A Fonte escrita por Regina Massae


Capítulo 13
Capítulo 13-Julianne




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            - Acorda, filha. Seus amigos estão esperando.

            - Céus, estou atrasada!

            Levantei correndo, ia para a universidade em São Paulo. Minhas malas já estavam prontas e a mudança iria com a mamãe. Saí correndo e a Anne estava me esperando:

            - Anda, vai perder o ônibus, o próximo só no ano que vem.

            - Há, há, há está tudo mundo aí?

            - Sim, vamos para a foto.

            - Cadê o Carl? Ele não veio se despedir de mim?

            - Sei lá, deixa ele prá lá.

            - Ali, ele lá. Vem Carl!

            Mas ele se escondeu atrás do poste e a Anne começou a empurrá-la para irem andando. Então, July deu a volta e correu em direção ao Carl, pegou a mão dele e o trouxe consigo. Tirou a foto ao lado dele.

            - Você promete que vai me escrever sempre, mandar mensagens, e tudo mais? Não vai se esquecer de mim?

            - Não vou July, eu prometo.

            - Meu endereço novo. Vou escrever para a casa de seus pais também.

            - Pode deixar.

            Ele cumpriu e mandava cartas, e-mails e mensagens.

            Com o tempo, Julianne começou a se interessar por um colega da universidade e a primeira pessoa para quem contou foi o Carl, e também ele foi a primeira pessoa a saber do fora que ela levou. Contou a ele sobre o professor de Literatura e ele aconselhou-a ter cuidado, ele estava certo. O professor era casado e gostava de meninas mais novas.

Carl se formou, foi fazer estágio na Índia e conheceu uma moça, Hadja era o  nome ela. Ela era bonita e ele não via defeitos nela. July ficou possessa de ciúmes, a idéia do amigo gostar de outra garota deixava ela irritada. A correspondência diminuía.

            O tempo passou, depois de formada, ela se mudou três vezes antes de comprar o apartamento atual. Acabou perdendo contato, afinal cada um seguiu com sua vida.

            Julianne nunca conseguia ter um relacionamento sério com alguém, sempre faltava algo nos rapazes que conhecia. Ela era muito exigente, um falava demais, outro era metido demais, um era muito devagar, outro era burro. Sua mãe dizia que não existia um homem perfeito do jeito que ela queria e se não quisesse ficar sozinha, tinha que se conformar com alguém mais ou menos. Ela não acreditava nisso, achava que em algum lugar existia alguém para ela, ela iria reconhece-lo quando se encontrassem.

            Agora a sua vida era trabalho, trabalho e trabalho. Tinha o Robert, ele era um dos seus chefes. Bonito, dava em cima dela e de todas, ela sabia. Mas ele era divertido, já haviam saído juntos e ele dava uma de homem sério com ela, quem sabe tomaria jeito e se ele fosse diferente, quem sabe poderia ser ele.

Mas agora precisaria ir para Jacarandá vender a casa, recebera uma oferta através da imobiliária da cidade. Eles estavam entrando em contato com os antigos moradores da cidade. Ela nem se lembrava mais da casa, mas a mãe mantinha contato com o inquilino que já havia se mudado. Esperava resolver o quanto antes e voltar logo.


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