Remember. Run. Survive! escrita por Unknown


Capítulo 1
Capítulo 1 — New Girl. First Girl.


Notas iniciais do capítulo

• Sim, mas uma das clichês fanfics da primeira garota da Clareira, que desta vez não é Teresa. Acreditem, vocês verão Eliza afundada no plong diversas vezes :)

• Embora insistam em me corrigir dizendo que é "Elisa" (mostrei para alguns amigos e eles fizeram isto. Caso estejam lendo, sim, estou falando de vocês) minha inspiração está escrita com Z, e por isso EliZa ao invés de EliSa.

• Minho não aparece hoje, infelizmente.

• Espero que gostem e não sejam fantasminhas.

• Capítulo não revisado e muita ansiedade para postar a história, por isso, sorry!

OBSERVAÇÃO: A cada inicio de capítulo, uma frase do livro é colocada. Se não tiver, não tive tempo de procurar uma que tivesse algo a ver com o capítulo. Obviamente, essas foram escritas por James Dashner.



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— Se não tiver medo — falou Alby —, então não é humano.
— Maze Runner: Correr Ou Morrer (página nove).

Me promete uma coisa?

A voz da garota já era desconhecida pelo garoto, embora lhe soasse levemente familiar. Os olhos estavam entreabertos, quase se fechando, mas ele teve tempo de responder antes que o fizesse:

Pode dizer... A voz sonolenta e meio grogue do asiático fez com que a garota soltasse um sorriso, mesmo que ele não pudesse ver.

Promete que você nunca irá se esquecer disto?

Lábios molhados tocaram a boca do garoto quando ele quase estava inconsciente. Ele conhecia aqueles lábios, disso soube de imediato. A lembrança de cada momento que haviam passado juntos esvaiase completamente da mente do garoto, e o conhecimento daquilo fazia com que a garota quisesse desabar. Entretanto, não podia.

Assim que se separaram, Eliza sentiu os olhos começarem a marejar. Agradeceu mentalmente que o garoto não pudesse vê-la, pois os olhos já estavam fechados e muito provavelmente, assim que desmaiasse jamais lembraria daquilo. Daquele momento tão importante para ela.

Nunca, eu prometo...

Ela esperou que a promessa fosse verdadeira, embora soubesse que não era.

Nos veremos daqui à uns meses, Minho. Por favor, de verdade... não me esqueça!

Ele então entregou-se à inconsciência.

***

Ao acordar sobre a superfície gélida e desconfortável, minha primeira ação foi murmurar palavras desconhecidas. Não me lembrava de nada, absolutamente nada do que havia ocorrido antes de estar ali; deitada sobre o gélido chão que não fazia nada além de me provocar arrepios. Parei para pensar sobre onde estava, entretanto tudo o que "via" era um vazio interminável, sem resposta alguma.

Passei a me mover, sentindo meus pés esbarrarem contra caixas de madeira. Sentar-me com toda certeza foi a parte mais difícil, vendo que estava difícil ficar deitada. Senti um estranho metal tocar minha barriga e presumi que era uma faca ao sentir o corte artificial ser feito, provocando-me um gemido de dor. Meus membros doem e estou extremamente cansada, embora aparentemente estivesse deitada o tempo todo. Murmuro xingamentos ao me dar conta de que não me lembro do que aconteceu, muito menos do porquê de estar aqui.

A não ser um nome. Uma simples palavra.

Eliza.

Sabia que aquele era meu nome, havia estado bem claro para mim. Mas, e o resto? E os meus pais, minha família? Não deveria haver a lembrança de domingos ensolarados, ou ao menos de tardes com a família e outras pessoas que deveriam ser importantes para mim? Onde estariam essas lembranças?

Me calo, frustrada. Dou-me conta de que estou numa espécie de elevador ao ouvir os barulhos das engrenagens rangendo. Encontro uma lanterna ao meu lado e a ligo, explorando o lugar. Tudo parece muito velho, e temo que a gaiola – como preferi chamar – pare, me deixando presa ali (embora nem ao menos saiba se aquilo irá parar em algum momento). Caixotes estão deixados desajeitadamente num canto – CRUEL está escrito numa caligrafia desastrosa –, do outro lado, uma caixa menor que as outras está jogada.

Ao tentar me aproximar da mesma na tentativa de analisa-la, um estrondo me joga contra à parede. Grunhi ao sentir o contato das minhas costas e cabeça com o arame, e a dor parece pior do que anteriormente. Minhas costas ardem com o impacto; minha cabeça doí, parecendo que irá explodir. Começo a murmurar palavras desconexas, ficando tão preocupada com a dor que só percebo que o elevador parou quando a luz me cega.

De início, a luz nos olhos me incomoda. Tanto tempo na escuridão fazia com que, agora, a luz seja incomoda o suficiente para que eu precise colocar o braço na frente dos olhos e deixá-los entreabertos. Acima de mim, vozes masculinas falam juntamente, de forma que só consigo entender poucas frases, pois outras soam desconexas.

Quando por fim consigo abrir os olhos completamente sem sentir incômodo, observo o que posso a minha volta. Garotos me observam fixamente, como se eu fosse apenas um pedaço de carne que precisasse ser analisado. Não há nenhuma garota além de mim, concluo. Todos parecem estar na mesma faixa etária – de quinze à dezenove anos – exceto um. Possuí pele escura, além de não ter cabelos; aparenta ser forte e, na minha opinião, severo; ele aparenta ser mais velho que os outros. Um deles – de cabelos loiros meio acastanhados e olhos chocolate penetrantes, magro entretanto com alguns músculos visíveis – pula ali, me analisando.

– É uma garota Alby!

Meus olhos estão fixos no garoto loiro à minha frente. Ele olha para o lado, mais precisamente para a multidão que está em minha volta. Alguns se debruçam, tentando ter uma visão melhor de mim aparentemente, confusos com a notícia de uma garota estar ali. Se observar com atenção, é possível perceber que só há garotos ali. Assim que caí a ficha, me sinto desconfortável; não deve ser agradável ser a única garota no meio de vários garotos.

Ele olha para mim depois de um tempo, ainda confuso:

– Bem, Fedelha... – Ele começa, aparentando estar um tanto desconfortável. – Você está na Clareira.

A palavra dita martela em minha cabeça. Apesar de não conhecer o lugar, o nome me parece ser familiar. O garoto levanta, estendendo a mão num sinal de ajuda, que aceito de bom grado. Ele faz sinal com a cabeça para o lado, sinalizando uma escada uma escada à minha direita. Subo-a, observando o lugar a minha volta.

O pátio cujo o chão era feito de pedra estendia-se à frente, muitos deles rachados. Olhando em volta, conseguia perceber que aquilo se tratava de um perfeito quadrado, e em um dos cantos possuía uma construção irregular, meio decadente que contrastava com os muros de pedra – que aparentavam ter mais de centenas de metros vistos do chão. Em volta da estranha construção, árvores (algumas nuas, outras cheias de folhas) se encontravam. Em outro dos cantos, uma espécie de plantação se erguia – das quais só reconhecia coisas óbvias, como uns pés de milho e árvores frutíferas.

Do outro lado se alinhavam currais de madeira, onde estavam diversos animais (como ovelhas, porcos e vacas). Um bosque amplo estava no último canto, com diversas árvores parecendo estar à beira da morte.

Dei passos cambaleantes em direção á qualquer lugar, atordoada. De alguma forma, parecia como se estivesse me afogando em meio à aquelas emoções desconhecidas. Algo em minha garganta impedia-me de respirar, como se fechasse a entrada/saída do ar. Meu peito subia e descia numa velocidade alarmante por conta da quantidade de ar que me faltava. Meus olhos começaram a oscilar; cada passo que dava parecia um sacrifício.

Ajoelhei-me no chão por puro impulso, sentindo uma nova multidão forma-se. Alguns riam, zombando-me. Outros apenas me olhavam paralisados, sem saber o que fazer. O rapaz loiro tocou meu ombro, passando a me chamar, na esperança de tirar-me do transe.

Lágrimas começam a correr por meus olhos diante do desespero, e sinto o ar faltar-me, desta vez de uma forma ainda mais horrível. Minhas pálpebras estão ficando pesadas e acredito estar morrendo ao perceber o conforto que sinto. Minha garganta parece se libertar, mas apesar disso ainda não sinto o ar vir até mim.

– Algum de vocês, chamem os socorristas!

A última visão que tenho de pessoas saindo pelas aberturas dos muros, me olhando estranhamente.


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Notas finais do capítulo

E aí, trolhinhos? Gostaram? Eu espero que sim!Deixei comentários falando se estão gostando. O capítulo é tipo um piloto para saber se continuarei, pois não quero postar a história para "ninguém", se é que me entendem.Enfim, espero que gostem.

• Se demorar à postar, estou preparando ainda o capítulo. Me considero muito perfeccionista;

• Esse foi apenas a introdução. Pretendo postar capítulos mais longos.