De Outra Maneira escrita por Marie Claire


Capítulo 11
Capítulo XI


Notas iniciais do capítulo

Oi, lindos! Estou de volta ^^
Gente, quem me acompanha no twitter ficou sabendo que eu defini um dia para postar os capítulo da fic, todas as terças (estou postando esse logo a meia noite pq estou ansiosa para ele hahaha)! Assim, eu posso postar outros dias também (só depende de vcs u.u) mas terça é fixo! Pra quem quiser ficar por dentro da fic e me conhecer um pouquinho melhor, segue lá, @MarieClaire97!
Agora sobre o capítulo... Ficou um pouco maior do que o normal, e vocês entenderão o porque no próximo, hahaha! E ele começa sendo narrado pela Allana e termina pelo lindo do Cauê :3 Agora outros personagens vão narrar também hahaha
Queria agradecer a todos que estão comentando, favoritando e acompanhando a fic! Agradeço vocês também, leitores fantasmas, mas apareçam só um pouquinho, eu vou adorar vocês ♥
Ok, já falei demais U.u Boa leitura >



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Eu estava congelada. Emanuel estava praticamente me expulsando daquela casa! Ele parecia ser tão doce e gentil! Mas eu não era a sua filha. Claro que ele iria me querer bem longe, eu não poderia ocupar o lugar da verdadeira Allana. Ele preferia que eu fosse usada como isca para distrair Sabrina do que ficar em sua casa.

– O que está acontecendo aqui? – Perguntou uma voz feminina. Era Melissa, ela estava parada na porta do meu quarto, junto com Jacqueline e Lívia. As três olhavam incrédulas para dentro do quarto. Não demorou muito e Henry apareceu, com um sorriso de deboche no rosto.

– Quer dizer que a falsiane quebrou o quarto todo? – Henry disse, dando risada. Meu Deus, eu queria socar aquele garoto.

– Cale a boca, Henry! – Melissa gritou.

– Não me diga o que fazer, Melissa! – Henry rebateu. – Eu não sou mais seu noivo para você querer ficar dando ordens!

Todos, inclusive eu, olhamos incrédulos para os dois. Melissa parecia querer chorar e Henry estava muito sério. Os dois haviam terminado o noivado por minha causa? Eu estava me sentindo péssima, precisava sair dali o mais rápido possível. Percebi que Henry virou sua cabeça e focou o olhar em mim.

– Está vendo o que você fez, Allana? – Ele disse. Parecia com raiva. – Eu terminei meu noivado por sua causa! – O olhar dele varreu o quarto, que estava cheio de cacos de vidro no chão. – Você deve ser falsa, mesmo! A verdadeira Allana nunca faria isso! Tão doce... – Ele caminhou até mim. Emanuel se levantou, para Henry se abaixar e olhar em meus olhos. – Vocês são tão parecidas... Mas não é a minha Allana!

Fiquei confusa com aquelas palavras. Como assim eu era a Allana dele?

– Espera um pouco! – Eu disse, tentando entender. – Como assim, “sua” Allana?

Ele riu e mordeu o lábio inferior. Aquilo me assustou.

– Eu sempre fui apaixonado por você, ou melhor, pela Allana verdadeira. – Ele varreu o meu corpo com olhar e se levantou. – Só ia me casar com Melissa para ficar perto de você, já que ia casar com esse babaca aí. – Ele apontou para Cauê. Menos de um segundo depois, Cauê acertou um soco em Henry, que bateu as costas no guarda roupa e fez um barulho assustador. Cauê voou (literalmente) para cima dele, que apenas com um levantar de mãos, o fez ficar paralisado e o jogou longe. Ah, a magia... Poderia causar muitos estragos.

– Chega! – Emanuel gritou mais alto que o normal. Os dois olharam para eles, assustados. – Henry! Você está fora dessa casa! Agora! E Allana... Você vai ter que limpar essa bagunça antes de ir.

Bufando de raiva, Henry se dirigiu para a porta. Esbarrou em Melissa antes de sair, que estava chorando. Eu não conseguia mais olhar nos olhos dela, mesmo sendo a garota errada. Sem dizer uma palavra, Emanuel saiu do quarto todo bagunçado, deixando Melissa, Jacque, Lívia, Cauê e eu a sós. Fiquei pensando em como eu faria para ir embora daquele mundo. Eu teria que me virar sem a caixinha.

– Melissa. – Eu consegui dizer. Ela virou o seu olhar para mim. Não parecia irritada, mas triste. – Eu sinto muito. – Completei.

Jacqueline e Lívia estavam abraçadas, fungando. Melissa se aproximou de mim e me deu a mão, me ajudando a levantar.

– Você não tem culpa de nada. – Ela sorriu. – Henry que é um verdadeiro babaca.

– Mesmo porque eu sou a garota errada. – Abaixei o olhar. Melissa me abraçou bem apertado e percebi que ela realmente tinha algum sentimento por mim.

– Você é a garota certa. – Ela disse. Parecia convencida disso. – Tem alguma coisa muito errada nessa história e vamos descobrir o que é.

– Sim, tem sim! – Cauê envolveu o meu ombro. – Você é a minha Allana. Você tem que ser.

Percebi que ele queria acreditar que eu era a verdadeira, a sua Allana, mas ao mesmo tempo ele tinha medo de que eu não fosse. Suspirei e percebi que Lívia me encarava.

– Acho que esse toque precisa de um quarto de magia! – Ela disse e ergueu seu dedo indicador. Fechou os olhos, sussurrou algumas palavras e permaneceu imóvel. Então tudo no quarto começou a se mover. Os cacos quebrados se juntaram novamente, a TV voltou ao seu lugar de origem, o abajur e o telefone sem fio também. O quarto ficou novo, nem parecia que o furacão Allana havia passado por ali. Eu sorri em agradecimento.

– Obrigada, Lívia. – Ela sorriu também. Jacque estava com os olhos brilhando de lágrimas.

– Você é a nossa Allana. – Ela disse. – Eu tenho certeza desde que vi você no reformatório a primeira vez!

Eu estava ficando exausta. Alguns afirmavam que era eu, outros não. Emanuel é um bruxo muito poderoso, ele sabe quando algo está errado.

– Emanuel quer que eu vá embora. – Eu disse, esperando que eles me ajudassem a voltar para casa, ou para o reformatório, onde Sabrina estava me esperando.

– Você não vai. – Cauê me abraçou ainda mais forte. – Você vai ficar, até descobrirmos o que deu errado.

– Cauê! – Eu me virei para ele e encarei seus olhos. – E se eu for a errada?

Ele demorou alguns segundos para responder. Não porque tivesse dúvidas, mas porque seus olhos haviam começado a ficar marejados.

– Eu vou continuar te amando, porque no meu coração você é a garota certa.

Uma lágrima escorreu do meu olho direito. Eu abracei Cauê bem forte e ouvi um coro de “Awwwwwns” vindo das garotas.

– O fato é que vamos conversar com seu pai e ele vai entender, você vai ficar aqui. – Melissa disse.

Eu me soltei de Cauê e olhei para ela, que sorriu. Retribuí o sorriso.

***

– Você precisa comer, sério. – Cauê segurava uma bandeja com sopa de ervilhas e couve de Bruxelas. – Você não quis almoçar nem jantar.

– É sério, Cauê. Não estou com fome. – Eu estava deitada na nossa grande cama de casal. – Emanuel quer me ver longe, eu vou embora sem incomodar.

– Ele disse que vai pensar se você pode ficar mais um dia. – Ele colocou a bandeja na escrivaninha. – E ele vai deixar! Você vai ficar aqui!

Cauê me abraçou e começou a beijar todo o meu rosto. Eu sorri e o abracei mais forte, tentando encontrar os lábios dele, quando a porta se abriu. Eu levei um susto e Cauê se levantou rapidamente. Era Emanuel.

– Eu pensei no que você me pediu. – Ele disse sem cerimônias.

– E então? – Os olhos de Cauê brilhavam e ele sorria, esperando a resposta.

– A resposta é não. – Emanuel foi curto e grosso. O sorriso de Cauê se apagou. – Amanhã de manhã quero ela fora dessa casa e quero que vocês voltem para o mundo humano procurar pela minha Allana.

Sem esperar resposta alguma, meu ex pai bateu a porta do quarto com força, se retirando. Percebi que Cauê estava se segurando para não chorar.

– Eu vou com você. – Ele disse, me surpreendendo.

– Cauê, você não pode... – Eu comecei, mas ele me interrompeu.

– Lana, você é minha e eu sou seu. Se Emanuel quer que você vá embora, eu vou também.

Percebi que eu não ganharia aquela discussão. Eu apenas assenti, mas já sabia o que fazer.

Com toques de magia, Cauê arrumou suas malas. Minhas roupas estavam no reformatório e ele me garantiu que voltaríamos lá para busca-las. A noite foi muito divertida, cantamos, brincamos juntos e nos beijamos bastante. Quando fomos dormir, Cauê apagou, porém eu quis ter certeza de que ele estava dormindo para poder começar o meu plano.

De fininho, me levantei da cama. Fui até o banheiro e coloquei a roupa que eu estava vestindo hoje, uma calça jeans e camiseta (que eram da outra Allana, mas eu não tive escolha). Voltei para o quarto e percebi que ele dormia tranquilamente. Então, escrevi uma carta para ele, explicando sobre o meu paradeiro. A coloquei em cima da escrivaninha, ao lado da sopa que eu não havia comido. Por fim, dei um beijo em sua testa e saí do quarto. Foi fácil sair daquela casa, nada estava trancado. Saí pelas ruas escuras do mundo dos bruxos, afinal, deveria ser quase meia-noite. Estava um pouco mais afastada da casa de Emanuel e gelei ao sentir alguém tocar o meu ombro.

POV’S CAUÊ

Abri meus olhos devagar. Queria curtir a manhã com Allana o máximo possível, porque iríamos embora e eu não fazia a mínima ideia de onde iríamos. Mas eu daria um jeito, afinal, eu amo muito aquela garota. Mas havia um problema: Allana não estava na cama. Me levantei e fui até o banheiro da nossa suíte.

– Lana? – Chamei. Ninguém respondeu e o banheiro estava vazio. - Allana? – Eu chamei mais uma vez quando votei para o quarto. Nada.

Foi aí que eu vi um papel sob a escrivaninha, perto da sopa de ervilhas com couve de Bruxelas, que estava intocada. Reconheci que era uma carta, de Allana. Comecei a ler.

Bom dia, meu amor! Imagino que quando você estiver lendo essa carta, eu estarei bem longe. Sim, eu não poderia deixar você vir comigo e deixar a verdadeira Allana correndo perigo. Você deve procura-la e trazê-la para perto de todos que a amam. Deve se casar com ela. Não se preocupe comigo, eu ficarei bem, vou voltar para o meu lugar de origem e cumprir a pena por ter matado aquela garota inocente no acampamento.

Não se esqueça de mim, da falsa Allana que surgiu em sua vida, mas que já possui um sentimento enorme por todos daí. Diga para a Melissa que eu acho ela a garota mais fofa do universo e que eu sinto muito pelo que o Henry fez. Diga para Jacque e Lívia que elas são lindas e que eu as amo, desde que as conheci no reformatório. Diga para Emanuel que eu sinto muito por todo o transtorno, que nunca mais vou incomodar. E eu estou dizendo para você agora que eu te amo, você é o cara mais sensacional do mundo e a verdadeira Allana tem muita sorte. Sentirei sua falta.

Enfim, é isso. Eu te amo, Cauê. Eu ficarei bem. Com amor, Allana.

A carta estava toda molhada. Minhas lágrimas. Allana havia ido embora e eu não fazia a mínima ideia de como encontrá-la.


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Notas finais do capítulo

O que acharam??? Me digaaaam! A história vai ficar mais interessante daqui pra frente hahaha vejo vocês nos comentários! E não esqueçam de seguir @MarieClaire97! Bjs :*



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