Estava super curiosa para saber onde ele estava me levando e só fui descobrir quando nos aproximamos de um estabelecimento que fazia passeios turísticos aquáticos. Eu fiquei radiante, nunca tinha mergulhado antes e sempre tinha vontade de conhecer um pouquinho mais do mar.

Ele comprou nossos ingressos e um rapaz nos guiou para junto de um grupo de turistas que estava ali, o rapaz deu algumas explicações e orientações e depois nos guiou para pegarmos nossas roupas de mergulho, com todos já vestido adequadamente seguimos para o barco que iria nos levar para o local de mergulho.

– E ai pequena, gostou da surpresa? – perguntou animado.

– Se gostei? Eu adorei. – falei não me contendo de felicidade. Ele riu.

Os nossos guias falaram um pouco sobre o local, deram mais algumas instruções e ajudaram a colocar os cilindros de ar. Quando todos estavam prontos, foi liberada nossa entrada na agua. Eu e o peixinho sentamos na borda do barco, colocamos nossas mascaras, fizemos um sinal de ok e caímos na agua. Dentro d’água o peixinho segurou minha mão e lentamente íamos afundando, eu olhava para ele e não conseguia conter o meu sorriso que aumentava cada vez mais, assim como o dele também. Aquele mergulho foi incrível, vimos vários peixes diferente de cores lindas e uma tartaruga que gostou bastaste de nós, pois não sai de perto e ate me deixou nadar com ela. Eu segurava em seu casco e ela me puxava para um lado e para outro, eu ria bobamente para o moreno que me olhava com o maior sorriso. Quando nosso guia sinalizou para subir eu soltei a tartaruga dei um tchauzinho. Nadei ate meu amigo peixinho me agarrei em seus ombros e sinalizei para cima com um sorriso que dizia “pode subir!”. Ele riu balançando negativamente a cabeça com minha atitude e nadou para a superfície. Depois que voltamos para o barco ainda ficamos assistindo o maravilhoso pôr do sol. A tarde havia passado rapidinho e nem havia notado, era sempre assim quando estávamos juntos.

– Foi incrível, nunca irei esquecer esse dia, foi o melhor dia da minha vida. – eu disse fascinada e muito alegre depois que voltamos para terra firme.

– Sim, foi sim, e a melhor parte foi ver você nadando com aquela tartaruga, tanto você como ela estavam felizes. – ele disse com o maior sorriso.

– Como você sabe que ela estava feliz? – perguntei rindo.

– Porque eu sei. – respondeu dando de ombros. Eu semicerrei os olhos para ele de forma acusadora. Ele riu e me abraçou. – Vamos andando. – disse passando um braço pelos meus ombros. - Que tal irmos naquele restaurante ali comer alguma coisa? – perguntou apontando para um estabelecimento.

– Ótima ideia! Estou morrendo de fome, não comi quase nada hoje. – depois de toda a diversão a fome resolveu aparecer.

Caminhamos para o estabelecimento e ao entramos notamos que era bem chique, mas nem ligamos para nossas roupas, pois eu vestia um short jeans e uma regata branca e meu amigo peixinho uma bermuda cinza e uma blusa azul, nada muito arrumado para o local. Caminhamos para uma mesa e logo o garçom nos trouxe o menu que era bem variado e assim que vi que tinha lasanha não pensei duas vezes.

– Eu vou querer um pedaço de lasanha. – falei lhe entregado o menu.

– Eu também! – disse o moreno.

– E para beberem? – perguntou o garçom.

– O seu melhor vinho companheiro. – disse com um sorriso de lado. O garçom sorriu e se retirou.

– Vinho?! Hum... Interessante! – disse zoando. Logo o garçom retornou com duas taças e serviu nosso vinho e depois se retirou.

– Um brinde! – o peixinho falou levantando sua taça, eu levantei a minha, mas antes de brindar perguntei.

– Ao quer? – ele pensou um pouco antes de fala.

– A você, a mim, a nós, ao nosso dia. Você pode escolher. – ele sorriu que nem criança daquela forma contagiante. Brindei com ele e bebemos nosso vinho.

Ficamos conversando sobres diversas coisas, rindo e brincando ate que nossa comida chegou, e estava muito boa mesmo. O peixinho sorria a todo estante e isso era muito contagioso ate que meu sorriso morreu ao ver três pessoas entrando no restaurante.

– O que foi pequena? Até parece que viu um mostro. – ele perguntou. Eu joguei um garfo no chão e fingi me abaixar para pegar.

– Não é um mostro mais chega perto. – disse ainda abaixada. – É meu pai.

O peixinho olhou discretamente para trás para olha-lo. Para minha sorte eles foram para o outro lado e não me viram. Sentei-me direito na cadeira e suspirei de alivio, nem imagino o que ele faria se me visse ali.

– Então melhor pedir a contar para irmos embora. – o peixinho falou fazendo um gesto para o garçom trazer a conta.

Depois que ele pagou a conta, saímos caminhado de volta para praia, sempre brincando, sorrindo e implicado um com outro.

– Você pode ate ser rápido dentro d’água peixinho, mas em terra você é uma lesma lerda. – disse o insultando e sai correndo.

– Vou lhe mostrar a lesma lerda. – gritou correndo atrás de mim.

Eu corria e gargalhava ao mesmo tempo, logo rapidinho ele me acompanhou.

– Você que é uma lesma lerda. Tá com você agora. – disse tocando meu braço e correndo mais rápido.

– Eu vou lhe pegar peixinho. – eu corria o mais rápido e já estava quase alcançando, porem acho que ele estava diminuído o ritmo só pra eu alcança-lo. – Eu disse que te pegava. – corri mais um pouco e pulei em suas costas.

– Certo você não é mais uma lesma lerda. – comentou ainda rindo.

– A gente parece duas crianças. – disse ainda em cima de suas costas.

– Senhores passageiros queiram apertar os cinto, pois nosso destino se aproxima. – ele falou imitando um piloto, na hora eu não entendi, mas assim que ele começou a correr com os braços aberto feito um avião eu me segurei firme. – Senhores passageiros, obrigado pela viagem e tenham um bom desembarque. – falou quando estávamos em frente a minha casa. Ainda rindo desci de suas costas.

– Obrigado meu peixinho piloto! – eu o abracei sorrindo de orelha a orelha. – Boa noite!

– Boa noite! – ele falou e beijou minha testa. – Até amanha!