Lances da vida escrita por Jana


Capítulo 41
Juntos somos fortes


Notas iniciais do capítulo

Momento love para alegria dos leitores.



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SOLUÇO

Depois do pedido que fiz para Asty, ela ficou nervosa. – Mas e seus pais, minha mãe e Luane?

Nós não parecemos nem um pouco com Logan e Kendra, meu velho amigo e ex namorada juntos tornam um ao outro mais fraco. Astrid e eu juntos somos mais fortes.

– Nós contaremos para eles.

– Não podemos, lembra que sua mãe surtou na primeira vez?

– Sei que juntos podemos. Juntos somos fortes. Lhe dou um beijo. – Fique calma.

Quando me afasto, olho para ela. Ela é de onde tiro forças. Astrid é uma fortaleza e me ensinou o significado de resiliência.

– Você acha mesmo que conseguimos?

– Sim, tenho certeza.

À noite nos encontramos no parque, Astrid ainda está um pouco nervosa sobre assumir para todos que estamos juntos.

Ponho meu braço em seus ombros e seguimos em silencio.

– Como fica quando eu for para o Canadá?

Isso complica nossos planos de namoro. Não dá para viver o aqui e agora sem pensar no futuro? - Só o tempo dirá.

Ela vira para mim e levanta o queixo juntando os lábios. Ela parece preparada para um dos nossos desafios.

Com ela eu me sinto preparado para suportar voltar para Berk de vez. Deslizo minhas mãos pelo seu corpo até tocar seus dedos. Adoro toca-la e sentir ela respirar forte. Isso é excitante, me faz querer ir muito além de qualquer coisa que já fizemos antes. – Como eu queria estar naquela cabine de novo.

– Eu também. Ela sussurra. – E passaríamos a noite toda nos amassos.

– Vou ser honesto contigo, eu não ia me contentar só com amassos dessa vez.

Ai, eu amo Astrid, amo falar com Astrid, amo sentir a Astrid, amo fazer coisas com Astrid. Como ela não percebe o quanto ela é sexy.

Ela sorri timidamente. – Eu também amei o que fizemos na cabine. Não queria te largar de manhã.

– É mesmo? Do que você gostou mais? Sabe, para eu saber o que fazer da próxima.

– Tenho vergonha. Eu amo quando ela fica corada. – E se ao invés de falar eu te mostrar?

Astrid e sua capacidade de me surpreender. Quanto mais à vontade ela fica comigo mais ousada ela se mostra.

– Mostra para mim.

Ela se aproxima de meu corpo. A levanto e pressiono seu corpo contra a árvore enquanto ela enlaça minha cintura com as pernas. Nos beijamos intensamente e suas mãos passeiam por debaixo de minha camisa e depois desce até o cós de minha calça. Isso é muito diferente de qualquer outra, ela me deixa louco. Mas ela também me deixa nervoso porque eu a amo. Ela me faz uma pessoa melhor e mais humilde.

– Vão para um quarto.

Droga, será que algum dia terei privacidade com Astrid? Eu terei que economizar por um tempo para poder leva-la para um resort por um final de semana igual meus pais faziam de vez em quando.

Olho para trás esperando ver o filhote de demo do Jack, mas não esperava era ver meu velho companheiro de cela Mario junto com ele.

– O que faz aqui?

– Vim te fazer uma visita. Pensei que Mario voltaria para casa. Nunca acreditei que ele realmente fosse vir para cá.

Fico preocupado com o que Astrid vai achar de Mario. Ele é muito assustador com a cabeça raspada e suas muitas tatuagens malucas.

– Astrid, esse é Mario. Mario, essa é a Astrid.

– Prazer. Ela não pareceu nem um pouco assustada.

– Desculpe interromper seja lá o que estavam fazendo ou tentando fazer.

Aproveito que estão os dois aqui, para dar um recadinho.

– Da próxima vez que vocês me verem me pegando com minha namorada, só finjam que não viram nada e sigam em frente.

– Namorada? Desde quando? Jack pergunta

– Desde agora. Asty responde.

– Não acredito que isso seja só uma visita.

– Bem, não gosto de depender de ninguém, mas preciso de um lugar para ficar.

Se fosse por mim, não teria problema algum. O problema é que eu já estou encostado na casa dos meus pais e com o Jack. Mas não vou de forma alguma deixar Mario na rua.

– Eu preciso falar com meu pai, mas vamos dar um jeito.

No caminho fico pensando em como vou lidar com essa situação. Já está sendo barra para mim, vivo na casa dos meus pais como um intruso indesejado e já levo Jack de quebra. Como vou chegar e colocar mais um? Justo quando eu ia dar a noticia do nosso namoro, que já vai causar abalo e ainda ter que lidar com isso. Essa história pode fazer meu pai surtar de vez.

Astrid aperta minha mão, mandando uma mensagem silenciosa de que tudo ficará bem. Isso me conforta de fato.

Entramos em casa e somos recebidos por Luane que parece surpresa com a presença de nós quatro. Ela olha diretamente para Mario.

– Luane esse é Mario. Mario, Luane.

– Oi. Diz Mario para ela.

– Papai está em casa?

– No quarto

Subo correndo e bato em sua porta. – Entre.

Abro a porta e entro. – Oi, pai.

– Se divertiu hoje?

– Sim. Olha eu gostaria de pedir um favor. Um amigo meu do reformatório veio para cá e não tem onde ficar. Ele pode ficar aqui?

– Por quanto tempo?

Tenho que ser cauteloso, da outra vez meu pai falou que a casa é dele e para ficar aqui tem que seguir suas regras ou cai fora.

– Talvez alguns dias.

– Sua mãe não vai gostar nada disso. Temos objetos de valor.

– Minha mãe não está aqui.

– Mas tem sua irmã que também é frágil.

– Deixa ele ficar, pai. Luane aparece intercedendo por nós.

– Por que? Questiona meu pai

Luane continua. – Por que é o certo. O que que custa? Vamos lança-lo na rua tendo como ajudar?

– Tudo bem, ele pode ficar. Mas você será responsável por qualquer coisa, Soluço.

– Obrigado. Quando estou quase saindo, resolvo botar logo para fora a noticia

– Pai, Luane. Só quero que vocês saibam que Astrid e eu vamos ficar juntos pelas próximas duas semanas.

– Que ideia é essa? Ela é o motivo de você ir para a cadeia.

– Astrid não foi o motivo. Né Luane?

– Não sei do que está falando. Luane rapidamente some dali.

– Você está procurando encrencas, Soluço. Se envolver com essa garota vai estragar sua vida.

– Aí que você se engana. Ela está é melhorando minha vida.

ASTRID

É domingo de manhã, estou envolvida nos meus serviços domésticos quando a campainha toca. É Soluço, trazendo em suas mãos uma caneca de café. – Fiz para você. Desculpe se não estiver exatamente do seu agrado. Eu não lembrava mais como você gosta.

–Tudo bem, você não precisa fazer isso por mim.

– Mas eu quis fazer isso. Além do mais, estava pensando que seria uma boa oportunidade de darmos a noticia para sua mãe juntos.

– Minha mãe foi para o trabalho. As manhãs de domingo são agitadas na lanchonete.

Não sei como minha mãe vai reagir a noticia da volta de Soluço e ainda que somos um casal agora. Isso surpreende até a mim mesma. Para mim está estranho demais ter o Soluço aqui na minha casa, me trazendo café só para me agradar.

– Como foi na sua casa ontem depois que fui embora? Pergunto separando algumas roupas para serem passadas.

– Contei ao meu pai e à Luane sobre nós.

Paro de dobrar as roupas com medo das consequências. – Como reagiram?

– Não importa.

É claro que importa, mas não quero forçar a barra com ele, não agora. Ele já está tendo muito o que se preocupar para que eu o estresse ainda mais.

– O que vai fazer hoje?

– Eu queria te chamar para sair.

– Tudo bem, só que como Jack e Mario estão contigo, acredito que você não possa abandona-los por muito tempo.

– Vamos jogar frolfing, sabe, golfe com disco.

– Frolfing? Eu acho melhor você ir lá e se divertir com seus amigos. Mais tarde a gente se encontra para alguma coisa.

– Não, Asty. Isso é meio que um encontro. Vamos jogar em duplas.

– Meio que um encontro?

– Isso mesmo. Esteja pronta às onze.

– Eu não sei jogar, vamos perder.

– Não me diga.

Sem perceber jogo nele a peça de roupa que estava dobrando. Droga, uma calcinha.

– Por favor, Asty. Diz que essa calcinha é da sua mãe.

– É minha.

– Asty, calcinhas tem que ser sexy. E isso definitivamente não é sexy. Leve uma dúzia delas para o Canadá.

– Qual o problema das minhas peças intimas.

– Não são sexy.

– Mas são confortáveis.

– Deixa para lá, só esteja pronta.

Às onze ele chega para me pegar e vejo que Elsa também veio. Junto com Jack, Luane e Mario. Elsa e Jack são um casal? Luane e Mario estão parecendo muito íntimos. Será que estão se tornando um casal? Somos três casais nada a ver.

– E a Heather? Pergunto a Elsa.

– Minha mãe foi com ela fazer a ultrassom. Tem que ser uma menina, por que meninos são nojentos. Ela fala apontando Jack. – Meu caso, por exemplo.

– Você não me viu sendo nojento, querida. Jack fala. Eu que não quero ver.

Jack nos explica como jogar, até que parece simples. Nos dirigimos ao campo do parque e Soluço me pega pela mão. A única que parece incomodada é Luane. Sim, sinto raiva dela ter me atropelado, mas sei que que não foi de proposito e eu já superei. Ainda não conversamos sobre o assunto, apesar dela saber que eu sei.

Soluço nesse tempo me fez perceber que posso jogar tênis de novo. Não posso correr, mas ainda posso bater na bola. Eu tenho limitações, mas ainda posso viver bem. Agora Luane precisa superar e aprender a conviver com as consequências, assim como eu aprendi e que o Soluço também aprendeu.

Queria que ela confessasse, mas não sei se ela está preparada para as consequências que virão com essa atitude.

No jogo Soluço me entrega os discos e me preparo para começar. Olho para Jack e Elsa.

– Jack, só para constar. Isso não é um encontro.

– Então é o que?

– Sou eu tendo pena de você por ser um perdedor.

– Então vamos fazer uma aposta, se você perder vai ter que admitir que isso é um encontro. E vai gritar para todos ouvirem que sou seu safadão e que teve uma queda por mim desde que nos conhecemos.

– Ok, e quando você perder, porque vai perder. Terá que limpar todo o meu quarto e os banheiros por uma semana. Temos um acordo? Ela estende a mão para ele apertar.

– Assim não, com um beijo. Jack puxa Elsa pelo pulso e começa a beija-la. Eu pensei que ela o empurraria, mas ela retribuiu e ficaram ali fazendo sons que só deveriam ser feitos no privado.

– Eu vou vomitar. Mario fala enquanto aqueles dois continuam como se ninguém estivesse ali.

– Desculpe o atraso. Kendra aparece no campo. Não acredito.

Olho para Soluço. – Você a convidou?

– Sim. Ele reponde.


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Notas finais do capítulo

Resiliência
fís propriedade que alguns corpos apresentam de retornar à forma original após terem sido submetidos a uma deformação elástica.
fig. capacidade de se recobrar facilmente ou se adaptar à má sorte ou às mudanças.