Com você é mais divertido escrita por Filha de Poseidon


Capítulo 4
Capítulo 4


Notas iniciais do capítulo

♆ Olá amores que estão lendo, aqui estou com mais um capítulo. ♆



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Os meses foram passando e cada dia mais ansioso e animado eu ficava para revê-la novamente, estava tão perto e mesmo assim demorava tanto. Enfim o aguardado mês de agosto chegou, agora era só esperar e para minha infelicidade logo naquele dia Zeus convocou uma reunião. “Porque hoje Zeus” E para aumentar ainda mais minha infelicidade era mais um de seus monólogos.

– Blá! Blá! Blá! Blá! Quando eu penso que ele não pode se superar em seus monólogos, me engano em cada nova reunião. – sussurrei para Apolo ao meu lado.

– Nem me fale. – concordou.

Eu me virava pra um lado e me virava pro outro, olhava pra cima e olhava para baixa e nada dele terminar de falar, foi quando eu sentir... Sim... Ela estava na água...

– Algum problema tio? – perguntou Apolo quando eu me endireitei no trono. Não só ele como todos olharam para mim. Talvez meus movimentos foram rápidos de mais.

– Algum problema Poseidon? – perguntou Zeus.

– Já faz algumas horas que você fala Zeus, estamos cansados, que tal um recesso de 20 minutos. – falei tentado controlar e disfarçar minha felicidade.

– Também acho uma boa ideia meu pai. – falou Ares e eu o agradeci mentalmente.

– Esta bem então 20 minutos e depois voltamos. – Zeus falou.

Ainda tentando controlar minha ansiedade, sai da sala dos tronos o mais calmo possível e quando cheguei ao pátio me tele transportei para agua.

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Um ano... Era para ser apenas mais um ano, como qualquer outro, mas aquele foi o ano mais demorado de todos. Havia completado meus 18 anos e com isso veio mais responsabilidade, mais irritações e nem vamos começar a lista do mais, porque se não, não paramos mais. Meu irmão estava com um ano de idade e era a preciosidade da família, você nem imaginam o quanto meu pai babava aquele menino. Acho que no fundo da minha irritação o que eu sentia mesmo era ciúme por nunca ter tido todo aquele carinho do meu pai. Talvez fosse isso... Enfim deixando isso de lado e resumindo esse ano que passou, continuava cursando contabilidade contra minha vontade, administrava 1% das ações do meu pai. Você pode pensar que 1% não é nada, mas 1% das ações que ele tinha era muita coisa para uma jovenzinha administrar. Então logo você imagina o quanto ele estava pegando no meu pé. Tempo para me divertir? Não, não tive, era da faculdade para empresa, da empresa para casa onde tentava conciliar o tempo em fazer as atividades, os relatórios e os documentos, e ainda ouvir as reclamações do meu pai, um mini-inferno se Hades me permite dizer. Pois é, esse foi meu ano.

Quando cheguei naquela casa de praia, parece que um peso foi tirado das minhas costas, acho que Atlas voltou do passeio e pegou o céu de volta, se é que você me entende... Corri para meu quarto troquei de roupa e coloquei a minha preferida, se você pensou na de surf acertou, depois corri para pegar minha prancha, limpei e corri para praia, deixando um Sr. Walk para trás furioso. Eu me joguei ao mar, e foi maravilhoso sentir aquela sensação novamente, peguei uma onda, mas levei um caldo, muito tempo sem surfar da nisso. Agora só faltava uma coisa para melhorar... Nadei um pouco mais para o fundo onde as ondas não quebravam, deitei na prancha de barriga para cima admirando aquele lindo céu azul e aguardei...

– Veja pelo lado bom, foi só um ano. – sua voz era animada. – Que mais se pareceram décadas. – ainda olhando para o céu eu sorri, lembrando o dia em que ele havia falado aquilo.

– É realmente se passaram muitas décadas. – falei e me virei na prancha pra lhe olhar. – E as décadas foram generosas com você, continua igualzinho como eu me lembro. – seu sorriso era de orelha a orelha.

– Digo o mesmo para você pequena. – ah como senti falta de ouvir esse apelido que ele me dera. – Mas e então, não ganho nem um abraço?

– Claro que sim meu peixinho. – pulei na água e o abracei bem forte.

– Huuuummmm... Que saudades. – ele falou, me abraçando ainda mais forte. – Se eu pudesse não te largava mais sabia?!

– Mas como você não pode... Pode ir me largando já – disse fazendo cosquinhas nele.

Quando nos separamos, o som de um trovão ecoou ao longe, o vi olhar para o céu e seu semblante mudar. E quando ele olhou pra mim novamente, notei na hora que ele deveria estar em outro lugar, mas que não queria ir.

– Sabe peixinho... – disse olhando em seus olhos. – Sei que és um peixinho ocupado... Que tal nos encontrarmos mais tarde? Até porque também tenho que arrumar minhas coisas. – ele apenas sorriu e concordou. Sorri de volta e nadei para praia voltando para casa.

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Essa garota era incrível, sei que pelas leis divinas nós não poderíamos ser amigos, sei que tinha que contar a verdade para ela, mas nossa amizade era tão forte que impedia de me afastar. Logo que ela se distanciou mergulhei e depois voltei para o Olimpo.

– Eram 20 minutos e não 25. Pescador! – Atena falou quando entrei.

– Se só faltava eu, aqui estou, podemos retornar ao nosso tão maravilho conselho. – disse sarcástico sentando em meu trono. Atena me fuzilou com seu olhar, mas eu apenas ignorei. Zeus voltou ao seu monologo de duas horas até que o encerrou. Estava caminhando para fora quando Afrodite me acompanhou.

– Querido Poseidon. – dizia ela com um sorrisinho no rosto. – Quando o senhor voltou notei uma aura de felicidade ao seu redor. Poderia eu saber o motivo? – perguntou toda feliz.

– Outro dia, talvez. – respondi com um sorriso enigmático. Em seguida comecei a me dissolver e antes de sumir pude ver o seu sorriso aumentar.

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De volta em casa coloquei a prancha na varanda e subir para meu quarto tomei um banho, vesti um short e uma regata e fui arrumar minhas roupas, logo deu a hora do almoço, desci as escadas e antes mesmo de chegar à sala já escutava meu pai brincando com seu filho.

– Cadê meu garotão! – dizia ele, jogando o garoto pro alto que gargalhava muito.

Laura estava sentada no sofá ao lado sorrindo para os dois e tirando varias fotos. Uma cena linda de se ver. Mas para mim era a pior de todas. Aquela felicidade deles me machucava, me irritava, fazia meu sangue ferver e meu ódio aumentar ainda mais... Mas eu já vinha convivendo com aquilo durante um ano, então respirei fundo, coloquei a melhor expressão de indiferença no rosto e continuei andando. Então o Sr. Walk me viu e mudou de postura, ficando serio e colocando o garoto ao chão que saiu andando para sua mãe que o colocou nos braços.

– Lohany o Marco me ligou e confirmou nossa nova filial em Nova York.

Ao ouvi isso meu mundo parou, aquele assunto já vinha cedo discutido há muito tempo e sendo o motivo de varias brigas, porque meu pai queria que eu fosse pra lá.

– Não pai, por favor. – eu implorei.

– Já discutimos isso Lohany. – disse rígido.

– Mas pai é do outro lado do mundo, eu ainda nem terminei a faculdade e nem conheço ninguém lá.

Eu estava angustiada, não queria mudar de cidade e ir morar do outro lado do mundo, eu ainda não estava preparada para assumir uma responsabilidade tão grande assim, eu só tinha 18 anos, queria me divertir, sair com os amigos, ir pras baladas, namorar, esse tipo de coisas que adolescentes da minha idade fazem... A ultima coisa que eu queria era uma empresa para administrar.

– Nada de mais pai ou menos pai, isso já foi decido, agora para de agir feito uma criancinha mimada e assuma a responsabilidade. – ele falou curto e grosso.

Arg! Eu queria gritar, mas nada mudaria, respirando fundo para tentar acalmar a raiva sai o mais rápido dali batendo a porta com força. Caminhei um bom tempo sem direção, com toda aquela raiva perdi a fome, mas eu tinha que comer algo, então fui ate um quiosque ali perto e pedi uma vitamina. Enquanto espera alguém chegou e me abraçou por trás, eu fiquei tensa, mas ao reconhecer aquelas braços relaxei.

– Olá pequena. – logo um sorriso nasceu em meu rosto.

– Oi peixinho. – disse me virando para ele. – Pensei que íamos nos encontrar só mais tarde?

– Fiquei desocupado e vim para cá. – respondeu colocando os braços atrás da cabeça rindo.

– Aqui gatinha sua vitamina. – falou o rapaz do quiosque chamando minha atenção, notei que o peixinho não gosto daquilo, mas disfarçou. Peguei minha vitamina e puxei o moreno.

– Vem vamos nos sentar ali. – caminhamos para umas arvores que faziam sombra e nos sentamos na areia. – Então o que andou fazendo nos últimos meses? – puxei assunto.

– Ah você sabe, sou um peixinho, nadei bastante. – aquela sua resposta foi tão espontânea que não tinha como não rir.

– Bobo! – falei e ele riu.

– Serio, nadei bastante. Lembra que eu falei que iria atravessar o mar nadando? Pois é, eu fiz isso. – ele falava e eu só ria da cara dele. E como se eu estivesse falando com uma criança de 5 anos de idade disse:

– Nossa estou impressionada, você é um super peixinho. – meu tom de voz misturava zoeira e diversão. Ele fez careta e mostrou a língua literalmente como uma criança de 5 anos. Eu apenas ri balançando minha cabeça com a cena e voltei a tomar minha vitamina.

– E você pequena, o que andou fazendo? – ele perguntou se deitando na areia e colocando a cabeça em minhas pernas. Com a mão livre acariciei seus cabelos revoltos e encarei o mar a minha frente.

– Nada diferente do que já te contei nas ultimas férias, continuo na faculdade e ainda trabalho na empresa do meu pai. – disse suspirando.

A única novidade era que iria morar do outro lado do mundo e não iria mais ver ele, mas isso eu não precisava contar.

– Ok! Vamos esquecer a faculdade e o trabalho e vamos nos divertir. – ele falou animado e se levantando rapidamente, vi em seus olhos que ele não me queria triste. – Vem. – disse estendendo a mão para me levantar.

– E a onde não vamos? – perguntei aceitando sua mão e sendo puxada.

– Surpresa! – foi somente o que ele disse.


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Notas finais do capítulo

♆ O que vocês acham que é a surpresa? hum.....♆
♆ E o que estão achando da historia estou gostando ou não?♆
♆ Por favor me mandem uma luz! srsrsr ♆