Lucy estava sentada em um canto, cercada de garotas da equipe de torcida. Cana, Levy, Bisca e Ezra. Todas conversavam animadas sobre o jogo.

– Ai meninas aquele passo eu acho tão sem graça. Podíamos mudar pra algo diferente. O que acha Lucy? – Cana perguntou.

– Vocês podiam fazer algo mais elegante, misturar balé com passos modernos.

– Uau Lucy que ideia...- Cana começou a dizer.

– Brilhante! Daria um toque de classe as nossas rotinas. Acho que seria bem bacana. – Levy adorou a ideia, apoiando a amiga.

– Mas não conhecemos ninguém que entenda de balé para nos ajudar. – Cana tentava fazer as garotas mudarem de ideia.

– Na verdade... – Lucy estava prestes a dizer que dançava balé desde criança quando Lisanna passou pela porta da churrascaria abraçada ao Natsu.

– Eu conheço alguém que sabe balé desde criança, não é pequena Lucy? – a ruiva comentou – Voce dançava quando era criança não é verdade?

As garotas se impressionaram. Elas se esqueciam do detalhe de Lucy ser filha de um grande empresário milionário.

– Por que voce não entra na equipe de torcida? – Lucy se espantou com a pergunta. Ela havia se dispersado da conversa no momento que viu Natsu com Lisanna e se sentando longe dela, na outra extremidade do salão.

– Eu o que, Bisca?

– Entra pra nossa equipe de torcida. Voce podia nos ensinar alguns passos de balé e tudo mais.

– Vou pensar na oferta. Obrigada. – Levy havia percebido a mudança de humor da amiga. Sabia que Lucy estava com ciúmes de Natsu. E estranhou o modo como a albina havia voltado a falar com o garoto assim, de repente.

A azulada observava Natsu conversando com o resto do time sobre a partida e Lisanna estava ao seu lado, sorridente. Levy sabia que Lucy sentia algo além de amizade por Natsu.

– Ezra, poderia vir comigo ao banheiro? – pedira Levy, já puxando a ruiva para o local.

– O que foi Levy? Não entendi por que me trouxe aqui.

– O que voce acha da relação entre Lucy e Natsu?

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Natsu se sentou próximo a Gray e Juvia estava próxima, admirando o moreno. Os dois conversavam sobre a partida e o rosado se esbaldava na comida.

– Realmente eu amo churrasco. Poderia comer todo dia que não me cansaria.

– Voce é muito comilão Natsu. – Gray retrucava, comendo tanto quanto o garoto.

– Olha o quanto voce já comeu e vem falar de mim. – nesse momento os dois viram o ultimo pedaço de carne na grelha. Começou então uma guerra: Gray e Natsu ficaram discutindo para ver de quem seria o pedaço. Todos riram da situação e enquanto os dois estavam distraídos, Gajeel come a carne. Nesse instante os garotos perceberam o que aconteceu e há uma grande confusão envolvendo os três primeiranistas.

– Que bagunça toda é essa ai? – Ezra com as mãos na cintura, se aproximou dos três garotos, que ficaram estáticos.

– Na... nada não Ezra.- Natsu e Gray se sentaram de cabeça baixa.

– O que houve?- A ruiva perguntou a Juvia que disse o que havia acontecido.

– E que é voce pra falar alguma coisa aqui garota? – Gajeel fala, o que faz todos se espantarem. Ezra era conhecida por toda a escola como a garota mais forte e durona. Foi só ela lançar um olhar de reprovação de Gajeel ficou assustado, mas manteve sua postura.

– Gente, foi só uma brincadeira entre esses meninos bobos. Vamos continuar a festa que tal? Ezra, eu soube que aqui tem sobremesas deliciosas com morango. Não quer dar uma olhadinha no cardápio?- Levy intrometeu-se e colocou o cardápio na frente de Ezra, que esqueceu tudo e voltou a normalidade, o que fez o clima do ambiente menos hostil e todos voltaram a festejar.

– Uau, Levy! Não sabia que voce conseguia controlar a Erza. Na verdade nunca a vi daquela forma. O que aconteceu?

– Bem, Lucy, a Ezra é bem durona, mas quando se trata de doces, principalmente bolo de morango, ela se transforma, e fica parecida com a Mirajane.

– Então é só dar um bolo de morango para ela se acalmar?

– Basicamente isso. Nesse momento Lucy viu Gajeel sentando em um cando, mais afastado de todos. Ele olhava para Levy e quando Lucy o pegou em flagrante, o garoto se virou, fechando a cara para ela.

– Sabe Levy, acho que você poderia conversar um pouco com o Gajeel. Ele as vezes olha pra você. Nunca percebeu isso?

– Aquele brutamontes? Há! Ele só serve como lutador e olhe lá. Não sabe nem conversar com as pessoas.

– Vai lá Levy. Lembre-se: você é a representante dos alunos do 1° ano. Ele tem que te obedecer e respeitar.

– Bem, eu..

– Vai logo! Hihihihihi- Lucy sorria por deixar sua amiga constrangida. Ela não sabia se Gajeel gostava da baixinha, mas ele deveria ao menos agradecer por ela ter salvado o garoto de uma briga com Ezra.

Natsu se aproximou de Lucy, com um prato cheio de frango e vegetais.

– Parece que voce não comeu nada. Toma. – com a confusão, as meninas estavam agora conversando umas com as outras, e Natsu se sentou ao lado da loira.

– Obrigada. Eu estou mesmo com fome. – Lucy então começou a comer pequenas porções, lentamente e em silencio. Natsu então apoiou o cotovelo na mesa e logo a cabeça na mão, e ficou admirando a garota comer.

– Por que está fazendo isso? – Disse Lucy, timidamente. Ela não gostava que outros a vissem comer.

– Eu gosto.

– De me ver comer?

– Sim. É legal dar comida para as pessoas. Comer deixa a gente feliz. E ver alguém que gosto comer me deixa feliz.

Ouvir aquelas palavras deixaram o rosto de Lucy tão vermelho como um pimentão. Ela ficara nervosa pelo que tinha ouvido e acabou engasgando.

– Voce tá bem? A comida tá apimentada demais? Lucy, voce tá passando mal? – As perguntas do rosado chamaram atenção de muitos alunos, que começaram a perguntar o mesmo.

– Não. Eu estou bem. Só engasguei. Obrigada pessoal.

Lisanna observara Natsu durante todo o tempo que estiveram na churrascaria. A albina estava com muita raiva de Lucy por ter roubado seu “ namorado”, o que também a deixava triste, por perceber que ele preferia a loira a ela.

Todos foram embora. Lucy teve que ir com Capri, pois seu pai não permitia que a garota andasse sozinha pelas ruas da cidade. Ela então levou Natsu, Mirajane e Lisanna de carona, embora a albina tenha ido contra seu favor.

Natsu foi o ultimo a se despedir de Lucy, saindo do carro por ultimo. Quando estava na porta de sua casa, o rosado voltou correndo, pediu para Lucy abaixar o vidro do carro e, somente com a cabeça dentro do mesmo disse:

– O gol que eu fiz no inicio do jogo foi pra voce tá? Boa noite.- e saiu correndo, entrando em casa.

– Senhorita Lucy, posso fazer uma pergunta? – Capri pediu, quando estavam passando pelos portões da mansão. – Tem certeza que ele é só um bom amigo?

Lucy não escutou o que Capri dizia. Ela estava tão nervosa pelo rosto do garoto ter ficado a centímetros do dela, e escutado aquelas palavras, que ela estava em choque. Mecanicamente, ela saiu do carro e entrou em casa.