Resumption escrita por kang


Capítulo 5
Os cinco malditos dias


Notas iniciais do capítulo

Olá pessoal. Me desculpe pela demora, mas eu quis reescrever esse capítulo várias vezes e todas as vezes eu mudava o rumo da estória, mas enfim saiu!!
Sei que tem poucas pessoas acompanhando e isso também me desanimou um pouco, mas tudo bem!
Decidi escrever na visão do Hayden como um experimento, me avisem se vocês gostarem, please.
Enjoy!



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Capítulo 4

Pov. Hayden

Aquilo era muito barulho. Muito barulho mesmo. Eu pensei que estava em casa, na minha cama King esperando o sono chegar e finalmente descansar de toda a merda que estava a minha vida, mas tudo que eu conseguia ouvir eram repetidas batidas na minha porta, como se fosse uma caixa de som sempre com o popular: BOW, BOW, BOW! Eu respiro fundo e abro vagarosamente os meus olhos, constatando que nem são seis horas da manhã ainda. Pergunto-me quem é a pessoa delinquente que está batendo na minha porta as 05h45min A.M.

Meu corpo dói quando levanto da cama e me arrasto até a sala para abrir a porta. Espero ansiosamente que meu rosto demonstre que eu não estou nada feliz com essa visita na calada da noite.

– Hora de levantar Mariquinha.

– Vai á merda Mills.

Minha voz sai estranha, como se eu não falasse há uns três dias. Acho que eu realmente não falo á uns três dias, porque estou sentindo um cheiro horrível saindo dela.

– Oh vai com calma. – Mills me diz.- Vim te tirar desse coma emocional em que você se encontra.

– Não estou em porcaria de coma nenhum Mills. – digo rude. – porque está aqui? Diabos você não estava morando do outro lado do país?

– Eu estava de férias quando seu querido tio me ligou, dizendo estar preocupado com você. – eu reviro os olhos. – No começo eu falei que era coisa de momento, mas Barcker me ligou de novo dizendo que você não ia trabalhar a dois dias, e então aquela lâmpada mágica ascendeu na minha cabeça e disse: Hayden esta com problemas, porque ele nunca falta o trabalho.

– Barcker que me dispensou.

– Por uma noite não por uma semana! – Mills se levanta do sofá. – O que há de errado com você?

Meu melhor amigo está em pé na minha frente enquanto eu estou fedendo feito um gambá e com muito sono, perguntando o que tem de errado comigo. Isso seria engraçado se eu não estivesse com muita vontade de manda-lo se ferrar e me deixar em paz. O momento que eu mais precisei dele ele não veio, então porque agora?

Mills senta na minha mesinha de centro e me olha mesmo eu estando o evitando. Ele aperta as mãos espremendo-as, e eu sei o que é isso. Ele está constrangido e envergonhado.

– Olha Hayden eu sei que fiz besteira em deixar o estado justo quando você estava se divorciando de Liz, mas eu estou aqui agora e quero te ajudar, mas isso depende só de você.

– Eu fico feliz que você tenha voltado Mills, mas a minha não ida ao hospital não tem nada haver com Liz. – ele me olha confuso. – Só quero me afastar até eu ter certeza que não arranjarei confusão lá.

– O que você quer dizer com isso?

– Eu não posso contar.

Mills é a ultima pessoa que eu quero contar sobre a garota misteriosa do hospital. Ele só me dá ideias estúpidas de como eu devo correr atrás do que me intriga. Foi assim com Liz e olha no que deu.

– Você não pode ou você não quer?

Eu levanto do sofá indo para o meu quarto. Ah nada melhor do que a segurança do meu quarto. Fecho a porta e me deito na cama fechando minhas pesadas pálpebras novamente.

– Tudo bem! - Mills grita do outro lado da porta. – Você não está confortável ainda para falar, mas eu conheço um ótimo bar aqui perto que com algumas horas você vai ficar mais do que confortável.

– Você não presta seu cretino! – grito de volta.

– Eu sei! – a voz dele se afasta. – As mulheres vivem me dizendo isso.

2 horas depois...

– Não acha que é muito cedo para ficar bebendo? – eu digo.

– Nunca é cedo demais pra beber nessa cidade. – ele toma um gole da bebida. - Eu te amo São Francisco.

– Você é doente. – eu rio – esqueci como é ter um amigo por perto.

– Quem disse que eu sou seu amigo. – nós rimos. – Só estamos tomando um porre para aliviar sua dor de corno.

Meu sorriso morre.

– Já disse que isso não tem nada haver com Liz.

– Então me conta o que é que está acontecendo.

Eu respiro fundo. Mills é aquele tipo de amigo que arranca até a última gota de segredos que a pessoa tem, é uma merda, mas eu gosto. Na verdade sempre tive a impressão que as pessoas criam seus segredos pra alguém vir, virar seu mundo de cabeça pra baixo e descobrir seus mistérios.

– É uma garota...

– Mas já Hayden!

– Quer que eu te conte ou não? - pergunto irritado.

– Okay, desculpe.

– Então – eu limpo a garganta. – Essa garota, apareceu de uma maneira completamente entranha lá no hospital, ela tinha sido espancada, baleada e no momento que eu vi o rosto dela naquela sala de trauma eu senti mil e um mistérios caindo sobre mim e eu só precisava que ela me deixasse desvendar.

– Tá! Você já viu mil e uma garotas espancadas e baleadas naquele hospital. Por que com essa você desenvolveria algo diferente. Você Hayden acima de todas as pessoas que eu conheço é a que menos vejo se envolver com os pacientes.

– Eu sei okay! - eu suspiro. – Não é como se eu estivesse apaixonado por ela, muito menos num caso romântico, mas você tinha que ver o contexto da história. Quando ela chegou eu nem sabia o nome dela, mas sabia que era protegida do governo e que tinha que ter sigilo absoluto. Enquanto ela se recuperava eu tentei colher informações com os homens que a trouxeram para o hospital. Não gostaram de eu estar investigando e milagrosamente depois de algumas horas o chefe da cirurgia me tira do caso da garota.

– Wol, não quero te dar razão, mas alguma coisa não cheira bem nisso.

Eu rio.

– O que foi?

– Sabe o que é mias louco nisso tudo?

– Não camarada.

– Ela é estrangeira.

– Qual é o seu problema em arranjar um afair americano? – Mills ri. – Posso garantir nossas conterrâneas são muito gostosas.

Mills da uma piscada para a atendente e eu estou quase o mandando para quando o meu celular toca.

– Quem é?

– Não sei, é bloqueado. – eu me levanto. – me dá um minuto.

– Todos. – ele se vira para a atendente.

Eu vou para fora do bar para atender o telefonema com uma pulga atrás da orelha.

– Alô. – atendo receoso.

– Olá doutor Wilson.

Essa voz... Eu...

– Quem está falando?

– Ah! – há um suspiro no outro lado da linha. – Sou eu, Aria Keller.

Meus cabelos da nuca arrepiam. Meu Deus é ela. Meu sangue se agita e meu rosto queima. Mas que merda estou agindo como um menino de 15 anos de novo, Mas que DIABOS!

– Ah me desculpe, a sua voz está diferente. – minha voz sai rouca e eu tusso. – Como você está?

– Ah vão me dar alta hoje. Na verdade eu estou arrumando minhas coisas agora.

– O que? Mas você acabou de fazer uma cirurgia! – eu digo irritado. – Quem é o imbecil que está cuidado do seu quadro clinico?

– Calma! Doutor Wilson...

– Hayden.

– O que?

– Me chama de Hayden.

– Okay Hayden – ela enfatiza meu nome. – Não precisa se preocupar. Os pontos da cirurgia já estão se cicatrizando e minhas costelas já não doem tanto... Eu achei melhor terminar de me recuperar em casa do que aqui no hospital. É tão mórbido e sinistro.

Eu rio. Ela acabou de falar a palavra “sinistro”?

– Do que está rindo! – ela entra na brincadeira.

– De nada, é só que o jeito de você falar é engraçado.

– É o meu sotaque irresistível.

Merda. Do mesmo jeito que ela me fez rir a poucos segundos, ela está me fazendo ficar excitado. Me pego imaginando com que cara ela me mandou esse flerte. Ela deve estar corada, quase a consigo ver o seu rosto vermelho daqui.

Um silêncio carregado de tensão e energias “sinistras” que eu tenho medo de decifrar se arrasta por alguns segundos até que eu ouço a voz dela novamente.

– Então dou... Hayden – ela suspira – Sei que o jeito que você saiu do meu caso não foi convencional, e eu queria muito agradecer. Eu sei que acima de tudo foi você que salvou minha vida naquele hospital e eu não queria deixar por isso mesmo.

– Então...

– Então eu estou te chamando para sair um dia desses. – ela fala apressadamente. – Vai ser só uma saída, realmente só quero agradecer a você pessoalmente sem estar numa cama de hospital.

Eu fico alguns segundos em silêncio processando o que Aria acabou de me propor. Se fosse qualquer outra paciente eu poderia rapidamente falar o meu discurso favorito de como eu não saio com pacientes por conta da minha ética profissional, mas era ela. A menina que mesmo inconsciente me pediu para desvendar seus mistérios. Todos os meus sentidos de auto preservação diziam para mim sair fora sem olhar pra trás. “Ela é problema!“, mas eu não ouvia. Aquela parte loca do meu cérebro me deixava atraído pela aventura de aceitar o convite de Aria. Ela venceu.

– É claro! Aonde eu te pego?

– Acho melhor nos encontrarmos no local.

– Okay, só me fale aonde e que horas.

Eu sabia que estava agindo como um desesperado sem vida própria, mas eu não conseguia evitar meus impulsos. Ficamos mais uns cinco minutos conversando ao telefone acertando as coisas para finalmente nos despedirmos.

– Então até domingo a noite. – ela diz.

– Até domingo. – eu desligo.

Fico alguns minutos na calçada sorrindo como um delinquente mental até Mills me chamar. Viro-me e deparo-me com uma versão Mills pós foda.Sua camisa está com os botões completamente desalinhados e seu cabelo comprido está um bagunça. Parece que uma atendente andou passando a mão naquela juba loira.

– Quem era? – ele pergunta.

– Há Mills... Isso eu não posso te contar.

– Porra nenhuma...

Mills vai enchendo o raio do saco o caminho todo pra casa, mas a única coisa que eu pude pensar é que ainda é segunda e faltam cinco malditos dias pra ver Aria.


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Notas finais do capítulo

E ai gostaram da visão do Hayden.... Me falem o que preferem!
Alguns vão ficar confusos, mas o verdadeiro nome da nossa principal é Maia, mas eu vou ficar mudando os nomes dela em vários capítulos porque na trama ela está sendo procurada.
Comentem por favor e digam o que estão achando!!
xoxo
^ Angel ^



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