Minha Droga de Diário escrita por Marceline Abadeer


Capítulo 1
24 de novembro de 2015




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Para deixar bem claro, eu não gosto de diários. Para mim, diários são para menininhas que dizem aos pais “Ninguém me entende”, que se sentem sozinhas ou que vivem falando do namorado, garoto que pensam amar, crush ou sei lá. Bem... Ai vem a pior parte: eu acho que ninguém me entende, eu me sinto sozinha e sim, eu tenho um crush, mas só acho ele bonito, nada demais. Nem falo com ele(sempai não me nota ;-;).

Bom, eu acho que essa lista aqui vai me ajudar a te fazer entender Diário:

Porque acho que ninguém me entende :

Acredito que a adolescência é uma das fazes mais difíceis para o ser humano porque ele fica entre o deixar de ser criança e virar adulto. Para ser sincera eu acho isso muito chato. É como: sou grandinha o suficiente para arrumar meu quarto, mas sou muito criança para namorar um garoto um ano mais velho(não que isso tenha ocorrido, mas minha mãe não gostaria).

Quando cresci comecei a ver tudo de modo diferente. Comecei a ser mais crítica, a agir como adulto, deixar de brincar com as crianças do meu antigo condomínio e etc. No momento em que eu me toquei de meus atos percebi que estava antecipando o inevitável que eu adoraria evitar: virar adulto.

Isso foi um grande problema porque vi que meus pais apenas me encorajavam para amadurecer e meus amigos não poderiam me ajudar porque continuam do mesmo jeito do ano passado: infantis. É claro, poderiam me ouvir e dar conselhos sensatos, mas nada que resolvesse. Então eu resolvi ficar na onda dos meus amigos meninos, os mais infantis. Zoei, falei palavrão, besteira, vi vídeos... Agi como um garoto na pré-adolescência... Decadência. Apesar de tudo, meus pensamentos continuavam se abrindo, só que mais devagar de modo que fiquei para trás das minhas amigas meninas. Conclusão: eu era madura demais para os meninos, infantil demais para as meninas e os dois para os meus pais. Ninguém me entende, eu não me entendo.

Porque me sinto sozinha:

Isso é uma conseqüência de achar que ninguém te entende. Se ninguém me entende, não confio em ninguém. Se não confio em ninguém guardo meus problemas para mim. Se guardo meus problemas para mim, eu olho em volta. Se eu olho em volta, não vejo ninguém. Se não vejo ninguém, me sinto sozinha.

O.B.S.: Se me sinto sozinha, me faço solidão.

Namorado, amar, crush ou sei lá:

Não tenho namorado, mas quero um namorado.

Não amo ninguém, mas já me apaixonei por um amigo que hoje mal fala comigo... Me confessei para um galinha. Gosto de um garoto que vai embora da cidade. O.B.S.: Sou péssima em relacionamentos.

Eu tenho um crush, mas ele não sabe da minha existência.

Sei lá.

Isso foi o primeiro dia. Escrevi pouco porque estou com sono. Então... Boa noite, Diário.

Frase do dia: “O papel tem mais paciência que as pessoas”. – By Anne Frank


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