Feito para matar escrita por poetizando


Capítulo 1
Finalmente... Minha chance chegou.


Notas iniciais do capítulo

oie, eu sou nova no Nyah! Mas tenho uma conta lá no Social Spirit a um tempo. Essa fic é postada lá também. Espero que vcs gostem.

Boa leitura meus Fantasminhas !



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Eu não sei em que momento eu havia decidido isso, ou como cheguei a tal ponto, mas eu sei que agora não tem mais volta.

Estava arrumando meus poucos pertences em uma pequena mochila preta quando um dos esqueletos/serviçais do meu pai bate na porta produzindo um som oco de ossos batendo. Eu jogo a mochila em uma sombra e deito na cama fingindo estar dormindo, bem na hora em que o morto-vivo entra e chama minha atenção.

Levanto o olhar lentamente para dar a impressão de que estava realmente distraído e ele fala:

- O senhor Hades requer sua presença na sala do trono imediatamente. - E faz o mesmo caminho que anteriormente.

Suspiro cansado e levando calmamente da cama. O que será que meu pai quer de mim agora ? Será que ele esta desconfiando de alguma coisa ?

A semanas que eu vejo planejando isso, e essa ideia sempre esteve em minha mente, desde que eu me entendo por gente. Meu pai sempre confiou que eu seria o filho perfeito, que nunca ousaria pensar em contraria-lo. E eu sempre tento manter essa confiança. Para que quando momento que estive esperando por toda a minha vida chegar eu poder abusar da sorte, tendo mais um ponto ao meu favor nesta guerra.

Quando Hades conquistou o olimpo eu tinha seis anos de idade, e desde então eu vejo sendo usado como uma arma para combater aqueles que ainda resistem ao reino dele, aqueles que são chamados de semideuses. Embora eu também seja um, o rei dos mortos sempre disse que sou diferente, que fui feito para matar, para reinar e obedecer.

E cada filho de deus que eu mato, a cada brilho no olhar que eu vejo se apagando, eu me sinto menos humano, menos digno de viver.

A cada vez que vou a superfície e o céu esta mais apagado, esta mais escuro e sombrio. Eu sinto nojo de mim mesmo em saber que eu contribui para o fim do mundo. Eu ajudei um tirano hipócrita a subir ao poder, e escravizar a humanidade, prender os deuses e matar quase todos os semideuses ou criaturas místicas que não fossem do submundo, que não fosse feita para matar.

Por isso, depois de matar minha própria irmã a mando do meu próprio pai, eu decidi que não faria mais isso, que não viveria mais assim.

E então coloquei meu plano em ação.

Eu iria embora daquele lugar para sempre, e iria derrotar Hades. A cria se voltando contra o criador. Por que por mais que os outros deuses fossem idiotas eles eram melhor do que ele.

Mas primeiro eu tenho que conseguir fugir daqui. E o mais importante, sem deixar meu pai saber para onde vou.

Quando volto a realidade percebo que estou entrando no grande salão, onde reside o trono do meu pai. Olho em sua direção e vejo um homem mediamente alto, cabelos pretos como a noite, olhos igualmente escuros e um manto feito de almas aprisionadas. Meu pai é bem parecido comigo fisicamente, seria uma cópia idêntica, porem mais velha, se não fosse por aquela expressão de puro desdém em seu rosto e a postura de superior sempre presente.

Ele tira os olhos do papel que esta lendo e os dirige em minha direção.

- Filho. Preciso que você faça um trabalhinho para mim. Mate um verme (como ele chama os semideuses) que está me incomodando e atrapalhando meus planos. Quero ele morto até depois de amanhã. Você parte agora mesmo. O nome dele é Perseu Jackson, filho de Poseidon.

- Tudo bem, querido pai. - Mesmo tentando com todas as minhas forças disfarçar o ódio que sinto, o meu tom de voz transborda ironia. - E aonde posso encontrar esse tal verme ?

- No covil deles, logicamente. O único lugar no qual não tenho poder. O acampamento meio sangue. - E dito isso o deus do submundo faz um gesto com as mão mostrando que estou dispensado.

Me viro lentamente e vou andando novamente até meu quarto. Meu rosto está sem expressão, como se estivesse indiferente com a vida. Com o tempo, fui aprendendo a manipular minhas expressões, para o meu próprio bem.

Eu posso aparentar estar calmo, mas por dentro minha mente está a mil. Essa é a minha chance, tenho que aproveitar esse momento. E esse tal de Perseu será minha forma de ganhar a confiança de todos. Eu finalmente vou para o único lugar que não vou estar no alcance de Hades, o lugar que Maria Di Angelo sempre sonhou para mim.

Mas primeiro tenho uma coisa a fazer... Resgatar minha irmã.

Pego minha mochila das sombras, minha espada de ferro Estíge, meu anel de caveira e vou em direção aos campos de Asfódelos. Onde Hazel foi submetida a ficar depois da morte.

Vou resgatar minha única parente que ainda tem uma chance, vou fazer ela feliz. Com uma vida digna, o oposto da minha.

Por tê-la visitado tantas e tantas vezes, sei exatamente onde ela está. O que facilita meu trabalho. Chego perto de uma macieira de ilusão, onde ela costuma estar e olho em volta.

Ela esta sentada em um dos galhos, com o olhar desfocado e pensativo. Vou até o seu lado sem que ela me note e digo:

- É hoje maninha! É hoje que vou por meu plano e ação. E a senhorita vêm comigo. - Ela olha nos meus olhos, como se não conseguisse acreditar. Hazel tem 14 anos, é uma menina de altura mediana, com olhos dourados, cabelos da mesma cor dos olhos e enrolados, com uma cor de pele chocolate. É linda! Ao contrário de mim. Meus olhos cor de Ônix e cabelos pretos em contraste com minha pele em um tom de branco quase doentio e meus braços todos cobertos de tatuagens, só contribuem para a minha aparência ... maligna.

Ela continua me encarando. Depois de um tempo apenas sustentando o olhar dela eu resolva acabar com a troca de olhares, a qual compartilhavam puro sofrimento e angustia.

- Só que temos que ser rápidos. Se demorarmos demasiado tempo Hades perceberá que algo está errado. Vamos ! Temos que passar por Caronte imediatamente.

- Tem certeza que quer me levar junto irmão ? Você sabe que eu apenas atrasarei seus planos, talvez fosse melhor eu ficar, até tudo isso acabar. - Levesque diz com um olhar preocupado.

- Nada disso. Não importa o que diga, você vêm. Eu preciso de você Hazel. - Eu abaixo o olhar - Você sabe que preciso. - Ela levanta meu rosto com as pontas dos dedos .

- Em que posso ajudar para sairmos logo daqui então?

Olho em sua direção e vejo um sorriso sincero e cansado em seu rosto.

- Tudo bem... vamos passar pelo Caronte normalmente, porém você diz para ele que a mando do nosso pai você vai resolver umas coisas lá em cima, ou algo assim. Invente alguma coisa, sei que consegue. Nos encontramos na saída principal ( a do letreiro de Hollywood) Depois eu te conto o resto, pode ser?

- Uhum. Vou pensar em alguma coisa então. Nos encontramos lá! - Hazel sai e eu chamo meu cão infernal, Blood, com um assovio.

Eu ganhei ele quando tinha onze anos, meu pai me deu como uma forma de locomoção. Para eu ir realizar seus "trabalhinhos". Desde então ele tem sido um grande amigo... o único.

Afago seu focinho, subo em seu pescoço e partimos para uma viagem nas sombras rumo ao "lado de fora".


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Notas finais do capítulo

Queria a opinião de vcs... Se eu devo continuar.... Essas coisas.
vou postar no minimo um por semana.
Até o próximo.



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