Ninguém rouba de mim escrita por Costa


Capítulo 1
Capítulo Único


Notas iniciais do capítulo

Fala gente. Fiz essa one como um desafio proposto por uma amiga da faculdade. Ela duvidou que eu terminaria em 2 aulas e esse é o resultado. Espero que gostem.



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Rumpelstiltskin estava em seu habitual costume de transformar palha em ouro quando Belle o interrompeu:

-Rumpelstiltskin, eu queria pedir um favor.

Ele parou de fiar por um instante e a olhou com certo desprezo antes de responder:

-Um favor? Por que eu haveria de lhe conceder um favor?

-Por que eu ficaria contente e, mais feliz, limparia melhor os móveis, lavaria melhor as roupas. Faria minhas tarefas melhores.

-E o que seria esse favor? –Ele voltou a fiar e mostrou desinteresse.

-Eu fiquei sabendo que há uma feira na cidade e queria saber se não posso ir. Fiquei sabendo que haverá vendas de livros.

Ele parou de fiar, novamente, e levantou-se para responder:

-A biblioteca que tenho aqui já não é o suficiente?

-Sim, é, mas queria ver se há novos exemplares por lá. Se desconfia que fugirei, venha comigo.

-Ora, por favor! Acompanhar uma reles empregada? Tenho coisas mais importantes para fazer.

-Permita-me que eu vá, por favor.

-Não.

Ele virou-se e voltou a sentar-se em sua roca e começou novamente a transformar palha em ouro. Belle, não se dando por satisfeita, foi até ele e se abaixou a sua altura.

-Por favor, Rumple.

Ela suplicou-lhe enquanto lhe tocava o ombro para chamar a atenção. O simples toque fez Rulpelstiltskin se incomodar e se levantar a fim de criar mais espaço entre eles.

-Digamos que eu permita você ir, como pretende pagar os livros? Não sei se já se esqueceu, mas você é minha escrava e não possui bens.

-Você poderia me dar um pouco desse ouro que tanto fia. Acho que seria justo depois de tudo o que faço.

-Tudo o que faz? Tudo o que faz é perturbar-me e ler esses livros. Os móveis estão cheios de poeira.

-Por favor...

-Tá, pegue o quanto de ouro que quiser. Será bom ter um pouco de paz por aqui.

Belle havia ficado tão contente que, num impulso, abraçou-o como agradecimento. Rumplestiltskin não retribuiu o afeto, apenas sentou-se novamente em sua roca enquanto Belle, alegremente pegava um pouco de ouro para sair.

-Tchau, Rumple!

Ela ia abraça-lo, novamente, mas ele se afastou.

-Suma daqui antes que mude de ideia.

Ele fez um feitiço que a deixou quase na cidade. Ela iria reclamar, mas estava tão feliz que preferiu não fazê-lo. Ela caminhou um pouco e chegou onde acontecia a feira. Era tumultuosa. Havia gente para todos os lados. Havia desde vendas de animais a os amados livros. Belle se encantou quando avistou o produto de seu interesse. Rapidamente se pôs a vasculhar os exemplares a procura de algum que não tivesse na biblioteca de Rumple. Achou alguns e os comprou a ouro. Só não percebeu que era observada por um grupo com más intenções.

Após a compra, sua intenção era caminhar de volta para o castelo. Além dos livros, não havia mais nenhum produto que chamasse sua atenção ou que necessitasse. Passaria pelo bosque para cortar caminho, porém, ao adentrar lá, 3 homens a renderam. Eles haviam visto que ela era diferente dos demais. Tinha classe e ouro. Supuseram que fosse a filha ou a esposa de alguém importante. Ela poderia valer muito se pedissem um resgate.

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Já era noite e, por mais que quisesse negar, Rumpelstiltskin estava preocupado. Sabia que Belle já devia ter voltado. Já havia dado tempo suficiente.

-Onde estará aquela criada? Só está faltando ter se distraído no caminho e parado em algum lugar para ler. Há afazeres para se fazer nesse lugar.

Ele, sem pensar muito, fez um feitiço que o transportou para a feira. Logo avistou a banca dos livros e, usando seus poderes, extraiu a informação que queria do vendedor e teve a certeza que Belle havia passado por ali mais cedo. Agora tinha certeza: Algo errado aconteceu.

Procurou pelo local e nem sinal dela. Decidiu fazer o caminho a pé e ver se achava alguma pista. Achou. Encontrou um livro caído na beira da estrada. Não lhe restava duvidas de quem era. Sem entender, sentiu uma raiva inexplicável. Queria matar o ou os responsáveis por aquilo. Precisava encontrar Belle e só havia uma maneira: Um feitiço de localização. Voltou para seu lar para procurar por algo que fosse de Belle, mas não foi necessário. Achou um bilhete na entrada onde pediam um resgate em uma enorme soma de ouro.

-Quer dizer que uns bandidinhos acham que podem sequestrar minha criada e saírem impunes? Eles não sabem quem é o senhor das trevas.

Ele fez um feitiço que o levou ao local indicado no bilhete. Era uma caverna. Lá, Belle estava amarrada enquanto os homens bebiam e já comemoravam a possível fortuna que ganhariam.

-Acham que podem roubar de mim, roubar minha criada? –Rumple disse com um tom sarcástico.

Os bandidos se assustaram e se puseram em posição de batalha, empunhando espadas e facas. Um deles segurou Belle e lhe colocou uma faca na garganta.

-Mais um passo e mato sua noivinha. –O bandido disse.

-Minha noivinha? Poupe-me! Não tenho tanto mau gosto...

Apenas com um movimento de mágica, ele desamarrou Belle e a colocou a uma distancia segura dos bandidos. Com outro movimento de mágica os levantou no ar e começou a sufoca-los, porém, Belle o segurou e suplicou-lhe:

-Por favor, não os mate.

-Mas eles iam matá-la!

-Um crime não justifica o outro.

-Ninguém rouba de mim.

-Façamos um trato: Se prometer não mata-los, prometo trabalhar mais e ser mais atenciosa às tarefas. Não pode recusar um trato.

Rumpelstiltskin sentia enorme desejo de assassina-los ali mesmo, mas não resistia a um trato. Com um pouco de irritação os soltou. Os bandidos caíram no chão sem nenhum fôlego.

-Obrigada!

-Vá cumprir sua parte do trato.

Ele a transportou para o castelo.

-Agora vamos cuidar de vocês. Nunca quebro um trato e não posso mata-los, mas isso não me impede de transformá-los no que são: Ratos.

E foi o que ele fez. Transformou os bandidos em ratos e voltou para seu lar. Belle o aguardava.

-O que fez com eles?

-Não se preocupe, trato é trato e não os matei.

-Por que foi me salvar? Sempre diz que sou insignificante?

-Preciso de uma empregada que limpe esse local.

-Mas pode fazer isso apenas com um toque de magia.

-Minha magia é preciosa para gastar com coisas insignificantes como tirar o pó. Para isso, tenho você.

Belle o abraçou como agradecimento e lhe disse, em seu ouvido:

-Você não é tão mau quanto quer aparentar. Obrigada por me salvar.

Ela ia se afastando, mas ele a chamou e ela se voltou para ele.

-Achei essa porcaria no caminho. Acho que é seu. –Disse, jogando-lhe o livro que achou na estrada.

Belle o pegou e foi feliz fazer suas tarefas. Quanto mais tempo passava com Rumpelstiltskin, mais percebia que havia um homem por trás da fera.

Fim.


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Notas finais do capítulo

E aí, gostaram?
Um comentáriozinho com vossa opinião não seria mal.
Agradeço por lerem e forte abraço!



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