Na casa dos Weasley....

— Rony! Rony! … abre essa porta, Rony! – Gina disse batendo na porta do quarto do irmão com desespero.

— Ei! Quer derrubar a minha porta? Eu ainda preciso dela. – Rony respondeu abrindo a porta dando espaço para Gina entrar feito um furacão. Ela jogou a mochila na cama dele e começou a andar de um lado para o outro, deixando Rony preocupado.

— Gina, maninha, se acalma. – Ele se aproximou e colocou as mãos nos ombros dela e Gina lhe olhou raivosa. – Está bem, esquece o que eu disse. Só se senta aqui e me diz o que aconteceu.

Ele fez ela sentar-se na cama e sentou-se ao lado. Gina respirou fundo e olhou para o irmão.

— Rony, eu... eu vi o capitão dos piratas que atacaram o nosso povo.

— O que?! Você tem certeza, Gina? Onde foi isso? – Rony questionou olhando-a com os olhos arregalados.

— Ele é o pai dos irmãos Logan, Rony. Vi ele saindo da enfermaria junto ao Tom e ele se apresentou como pai dos dois.

— Então eles são mesmo os piratas que Hermione e Harry viram.

— Sim, eles são.

— O que vamos fazer, Gina? – Rony questionou depois de um pequeno momento em silêncio. - Precisamos contar aos nossos pais.

— Você está passando tempo demais com a Mione. – Gina respondeu. – Nós não podemos fazer isso. Eles vão querer fazer tudo sozinhos, sem nossa ajuda… são até capazes de nos prenderem aqui até que tudo se resolva.

— Então… o que vamos fazer, Gina? Não podemos nem ao menos contar para nossos outros irmãos? – Rony sugeriu.

— Não... talvez a Fred e Jorge, mas só se realmente precisarmos deles.

— Certo…

— Por enquanto vai ser apenas nós quatro. Tenho certeza que o Sr. Potter pediu que Hermione e Harry se afastassem de Rolf… precisamos nos encontrar. Rony, mande mensagem para Mione dizendo para ela e Harry nos encontrarem na minha pedra do pôr do sol, Harry sabe onde é. – Gina mandou enquanto se levantava, pegava sua mochila na cama do irmão e se encaminhava para a porta.

— Aonde a senhorita pensa que vai? Por que você mesma não faz isso? – Rony indagou e Gina revirou os olhos.

— Eu acabei de chegar, Rony! Eu tenho que me trocar e preciso de um banho, por isso. Diga a eles que nos encontraremos em meia hora. – Gina respondeu rapidamente e lançou um beijo no ar para o irmão e em seguida saiu do quarto.

Assim que a porta foi fechada, Rony mandou a mensagem para Hermione:

— Oi, Mione.

— Oi, Ron.

— Você está bem? Com a aparição do capitão dos piratas e tudo?

— Já estive pior... nós temos que fazer alguma coisa, Ronald.

— Sim, temos. Por isso Gina pediu para que você e o Harry nos encontrassem na pedra do pôr do sol dela daqui a meia hora... ela disse que o Harry sabia onde era.

— Certo, estaremos lá. Tenho que ir falar com ele agora, Ruivo. Te amo, tchau.

— Tchau, olhos de mel, também te amo.

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Mais tarde, na pedra do pôr do sol de Gina....

Os quatro estavam sentados formando um circulo na enorme pedra, tendo como visão o belo mar, o céu infinito cheio de estrelas e uma meia-lua, que estava sendo refletida na água.

— O que vamos fazer? Algum plano? – Harry perguntou.

— Acho melhor continuarmos com o plano da Mione de trazer o Rolf para nosso lado. Ele parece não compactuar com o pai e pode nos dizer o que ele quer com as sereias. – Gina respondeu.

— Gina tem razão, essa é a melhor escolha. Meu plano deve funcionar. – Hermione concordou.

— Na verdade, ele já funcionou. – Ouviram uma voz atrás deles.

— Rolf?! – Todos falaram juntos quando se viraram.

— Como nos achou aqui? – Gina questionou.

— Na verdade, eu não sabia que estariam aqui. Esse lugar não é só seu refúgio, Gina. – Rolf se explicou. Aproximou-se deles e se sentou ao lado de Rony. – Mas já que estão aqui, eu gostaria de deixar claro que eu sempre estive do lado de vocês. Eu sei o que meu pai quer com as sereias, mas agora, o que vocês têm que saber, é que papai tem uma amostra de DNA do Harry e pretende provar que os Potter são sereias e vai fazer o mesmo com os Weasley.

— O que?! – Todos exclamaram juntos novamente.

— Vocês fizeram algum tipo de treinamento para falarem a mesma coisa ao mesmo tempo?

— Como ele conseguiu uma amostra do meu DNA? – Harry perguntou.

— Na briga que você teve com o meu irmão. – Rolf respondeu. – Ele pegou o sangue que a enfermeira limpou dos seus machucados, não sei como ele conseguiu pegar sem ninguém ver, mas...

— Nós temos que pegar essa amostra. – Hermione o cortou.

— Não acho que seja possível. Papai irá examina-la no nosso laboratório amanhã cedo… e eu já tentei pegar antes de sair, mas ele colocou no cofre de lá de casa e eu não sei a senha… na verdade, ninguém lá em casa sabe, só ele.

—Laboratório? Vocês têm um laboratório? – Rony perguntou.

— Virou nosso negócio de família depois que... bem, depois do ocorrido com o povo de vocês. – Rolf explicou. – Fica perto de onde moramos.

— Por Netuno! Estamos ferrados! – Harry lamuriou.

— Nós temos que avisar aos nossos pais. – Hermione declarou.

— Eu disse que era para nós falarmos com os nossos pais. – Rony imediatamente concordou.

— Eles iam, e vão, nos impedir de ajudar. – Gina foi contra.

— Eles não podem, Gina, não somos mais criança. É a nossa vida que também está em jogo. – Harry opinou.

— Vocês têm que contar para eles, são adultos, talvez façam alguma coisa para protegerem vocês, além de que podem achar um jeito para evitar que eles peguem DNA dos Weasley. Papai pretende pegar uma amostra, ou de Gina, ou de Rony.

— Rolf tem razão, temos que contar, eles podem ajudar. – Hermione reforçou.

— Certo, faremos isso. – Gina cedeu. – Mas, e a Sra. Potter? Ela está gravida e a última vez que tentamos contar algo sobre os piratas ela quase....

— Quase perdeu nosso irmãozinho... acho melhor falar só com o papai. – Harry completou.

Todos eles olharam para Hermione.

— Eu Concordo. Não vamos correr esse risco contando a ela, mamãe não pode se estressar ou coisa do tipo. – Hermione declarou.

— Então, está tudo certo. Contaremos a nossos pais. – Rony disse.

— Outra coisa, fiquem longe do Tom o máximo que der. – Rolf os alertou.

— Não precisa nem pedir. – Harry respondeu muito sério.

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No dia seguinte, no banheiro feminino da escola....

Cho estava retocando a maquiagem no espelho. Estava sozinha, quando de repente, um menino entrou no banheiro. Tom Logan estava encostado na porta, olhando-a com o mesmo sorriso estranho de sempre.

— O que está fazendo aqui? Você foi suspenso e esse é banheiro das meninas. - Cho questionou.

— Precisava falar a sós com você. Tenho uma proposta para te fazer. – Tom respondeu aproximando-se dela.

Cho olhou o atentamente, avaliando-o.

— O que te faz pensar que eu aceitaria essa proposta?

— Por que ela envolve a Weasley fêmea.

— Continue. – Cho pediu com um sorriso malvado, fazendo o sorriso de Tom aumentar.

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Pouco tempo depois...

Gina estava guardando os livros do primeiro período em seu armário para que pudesse ficar de mãos vazias no refeitório, quando do nada surge a pessoa a que ela mais odeia na escola… depois de Tom.

— Olá, Weasley. – Cho a cumprimentou com um sorriso falso.

— Olá, Chang. – Gina a respondeu. – O que faz aqui? Seu cérebro apagou e você acabou se perdendo? Não sabe mais o caminho para o refeitório?

— Sei muito bem onde é o refeitório, Weasley. Eu não me perdi, na verdade, estou exatamente onde queria estar. Vim conversar com você.

— Comigo? Certo. O que está aprontando? – Gina desconfiou ao colocar o último livro no armário, fechou-o e olhou para ela intrigada.

— Não estou aprontando nada… dessa vez. Apenas queria saber se gostou do, digamos…, pequeno jornal. Ouvi dizer que notícia de ontem foi maravilhosa. – Cho zombou.

— Desgraçada, foi você! Harry está suspenso por sua culpa. – Gina disse aproximando-se perigosamente dela.

— Não era esse meu objetivo.

— Você queria que nós terminássemos.

— Isso… – Cho confirmou e ela também se aproximou perigosamente de Gina. – Como Harry pôde se atrair por você? Olhe só para você, toda descabelada e desarrumada. Roupas fora de moda e que não combinam com nada, além de todos os tênis velhos que vive usando.  Como ele pode gostar de uma pessoa tão inferior?

— Ninguém é inferior a ninguém, Chang. E não preciso que você aprove o que eu visto ou o que eu faço no meu cabelo. Harry gosta de mim do jeito que eu sou. – Gina respondeu começando a se irritar.

— Do mesmo jeito que Miguel gostava? Ou talvez Dino? Pelo que me lembro, você não fez o que tinha que fazer e Miguel e Dino vierem direto pedir minha ajuda na cama. Quanto tempo acha que irá demorar para Harry fazer o mesmo? – Cho continuou provocando-a.

Gina, ignorando que estavam na escola, mas aproveitando que estavam em um corredor vazio, deixou a raiva se apossar e voou no cabelo de Cho, a jogou no chão com violência e dirigiu-lhe socos onde podia. Cho, também com a raiva no controle, revidava como conseguia, puxando os cabelos de Gina e estapeando-a.

— Ora, lute de verdade, Chang! – Gina zombou e ia lhe dar mais um soco quando alguém a puxou fortemente pela cintura, tirando-a de cima de Cho.

— Gina, não! – Sussurrou Rolf puxando-a para longe de Cho pela cintura enquanto Gina se esperneava.

— Isso, Weasley! Vai com o seu amantezinho esquisito, vai! – Cho falou se levantando do chão toda machucada e descabelada.

— Rolf, me solte! – Gina mandou completamente furiosa. Seu rosto estava mais vermelho que seus cabelos.

— Não até eu te tirar daqui. – Ele respondeu e ainda a segurando, a levou para uma sala vazia para que se acalmasse.

— Parabéns, Chang. Você foi ótima provocando a Weasley. – Tom falou novamente aparecendo do nada atrás dela.

— Obrigado. – Cho agradeceu ainda ofegante. – É bom que esse plano funcione, Logan, qualquer que seja ele. Não quero ter apanhado da Weasley por nada.

— Ele vai funcionar se você conseguiu o que pedi… você conseguiu?

Cho deu um sorriso malvado com os seus lábios cortados por conta de um dos socos de Gina.

— É claro. – Cho respondeu lhe estendendo uns fios de cabelos ruivos. – Eu não sei para que você quer eles, mas se vai ajudar, faça bom proveito.

— Obrigado, Chang. Você fez um ótimo trabalho, agora tenho que ir antes que me peguem aqui. Aconselho a ir na enfermaria. – Tom disse com um sorriso e uma piscadela.

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No fim do dia, no laboratório dos Logan....

— Pode entrar. – John disse sentado na cadeira do laboratório esperando o resultado final do exame sair.

— Trouxe a amostra dos Weasley. – Era Tom quem entrara lhe estendendo fios ruivos em um saquinho.

— Ótimo. Passarei a madrugada examinando essa amostra. – John disse com um sorriso satisfeito. – Até que você foi rápido, filho. Parabéns.

— Obrigado, pai. – Tom agradeceu quando o pai pegou a amostra de suas mãos. – Já saiu o resultado?

— Está quase. – John respondeu dando uma olhada nos cabelos que o filho trouxe. – Como conseguiu a amostra tão rápido? Rolf lhe ajudou?

— Não. Tive a ajuda de uma amiga.

 - O resultado saiu. – John falou e se aproximou do aparelho. Pegou o resultado e imediatamente o leu.

— Os Potter são sereias? – Tom perguntou curioso. O sorriso no rosto de John foi grande.

— Eu sabia, eu sabia, filho! – John comemorou sorrindo para o filho. – Os Potter são sereias.