Dean PDV.

Eu não sabia se eu ficava ali no hospital e esperava Jo acordar, ou se eu ia atrás de Sam, não sei qual dos dois me preocupava mais no momento.

-Vai lá, eu fico com ela! – Alguém pois a mão no meu ombro.

Me virei e vi Ellen, sorri ao vê-la e já fui me explicando:

-Ellen eu não tive culpa...

-Eu sei Dean, eu sei. É como ela disse quando a deixei ir eu sabia do risco que ela corria. Agora vai lá atrás do seu irmão, impeça que aquele idiota faça uma besteira que eu cuido da Jo. – Ela pegou a mão da filha e se sentou numa cadeira ao lado dela.

Então eu fui, um pouco mais sossegado Ellen sabia cuidar de sua filha, muito mais do que eu. Eu não tinha a mínima pista do paradeiro de Sam, ele devia ter ido atrás de algum demônio, acho que já era tarde demais, ele já devia ter se alimentado; Eu estava perdido, sozinho, completamente sozinho, não tinha o Cass, nem o Sam, nem a Jo, era só eu ali e eu precisava achar o Sam. Eu estava entrando no meu carro quando lembrei:

-Perae, Bobby, como não pensei nisso antes.

-Antes de você começar a pensar eu já estava aqui. – Me virei e atrás de mim estava Bobby me olhando.

-Como você e Ellen...?

-Nós ficamos investigando onde vocês estavam e ficamos sabendo do ocorrido, agora vamos me ajude a entrar nessa sua lata velha que precisamos achar um idiota.

Uau, como me fazia falta ouvir os elogios de Bobby sobre o meu carro ¬¬, o ajudei a entrar no carro, entrei também e perguntei:

-Para onde vamos?

-Para um galpão em San Antonio no Texas, pelo que eu soube Ruby esta se escondendo la e conhecendo o Sam, não demora muito ele aparece por lá.

-Bobby acha que...

-O que se eu acho possível Sam ainda não ter se envenenado com sangue de demônio? Sim, acho que ele imagina que Ruby não estará sozinha e pretende se alimentar lá, mais não fique feliz, não temos como impedi-lo Dean, o Sam não vai nos ouvir acredite eu sei.

Provavelmente Bobby se lembrou de como foi matar sua mulher pela segunda vez, pois vi que seu olhar ficou triste, porem tentei ignorar e fui o mais rápido que pude para o Texas.

-Que susto! – Eu levei um susto ao ver Cass no banco de trás do Impala, Bobby tinha cochilado. – Cass você quer me matar?

-Eu precisava ir com vocês.

-Então porque não liga ou avisa sei lá?

-Não tive tempo, olha chegamos.

Acordei Bobby e saímos do carro, nós três.

-É aqui?

-Sim! – Responderam Bobby e Cass juntos.

-Bom então vamos lá.

Entramos no galpão, era mais uma casa de tão grande, estava meio escura, ainda mais porque a noite já estava chegando; Andamos pelo galpão procurando algum sinal de Ruby ou de Sam.

-Ela não está aqui! – Disse Cass se referindo a Ruby.

-Como sabe?

-Eu sinto quando a um demônio no mesmo ambiente, e ela não esta mais aqui.

-E quanto ao Sam?

-Bobby, Sammy não é um demônio para que Cass possa sentir...

-Mas eu sinto, Sam está aqui.

Eu fui andando na frente deles, e entrava em todas as portas e cantos escuros, então escutamos um barulho.

-Ouviu isso? – Perguntou Bobby. – Parece o barulho de uma rato, vem daquela porta. – Ele apontou para a porta.

Eu chutei a porta e la estava Sam se alimentando de um demônio, um que provavelmente estava com Ruby.

-Sam! – Eu o puxei, e quando ele virou para mim eu não vi meu irmão, eu vi um vampiro, ele estava com uma cara assustadora e todo sujo de sangue, o choque foi tão grande que eu quase o soltei – Sam vem, vamos, para com isso!

Ele me tacou longe e foi embora, chegou até a me lembrar quando caçamos aquele Lobisomem Medison, era uma pessoa boa eu sabia mais ela estava tão má, tão diferente, irreconhecível, e doía saber que ao contrario dela meu irmão sabia exatamente o que estava fazendo. Cass me ajudou a levantar.

-Pra onde ele foi?

-Provavelmente para o lugar onde Ruby está agora.

-É, tem razão. Mas como saberemos aonde ela esta?

Bobby se afastou, pegou o telefone, ligou para alguém e ficou conversando alguns instantes, então voltou desligando o telefone e disse:

-Ela foi para a cidade vizinha, estava fugindo de Sam acredito eu.

-Então vamos atrás deles.

Durante a “Viajem” nenhuma palavra sobre Sam e como ele estava saiu da boca de nenhum dos três, na verdade não falamos sobre nada, só seguimos para a cidade vizinha em pleno silencio. Ao chegar la um policial nos parou.

-Posso ver sua carteira de motorista?

-Claro! – Fui pegar minha carteira, e aproveitei pra pegar um vidrinho de água benta, alguma coisa me dizia que ele era um demônio. Joguei a água nele e se confirmou ele era um demônio.

-Filho da puta.

-Olha aqui seu desgraçado você vai nos dizer exatamente onde esta a Ruby.

-Porque eu diria isso? – Ele perguntou rindo.

-Porque ta vendo aquele rapaz ali no banco de trás? – Eu apontei para Cass, e ele deu um sorriso ao demônio e fez um “tchauzinho” – Ele é um anjo, e se você não me disser onde ela esta vai se ver com ele.

-Está a três quarteirões daqui, numa casa abandonada, ela está tentando chamar Lúcifer porque disse que Castiel e vocês estão unidos a Deus e ela esta com medo.

-E como vou saber se posso confiar em você?

-Você não tem outra escolha. Alem do que se Ruby esta com medo imagina eu que sou apenas um capanga dela?

Fiquei encarando o demônio e então seguimos para o endereço que ele nos passou.

Sam PDV.

Cheguei no galpão onde Ruby estava, eu não conseguirá parar de pensar em Jess desde que Ruby se foi ontem, mas agora meu pensamente estava em Dean, ele me viu de novo, daquele jeito monstruoso, o Deus, ele tem que me entender. Eu entrei no galpão e fui seguindo, vi uma enorme porta dupla a chutei com toda força, Ruby estava lá, haviam quatro demônios na frente dela para protegê-la de mim, mas ela estava assustada, claro que não demonstrava isso:

-Sam, Sam! Não agüenta ficar longe de mim néah?

Meu ódio era tão grande de ver ela falando através de Jess, que matei três demônios de uma vez só. Ela sorriu orgulhosa e disse:

-Você aprendeu direitinho não foi? Mas não esqueceu que se você gastar sua forças precisará de mais esqueceu?

-Claro que não! – Peguei o demônio que ainda não tinha matado, cortei o braço dela(era uma garota) e comecei a chupar o sangue dela, Ruby tentou se aproveitar da situação para sair mas com uma das mãos eu meio que a prendi ali. – Não vai a lugar nenhum.

O demônio de quem eu tomava o sangue gritava e entre esses gritos eu ouvi:

-Sam!

Me virei e vi Dean, Cass e Bobby, só que na hora de virar soltei a demônia e soltei Ruby também.

-Desculpe Dean!

-Agora que você já começou, termine. – Dean disse, como que me apoiando, e isso me deixou mais forte, ele entendia que eu não podia matar Jess.

-Vá em frente Sam! – Ela disse com um sorriso nos lábios, mais no fundo se via o medo que ela sentia de voltar para o inferno e ainda não ter completado a missão que Lúcifer deu para ela.

-Não, não! Primeiro eu vou me vingar... Como você disse é a melhor coisa que tem. – Fechei minha mão e comecei a torturá-la por dentro como fiz com a ajudante da Lilith. – Você me enganou, me fez pensar que eu estava fazendo o certo, você me transformou num monstro

-AAAAAAAAAAAAAAH! – Ela gritava muito, e quando falava você podia notar que era com grande dificuldade – Eu apenas te mostrei o caminho Sam, você escolheu, está dentro de você. Você é como eu, se não fosse não estava fazendo isso comigo.

Eu a soltei um pouco e ela caiu no chão, eu respirei fundo, ela se levantou e eu estiquei a mão agora era para matá-la.

-Sabe eu realmente gostei de você, achei que era igual a mim, mas já que vou me ferrar no inferno por culpa sua, eu também quero...

-Quer o que?

-Vingança. – Ela estava segurando uma faca, ela enfiou em seu próprio peito, claro que aquilo não faria nada para ela, mas faria para...

-Jess!

Ela começou a rir como uma louca e a falar enquanto cuspia sangue pela boca.

-Assim que você me mandar pro inferno Sam, assim que me tirar daqui, você vai ver o seu amor cair morto no chão, outra vez! Hahahahahahhaha – Ela dava risada sem parar.

Eu comecei a tirar ela do corpo de Jess, e ela parou de rir e começou a gritar, enquanto eu tirava ela do corpo de Jess, ao invés dos meus olhos ficarem pretos como aconteceu quando matei Lilith, lagrimas caiam dele, eu me via matando Jess e não Ruby. Quando Ruby finalmente saiu totalmente do corpo de Jess, ele caiu e eu fui até ela e a segurei, ela ainda estava viva e cuspindo sangue.

-Brigada Sam, obrigada! Não saa..be – Ela falava com dificuldade – Como era horrível... Não controlar meu próprio corpo.

Eu comecei a chorar agora, sem pensar, Dean, Cass e Bobby se aproximaram.

-Eu te amo Jess, me desculpe!

-Eu também te amo Sa... – Foram as ultimas palavras dela, eu a chacoalhei e tentei fazê-la acordar mais ela estava morta, eu sabia.

-Não, Não! Jess! NÃAAAAAAAAO!

-Sam, ela se foi! – Dean colocou a mão no meu ombro.

-Sabe Bobby agora, vendo Jess morrer por minha culpa pela segunda vez eu entendo o que você passou com sua mulher, eu não sei se eu teria conseguido matá-la.

Eu já não chorava mais quando me virei para Dean, juntei meus pulsos e disse:

-Vai me leva e me prende naquele quarto. E me amarre bem!

Nós fomos para a casa de Bobby e eles me prenderam naquela sala onde eles me prendiam pra mi desintoxicar, fecharam a porta, mais dessa vez foi tudo diferente, eles até espiavam para ver se eu estava vivo, porque eu não gritava, eu não berrava pedindo que eles me soltassem, eu fiquei apenas sentado lembrando... Lembrando...

“No dia em que Jess voltou, depois que Sam e Jess viram Jo e Dean se beijando e voltaram para a sala:

-Ah qual é Sam me conta com quantas você ficou.

-Jess! Que é? Ta com ciúmes?

-E se for? Eu quero saber se você amou alguém depois de mim.

-Não, nunca! Sempre foi você, eu nunca esqueci você.
-Isso foi fofo – Eles deram um selinho – Mas eu ainda quero saber, com quantas?

-Mas você é insistente em?

-Sou sim. – Eles dois riram.

-Sabe eu não sei como eu consegui ficar tanto tempo sem você, quando eu to com você Jess eu me sinto normal, eu me sinto... FELIZ, como eu não me sentia a muito tempo.

-Eu sei, mas não vamos mais pensar nisso, sabe porque? Porque nunca mais vamos no separar, NUNCA, vamos envelhecer juntinhos Sam e Jess, Jess e Sam, os velinhos felizes – Eles riram – Nós nunca mais vamos ficar um sem o outro, NUNCA MAIS...”