Ps:Te Odeio escrita por Follemente


Capítulo 38
Se eu tiver filhos...


Notas iniciais do capítulo

Boa Leitura
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Espera! O que está acontecendo nesse momento? E por que eu estou permitindo isso?   Depois de quase estar sem fôlego. Enfim paramos o beijo.

Separamos-nos e pela primeira vez não faço ideia do que dizer. Quer dizer: como assim ele me beijou? E pior eu retribui.

—- Ok. O que foi isso? – pergunto me afastando mais um pouco

—- Eu tenho quase certeza que foi um beijo. – ele responde cruzando os braços

—- Por que você fez? O que... O que passou pela sua cabeça? – pergunto

—- Bom você queria uma prova de que eu não era gay. Então...

O interrompo

—- Uma prova! – altero um pouco a voz – Não um beijo.

—- Jura? E como que você queria que eu te provasse? – ele pergunta sentando no sofá

—- Se queria tanto me provar que você não é gay. Por que não ficou com a Medeline? – pergunto

—- Porque algo me dizia que você não iria se convencer. – ele diz – E além do mais, eu não sabia que a Medeline era um teste.

—- Mas era e você não passou. – digo cruzando os braços

Ele se levanta novamente

—- E nesse passei? – ele diz se aproximando

—- Isso não foi um teste. – digo – Foi você me beijando a força.

—- A força? Não te forcei a nada. – ele diz com um leve sorriso no rosto

Passo uma das mãos pelo rosto e respiro fundo. E o encaro seria. Ele continua com um sorriso sarcástico no rosto. Não demora pra ele se virar e ir para o quarto.

Respiro fundo e me jogo no sofá, tentando não pensar no que eu acabei de vivenciar.

Dia seguinte

Estava deitada no sofá, com a almofada no rosto. Não sei o porquê, mas nada que eu faça, tira aquele beijo da minha cabeça. E isso já esta me deixando maluca, já tentei pensar em tudo, mas não adianta. Preciso ver tragédias na televisão.

Pego o controle em cima da mesinha de centro e começo a trocar os canais. Passeando pelos programas, quando a campainha toca. Olho no relógio que marca exatamente 14h :00min. Suspiro enquanto me levanto para atender a porta.

—- Definitivamente você mentiu para mim quando disse que estava grávida de um mês. – digo assim que abro a porta

É Aurora, linda, radiante, e com uma barriga do tamanho de uma bola de futebol.

—- Esperávamos uma recepção mais calorosa. – ela diz passando a mão pela barriga

Sorrio e a abraço logo em seguida passo a mão em sua barriga e a convido para entrar.

—- Então... Quatro meses? – pergunto a vendo sentar no sofá

—-Quatro longos meses. – ela diz sorrindo

—- Quer beber alguma coisa? – pergunto – Água?

—- Não obrigada, acabei de esvaziar uma garrafinha de 500ml. Se eu beber mais um pouco não chego no banheiro. – ele diz

—- Melhor deixar a água pra depois. – digo sorrindo e sentando na poltrona ao lado do sofá – Então, o que a trás de volta?

—- Vim lhe trazer boas novas. – ela diz – O sexo do bebê.

—- Ah, você já sabe? – pergunto animada

—- Sim. É menina. – ela diz sorrindo

—- Ai, meu Deus, que lindo! – digo

—- E menino. – ela completa

—- Pera... São gêmeos? – digo surpresa – Ótimo em dose dupla. – digo sorrindo

—- Não é. Acho que ficarei louca antes dos quarenta. – ela brinca

Rio

—- Como seus pais reagiram? – pergunto

—- Ainda estão surpresos. Durante esses quatro meses planejaram tudo para um. Descobrir que está vindo dois é... – ela diz

A interrompo

—- Loucura – digo

—- Iria dizer surpreendente, mas loucura também encaixa. – ela diz rindo. – Cadê o João? – ela pergunta olhando para os quartos

—- Não está em casa. Graças a Deus. – digo cruzando as pernas

—- Está trabalhando? Num sábado? – ela pergunta

—- Não, ele saiu com o Arthur, um amigo do trabalho. – digo

—- E como está indo a sua vida de noiva? O casamento está cada vez mais próximo. – ela diz empolgada

—- Não quero falar nisso. – digo – Por que não falamos sobre fraldas sujas daqui a cinco meses? – digo

Ela ri

—- Já escolheu os nomes? – pergunto

—- O do menino sim. Alias nem fui eu que escolhi, foi o pai. – ela diz

—- Espera, você contou para o pai? – pergunto

—- Meus pais praticamente, me obrigaram. – ela diz – Mas a reação dele e dá família dele até que foi surpreendente. Eles amaram a ideia de ter crianças correndo pela casa. – ela diz sorrindo

—- Que bom! – digo sorrindo também – E qual vai ser o nome?

—- O do menino vai ser Noah. – ela diz

—- Noah? – repito – Bem diferente.

—- É. Otavio gosta do diferente. – ela diz – E eu também gostei do significado.

—- Hm... e para a menina? – pergunto

—- Queria a sua ajuda. – ela diz

—- Minha? – digo surpresa

—- É. – ela diz – Que nome você escolheria para sua filha? – ela pergunta

—- Ah, eu... Não penso muito nisso. – digo

—- Eu gostaria muito que você escolhesse o nome. – ela diz juntando as mãos

—- Ok. – digo – Deixa-me pensar... – digo apertando os olhos – Uma vez eu conheci uma menina tão linda, e o nome dela era tão diferente quanto o do Noah.

—- Qual era? – ela pergunta

—- Sarai. – eu digo – Eu achei um nome diferente e ao mesmo tempo muito lindo. Significa princesa. – digo suspirando

—- Eu também achei um nome muito bonito. – ela diz – Então é isso terei uma princesa chamada Sarai. – ela diz sorrindo

—- Fico feliz em ter ajudado.

—- Posso te pedir mais uma coisa? – ela pergunta

—- Claro. – digo

—- Aceitas ser madrinha da Sarai e do Noah? – ela pergunta

Sou surpreendida novamente

—- É muita coisa para um dia só. – digo – Não preciso nem pensar duas vezes. – digo sorrindo

—- Que bom. Meus filhos não podiam ter melhor madrinha. – ela diz

**

Depois de um tempo, Aurora foi embora. Deixando-me sozinha com meus pensamentos.

Bruce está acabando com uma almofada, depois de ter detonado meu chinelo. Mas estou tão concentrada em meus pensamentos, que nem liguei. Penso em tantas coisas que nem tenho mais certeza se estou pensando.

Sou puxada para fora do meu momento de reflexão, pelo João, tento um ataque histérico. Espera! Quando que ele chegou?

—- Seu cachorro acabando com a minha almofada e você refletindo? – ele diz tirando a almofada da boca de Bruce

—- É só uma almofada. – digo passando a mão pelo cabelo colocando para trás

—- Quero ver se você vai falar isso quando ver o que ele fez com seu chinelo. – ele diz

—- Eu já vi ok? – digo – Depois eu compro outra almofada e outro chinelo. – digo colocando o polegar de uma das mãos na boca

Ele fica em silencio por alguns segundos.

—- Está tudo bem? – ele pergunta sentando ao meu lado – Não que eu me importe ou que seja da minha conta

—- Está sim. – digo forçando um sorriso

—- Se eu não te conhecesse tão bem aceitaria essa resposta. – ele diz – E o problema nem é você estar mentindo sobre estar bem, o problema é que você me respondeu.

—- Eu só não estou a fim de discutir com você.

—- O caso então é grave. – ele diz

Respiro fundo

—- A Aurora veio aqui hoje. – digo sorrindo -- Ela está linda, esperando gêmeos. – Continuo – Os quais ela me convidou a ser madrinha.

—- Mas essa não era pra ser uma boa noticia? – ele pergunta

Sorrio

—- E é. É uma excelente noticia. – digo

—- Então... – ele fica confuso

—- É que... – suspiro – Eu ainda não assimilei muita coisa na minha vida ainda. E saber que vou ter primos que serão meus afilhados... Faz-me pensar em muitas coisas.

—- Entendi. – ele diz – E qual será os nomes dos seus afilhados?

Sorrio

—- Noah e Saraí. – digo ainda sorrindo

—- Nomes... hm... Interessantes. – ele diz

—- O Saraí fui que escolhi. – digo

—- Logo vi. Que tipo de nome é Saraí? – ele diz rindo

—- É um nome muito bonito ok? – digo – E eu colocaria na minha filha. Mas diante os fatos, a gente passa pra afilhada.

—- Sabe que essa criança vai sofrer bullying na escola né. – ele diz – Principalmente na hora da chamada. – ele diz levantando e indo em direção à cozinha

—- Claro que não hoje em dia tem nome pior que esse. – digo o seguindo

—- Tipo? – ele diz se virando pra mim e andando de costas

—- Tipo... – digo – Josefaldo, Jurinanda, Mafalda, Arisovaldo – digo e ele ri

Ele volta a andar a andar de frente assim que entra na cozinha

—- Ah, para, você inventou isso. – ele diz ainda rindo – Esses nomes não existem.

—- Claro que existe. Eu já conheci uma Mafalda. – digo sentando no balcão

—- O que essas mães têm na cabeça pra colocar esses tipo de nomes nos filhos? – ele pergunta abrindo a geladeira

—- Nem vem que tem pai que só escolhe nome estranho. – digo rindo

—- Eu nunca escolheria um nome desses para por no meu filho. – ele diz

—- E que nome você escolherá para seus filhos? – pergunto

Ele me encara

—- Bom, se eu tiver filhos. – ele enfatiza o verbo – E se for menina, eu colocaria Nicole ou Diana ou Auria – o interrompo

—- E Auria não é um nome estranho? – digo rindo

—- Não. – ele também está rindo

—- Auria João? Serio? – digo

—- É um nome super legal ta bom? – ele diz – É de um desenho que eu vi quando era criança. E gostei

—- De um desenho? Você sabe ao menos o significado? – pergunto

—- Qual é? Eu tinha oito anos não ia parar pra procurar significados de nomes. – ele diz rindo

Riu

—- Auria – continuamos a rir


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Notas finais do capítulo

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