Feito para matar escrita por poetizando


Capítulo 2
Uma chegada no mínimo... Conturbada.


Notas iniciais do capítulo

Oie... Eu não recebi nenhum retorno aqui. Portanto, provavelmente não vou mais postar.
Estão é isso.
Por favor, comentem ou qualquer coisa do gênero.
Boa leitura fantasminhas (literalmente)



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Quando chego ao local marcado com Hazel percebo que tem alguma coisa errada. Ela estava lá, sim. Porém, não sozinha. Havia um um homem que aparentava ter em média trinta anos, com uma túnica escura e simples, e portava um cajado, que talvez fosse um remo... Pera! É Carontes !
- Levesque ! O que você fez? Eu disse para ser discreta e arrumar uma desculpa. Não para trazer o deus junto ! Agora ele vai nos levar até Hades de novo. E levará anos até que outra oportunidade chegue. Eu sei que já tenho mais de oitenta anos, mas não precisa abusar, e além... – Estava tendo um leve ataque quando sou subitamente interrompido pelo tal deus.
– UHUMM. Eu até poderia deixar você terminar o seu discursinho sem sentido, mas estou com pressa... As almas não vão para o submundo sozinhas ! - Acho que deu para perceber que eu estava fazendo a maior cara de ué do mundo, por que ele parou o que estava dizendo e fez uma cara de impaciente, como se estivesse prestes a explicar uma coisa que já havia falado milhares de vezes. – Eu posso ser feio, maligno, imortal, sombrio... Mas não sou idiota! Eu sei o que vocês estavam tramando. E logo logo seu pai também saberia, se não fosse por mim. Eu estou aqui apenas para ajudar.
– SÉRIO?! Então também está contra o meu pai ? Mesmo que indiretamente... Tudo bem então, um aliado. Mas se me permite perguntar, porque só agora ? E o que quer ?
– Respondendo a primeira pergunta, porque embora eu seja Imortal, ainda temo seu pai. E sobre a segunda... Apenas quero pedir para que tenham cuidado, seu pai não é burro, e uma hora vai perceber o que estão fazendo. Também estou aqui para te prevenir. Cuidado com o acampamento meio-sangue, eles nunca vão confiar em você. Afinal, querendo ou não, você causou muito sofrimento para eles. – Ele olha para o sol, que estava quase se pondo, e se dirige a menina ao meu lado – Agora eu tenho que ir querida. Boa sorte em sua jornada, você mais do que ninguém merece uma segunda chance. – Da um abraço nela e se vira para a minha pessoa – E você, cuide bem dela. Os deuses tem muito ressentimento de ti, isso não ajudará a sua jornada. Mas sei que no fundo é apenas um garoto de bom coração. Tente ao máximo mostrar isso a eles. Até mais.
Dito isso ele se vira e pouco tempo antes de atingir sua forma divina eu fecho os olhos.
Hoje não estou afim de morrer.
Com esse discurso animador eu explico para Hazel o que vamos fazer a seguir.
– É o seguinte... Vamos para o acampamento meio-sangue, “matar” um certo semideus. Mas na verdade vamos lá para tentar fazer eles ficarem no nosso lado na guerra. Por favor, tenha cuidado lá. Você ouviu o que Carontes disse, eles não confiam em nós. Vamos apenas para conseguir aliados. E depois vemos como prosseguimos. Ok?
– ok
– Vamos pelas sombras tudo bem? Vou usar elas como GPS para encontrar o tal garoto. Você já aprendeu a manipula-las ?
– Mais ou menos. Você não terminou meu treinamento. Sabe... Eu morri antes disso.
– Desculpa, é mesmo. Enfim, sabe como fazer uma viagem nas sombras ? Porque vai ser um tanto difícil manter o feitiço de rastreamento e a viagem junto.
– Eu posso tentar...
– Tudo bem então. É só me seguir tá bom?
– Tá.
Estava claro que ela estava meio nervosa com tudo isso, mas espero que ela consiga, sei que ela é capaz. Mas meu medo é que falte experiência... Bom, de qualquer maneira é a única solução por agora.
Então vamos lá.
Eu pego a mão da morena ao meu lado e olho para ela tentando passar um ar encorajador. Conto até três e a viagem começa.
Eu já estou acostumado com os sussurros e cutucadas, é como se fosse algo comum. As vozes em um tom morto que recitam as mais horríveis penas de mortes, ou até mesmo segredos que nunca deveriam ser libertados.
Quando chegamos ao destino, senti Hazel vacilar no comando das tão temidas sombras e acabamos “aterrissando “ um pouco antes do planejado, aparentemente no chão. Não seu ao certo. Porque tudo que eu pensava era na minha irmã.
Logo que encostou na superfície ela caiu inconsciente. Eu definitivamente não devia ter pedido para ela usar seus poderes ! Aonde eu estava com a cabeça?! Ela tinha acabado de voltar dos mortos ! Eu sou idiota ou o que ?!
A cada segundo que passa eu sinto sua vitalidade se esvaindo de seu corpo. Não posso deixar isso acontecer ! Eu já a perdi uma vez, me recuso a perde-la de novo.
Só agora eu olho em volta e percebo que estou no que parece ser um dos chalés do acampamento, um bem chamativo por sinal. Em qualquer direção que eu olhasse via amarelo ou laranja, ou os dois. Então deduzi que estava no chalé de Apolo. Afinal, mais qual deus simboliza essas cores?
Depois que me acalmei, com um estalo em minha mente lembrei que os filhos de Apolo são curandeiros ! E nesse momento é a única coisa que eu posso fazer, pedir ajuda.
Então comecei a gritar chamando por ajuda. Já não raciocinava, apenas queria minha irmã sã e salva. E o pior, eu sou o culpado disso!
Nem percebo que estou chorando em cima de seu corpo, e muito menos que um ser se aproxima pedindo para que eu me acalme e me afaste.
Só depois de algum tempo eu finalmente sai de cima dela e parei de chorar, afinal não iria adiantar nada. Sequei as lágrimas em meu rosto com a manga da minha jaqueta de aviador, olho para frente e me deparo com um ser extremamente lindo gritando ordens pelo chalé, com uma calma que chega a ser até assustadora, ele analisa minha irmã e da ambrósia para ela comer.
Ele tem cabelos loiros encaracolados que chagam até o meio do pescoço, olhos azuis que mais pareciam uma janela para o céu. Parecia um anjo, daqueles que são retratados em quadros sabe ? Só faltava a coisa redonda em cima da cabeça.
Estava tão absorvido por tanta Lindeza que nem percebo o que ele estava fazendo, olhei mas não vi. Quando enfim percebo eu grito em sua direção:
– Ela é romana ! De Néctar para ela. Funciona melhor.
– Entendido!
Quando algumas horas, ou minutos, haviam se passado, todos se acalmaram e a levaram para a enfermaria. Pois ela já estava estabilizada e poderia ser tratada com mais calma.
Com o tempo todos foram saindo do chalé. Aparentemente era de manhã, deviam ser uma cinco ou seis horas. Suspirei pesadamente e me levantei do chão. Fui até o lado de fora e comecei a andar meio desorientado pelo local. Agora que estava pensando claramente de novo tinha que continuar como o planejado. Afinal, Hazel está bem, e é isso que importa.
Sei que tenho que encontrar um centauro, que se não me engano se chama Quilon ou algo assim. Ele é quem comanda aqui, e o deus Dionísio, mas no momento ele está com os outros deus, no Olimpo, se escondendo.
Estava realmente perdido. Até que alguém toca meu ombro gentilmente e pergunta:
– Você está perdido? Porque parece estar. Da onde surgiu ? É um campista novo?
– Não, sim. Não sei. Calma... Eu estou perdido, e não sou exatamente um campista novo, mas acho que posso ser considerado um. Queria falar com um tal de Quilon. – Ele faz uma cara de confuso, até parecia estar escrito em sua testa “loading”. Quando ele finalmente parece colocar os pensamentos em ordem diz:
– Quilon ? Não tem ninguém com esse nome... Se fosse Quiron eu até entendia, ele é o chefe de atividades.
Eu penso “ ahhhh então é Quiron. Faz mais sentido. “
– Isso, esse mesmo. Sabe onde posso encontra-lo?
– Na casa grande. Se quiser te levo até lá. A propósito, ainda nem me apresentei. Eu sou Percy Jackson, filho de Poseidon. E você?
– Sou Nico Di Angelo.
Então ele é quem eu supostamente deveria matar ?
Aquele ser lerdamente lindo de olhos verdes e moreno ?
Eu nem me atrevi a falar quem realmente sou, afinal, ninguém sabe meu nome. Só me reconhecem como Rei dos fantasmas, ou até mão negra. Isso facilitará um pouco minha vida. Mas inevitavelmente vou ter que contar para Quiron. Até porque ele provavelmente já saberá quem sou.


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