A cerimônia foi linda, e como eu já esperava Ângela chorou do começo ao fim.

Estávamos na festa, que ocorreu no enorme quintal da casa dos Newton, tudo estava lindamente organizado foi como minha amiga sempre sonhou, uma cerimônia linda e perfeita e uma festa melhor ainda. Ângela era só sorrisos e Mike não estava diferente dois bobos apaixonados, estavam em sua primeira valsa no meio de uma pista de dança que havia ali, eu estava em uma das mesas mais afastada por conta da aglomeração de homens que pareciam enxergar só a mim.

–Oi Isabella-Desviei minha atenção do casal do momento e olhei para quem tinha me chamado, era Alice uma das amigas e madrinha de casamento de Ângela.

–Ah, oi Alice-sorrio por educação.

Ela puxou uma cadeira e se sentou ao meu lado.

–Por que não se senta conosco ali?

Perguntou apontando para uma mesa que tinha umas cinco pessoas, só consegui reconhecer Jéssica.

–Hmm não obrigada, estou bem aqui.

–Ah vamos lá vai ser legal.

Insistiu. Vendo que eu não ia me mexer ela se levantou e me puxou pela mão até a mesa que ela me mostrou, o grupo ria de qualquer bobeira.

–Pessoal essa aqui é Isabella, a

melhor amiga de Ângela. Isabella esses aqui são Emmett e Rosalie, jasper meu namorado, Jéssica você já conhece e esse é Edward meu irmão.

–Olá-disse baixo. Fiquei rígida com a presença de homens tão próximos a mim. O tal de Emmett parecia um armário de tão grande, me deu medo só de olhar para ele; Rosalie parecia que tinha acabado de sair de uma capa de revista com seus cabelos loiros e sedosos e com um corpo de dar inveja em qualquer mulher.

Jasper,namorado de Alice,era loiro com seus cabelos batendo no queixo não reparei em muita coisa como cor dos olhos ou estilo. O tal de Edward não tirou os olhos de mim desde o momento que eu cheguei, ele era alto com os cabelos bagunçados da cor bronze ou ruivo, é meio difícil dizer, fiquei mais tensa ainda com seu olhar mim.

Alice me fez sentar entre ela e Jéssica o que agradeci aos céus, pelo menos não estava tão próxima a ele.

Não aguentei mais de meia hora naquela mesa, minhas mãos estavam tremendo muito com os olhares do cara ruivo para mim.

–Com licença-disse baixo deixando a mesa.

Precisava respirar, ficar bem longe de tantos homens; quando dei por mim estava no meio da pista de dança e todos os olhares masculinos estavam em mim, de forma estranha e desconfortável.

Minha cabeça lateja com as lembranças que vinham de uma vez, cada uma pior que a outra; a maioria era eu gritando e chorando muito, em outras a dor era tanta que eu não tinha expressão alguma. Caí de joelhos com as mãos na cabeça, , precisava sair mais não tinha forças pra levantar e espantar esse horrível passado, então apenas fechei os olhos.

Não sei se foram segundos, minutos ou horas, mas, de repente me vi dentro de um carro estacionado e todo fechado, eu estava deitada no banco de trás; não me lembro de ter saído da festa.

No momento que me recordo da festa entro em pânico, me sento desajeitadamente e tento abrir a porta, mas é em vão pois está trancada; com medo de ter falta de ar começo a bater nos vidros e gritar por ajuda, minha vista está embaçada e lá fora está escuro. Isso não me ajuda em nada, apenas faz com que eu me sinta perdida e sozinha por tudo que eu passei recomeçar.

Ouço a porta do motorista se abrir e me encolho no banco quando vejo que é um homem. O carro está muito escuro e não dá pra ver quem é, ele liga o motor e sai cantando pneus.

Minutos depois paramos em algum lugar e eu me preparo para sofrer o que antes achei ser pior hoje ser mais ainda.

Ele sai e bate a porta, a essa hora lágrimas banham o meu rosto.

Ouço a porta do meu lado esquerdo se abrir,solto um soluço alto e fecho os olhos com muita força.

–Você está bem?

Diz ele. Sei qual é o jogo perguntar e depois mandar eu calar a boca, por isso não o respondo. Ele tenta me tocar mas eu me afasto.

–Por favor não me machuque-Sussurro ainda de olhos fechados.

–Não vou lhe machucar, mas você precisa entrar está frio e você está tremendo muito.

Só então percebo que estou tremendo e com muito frio.

Abro os olhos apreensiva e me sento, olho no rosto do homem e me arrependo no mesmo instante.

–Você?

Digo nervosa.

–Quer que eu te ajude a sair?

Me arrepiei só com a idéia e neguei com a cabeça.

–Tudo bem, consegue ir sozinha?

Afirmo com a cabeça.

Com um pouco de dificudade consegui chegar à outra porta, o vento me fez tremer e apertar os braços contra o peito, ao levantar vejo tudo girar e a escuridão me tomar de vez.