Já se passaram dois meses desde que Olig saiu para caçar.
Ele passou por muitas aventuras e estava louco para contar às crianças da tribo Neo Magnon. Seu pai também deveria estar saudoso, já que ele era o único filho do rei da tribo.
Mas ninguém ocupava mais o pensamento de Olig do que Maúra, sua prometida. Desde o dia em que foram consagrados um ao outro, os dois não se separaram mais. E isto já foi a dez anos.
Olig retorna com dois carros cheios de carne, conservada na tradicional forma de curtume dos Neo Magnon. A caçada foi boa. Manterá a fama de maior caçador a Olig.
A guerra contra os Sapiens nem era lembrada por ele, já que fora a uma região distante das duas tribos. E também porque não tinha interesse nisto.
Ele já pode ver as construções da muralha ao horizonte. Mas nota que algo está estranho.
Ele acelera os animais e estranha que ainda não tenha aparecido um batedor Magnon para lhe receber. Um tremor percorre seu corpo.
À medida em que se aproxima, ele percebe que a vegetação vai mudando. Perdendo o tom verde, tornando-se marrom e estéril, até deixar de existir completamente.
Não há animais também. Nenhuma criação ou animal campestre. Ou mesmo aves. Como pode não haver aves?
Ele se esquece dos carros de carne. Monta em seu cavalo e parte em disparada. Seu coração agora agoniza...
Olig chega à cidade e encontra os portões abertos. Impossível, os portões nunca ficavam abertos. Ele entra.
A visão que Olig tem é perturbadora. Todas as casas e veículos estão ali. Mas não vê nenhum dos seus. Nada além do som do vento, passando pelas janelas abertas. Ele corre para o castelo esperando encontrar alguém vivo.
Mas ele já sabe a resposta.