Eddie e Seus Peugeots: 2014 escrita por Eddie Peugeot


Capítulo 2
Os Irmãos Peugeot




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[set POV, Eddie Peugeot]

[set place, Maués]

[set date, day 21, month september, year 2014]

[Mansão do Eddie, Santa Luzia, Maués, Amazonas – 09:50min]

“Como vai aí em Maués?” – ela pergunta.

“Normal, Ka.”— respondo.

“Ai, Eddie, já tô com saudades de ti, seu gato!”— pergunta.

“Calma, sua linda”— respondo – “segure sua ansiedade, sua totosa! Daqui alguns dias quando acabar com essa bagaceira chamada eleição, eu pago a sua viagem pra cá, minha queridinha”.

“Ai, Eddie, para de me chamar assim que tô ficando com vontade de te agarrar!”— ela responde.

“Karolyina, se segura. Dia 27 de outubro, prepare as malas, vá para Congonhas, pegue o meu jatinho particular, e mais tarde... você já sabe”.

“Tá bom, Eddinho”— fico vermelho toda a hora que ela me chama assim – “a gente se conversa na próxima, tá? Bjs”— termina.

Eu acabei de conversar com Karolyina Dortmund pelo bate-papo no Facebook. Lógico, meu status de relacionamento é “sério com Karolyina Dortmund” depois de três meses de solteiro. Mesmo estando distante de São Paulo para Maués, a gente se conversa exatamente pelo Facebook, e pelo Whatsapp. Se ela estivesse comigo nessa viagem, ela ficaria completamente colada em mim.

Mesmo que muitos podem duvidar do físico corporal dela, por ser uma moça com curvas e pouquinho gordinha, ela gosta de ser comparada. Recentemente, ela me disse que se parece com tal de Erica, uma versão genderbend (sexo trocado) de Eric Cartman do South Park, de um blog de perguntas no Tumblr.

Diferente da amiga dela, Karolyina gosta das minhas opiniões que eu faço sobre a atual situação do país.

Ah... mas ela também gosta de me enfeitiçar... com aquele busto dela...

Deixando a intimidade de lado...

Mas o quê...

Não, não acredito... Não acredito o que estou vendo pela lista de amigos no perfil dela!

É ela...

O que ela está fazendo na lista de amigos da Karolyina?

Depois de 18 anos, ela está... mais linda desde que encontrei ela pela primeira vez!

Morando em... Campinas? Formado na Universidade Federal do Amazonas no curso de Análise e Desenvolvimento de Sistemas; nascida em Maués no dia 07 de janeiro de 1980; solteira... Solteira?

Caralho... eu quero que ela esteja na minha lista de amigos... estou com tantas saudades dela... para isso, tenho que clicar na opção “Enviar a solicitação de amizade”...

— NÃO! – fecho o notebook instantaneamente, assustado com o que vi.

Meu, Deus, do, céu... Lindinez Ferruccio de Souza... como você está linda desde que te conheci há 18 anos... você mudou... agora morando em Campinas...

“The day the whole world went away...”

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—/-/-

— Certo, chapa... Teléze, meu mano está bem preparado, aliás, ele acabou de chegar lá dos paulistas. Lógico, ele veio abarrotado de problemas, mas ele vai solucionar. Lá ele acunhou uma acreana de Itaquera! Eu sei que ele é amuado de ficar aperrado, mas vai ficar tudo bem. Ok, tá bom – desliga.

— E AÍÍÍÍÍÍ MANO? – grita freneticamente Freddy – Tudo jóia?

— Tudo bem – responde o irmão.

— O que houve mano? Eu já sei... o nome dela é Lindinez Ferruccio...

— Eu avisei pra não retomar esse assunto, caralho! – interrompe Eddie com raiva, dando o soco na janela – pare de se lembrar dela porque odeio fofocas sobre ela!

— Mas ela era tão gostosa na época que... – Eddie pega-lo no pescoço com raiva, ameaçando a socá-lo.

— Se você inventar mais uma fofoca sobre a MINHA AMADA LINDINEZ... você vai parar no leito de hospital com NARIZ QUEBRADO!

— Tá... bom... – diz com medo da ameaça do irmão, no qual é empurrado pra trás, e tosse porque o irmão estava o engasgando – Mano... acabei de ligar para o cara do ferro-velho e ele está te oferecendo um trabalho... – tosse – pra roubar um carro de luxo, é de um dos vereadores de situação.

— É mesmo, Freddy?

— Borimbora, mano. Eu explicarei todo esse processo de roubar essa caranga pra levar para o ferro-velho.

— Não é brincadeira, não?

— Eu não estou brincando não, mano! Telézo?

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—/-/-

[Estrada dos Moraes]

[On board, Fiat Uno Mille Way 2012, blue colour]

— Mano... Quero saber sobre essa tal da Karolyina Dortmund: qual é o nome verdadeiro dela?

— Nome dela? Carolina Dortmund Souza. Ela usa esse apelido Karolyina desde quando era criança.

— Nossa, mano. Esse é o segundo nome que já conheci raramente. Primeiro Lindinez, agora Karolyina.

— Se não sei se você viu, o cabelo dela é pintado de azul, e uma mecha loira na franja.

— Cabelo azul, mano? Já me lembrei de uma coisa... “Azul é a Cor Mais Quente”.

— “Azul é a Cor Mais Quente” é o apelido que dou para a minha funcionária e sócia por causa do cabelo. E outra coisa, eu já assisti esse filme, depois de tanta estranheza das minhas funcionárias ficarem falando sobre esse filme.

— Mas você TINHA cabelo azul, só que natural, mano. Herança genética do nosso pai e do nosso avô... parece que essa saudade da cor azul fez você arrumar essa gata filé. Você tem cinco coisas azuis na sua vida: Caprichoso, este carro, seu antigo cabelo e sobrancelha, New England Patriots, e Karolyina.

— Ok, Freddy, fecha logo esse assunto e me diga onde fica essa casa desse vereador por onde iremos arrancar o carro para o ferro-velho!

— Certo, mano: esta casa fica localizada na Avenida Antártica, em frente da descida destruída nos arcos. É uma casa de luxo, com muitas árvores ao redor do jardim. O acesso sem ser percebido pelas câmeras é pela uma casa abandonada ao lado. Quando a gente chegar lá, explicarei como iremos tentar invadir sem ser notado.

— E o carro?

— É um carro de luxo... há dois carros pelo local: um jipe, e um sedã de luxo.

Freddy Peugeot pode ser um brincalhão por querer fofocar alguns assuntos meus, mas em assuntos sérios, ele dá mais detalhes de trabalhos que ele me dá pelo cara do ferro-velho. Ele pode elogiar muito excessivamente Karolyina, Brena, Lindinez, mas o único termo que eu odeio que ele fale sobre elas é o termo “gostosa”. Mas a Karolyina gosta mais, como disse antes, de ser comparada é pela tal Erica, a versão genderbend de Eric Cartman do South Park de um ask blog do Tumblr; para ela, “é a mais gostosa assim com a própria Karolyina”.

Só que o meu irmão tem muitos desejos sexuais. Para tentar amenizar, ele passa um bom tempo no tablet acessando aquele site erótico chamado “hentai” conhecido como “Rule 34”... assim como eu, ele gosta de magras e gordas. Ele está solteiro, porque a ex-namorada dela é irmã de um inimigo meu, e ambos se desentenderam, acabando com o namoro.

Pra falar a verdade, desde que comecei a ter relacionamento com Karolyina... toda a hora quando durmo... não tem outro assunto para sonhar... só sonho sempre... com ela... agarrando... e fazendo que eu sinto ela por dentro.

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—/-/-

[Avenida Antártica, Santa Tereza]

“Hey... Can we stop? Me, I’m Not”

— É aqui, mano. Aquela casa aí está recheada de árvores para tentar camuflar a área, mas na verdade é uma mansão digno de Hollywood – aponta Freddy para o local – e ao lado por onde estamos perto dessa casa – vira e aponta para uma casa de madeira abandonada – é onde nesses cercos de madeira dá o acesso facilitado para invadir sem ser notado pelas câmeras.

— Freddy, mas se houver cães-de-guarda, eles vão alertar e atacar a gente?

— Relaxa, mano! Acabei de conferir que esse dono do imóvel não tem cães-de-guarda, então, podemos invadir sem sermos notados.

— Então, vamos logo, antes que o cara pode sair a qualquer momento – saímos do carro e depois cruzamos a avenida para o outro lado.

Entramos pelo local da casa abandonada, depois andamos pelo entorno da casa abandonada, e, sem a vista do pessoal que estava andando pela calçada, tentamos subir um por vez no cerco de madeira. Conseguimos, e nós dois estávamos dentro da residência. Conforme o Freddy havia dito que não há cães-de-guarda na área, formos andar com cautela para a entrada da casa principal... e encontramos dois carros: um jipe, e um sedã de luxo, um Fiat Grand Siena 2013 vermelho.

— “É aquele carro aí?” – pergunto ao meu irmão, sussurrando para não fazer barulho.

— “É, mano!” – ele responde, sussurrando.

Freddy, que é expert em checagem de alarmes, usa um aplicativo no celular e depois, detecta que o carro não está com alarme ligado. Daí, abrimos as portas e entramos, mas não fechamos... e tive que me virar para ligar o carro: a ligação direta.

— “E o que você vai fazer, mano?”

— “Você sabe qual é o meio de ligar sem precisar de chave.”

— “Já sei. E vai tentando, mano.”

Enquanto o Freddy observava por trás para que o dono do estabelecimento não apareça de repente, fico tentando conectar os fios... até que o carro finalmente liga. Nós dois fechamos de imediato as portas, e começou... A HORA DO RUSH!

— Mano, PISA FUNDO, CAMPEÃO!

E pisei fundo que destruí a entrada da casa, e logo, na rua, virei para a esquerda, para fugir diretamente pro ferro-velho.

— Alô, polícia? Aconteceu uma putaria aqui na minha casa! Carregaram a porra do meu carro, um Fiat Grand Siena 2013 vermelho, um putateba carro! A placa é VSF-1313! Topem o meu carro AGORA!

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—/-/-

[Estrada dos Moraes]

[On board, Fiat Grand Siena 2013, red colour]

— Freddy, o que você está ouvindo aí?

— Estou ouvindo, mano, um scanner da polícia. Eles estão em busca de um carro roubado recente no bairro Santa Tereza. Ouça só.

“O Distrito Policial de Maués alerta para todas as unidades que houve uma ocorrência na Avenida Antártica, Bairro Santa Tereza, de roubo de veículo pessoal. Repito, roubo de veículo pessoal na Avenida Antártica no bairro Santa Tereza.”

“E qual é a marca e o modelo, Central?”

“É um Fiat Grand Siena modelo 2013 cor vermelha.”

“Central, e o registro de emplacamento?”

“A placa é VSF-1313.”

— A placa está escrito “VSF”? Quer dizer “Vai Se Foder”.

— Mano, é melhor acelerar mais rápido pra chegar até o ferro-velho, que fica LÁ no Bairro Mirante do Éden.

— Mas que filho da puta, lá longe? Que merda, Freddy! Que merda!

— Não reclame, mano, e pisa fundo, ou a gente vai parar na cadeia por causa disso.

— Pra cadeia é o caralho!

Então, os irmãos Peugeot começaram a apressar a corrida tendo o risco de serem pegos pela a polícia, que agora está rondando pelas ruas da cidade... mas nem por tanto tempo. Ao virar para uma rua na esquina próxima à sede de uma rádio local, uma viatura da Polícia Civil de repente percebe o carro suspeito.

— Central, aqui é a unidade 71! Achei o carro suspeito! É um Fiat Grand Siena modelo 2013 cor vermelha conforme o que foi informado!  E acabou de virar para a rua no bairro Santa Luzia!

“Atenção todas as unidades! Unidade 71 acabou de informar que o carro suspeito foi encontrado! Todas as unidades se direcionam para o Bairro Santa Luzia e contenham o carro suspeito!”

Porém, os irmãos Peugeot percebem através do retrovisor e do barulho das sirenes que estão sendo perseguidos pela a polícia, ambos observam rapidamente por trás.

— Merda, os tiras! – desabafa.

— Pisa fundo, mano! – avisa o irmão – Você é o campeão, muito melhor que o Schumacher!

Depois de subir ao passar pela frente do campus de uma universidade local, outra viatura aparece para auxiliar na perseguição; mais uma dor de cabeça para o Eddie. E no decorrer, mais viaturas aparecem por trás. Porém, para tentar despistar da polícia, Eddie começa a fazer contornos das esquinas, forçando as viaturas a tentarem virar arriscadamente; alguns não conseguem e acabam atingindo os companheiros, algumas vezes, fazendo-os capotarem.

Na rua principal do bairro, pela subida, outra viatura tentou fazer uma manobra chamada P.I.T., porém, não consegue, já que os irmãos Peugeot forçaram a viatura tentar outra vez, mas de repente, se depara com um caminhão vindo da direção contrária e... CRASH!

Já a última, novamente, vítima de mais uma colisão com outro veículo do trânsito, no sentido contrário, e vê o carro com os irmãos Peugeot a bordo fugir por outra rota.

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—/-/-

[Rua Ramal Adolfo Carneiro, Bairros Ramalho Júnior/Donga Michiles]

— Porra, mano – diz Freddy – que sufoco.

— Ainda veio essas viaturas tentarem fazer aquela manobra, e de repente, batem num caminhão no sentido contrário. Se foderam com o trânsito. – suspira – Ah, como eu amo adrenalina enfrentando as autoridades.

— Digno de um justiceiro?

— Ainda não, Freddy. Eu só posso me tornar novamente o justiceiro no Amazonas se houvesse um motim gigante na cidade.

— Você acha que pode estourar um motim?

— Se a situação após a eleição piorar, vai começar o verdadeiro strike.

— É mesmo?

— Eu espero. Vamos deixar essa carroça de luxo para o ferro-velho pra receber uns trocados.

— Bora, mano.

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—/-/-

[Rua São João, Bairro Mirante do Éden]

— É aqui, Freddy?

— É, mano.

Oficina Jonathan Cardoso, é uma loja de ferro-velho e desmanche ilegal, pois a maioria de itens que contém são peças roubadas de carros roubados, ambos sem licença. Mesmo com toda a ilegalidade, são vendidos por preços mais baixos e desmanchados para evitar o reconhecimento dos verdadeiros donos.

O dono do negócio é o que leva o nome da oficina, Jonathan Cardoso, é um velho amigo do Freddy enquanto Eddie esteve ausente na cidade, principalmente quando o próprio irmão sumiu por conta da briga com a política da cidade. Freddy, como amigo e sócio, colaborou para o crescimento do negócio roubando misteriosamente diversos carros e motos dos vereadores e da gente de classe alta, principalmente.

E a loja recebeu excelentes clientes com um bom faturamento.

— Freddy, meu chapa!

— Fala, Jonathan!

[set POV, Eddie Peugeot]

—/-/-

Que porra é essa? Quem é esse Jonathan Cardoso?

— Jonathan, não sei que você conhece ou não, esse aqui é o Eddie Peugeot, meu irmão – me introduz.

— Jonathan Cardoso – recepciona.

— Eddie Peugeot, é o meu nome – me introduzo, com um aperto de mão.

Enquanto nós dois saímos do carro, eu vejo ao redor só peças de carros e motos nos estantes. Porra, é um ferro-velho ou um desmanche?

— Mano, vamos ter que desligar e arrancar tudo o que tem neste carro – aponta ao carro que roubamos – depois, receberemos uma boa grana em troca.

— Freddy, isso tudo é...

— Mano, a história é longa, mas vou te contar tudo isso quando a gente for voltar para casa. Vamos desmontar toda essa gerigonça da carroça.

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—/-/-

Horas depois...

 Depois de uma hora desmontando aquele carro que nós dois roubamos daquele vagabundo rico da Avenida Antártica, é hora de voltar para a casa. Mas antes, recebemos um bom cachê de dinheiro, dividido em dois.

— 250 reais, Freddy?

— 250 reais, mano. Se fosse um carro de luxo, tipo uma Ferrari, seria mais ainda de grana que iriamos receber.

— Porra, esse cara fatura só com essas peças de carros roubados? Carcaça, pneu, banco, volante... de quem?

— Você sabe de onde vem... dos carros e motos das autoridades.

— Puta que pariu, Freddy, agora sim nós temos um amigo de guerra – amostro alguns itens que tirei do carro e guardei na minha jaqueta e no meu bolso, como a carteira – porque o dono desse carro é um vereador da situação, ou seja, ligado à prefeitura. Mais um na lista de investigações que farei em breve.

— Você cursou de qual...

— Análise e Desenvolvimento de Sistemas da UFAM, curso de onde nascem os hackers e detetives, além de trabalhadores nas agências de espionagem e rastreamento. Fundamental para tentar rastrear e conseguir informações nas redes da prefeitura.

— Ah, tá. Vamos pegar um mototáxi, man...

— Já chamei.

— Como assim?

— Olha – pego o meu celular com um aplicativo ligado – isso é a revolução do transporte. Chamei um mototáxi diferente chamado ÜberMoto, bem diferente desses mototáxis comuns. Falando nisso, chamei dois para cada um, e antes de você falar, chamei o guincho pelo aplicativo para tirar o nosso carro lá na Avenida e trazer de volta para a nossa casa.

— Poxa, mano – olha por trás, vendo dois mototáxis pretos aparecendo – télezo?

Surgem dois mototáxis de cor preta, porém modelo tipo Honda CB300R respectivos, com uniforme com proteção completamente cor preta. Em seguida, os irmãos Peugeot sobem em seus mototáxis e logo, deixam o local. Mas nem tão em paz assim.

— Destino, Rua Agrepino Aleluia, Santa Luzia.

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—/-/-

[Rua São João, Bairro Ramalho Júnior]

Na subida próxima a Igreja de São Pedro, dois mototáxis comuns de cores azul e vermelha aparecem em esquinas opostas e em seguida, começam a ir atrás dos dois mototáxis pretos da ÜberMoto, no qual estão os irmãos Eddie e Freddy como passageiros.

— Mas que porra é... – observa Eddie por trás, percebendo que está sendo perseguido.

— Senhor, usa isto – diz o motorista da moto, entregando um revólver 9mm para o Eddie – isto é para a sua defesa!

“Os ÜberMotos agora estão armados para se defender desses mototáxis comuns?”— pensa.

O primeiro mototáxi comum aproxima no Eddie por lado direito, e logo, sacando a arma que o motorista lhe deu, mira no mototaxista comum, e consequentemente... atira: POW! O mototaxista cai violentamente junto com a moto.

Porém, o segundo mototaxista já aproxima ao lado do Freddy, para o desespero do Eddie, que começa a mirar no mototaxista, porém com atenção para não atingir o irmão. Com muita atenção e cautela, Eddie atira e acerta no mototaxista comum, que cai violentamente junto com a moto. Em seguida, Eddie gesticula para o Freddy pedindo: “se separem, peguem outra rota!”.

Com o pedido, o mototaxista com Freddy desvia e vira para esquerda, entrando na Estrada Miri-Moraes, enquanto o mototaxista com Eddie segue em frente na Rua Raimundo Albuquerque e depois, Rua Ramalho Júnior. Enquanto isso, Eddie devolve a arma para o mototaxista.

[skipping]

—/-/-

[Mansão do Eddie Peugeot, Santa Luzia]

Finalmente os irmãos Peugeot voltaram para casa são e salvos, depois do ataque inesperado dos mototaxistas comuns, que não aceitam concorrência com os ÜberMotos. Como informado antes de ir, o guincho trouxe de volta o carro do Eddie. E os irmãos Peugeot agradecem aos mototaxistas do ÜberMoto pela carona paga. Em seguida, a dupla entra no carro e entra na mansão para guardar o veículo na garagem.

— Porra, mano – reclama Freddy – agora essa concorrência não aceita dos mototaxistas comuns vai virar guerra!

— Eu acho que não, Freddy – responde Eddie – pior é que essas organizações de táxi comuns são ligadas a máfia das autoridades, e não querem aceitar concorrência com esse tipo de concorrente. O ÜberMoto é exemplo de concorrência e de inovação dos mototáxis. Já esse sistema atual, é fodida.

— Mano, vai querer mais trabalho do Jonathan?

— Se é pra roubar carro da autoridade, eu quero... mas é pra amanhã.

— Ok, maninho – abraça o irmão.

“Porra, Freddy, chega de gírias!”— pensa.

— Vamos ver a sua nova namorada, mano?

— Freddy, vou te apresentar Karolyina para você no nosso chat porque você é tão curioso. Mas não vai dizer aquele termo que eu odeio ouvir.

— Gostosa, né?

— Isso mesmo, não fale essa irritante termo que você costuma falar.

Os irmãos Peugeot entram de volta para a mansão para um bate-papo com a nova namorada do Eddie, no qual ele irá apresentar virtualmente o seu irmão para ela. Novamente, tudo em paz com a dupla dinâmica... mas nem tanto.

De longe, um van preta localizada na esquina espionou a entrada dos irmãos na residência deles. Em seguida, o motorista pega o seu radiocomunicador, e depois, informa:

“Chefe, aqueles dois caras entraram na casinha de luxo. Será que podemos fazer uma ciladinha?”

“Cilada? Hoje não. Mas um dia, eles terão uma breve surpresa por terem destruído o meu carro. Afinal de contas, reconheceram aquele carro com a placa “COR-1910”?”

“Sim, chefe. É um Fiat Uno Mille Way modelo 2012 com as cores azul-marinho, e um capô amarelo.”

“Ótimo, mas hoje vocês não farão nada. Estão dispensados.”

“Certo, chefe.”

[skipping]

—/-/-

“Ele já está em Maués?”

“Sim. E acabou de causar dois estragos, um ele destruiu o meu carro com aquele taco de beisebol, e depois roubou um carro de um amigo meu e levou para aquele desmanche. Tudo com a ajudinha daquele desonesto irmão.”

“O que você poderia fazer pra... como a gente podia dizer... forçá-lo a trabalhar pra você com os seus servicinhos?”

“Vou preparar uma isca perfeita, queridinha de cabelo azul. O seu namoradinho de cabelo de mulher vai poder gostar muito bem.”

“Cara, faça isso. Queremos ver a cara dele quando o negócio é sujo e ele vai ter que sentir na pele trabalhando pra você. Ele precisa respeitar a força conservadora que nós somos. A nova namoradinha dele é uma traíra da gente e pretende nos prejudicar. Mas ela não pode saber que estaremos tentando derrubá-lo e JOGAR no abismo. Precisamos mexer na psicologia dele, lembrando do assassinato do primo, e difamar os falecidos pais dele, pra deixá-lo completamente abatido emocionalmente.”

“Você acertou na mosca. Conseguiremos em breve, transformá-lo num escravo nosso, e nunca será solto com correntes bem fortes e resistentes.”

“Isso mesmo, nosso escravo, e que em breve, levaremos para Campinas e nós seremos os verdadeiros mestres dele. E ele precisa respeitar é a nossa autoridade!”

“Obrigado, Agente Hamilton-Button e Agente Mori-Neiva. Em breve, falaremos mais, tá bom?”

(CONTINUA)

[turning off...]


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Notas finais do capítulo

Eu me esqueci de falar no primeiro capítulo que o personagem Freddy Peugeot fala muitas gírias que é muito usado aqui no Amazonas e em outras regiões, como “Teléze”, “Tchoco”, “Abarrotado”, “Caboclo”, “Cabocla”, entre outros.

Comente, favorite, e até a próxima.



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