In the End escrita por jessy-cullen


Capítulo 2
Capitulo 1


Notas iniciais do capítulo

oiee galera, voltei com uma atualização quentinha pra vocês. Espero que gostem, mais antes de ler gostaria de explicar como a fic vai funcionar. Vou postar um ponto de vista da Felicity e outro do Oliver, ainda não sei se teremos o ponto de vista de outra pessoa, mais por enquanto é só eles dois. Agora explicado boa leitura.



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Estava sentada na frente do computador escolhendo qual destino tomaria para o dia de ação de graças. Estava decidida a não passar na casa de Roy e sua família, como vinha acontecendo nos últimos dois anos, ele merecia pelo menos um feriado sem mim. Não que ele ficasse feliz com isso, pelo contrario quando contei praticamente me implorou para não fazer isso e mudar de idéia. Mas já estava decido, passaria o feriado em algum lugar diferente, e Caitilin vinha comigo, ela também não estava muito a fim de participar do dia de ação de graças na casa do Barry.

Então as opções eram, um resort em Corto Maltese ou um chalé em Palm Springs . Nenhuma das opções que o site oferecia me pareceu muito boa. Na verdade não estava muito animada, poderia muito bem passar a semana no meu apartamento assistindo séries que não iria ligar. Precisava desse tempo para mim, mas não queria deixar Caitilin sozinha nessa.

Meus olhos chegaram a brilhar quando vi que havia um pacote bem acessível para o Minnesota . Oferecia uma pousada bem aconchegante para uma semana. Tempo suficiente para sair do radar no feriado, nós duas precisávamos disso, e precisava mesmo ter uma conversa seria com minha amiga, estando só nós seria muito mais fácil falar do assunto que queria.

Sem pensar mais de duas vezes comprei as passagens e dessa vez me animei, seria perfeito para mim. Sorri com a idéia de aproveitar o sol e acordar tarde todos os dias. Quem sabe ler alguns livros, ficar um tempo longe do teclado e do computador, isso poderia me fazer bem.

Aproveitei que já estava no site de passagens e procurei um vôo para Coast City, onde teria que estar para o aniversário da minha sobrinha de cinco anos.

Este era um assunto que estava tentando dar o mínimo de atenção, seria bastante complicado e só de pensar começava a ficar nervosa.

Ouvi o telefone tocar, um som distante de onde estava neste momento. Sai correndo procurando por ele e mais uma vez não sabia onde havia o deixado. Estava acontecendo muito nesses últimos tempos, o que geralmente não acontecia nunca com o celular já que ele praticamente sempre foi uma extensão de mim, mas não podia dizer o mesmo das chaves do apartamento e do carro. Enfim para resumir, em outras coisas também.

Segui o som enquanto ele tocava insistentemente – as pessoas já haviam aprendido a não desistirem ate eu atende-las – consegui achá-lo na cozinha em cima do microondas, não fazia idéia de como ele havia ido parar ali. Não me lembrava de ter entrado na cozinha quando cheguei do serviço.

– Alô! – atendi ofegante, ate minha voz saiu um pouco mais alta do que pretendia.

– Meu Deus Felicity, morreu garota? – Thea falou preocupada. – Porque a demora para atender? Já é a quarta vez que ligo.

– Em minha defesa só escutei agora. Hum... – mordi os lábios – E perdi o telefone novamente.

– Porque ainda pergunto – resmungou pra si mesma - Vamos ao que interessa, vai pra o aniversário da Sarah certo?

– Eu estou bem também, se é o que quer saber. – disse

– Passamos da formalidade Fel – riu – Agora me responda por favor.

– Mais é claro que vou.– respondi.

– Vai mesmo, já comprei suas passagens. – falou naturalmente.

– Eu estava fazendo isso agora. – falei.

Sai correndo e voltei lá pra cima onde sentei na minha mesinha na frente do computador.

– Então cancela. – falou.

– Ok. – disse rindo

Apertei o botão cancelar antes que Thea gritasse.

– Você sabe se Oliver vai? – perguntou receosa.

Ótima idéia Felicty, puxar assunto sobre ele. Um ótimo começo.

– Você que saber de meu irmão? – não entendi porque sua voz saiu tão animada.

– Péssima pergunta. – respondi.

– Você quer saber se ele vai? – me ignorou – Quer saber se verá ele?

– Esquece o que te perguntei Thea.

– Vou responder mesmo assim. – aposto que ela tinha dado aquele sorrisinho esperto dela – Ele estará aqui para o aniversário, é a sobrinha dele também. John não perdoaria se os dois não estivem aqui.

– Layla deixou isso bem claro na sua ultima conversa.

Lembrei de seu tom de voz sério, aquele que usava quando estava trabalhando com a Argus. Quase pude escutá-la de novo, cada palavra, letra por letra, ameaças por trás de palavras dóceis. Nem mesmo deixei que passe o telefone para Diggle, já havia entendido o recado. Eu iria óbvio.

– Quer saber mais alguma coisa sobre meu irmão? Posso te contar. – mudou de assunto.

– A única coisa que quero de Oliver Queen é sua assinatura nos papeis do divorcio, ate o natal estarei divorciada.

– Tem certeza que vai continuar com isso? – sua voz murchou.

– Tenho sim. – respondi soando um pouco triste. – Estamos separados a dois anos, quando nos vemos discutimos sempre, e olha que nos vemos só para acertar os papeis da separação e do divorcio.

– Brigas são normais... ainda mais nas circunstâncias que vocês se encontram.

– Nos vimos cinco vezes, brigamos nas cinco, o casamento se resumiu a isso, então não me venha falar que é normal.

– Vocês não deveriam seguir com isso. – ignorou totalmente o que havia falado. – Sentar e conversar e se resolver faz parte do casamento, vocês eram um casal perfeito, passaram muitas coisas juntos. Oliver era perdidamente apaixonado por você, isso ninguém poderia dizer o contrario.

– Você disse certo Thea, era. – respondi já cansada do assunto. – Agora tenho que desligar para arrumar as malas. – me despedi para que não pudesse continuar o assunto.

Thea conseguia prolongar um assunto ate quando ela quisesse parar, imaginei que isso se estenderia a noite toda.

– O vôo sai amanhã ás onze da manhã, não se esqueça. – falou.

– Não acha que esta cedo de mais?

Contava que tinha pelo menos mais dois dias para poder me preparar psicologicamente para este aniversário.

– Claro que não. – respondeu

Apenas o ponto de vista dela claro. Porque pelas minhas contas teria 5 dias ate que chegasse o aniversário de Sarah, porque é que ela queria me tirar do meu serviço por cinco dias?

– É bom que passo um tempo com minha mãe.

– Não era bem isso que estava planejando.

– Podemos fazer algo se quiser. – disse rindo. – Agora beijos, tenho uma mala para arrumar.

– Beijos Fel. – disse e desligou em seguida.

Joguei o telefone em cima da cama e me joguei de costas nela.Tocar no nome de Oliver era algo difícil para mim ainda, ele foi um dos meus melhores amigos, meu segundo namorado e acima de tudo ele tinha sido meu marido – Único só para constar – e agora estávamos a um passo do divorcio.

Conhecemos-nos na Queen Consolidated onde trabalhava, e onde era a empresa de seus pais, na maioria das vezes nos víamos em uma lanchonete onde ele sempre ia com Diggle, ate que começou a aparecer no departamento de TI, nos tornamos amigos em circunstancias estranhas, ate que depois de um tempo – bem longo por sinal – nos tornamos algo mais. Éramos um casal típico apaixonado, ou mais ou menos isso, ele era o homem mais doce e carinhoso que já havia conhecido e o cara mais bonito também. Oliver Queen era maravilhoso.

Nunca realmente consegui entender seu interesse por alguém como eu, mas depois de um tempo entendi que éramos feitos um para o outro. Nós nos completávamos de um jeito único, e passamos quatro anos casados, tudo indo perfeitamente ate que em algum momento tudo começou a dar errado.

Oliver começou a chegar muito mais tarde em casa por causa do trabalho, começamos a discutir por besteiras, e ainda havia a Lauren que me lembrava constantemente daquilo que nunca poderia dar a ele, a pressão da presença dela nas nossas vidas começou a me sufocar, e mesmo que não tivesse nada a ver com nosso casamento estar sendo despedaçado ainda sim a presença dela se tornou algo difícil de lidar. E então Oliver começou a chegar sempre nervoso e muito cansado, nossos passeios e momentos juntos foram diminuindo ate não existirem mais e foi neste momento que nossos horários não começaram a bater e mesmo morando juntos parecia que estavam a quilômetros de distancia um do outro, e por conta de todas essas coisas vieram as brigas mais sérias e tudo desmoronou.

Respirei fundo fechando os olhos com força, as lembranças dele eram muito reais na minha memória e meu peito doía a cada respirada, a cada nova lembrança.

Nossa ultima briga resultou na separação, ate então morava em Starling City, não suportaria mais ficar ali, e precisava de certa distancia de tudo, porque onde estava, onde ia, com quem falava, tudo, exatamente tudo me fazia lembrar dele.

Basicamente trabalhava para ele, já que fazia um tempo que havia decidido assumir o cargo de CEO da empresa de seu pai. Então acabaria o vendo todos os dias, e não queria isso, nem mesmo queria ter o mesmo contato com sua família. Precisava de distancia.

Oliver e eu só nos víamos quando precisávamos resolver alguma coisa pendente, e em todas as vezes brigávamos, não havia reconciliação para nós como Layla e Thea insistiam em dizer, estava decida, dois anos de separação nos levaria sim ao divorcio.

Abri os olhos expulsando qualquer sentimento depressivo em relação a isso, já havia superado. Certo Felicity?

– Sim, você já superou, agora esta super feliz sem Oliver Queen – falei para mim mesma em voz alta. – E agora precisa parar de falar sozinha.

Queria só ver se o desnaturado do Oliver iria aparecer no aniversario da nossa afilhada, não sabia dizer se ele iria odiar estarmos no mesmo lugar, ou se só se sentiria desconfortável de estar invadindo seu mundo novamente. E por isso estava feliz de nos encontramos em Coast City.

Desisti de arrumar minha mala, e do jeito que estava me cobri com o edredom que estava na cama e cai no sono.

Trabalhar no Star Labs era assim. Você não tinha horário para entrar como não tinha para sair, e isso te dava vários benefícios, um deles era poder passar uma semana fora sem que houvesse desconto no seu salário, na verdade você nem mesmo tinha um salário fixo, a quantidade era bem variada em cada mês. Todo mês era uma surpresa nova na minha conta bancaria. E não estava reclamando.

Depois da morte do Dr. Wells - do qual tive a oportunidade de visitá-lo duas vezes - e o acidente com o acelerador de partículas, não acontecendo necessariamente nesta ordem, o laboratório havia sido passado para Barry, Caitlin e Cisco. Era como ter crianças dirigindo um grande lugar, porém crianças com uma inteligência super elevada.

Agora eles ajudavam a policia com teste e tecnologias avançadas. Vários crimes já haviam sido resolvidos com a ajuda do Star Labs. E havia parado no meio quando precisaram de alguém para estabelecer o sistema de segurança, haviam sido rackeados e não conseguia entender como é que isso não tinha acontecido antes, a segurança era péssima, e não sabiam usar metade do que a própria tecnologia deles oferecia. Me encontrei ali no momento em pisei, e desde então havia me tornado parte da equipe.

– Deixei tudo certo para vocês. – falei naquela manhã quando passei pelas portas de vidro.

Encontrei os três debruçados em um das mesas que nesta manhã estava na sala de comando. Incrível era que este lugar tinha nome para tudo, na verdade tudo tinha nome para tudo. Era a especialidade desta equipe.

– Já entendemos Felicity, não é como se não soubéssemos fazer. – disse Cisco revirando os olhos.

Cisco era a mente brilhante por trás da coisa toda, ele tinha uma imaginação incrível e isso o fazia um grande inventor de coisas tecnológicas, praticamente era o cérebro do lugar. E por isso Barry era o líder, nem tudo que eles inventavam dava para ser usado na policia, e Caitlin era a alma do lugar, uma garota muito esperta e muito inteligente, a quantidade de informações e conhecimento que cabiam dentro de sua cabeça era quase invejável.

– Felicity é provavelmente a mais rápida. – Barry comentou se virando e se encostando na mesa como apoio.

– Eu concordo com ele. – apontou em sua direção.

– A questão é que ficaremos bem. – desta vez foi Caitlin quem disse ao se aproximar de mim e me segurar pelos dois braços numa forma de me passar segurança.

– Quando voltar ainda estaremos aqui. – Cisco disse – Isso me faz lembrar de que preciso dar um nome para a sua viajem.

– Não, não, não. – me apressei em negar.

Barry já era o Flash, Cisco era o Vibro e Caitlin era a Nevasca, não precisávamos dar um nome para minha viagem também.

– Que tal S.O.S desapego? – sugeriu Caitlin.

Se havia aprendido uma coisa durante meu tempo com eles, era o fator nomes. Eles levavam realmente a serio isso.

– Não se ainda quiser trabalhar comigo. – Cisco disse.

– Ela vai ver o ex marido! -

– S.O.S casamento? – foi a vez de Barry.

Olhei feio para ele, que apenas deu de ombros.

– Vocês já foram melhores. – revirei os olhos.

– Exatamente. – disse Cisco – É por isso que eu sou o responsável pelo departamento dos nomes.

– Melhor irmos, vou deixar Felicity no aeroporto e vou almoçar com a Iris. – disse Barry colocando sua blusa de frio do Star Labs.

Ele ficava muito bonito com essa blusa.

– Não esqueça que a noite precisaremos de você Barry. – disse Caitilin.

– Estarei aqui.

– Tchau pessoal. – me despedi.

Caitlin foi a primeira a vir me abraçar, e Cisco veio em seguida fazendo o mesmo.

– Podem me ligar a qualquer horário que volto. – precisei acrescentar.

– Nada vai acontecer em uma semana que não possamos lidar. – Caitlin tentou me tranqüilizar

Não estava exatamente preocupada com o que podia acontecer sem eu aqui no laboratório mais sim o que poderia acontecer comigo fora daqui. Alguma coisa no rosto de Caitlin me fez ver que ela sabia do que estava falando.

– Roubos de bancos, seqüestro, teste de DNA, esta tudo sobe controle. – Cisco disse me abraçando de novo.

– Ficaremos bem. – confirmou Barry.

Talvez se tivesse deixado a segurança mais fraca, dentro de três dias teria um bom motivo para voltar.

– Ate mais e aproveite. – desejou Caitlin.

Saímos do Star Labs e Barry me ajudou com minhas malas, então um aperto estranho se formou no meu peito, não conseguia entender o porque, ou era apenas o fato de estar muito nervosa com o lugar que estaria daqui a algumas horas.

Resolvi prestar atenção no que estava vivendo neste momento e parar de sofrer por antecipação. Notei então que por falta de um carro, Joe, o pai adotivo de Barry emprestou o seu da policia para que Barry pudesse me levar, Joe era um cara legal, mais andar de viatura não, ainda mais quando tinha duvidas se Barry sabia dirigir um carro.

– Então quais são os planos? – perguntou.

– Tem certeza que sabe dirigir e conversar ao mesmo tempo? – só para garantir.

Olhei minhas mãos sobre o banco e fiquei constrangida, estava agarrada a ele numa forma inútil de me proteger de um eventual acidente.

– Só porque não tenho um carro não quer dizer que não saiba dirigir um. – respondeu.

– O plano é participar do aniversário de Sara, tirar algumas fotos para que vocês vejam o quanto minha afilhada é uma gracinha e pegar o primeiro vôo para Central City.

– Estou vendo que já tem tudo planejado. – ele riu e voltou a dar a devida atenção que a estrada pedia.

– Espero que sim. – respondi baixinho, mais não estava certa de que tinha tudo planejado.


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Notas finais do capítulo

Sou praticamente movida a comentarios. Meus leitores de outras fics sabem disso e não tenho nenhum problema de demorar para voltar kkkk Sou um pouco má. Mas agora falando sério, me contem o que acharam, é pelos comentarios que vou ter certeza que devo continuar ou não a escrever. Ate os comentarios então. Beijooos