Lissa anda logo! - Bruno meu "pai" gritou
Eu estava indo morar com ele, minha madrasta e o filho dela, não estava nada feliz com isso porém minha opinião no momento não importava em nada. Peguei minha mala e saí, desci as escada de vagar, me sentia mal por estar abandonando minha casa, o lugar onde vivi meus melhores momentos e os piores também, encontrei Bruno sentado na sala e quando me viu se levantou
-Me dê a mala
Ele pegou e fiquei apenas com minha bolsa, tranquei a casa enquanto ele colocava a mala no carro, fiquei um tempinho parada olhando para a casa antes de suspirar e entrar no carro
-Olha filha eu sei que você à amava...
Eu bufei
-Não, você não sabe, e não me chame de filha pois perdeu esse direito no dia em que nos trocou por ela
-Lissa entenda eu não troquei...
-Não é claro que não, apenas esqueceu que tinha uma filha...
Ele suspirou e eu coloquei meus fones de ouvido, não queria discutir esse assusto, ele havia me abandonado, me trocado por aquela mulher agora não tinha mais volta ele perdeu a chance de me ter como filha
***
Ele parou em frente a um casarão, era enorme, cabia minha casa toda do dentro e ainda sobraria espaço, alguem abriu o portão e Bruno dirigiu até a garagem, ele dvia ter bastante dinheiro para conseguir manter uma casa assim, desci do carro e esperei ele pegar minha mala e entramos, a casa era ainda mais bonita por dentro, em um tom azul e com várias pinturas penduradas nas paredes
-Amor que bom que já chegou
"Chegaram" corigi mentalmente, ela era definitivamente uma perua, loira de olhos azuis pele perfeita um corpo escultural e definitivamente uma tinha muito silicone envolvido
-Sim já chegamos
Ela veio até mim e me deu um abraço apertado, como se fossemos grandes amigas o que definitivamente não iria acontecer
-Mas ela é ainda mais bonita do que falou amor
Sorri e a afastei bruscamente
-Posso ir para meu quarto? - Perguntei ao Bruno
-Claro filha... Mary! - Ele chamou e logo apareceu uma mulher de meia idade
-Sim senhor?
-Leve minha filha para o seu quarto
-É claro senhor, me acompanhe senhorita
Subimos um lance de escadas e andamos até o final o do corredor onde ela abriu uma porta à esquerda e quando entrei fiquei encantada, era enorme com três paredes brancas e a outra lilás, com uma cama grande no meio, um closet que tomava toda a parede à direita e uma banheiro grande a esquerda, tinha uma escrivaninha à frente da cama, uma abajur no lado esquerdo, era muito bonito. Solteira a mala no chão e me atirei na cama que era muito macia,então ouvi um risinho abafado e notei que Mary ainda estava aqui
-Bem senhorita se precisar de algo me chame
-Obrigada Mary e me chame de Lissa ou Lis
Ela assentiu e saiu fechando a porta, continuei atirada na cama que era mega confortável, não queria estar ali com aquela perua, queria minha mãe e nossa pequena casinha, ainda não havia caido a ficha de que ela havia morrido, de que eu teria que morar com um desconhecido que se dizia meu meu pai e sua "família"
Ouvi uma batida na porta e levantei secando as lágrimas que nem percebi que rolavam pelo meu rosto, me suspreendi quando dei de cara com um garoto loiro com olhos castanhos de maios ou menos 1.85, usava uma camisa azul que marcava bem o seu corpo e uma calça jeans
-O pai está te chamando
Isso me deixou perplexa "pai", ele chamava o Bruno de pai, assenti e Fechei a porta e ele me acompanhou
-Me chamo Dylan
Como se isso me interessasse
-Lissa
Descemos em silêncio e ele me levou até uma sala de estar grande como toda a casa, Bruno e a perua estava sentados em um sofá de frente à televisão que estava desligada, assim que meu " papai" me viu fez sinal para que nos sentassemos, sentei em uma poltrona que tinha um pouco afastada deles
-Minha filha só queria dizer que você e bem vinda aqui, essa casa é sua...
-Não é, como disse você perdeu a chance de ser meu pai
-Lissa por favor...
-Por favor o quê? Você me abandonou, me trocou por eles, esqueceu que tinha uma filha, porque mandar uma carta e presentes no meu aniversário não é lembrar que eu existo
-Querida escute seu...
-Você não se meta, eu não tenho pai e só estou aqui porque fui obrigada, meu pai morreu no dia em que saiu de casa e nunca mais me procurou, fico feliz que tenha conseguido uma nova família Bruno, porque eu não sou nada sua...- Fali levantando
-Lissa me ouça!- Gritou me fazendo parar - Eu não te abandonei nunca minha filha, sei que não dei a devida atenção que merecia mas eu sempre te amei e nem por um minuto eu esqueci de você
-Bela maneira de demonstrar que me ama
Ele levantou me pegou pelos ombros
-Sei que errei mas só te peço que me uma segunda chance minha filha
Não consegui segurar as lágrimas, claro que eu queria um pai mas ainda doía o fato de ele ter me abandonado por eles, para ser pai de outro e não ter nem ido me procurar
-Já esta tarde pra querer brincar de pai, eu já passei pela fase de sentir sua falta, de perguntar por você, chorar
-Desculpa se te machuquei tanto assim, nunca foi minha intenção
-Você não sabe o quanto eu chorei por não ter meu pai comigo, não vou dizer que você não fez falta porque é mentira, fez sim e muito só que agora eu aprendi eu aprendi a viver sem você
Me soltei dele e fui correndo para o meu quarto e me tranquei, chorei tudo que doía, a falta que ele fez e faz, a raiva por ter me trocado, por Dylan tê-lo tido sempre por perto,chorei tanto que acabei adormecendo