Um pouco mais tarde na casa dos Logan’s....

— Os Potter são sereias. O resultado deu positivo! – Tom falou eufórico ao entrar em casa.

— O que?! Vocês descobriram? – Rolf questionou, levantando-se de supetão do sofá aonde estava deitado assistindo televisão.

— Sim, o resultado do sangue do Potter deu positivo. – Tom respondeu. – Bom, pelo menos o meu esforço não foi à toa.

— Você tem certeza disso, meu filho? São mesmo sereias? – Merópe perguntou saindo da cozinha de onde havia ouvido os filhos e entrando na sala onde eles estavam enquanto ela enxugava as mãos molhadas no avental que usava.

— Será que vocês dois não estão me ouvindo? – Tom perguntou irritando-se, mas completou quando viu o olhar que a mãe dirigia a ele. – Sim, mamãe, tenho certeza.

— Agora só falta os Weasley. – Rolf comentou distraidamente.

— Na verdade, não. Enquanto você estava na escola, eu dei um jeito de pegar o DNA da Weasley femêa. – Tom se gabou jogando-se no sofá junto ao irmão. A mãe deles apenas observava a tudo.

— Você o que?! – Rolf voltou a questionar surpreso.

— Isso mesmo que você ouviu. – Tom disse com um de seus sorrisos estranhos.

— Como você fez isso tão rápido? – Rolf indagou ainda surpreso.

— Tive a ajuda de uma amiga. – Tom explicou pomposo.

Imediatamente, a cena da briga entre Gina e Cho apareceu na cabeça de Rolf.

— Você fez Gina e Cho brigarem! – Rolf exclamou entendendo o que o irmão fizera. – Você não fez a besteira de dizer à Chang que Gina pode ser uma sereia, não é?

— É claro que não, Rolf. – Tom respondeu revirando os olhos para o irmão. – Papai finalmente terá a sua vingança.

Merópe e Rolf se entreolham.

— Tom, porque não deixa esse negócio de vingança para lá? Isso é coisa do papai, não sua. Além de ser muito errado chamar isso de vingança, já que foi papai que começou. Eles só estavam se defendendo. As sereias sempre permaneceram nas pedras e mares. – Rolf argumentou.

— Não, Rolf. Isso não é coisa do papai, ela também é nossa. Ela tinha o nosso sangue. O meu e o seu! Como pode não chamar isso de vingança? Foram eles que enfiaram uma lança no meio do peito dela! Éramos crianças, não saímos do navio, como podem ter certeza que não foram eles que atacaram primeiro? – Tom replicou olhando da mãe para Rolf.

— Por que não foram! Éramos piratas, sempre atacamos primeiro! Papai começou! – Rolf respondeu, ligeiramente aumentando o tom de voz. – Tudo que fizeram foi cantar e acabaram destruído vários de sua tripulação, ele acabou enlouquecendo e machucando-as sem motivo nenhum! O que você acha que ele irá fazer com os Potter, ou os Weasley? Pessoas que nunca machucaram à nós ou a alguém de nosso navio, exceto para se defenderem!

— Você acabou de dizer que foram as sereias que começaram! Elas acabavam com milhares de tripulações. Quem garante que foi sem querer?! – Tom respondeu desafiante também aumentando a voz.

— Ninguém, Tom. Mas, os marujos podiam muito bem se prevenirem para não escutar nenhuma delas. Por que eles só fizeram isso para atacá-las? – Rolf questionou em resposta.

Tom iria responder, mas Merópe os interrompera.

— Chega, vocês dois! – Ela se fez ouvir e, imediatamente, eles olharam para ela, baixando a guarda. – Seu irmão tem razão, Tom. Por favor, se não podemos convencer ao seu pai de jeito nenhum, tentaremos com você… meu bem, essa “vingança” tola e injusta não vai trazer a sua tia de volta.

— Eu sei que não vai trazê-la de volta, mamãe. – Tom respondeu. – Mas será um enorme conforto saber que o que causou sua morte está extinto.

— Creio que não quer que seu pai esteja morto. – Merópe disse como se ele tivesse dito que o pai fosse o culpado.

— Papai não matou a tia Bela, mãe! Foram eles! – Tom disse como uma criança birrenta.

— Não, meu filho. O seu pai começou tudo. As sereias não tinham culpa que os marujos eram descuidados e acabavam morrendo com o canto delas. – Merópe respondeu com carinho.

— Mas, mãe...

— Nada de, “mas, mãe”. Eu não vou perder meu filho por conta dessa loucura! Vocês dois, me escutem bem, não quero nem ouvir a palavra sereia sair da boca de vocês, estão me ouvindo? Não quero mais toda essa confusão e problemas desnecessários. E também fiquem longe dessas supostas sereias e desse assunto de vingança da morte da tia Bela, entenderam? Eu me entendo com o seu pai depois. – Merópe declarou e saiu dali, voltando para a cozinha. Rolf se levantou e a seguiu, com Tom em seu encalço.

— Mãe, não posso me afastar deles… são meus amigos. – Rolf disse com em um pedido, e Tom revirou os olhos.

Merópe olhou-o.

 - Tudo bem. – Ela aceitou. – Você pode vê-los.

— Mais uma coisa, mãe. – Rolf falou e olhou de soslaio para Tom antes de continuar. – Os Weasley realmente são sereias.

Merópe quase derrubou um dos pratos e Tom olhou rapidamente para Rolf.

— Você sabia disso o tempo inteiro? – Tom questionou com a raiva em evidência.

— Sim. – Rolf respondeu sem encará-lo.

— Traidor! – Tom esbravejou.

— Meninos, não vamos começar de novo, por favor. – Merópe suspirou cansada. – Acho que só tem uma coisa a fazer.

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Pouco tempo depois, na casa dos Potter...

— Harry, atende a porta para a mamãe, por favor? – Lilian pediu quando ouviu a campainha ser tocada enquanto folheava um livro sentada em um dos sofás da sala. Sua barriga já estava começando a aparecer.

— Estou jogando. – Harry respondeu sem tirar os olhos da tela da televisão.

— E eu estou grávida e sou sua mãe. Levante daí e vá atender a porta. – Lilian respondeu fechando o livro.

— Porque não manda Hermione? – Harry resmungou parando o jogo.

— Por que eu mandei você. E além disso, ela está lá em cima e você aqui em baixo. A porta, Harry. – Lilian respondeu o apressando.

Bufando, Harry foi abrir a porta.

— Rolf? – Harry falou ao ver quem havia tocado a campainha. – Tom?

— Olá, Harry. – Rolf disse cordial.

— Olá, Potter. – Tom falou com certa hesitação.

Depois de cumprimentar os dois e também à Merópe, Harry deu passagem para que entrassem.

Quando viu quem eram as visitas, Lilian largou o livro e analisou cada um deles cautelosa. Ela sabia quem eram os Logan.

Harry gritou para Hermione descer, e logo, ela apareceu, parando no meio das escadas ao ver quem estava na sala junto ao seu irmão e mãe. Porém, logo se recuperou e se aproximou da mãe, sentando-se ao seu lado.

— O que vocês vieram fazer aqui? – Hermione quebrou o silêncio instalado no local.

— Nós precisamos conversar… antes disso, posso perguntar onde está o Sr. Potter? – Merópe respondeu educadamente.

— Trabalhando. – Lilian foi direta.

— Certo. Adiantarei logo para vocês, por que ainda temos que ir na casa dos Weasley. – Merópe disse decididamente.

— Nos Weasley? – Harry questionou.

— Meu marido descobriu que vocês e o Sr. Potter junto com a família Weasley são sereias. – Merópe foi direto ao ponto.

Lilian, Hermione e Harry se entreolharam assustados e Harry rapidamente se colocou na frente de sua mãe e de sua irmã, as protegendo com o corpo.

— O que vocês realmente querem de nós? – Harry questionou na defensiva.

— Minha mãe já falou, Harry. Queremos apenas conversar. – Rolf respondeu com calma.

— Pois bem. Comecem. – Harry disse ainda se mantendo na frente da mãe e da irmã.

Merópe suspirou e se sentou na poltrona em frente ao sofá onde Lilian estava junto de Hermione e agora, Harry.