Medo Do Escuro escrita por SammyCullen


Capítulo 9
CAPÍTulo 9


Notas iniciais do capítulo

Siiimmm sou eu mesma voltando no mesmo mês u.u
Obrigada pelos comentários gatas :*



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Na manhã seguinte acordei bem disposta e sem me lembrar com o que tinha sonhado, o que era bom.
Levantei cedo e comecei a arrumar umas coisas antes de sair para trabalhar.
Dei risada no meio da cozinha sozinha quando pensei na palavra trabalho, eu nunca imaginei que um dia fosse me sentir tão bem por estar fazendo algo de escolha minha, não por ninguém ter me obrigado.
Imagino se isso é um sinal ruim para mim, por que quando as coisas estão muito bem nós temos que desconfiar se vai durar muito ou se é passageiro. Eu penso se vão me encontrar, se ele vai me encontrar e se isso acontecer tenho certeza de que não vou aguentar,irei mil vezes preferir a morte à voltar aquela vida.
Balanço a cabeça para espantar os pensamentos ruins logo cedo e me concentro no meu café da manhã.
~
Chego às 09:02 AM e encontro o sr.Billy Black arrumando uma das dobradiças da porta, a mesma quando aberta fazia um barulho daqueles que você tem vontade de tapar os ouvidos.

-Bom dia Billy- cumprimentei-o .

-Ah oi, bom dia menina Isabella.

Entrei no restaurante que estava com um delicioso cheiro de café, fui primeiramente ao vestuário antes de falar com todo mundo.
Sue não ficava na parte da manhã, então colocara eu, Leah, Maggie e Seth para tomar conta das coisas por aqui.
Maggie era uma garota linda com a pele leitosa,ela tinha lindos cabelos cacheados e cheios, um rosto angelical e um jeito sinistro de saber quando uma pessoa estava mentindo; Leah havia me dito que ela não contava como "funcionária mulher", quando perguntei a ela sobre Maggie, disse que ela fazia mais parte da família quanto ela própria, se conhecem desde o jardim de infância e estão juntas desde então.
Maggie ficava como recepcionista ajudando os clientes a arrumar uma boa mesa, enquanto eu fazia os pedidos, Leah tomava conta do caixa e o Seth ficava paquerando as garotas de sua idade, era até engraçado quando ele tomava um fora, a gente dava risada e ele ficava com uma carinha de cachorro sem dono.

-Então Maggie, precisamos sair de novo, estamos tão sedentárias de balada que eu até me esqueci de como é o interior da The Club's - queixou-se Leah enquanto, mais tarde, almoçavámos em uma das mesas do restaurante.

-Bom Leah nós duas sabemos como é seu novo namorado.

-O que tem o Sam?

Perguntou ela.

-Bom, digamos que ele é um tantinho assim ciumento e possessivo quando o assunto é você.

Leah pensou um pouco antes de falar alguma coisa.

-Tá eu sei que aquela última vez não foi muito legal, mas o cara mereceu vai.

-Leah ele só te confundiu com uma amiga, ele até se desculpou.

-Eu não quero falar sobre isso agora -Era claro como água que Leah tinha se incomodado com assunto que Maggie começou, pois se remexeu na cadeira desconfortávelmente.

-E você Bella?

Maggie se voltou para mim.

-O que tem eu?

-Você vai com a gente também né? você está precisando se distrair e conhecer lugares e quem sabe até gente nova.

Maggie levantou as sobrancelhas sugestivamente e deu um sorriso malicioso.

-Ãn não sei se é uma boa ideia eu conhecer alguém - disse.

-Ah qual é, você é carne nova no pedaço e muito bonita por sinal, não vejo problemas.

-Bom é que eu não connheço quase ninguém além de vocês e.... Sabe.... Eu não....

Encolhi os ombros sem conseguir terminar, não podia continuar com esse assunto; não podia sair com elas, a onde quer que fossem, ainda mais em uma boate. Apesar de que se eu parar para pensar direito eu trabalhava em uma boate, bem não tecnicamente mas ainda assim....

-Ah entendi - exclamou Maggie - Seu último relacionamento não deu certo não é?

Pisquei aturdida e a encarei, não estava gostando do rumo em que a conversa estava indo.

- O quê? Quer dizer não, é que...bom eu não....

Leah vendo meu desespero interveio e interrompeu minha falha tentativa de explicar.

-Maggie, Isabella sai com a gente quando quiser sair, não precione a garota na sua primeira semana de trabalho.

-Tudo bem, desculpe-me Isabella.

-Está tudo bem Maggie, só que esse tipo de assunto é meio complicado e...

- Não, tudo bem eu sei como é.

Acredite você não sabe, quis dizer, no entanto tudo que fiz foi assentir com a cabeça e voltar ao meu almoço que já estava esfriando.
~~

Às 15:00 eu já estava me trocando para ir embora, ainda pensando na conversa no almoço.
Maggie descobria fácil demais as coisas, olhava para você como se soubesse de tudo o que aconteceu e acontece na sua vida, pensei seriamente se tinha sido uma boa ideia eu ter feito o que fiz, fugir assim de um estado pro outro e sem pensar nas consequências apenas na vontade de mudar; mergulhar de cabeça e tudo e tentar ser normal uma coisa que eu com toda a certeza não vou ser.
Saí do vestuário balançando a cabeça para espantar os pensamentos ruins que viam quando eu menos percebia. Sue, Maggie e Leah estavam debruçadas no balcão de doces conversando amenidades, quando fui me despedir.

-Bom meninas, já está na minha hora, até amanhã - elas se despediram em uníssono e eu sai.

O dia lá fora estava lindo, quente e com a brisa suave das árvores do Central Park que não era muito longe dali.
Resolvi mudar meu caminho do ponto de ônibus que eu costumo pegar sempre e fui a um outro que fica depois do parque.

O parque estava cheio, para variar, mas para ser sincera nunca tinha vindo ali.
As crianças corriam livremente com seus cachorros, pais ou babás. Senti uma pontada no meu peito e me lembrei de como gostava quando, aos cinco anos, meu pai me rodopiava nos braços, lembro de bater o pé dizendo que não gostava de quando ele fazia isso, mas quando na verdade adorava correr só para ele me pegar e me girar. Mordi o lábio e me concentrei para não desabar.

Senti um aperto no meu ombro e meu corpo automaticamente ficou tensa, me virei lentamente e o vi, meu coração batia descontrolado no peito.

Edward.

Ele tirou a mão do meu ombro e deu aquele sorriso, que não percebi o quanto odiava,estava com os cabelos bagunçados, calça jeans, camisa social azul clara e um sapato social preto.

-Olá Isabella

Minha boca ficou seca, eu não sabia o que fazer, olhei de um lado para o outro imaginando que se eu corresse seria muito estranho.

-Desculpe se te assustei- disse me olhando- é que não nos falamos mais e a última vez acredito que não deve ter tido uma boa impressão de mim.

Respirei fundo, o parque estava cheio de gente e me lembrei do dia da festa, dele me levando de carro para casa depois de eu ter tido uma crise de pânico.

-Oi- consegui murmurar.

-Quer dá uma volta comigo? Saí cedo do trabalho e resolvi espairecer a mente um pouco, então quando eu penso que não, pum te vejo andando por aqui.

Disse se atropelando um pouco com as palvras.

-Não sei se seria uma boa ideia.

Vi seu sorriso murchar e quis me dá um chute por isso, não podia pensar nele com alguém ruim, mas o pensamento era inevitável.

-Me desculpe, quer dizer... Claro que você deve estar esperando alguém e eu aqui tomando seu tempo, me desculpe- seu rosto atingiu um tom de vermelho forte ao pronunciar suas desculpas.

-Não é isso é que... Bom, não sou o melhor tipo de pessoa para "dar uma volta" por aí- consegui dizer - E de qualquer forma sua esposa não ficaria muito feliz de te ver com outra mulher, não acha?

Ele riu e balançou a cabeça de um lado pro outro.

- Eu não sou casado, mas é um detalhe distante demais e não gosto de falar a respeito.

O encarei, ele disse num tom seco e com a voz escondendo um pouco da raiva, mas ela era visivel em seu rosto e estava misturada com a mágoa que tinha nos olhos.

-Bom não custa nada não é?

Cedi.

Andamos em um silencio confortável por um momento, ele comprou sorvetes e nos sentamos em um banco qualquer.
Dali tínhamos uma ótima vista do parque onde todos deixavam seus problemas de lado por um segundo e relaxavam, por um momento eu gostaria de poder relaxar também, esquecer de todos e me desconectar do mundo. Queria que nada de ruim existe, nada que machucasse ou fizesse chorar.

- É lindo não é?

Tinha me distraído com meus pensamentos e me esqueci por um minuto que tinha companhia.

-Ahm é sim- respondi sem jeito, olhando o parque.

-Alice me disse que conseguiu um emprego, parabéns.

Alice e sua boca que não sabe o que é silêncio. A baixinha faz falta.

- É, sou garçonete em um restaurante agora.

-Sabe eu ainda não entendo o que aconteceu com você naquela festa, mas com certeza foi uma crise.

Eu me encolhi, não queria ouvir perguntas, não queria que ele tocasse no assunto daquela festa, não queria nada; apenas sumir, evaporar como se fosse fumaça de cigarro.

-Eu não quero falar sobre isso, é complicado e...

-Acho que eu sou capaz de entender- disse me interrompendo e levantando a mão para tocar meu braço, mas desistiu quando eu me afastei.

-Não posso, olha desculpa por fazer você passar vergonha aquela noite, lamento muito. Mas aquilo fora demais para mim e não consegui me conter.

Levantei rápido demais e quase caí para trás.

-Aquilo não foi uma vergonha para mim, você estava passando mal e minha irmã me pediu para te levar para casa por que você conhecia apenas a noiva. Não me incomodei em te levar até lá.

Senti meus olhos pinicarem e engoli em seco para me controlar, não podia perder a cabeça, não podia me lembrar, não podia me descontrolar.
Quando falei minha voz não estava arranhando como eu imaginei que estaria.

-Obrigada por aquilo aliás, duvido que alguém iria querer chegar perto da aberração em pessoa aqui.

Por um momento seu peito subiu e vi ele ficar com uma expressão nada boa.

Ele se levantou e segurou meu rosto com uma das mãos e olhou no fundo dos meus olhos. Fiquei em choque e lembranças vieram como uma bomba, o chão em baixo de mim começou a tremer e eu fiquei em choque com sua atitude.

-Você não é uma aberração. É só uma garota que teve um passado ruim e vive atormentada por ele. Como eu sei disso?
Te estudei Isabella, naquela noite na festa quando ficou inconsciente começou a murmurar coisas desconexas mas que se alguém prestasse atenção saberia o que estava dizendo.

Meu sangue gelou nas minhas veias, e eu comecei a me sentir tonta e enjoada.

-Não sei do que está falando.

Sussurrei em meio a lufadas de ar, não estava conseguindo respirar.

-Quem é Phill?

Foi o bastante para as minhas pernas fraquejarem e a escuridão me tomar.


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Notas finais do capítulo

Cadê vcs suas lindas, não me deixem T.T
Esperando ansiosamente a caixinha de comentar seduzir vcs :3 até qualquer dia... ♥



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