I Will Love You For Eternity escrita por Maria Júlia
Notas iniciais do capítulo
Voltei! :)
A tarde estava se esgotando, e a casa estava vazia. Laura tinha saído com Julie, e eu resolvi ficar em casa (decisão mais estúpida). Vi meu celular vibrando no sofá, e vi que havia uma mensagem.
“Você é tão bonitinha de perfil. Xx Harry”
Li a mensagem várias vezes, mas continuava confusa. Olhei para a janela que ficava ao lado do sofá, e vi Harry sorrindo. Ele rolou os olhos e saiu em direção a porta. Corri até a mesma e abri, com um sorriso no rosto. Ele me encarou por alguns segundos e me abraçou, me tirando do chão.
– O que você está fazendo aqui?
– Oi para você também, meu amor. – Falou rolando os olhos – A Gemma brigou com a minha mãe, e está um clima tenso lá em casa.
– Nossa, que louco, ela mal chegou em casa. – Eu falei e riu
Ele sentou onde eu estava antes, e eu sentei ao seu lado. Ele encarou a TV e balançou a cabeça.
– Esse filme é horrível!
– Ele é ótimo. – Falei rindo
– Ótimo? Eles começam a cantar e dançar sem motivo, e esse garoto é horrível.
– Que? Zac Efron horrível? Calma aí, querido. Esse cara é um deus grego!
– Você não sabe o que é beleza de verdade! E o único que você tem que achar um deus grego está do seu lado.
– Isso não vai ser possível, me desculpe. E não reclame do filme, ele me fez companhia! – Falei rindo
– Ok, mas, agora, eu estou te fazendo companhia.
– Eu te amo tanto. – Falei baixo
Ele me encarou por algum tempo, sorriu e me beijou.
– Não tanto quanto eu te amo.
[...]
Eu e Harry estávamos na sorveteria que ficava ao lado da casa de Julie. Todas as garotas que passavam o olhavam como se ele fosse uma divindade, ou algo do tipo. No começo eu não me importei, mas estava irritando. Eu nunca fui do tipo ciumenta, mas estavam exagerando.
– Você poderia ser menos bonito. – Falei o encarando
– Por que? – Ele perguntou confuso
– Todas as garotas dessa sorveteria estão te olhando como se você fosse uma celebridade, ou algo assim. – Falei rolando os olhos
Ele olhou em volta (nada discreto) e abaixou a cabeça. Algumas meninas disfarçaram, mas outras continuavam olhando.
– Nossa, estou constrangido. – Ele falou baixo
– Isso é chato.
– Olha, você está com ciúmes! – Ele falou apertando minhas bochechas
– Não, não estou. – Falei rindo
– Sim, você está.
– Sim, eu estou. – Eu falei e ele rolou os olhos, sorrindo
– Eu estou com você, não estou? – Assenti – Então é porque eu te amo, e quero estar com você, não com elas.
– Você é muito fofo. – Falei sorrindo e o beijando
– Eu sei. – Falou jogando o cabelo para o lado – O que você está pensando em fazer durante essa última semana de férias?
– Não brinca! Já é a última semana? – Perguntei boquiaberta
– Sim, por quê?
– Eu ainda nem visitei meu pai! Nossa, deveríamos ter mais tempo.
– Tenho muito medo do que uma visita ao seu pai pode causar.
– Como assim? – Perguntei confusa
– Não sei, vai que ele resolve te levar para a Austrália. – Ele falou dando de ombros e eu gargalhei
– Tenho que visitá-lo, ele é meu pai.
– É, eu sei. Acho melhor irmos embora, Julie já deve estar em casa. – Ele falou fazendo biquinho
– Nossa, eu tinha esquecido. Ela vai me matar se já estiver em casa. – Falei levantando
Nós andamos até a casa de Julie, e por sorte, ela ainda não havia chegado. Harry teve que ir embora, pois saiu sem avisar a mãe, e ela deveria estar surtando. Fechei a porta e segui em direção ao quarto.
Alguns dias depois...
– Você tem certeza de que não quer uma carona? – Julie perguntou pela quarta vez
– Não, muito obrigada. Você tem que trabalhar, e eu tenho dinheiro para pagar um táxi, não é longe daqui.
Julie sorriu e saiu da casa, pois já estava atrasada para o trabalho. Eu a segui e aproveitei para chamar um táxi. Ele chegou alguns minutos depois e eu lhe disse o endereço.
Chegamos em frente à casa, e eu respire fundo. Eu sabia que poderia receber boas ou más notícias, era algo imprevisível. Um homem adulto atendeu a porta, e me lançou um sorriso amigável.
– Olá, Karinna.
– Oi, pai. – Falei sorrindo
Ele me deu espaço para entrar, e foi o que eu fiz. O clima sufocante que aquela casa tinha nunca mudava. Talvez fossem as paredes pretas, ou talvez a presença do meu pai. Ele era um cara frio, sério e com aparência arrogante. Parecia um alguém sem sentimentos, mas eu sabia que não era bem assim. Ele sentou-se no sofá, e eu sentei ao seu lado.
– Eu senti sua falta. – Ele falou me abraçando
– Eu também senti a sua. – Falei fechando os olhos
Algumas horas se passaram, e estava com um clima agradável. Ouvi meu celular tocando dentro da bolsa, e o peguei o mais rápido possível. Olhei para tela e meu pai me olhou desconfiado.
– É o seu namorado? – Ele perguntou frio
– Sim, é ele. – Falei sem graça
– Tudo bem, pode atender. – Ele falou pegando o próprio celular
Ligação ON
– Onde você está? – Harry perguntou no telefone
– Na casa do meu pai, por quê?
– Niall estava nos chamando para ir até a casa dele, porque a mãe dele viajou e ele está se sentindo sozinho. – Ele falou rindo
– Não vai dar, mas diga por mim que ele é muito dramático.
– Ok, pode deixar. Tchau, te amo.
– Te amo. Tchau!
Ligação OFF
– Ele parece ser um cara legal. – Meu pai falou me encarando
– Como sabe?
– Você disse que o ama, então ele é um cara legal.
– Pode ter certeza disso.
– Temos que conversar. – Ele falou baixo e o medo tomou conta de mim. Isso raramente acabava bem.
– Tudo bem.
– Eu vou me casar. – Ele falou de uma vez
– O que? – Perguntei com os olhos arregalados
– Isso pode ser difícil para você, mas tente entender que eu estou sozinho agora. Você está no internato, e eu não tenho mais ninguém para me fazer companhia.
– Quem é?
– Caroline, ela trabalha na empresa.
– Pai, eu entendo, não se preocupe. – Eu falei sorrindo, mas ele continuava com uma expressão triste – O que houve? Você tem algo a mais a dizer?
– Sim. – Ele falou suspirando – Fui transferido novamente. Tenho que ir para Portugal.
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