Starling depois daquela viagem, meu pai estava sempre viajando ou o tempo todo na empresa, mais do que antes. Ele mal ficava em casa e por vezes eu escutava os dois discutindo, então eu corria até o quarto de Thea, que ficava distante do quarto deles e me sentava ao lado do berço dela, segurava o colar entre meus dedos e pensava em cada momento que passamos juntos. Era algo que distraísse minha mente, que me trazia lembranças felizes, era uma refugio meu. Com o tempo as brigas pararam e nós nos acostumamos com a nova rotina do meu pai, mas sempre que eu me sentia angustiado, com medo, preocupado ou qualquer coisa to tipo eu me pegava segurando o colar. Mesmo depois de grande e ficar sem ele era muito estranho, como se eu fosse precisar dele e ai não o teria no pescoço. Eu realmente não consegui me afastar dele. É como se... – rio nervoso com tudo o que eu estava dizendo. –Como se você fosse uma âncora minha, uma constante. Totalmente no sentido de amizade, é claro. Não tenho muito isso de me apaixonar.

Felicity ri, com uma expressão estranha. Um pouco divertida, mas também impressionada. Então, voltou a olhar para o céu, se acomodando melhor na coberta no chão.

–Olha, aquela é Aries. – Felicity aponta para a primeira constelação que acha.

Me deito na toalha ao seu lado, mas ao contrario dela. Ficamos de ponta cabeça um para o outro.

–E ali está Camelopardalis, a girafa. – Ela me olha surpresa e sorrio convencido. –Hey, não sou mais tão ruim assim, eu me lembro de você me falar de todas elas, eu me lembro.

Vira o rosto para mim e faço o mesmo. Prendo a respiração tentando não sentir nada, mas é inevitável conter meu coração que bate freneticamente em meu peito, observo sua face serena e com uma expressão curiosa.

–Lembra-se? –pergunta.

–Lembro-me quase de cada detalhe de todas as noites, os mais importantes pelo menos. – respondo com sinceridade, eu me lembrava muito bem das vezes em que deitávamos no chão e ela me falava de todas as constelações que conseguia ver. Não posso deixar nada acontecer entre nós, porque eu não saberia lidar com isso, eu não saberia fazer dar certo porque eu sempre estraguei todo relacionamento que tentei ter, o que se resume a dois. Eu não poderia me permitir pensar que sinto algo a mais por Felicity, entretanto não pude evitar de escorregar meu polegar por sua bochecha macia, me deliciando com o contato e ansiando por um maior e mais importante.

Felicity umedeceu os lábios com a ponta da língua, tudo o que eu precisava para fazer o que queria, sem pensar realmente nas conseqüências do depois, me concentrando apenas no agora. Me aproximo e calidamente o contato acontece, os dois de ponta cabeça um para o outro, um perfeito beijo Ying Yang que aparentemente estava bem presente em tudo entre nós dois.

Sua boca é macia e a sinto suspirar entregue ao beijo, entreabre os lábios e escorrego minha língua para dentro de sua boca quente, enroscando nossas línguas e explorando sua boca doce e acolhedora. O gosto de Felicity era único, nunca havia sentido tal coisa com um beijo e era... mágico, por falta de palavra melhor. Senti como se pudesse viver a vida apenas naquele beijo sem nem pensar em reclamar e se ele terminasse eu já queria desesperadamente começar outro.

Então como? Como eu tentaria não sentir nada por essa garota, uma vez que ela tinha chego e colocado minha vida de cabeça para baixo, como?


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Eaeee gostaram? Proximo capitulo tem uma tensão, então preparem os cores de vocês kkkk vou postar segunda ou terça feira okay.
Recado pra quem lê Unbreakable, não terá capitulo esse domingo, vou postar no meio da semana o ultimo capitulo antes do natal. Quando passar o natal postarei outro antes do ano novo e então no primeiro domingo depois do ano novo as postagens voltam ao normal, okay? Ficou meio confuso? Explico melhor quando for postar, só avisando aqui pra maioria não surtar kkkkk desculpa por ter que atrasar o capitulo, mas com certeza vocês vão entender quando lerem.
Bem, acho que é só isso, até segunda ou terça com mais capitulo de I swear



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "I swear" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.