I Will Love You For Eternity escrita por Maria Júlia


Capítulo 22
Jealous


Notas iniciais do capítulo

Voltei! :)



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A tarde estava se esgotando, e a casa estava vazia. Laura tinha saído com Julie, e eu resolvi ficar em casa (decisão mais estúpida). Vi meu celular vibrando no sofá, e vi que havia uma mensagem.

“Você é tão bonitinha de perfil. Xx Harry”

Li a mensagem várias vezes, mas continuava confusa. Olhei para a janela que ficava ao lado do sofá, e vi Harry sorrindo. Ele rolou os olhos e saiu em direção a porta. Corri até a mesma e abri, com um sorriso no rosto. Ele me encarou por alguns segundos e me abraçou, me tirando do chão.

– O que você está fazendo aqui?

– Oi para você também, meu amor. – Falou rolando os olhos – A Gemma brigou com a minha mãe, e está um clima tenso lá em casa.

– Nossa, que louco, ela mal chegou em casa. – Eu falei e riu

Ele sentou onde eu estava antes, e eu sentei ao seu lado. Ele encarou a TV e balançou a cabeça.

– Esse filme é horrível!

– Ele é ótimo. – Falei rindo

– Ótimo? Eles começam a cantar e dançar sem motivo, e esse garoto é horrível.

– Que? Zac Efron horrível? Calma aí, querido. Esse cara é um deus grego!

– Você não sabe o que é beleza de verdade! E o único que você tem que achar um deus grego está do seu lado.

– Isso não vai ser possível, me desculpe. E não reclame do filme, ele me fez companhia! – Falei rindo

– Ok, mas, agora, eu estou te fazendo companhia.

– Eu te amo tanto. – Falei baixo

Ele me encarou por algum tempo, sorriu e me beijou.

– Não tanto quanto eu te amo.

[...]

Eu e Harry estávamos na sorveteria que ficava ao lado da casa de Julie. Todas as garotas que passavam o olhavam como se ele fosse uma divindade, ou algo do tipo. No começo eu não me importei, mas estava irritando. Eu nunca fui do tipo ciumenta, mas estavam exagerando.

– Você poderia ser menos bonito. – Falei o encarando

– Por que? – Ele perguntou confuso

– Todas as garotas dessa sorveteria estão te olhando como se você fosse uma celebridade, ou algo assim. – Falei rolando os olhos

Ele olhou em volta (nada discreto) e abaixou a cabeça. Algumas meninas disfarçaram, mas outras continuavam olhando.

– Nossa, estou constrangido. – Ele falou baixo

– Isso é chato.

– Olha, você está com ciúmes! – Ele falou apertando minhas bochechas

– Não, não estou. – Falei rindo

– Sim, você está.

– Sim, eu estou. – Eu falei e ele rolou os olhos, sorrindo

– Eu estou com você, não estou? – Assenti – Então é porque eu te amo, e quero estar com você, não com elas.

– Você é muito fofo. – Falei sorrindo e o beijando

– Eu sei. – Falou jogando o cabelo para o lado – O que você está pensando em fazer durante essa última semana de férias?

– Não brinca! Já é a última semana? – Perguntei boquiaberta

– Sim, por quê?

– Eu ainda nem visitei meu pai! Nossa, deveríamos ter mais tempo.

– Tenho muito medo do que uma visita ao seu pai pode causar.

– Como assim? – Perguntei confusa

– Não sei, vai que ele resolve te levar para a Austrália. – Ele falou dando de ombros e eu gargalhei

– Tenho que visitá-lo, ele é meu pai.

– É, eu sei. Acho melhor irmos embora, Julie já deve estar em casa. – Ele falou fazendo biquinho

– Nossa, eu tinha esquecido. Ela vai me matar se já estiver em casa. – Falei levantando

Nós andamos até a casa de Julie, e por sorte, ela ainda não havia chegado. Harry teve que ir embora, pois saiu sem avisar a mãe, e ela deveria estar surtando. Fechei a porta e segui em direção ao quarto.

Alguns dias depois...

– Você tem certeza de que não quer uma carona? – Julie perguntou pela quarta vez

– Não, muito obrigada. Você tem que trabalhar, e eu tenho dinheiro para pagar um táxi, não é longe daqui.

Julie sorriu e saiu da casa, pois já estava atrasada para o trabalho. Eu a segui e aproveitei para chamar um táxi. Ele chegou alguns minutos depois e eu lhe disse o endereço.

Chegamos em frente à casa, e eu respire fundo. Eu sabia que poderia receber boas ou más notícias, era algo imprevisível. Um homem adulto atendeu a porta, e me lançou um sorriso amigável.

– Olá, Karinna.

– Oi, pai. – Falei sorrindo

Ele me deu espaço para entrar, e foi o que eu fiz. O clima sufocante que aquela casa tinha nunca mudava. Talvez fossem as paredes pretas, ou talvez a presença do meu pai. Ele era um cara frio, sério e com aparência arrogante. Parecia um alguém sem sentimentos, mas eu sabia que não era bem assim. Ele sentou-se no sofá, e eu sentei ao seu lado.

– Eu senti sua falta. – Ele falou me abraçando

– Eu também senti a sua. – Falei fechando os olhos

Algumas horas se passaram, e estava com um clima agradável. Ouvi meu celular tocando dentro da bolsa, e o peguei o mais rápido possível. Olhei para tela e meu pai me olhou desconfiado.

– É o seu namorado? – Ele perguntou frio

– Sim, é ele. – Falei sem graça

– Tudo bem, pode atender. – Ele falou pegando o próprio celular

Ligação ON

Onde você está? – Harry perguntou no telefone

– Na casa do meu pai, por quê?

Niall estava nos chamando para ir até a casa dele, porque a mãe dele viajou e ele está se sentindo sozinho. – Ele falou rindo

– Não vai dar, mas diga por mim que ele é muito dramático.

Ok, pode deixar. Tchau, te amo.

– Te amo. Tchau!

Ligação OFF

– Ele parece ser um cara legal. – Meu pai falou me encarando

– Como sabe?

– Você disse que o ama, então ele é um cara legal.

– Pode ter certeza disso.

– Temos que conversar. – Ele falou baixo e o medo tomou conta de mim. Isso raramente acabava bem.

– Tudo bem.

– Eu vou me casar. – Ele falou de uma vez

– O que? – Perguntei com os olhos arregalados

– Isso pode ser difícil para você, mas tente entender que eu estou sozinho agora. Você está no internato, e eu não tenho mais ninguém para me fazer companhia.

– Quem é?

– Caroline, ela trabalha na empresa.

– Pai, eu entendo, não se preocupe. – Eu falei sorrindo, mas ele continuava com uma expressão triste – O que houve? Você tem algo a mais a dizer?

– Sim. – Ele falou suspirando – Fui transferido novamente. Tenho que ir para Portugal.


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