Sem Limites escrita por Manusinha Mayara


Capítulo 12
Capítulo 12


Notas iniciais do capítulo

Oii

Obrigada por estarem acompanhando a Fic.
Espero que gostem deste capítulo.



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Acordei em um quarto pequeno, estava escuro e o relógio na parede marcava 19 horas. No criado mudo ao lado da cama havia uma bandeja com um sanduiche de presunto e um copo de suco.

O local fedia a mofo, parecia ter ficado fechado por muito tempo. Levantei-me devagar, me aproximei da porta e tentei abrir, claro que estava trancada. Coloquei meu ouvido colado a ela para poder escutar algum barulho, mas tudo o que ouvia era o som de uma televisão ligada. Estavam falando sobre meu desaparecimento no noticiário.

Comecei a socar a porta, quem quer que esteja do outro lado fingia não me ouvir. Depois de um tempo, me cansei e deitei na cama novamente. Meu estomago roncava, mas não queria comer nada que eles me dessem, podia estar envenenado.

Fiquei muito tempo acordada. A TV foi desligada, então imaginei que o meu sequestrador teria ido dormir. Comecei a abrir as gavetas do criado mudo ao meu lado. Nada de interessante havia ali eu pensei, nas duas primeiras gavetas havia revistas, cadernos, lápis e canetas. Na última gaveta, no entanto encontrei uma coisa bizarra, uma foto de Gabriel com sua família, ele devia ter uns cinco anos na imagem, mas eu tinha certeza de que era ele. Não havia mudado quase nada.

Agora já fazia ideia de quem estava me prendendo. Só podia ser Joel numa retaliação por ter contado os planos dele para minha mãe. Ele era considerado pela policia um psicopata, diziam que a mãe de Bárbara nunca tinha tido nenhum tipo de relação com ele. Toda a história de ter um caso com ela, não passava de um delírio da cabeça dele.

Se ele me sequestrou, não creio que seria pra pedir resgate. Acho que ele planejava fazer algo pior comigo. Com esses pensamentos, acabei adormecendo.

Horas depois, acordei com o barulho da porta sendo aberta. Decidi manter os olhos fechados e fingir que estava dormindo. Senti a presença dele no quarto, se aproximou de mim e retirou a bandeja de comida, provavelmente substituindo por outra. Antes de sair, ele parou e acho que ficou me observando. Alguns minutos depois, ouvi o barulho da porta se fechando.

Abri os olhos e notei uma nova bandeja em cima do criado mudo, com um prato cheio de sopa. Uma garrafa d’água junto. Como a garrafa estava com o lacre ainda, decidi tomar água. A sensação foi ótima, ainda estava com fome, mas resisti a comer a sopa.

O dia foi se arrastando, ficar parada sem nada para fazer era um porre. Meus pais deviam estar loucos. Será que Gustavo foi quem chamou a policia primeiro? Não tinha ideia de como estavam às coisas do lado de fora e isso me deixava realmente louca.

No final do dia a porta novamente foi aberta, me encolhi no canto da cama e esperei ver o rosto de Joel, para minha surpresa quem estava lá era Gabriel. Será que ele entrou na loucura do pai mesmo? Não pude acreditar me olhava com frieza. Entrou no quarto e fechou a porta atrás de sim.

– Bom você sabe por que está aqui, não é Ana? – perguntou calmo.

– Porque seu pai é louco? – respondi com malcriação. Pude ver a raiva passar por seu rosto ao ouvir a última palavra.

– Você decidiu nos trair, então resolvemos te usar. – disse com desdenho.

– Como assim? – Perguntei confusa.

– Em troca da sua cabeça, pedimos que o pai da Bárbara nos seja entregue.

– Eles não vão aceitar uma coisa dessas. – disse convencida.

– Espero realmente que aceitem, ou se não. – disse em um tom ameaçador. Levantou sua blusa e eu pude ver a arma que estava ali.

Congelei, fiquei parada sem nem piscar. Gabriel começou a rir e saiu do quarto. Ele havia ficado tão louco quanto seu pai. O que eu iria fazer agora? Nem sabia onde estava.

Mais dois dias se passaram naquela rotina angustiante, eu não resisti mais e acabei comendo a comida que eles ofereciam. Não me senti mal, então conclui que não estava envenenada. Quando o relógio marcava 22 horas, estava tudo silencioso lá fora. Escutei passos leves e alguém começou a mexer na fechadura da porta.

A porta se abriu bem devagar, continuei deitada, quando olhei o rosto assustado de Gustavo ali, não sabia se sorria ou chorava.

– Ana? – ele perguntou com um cochicho.

– Gustavo? Como me achou? – perguntei sem entender.

– Segui o Gabriel depois da aula, ele estava muito estranho. – disse se aproximando.

– Nem acredito. – disse com lágrimas caindo pelo meu rosto. Pulei em seu pescoço e lhe dei um forte abraço, ele retribui e ficamos ali juntos por algum tempo.

– Ana, eu sei que você é tarada, mas essa não é a hora. – ele deu um sorriso malicioso. Dei um soco em seu ombro de brincadeira e nos viramos para sair.

Parado a porta atrás de nós, com uma faca em suas mãos estava Joel. Soltei um gemido com o susto de ver ele ali. Ele não disse nada, apenas fechou a porta. Gustavo correu e começou a soca-la com força gritando. Mas era tarde demais, ele havia trancado.

Nos dois presos naquele lugar, o que iriamos fazer agora?


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Notas finais do capítulo

E agora?
O que vai acontecer?
Até a próxima!



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