— INESITA! INESITA! INESITAAAA! — A voz histérica de Hugo Lombardi ecoava pelo ateliê. Haviam alguma modelos ali, incluindo a Jenny Garcia, e foram imediatamente ao encontro de Hugo, ao vê-lo tão exaltado. — Ah, cadê a Inês?! Eu preciso do meu chá de ervas! INÊS?!
Não demorou muito para a figura da senhora Inesita se fazer presente, já com o chá em mãos. — Aqui está, seu Hugo! Mas o que foi?! Por que essa agitação toda?!
Hugo beberica o chá, estava tremulo e esbaforido e as modelos procurava abana-lo, outra tentava fazer uma massagem em suas costas.
— Ai, saiam daqui... Sai, chispa... — Ele se afastava das modelos, enquanto se virava para responder Inesita. — Ele está aqui, Inesita! Aquele impostor! Ele está aqui, nesta empresa!
— Mas de quem está falando, seu Hugo?! Que impostor? — Inqueria a anciã completamente confusa.
— Quem mais seria? Ahn? Sua mente ta travando por causa da idade? Que é? Ta com Alzheimer? que é o único que me deixa assim?! 
A mulher se põe a pensar, mas logo a ficha cai. — Ah, seu Hugo, não me diga que ele foi capaz?!
— Pois ele foi! Ele foi! E enquanto ele não sair daqui não tem luz, não tem magia, não tem arte, não tem modelos, não tem DES-FI-LE!

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Enquanto Hugo Lombardi se lamuriava em seu ateliê, a reunião havia sido suspensa. Na sala de reuniões estava Ariel, Marcia, Luigi e Alice. Luigi estava tão revolto quanto o estilista. — Podem esquecer! Eu não trabalho com esse sujeito! Vocês não sabem o tipo de pilantra que ele é!
Ariel demonstrava impaciente. — Pare com esses chiliques! Não nos arriscamos tanto para ter prejuízo, seja lá o que tiver com esse homem, supere! E já estamos aqui é perdendo tempo!
— Vocês me desculpem, mas minha criatividade está nula! — E fazendo cena, Luigi se retira de lá. Ariel faz menção de ir atrás do diretor de forma agressiva, mas Márcia o detêm. — Já chega, Ariel, não vamos piorar tudo. Deixa que eu me resolvo com ele. — Assim dizendo, Marcia seguia atrás de Luigi e Alice seguia ambos para evitar que lhe mandassem fazer algo. A Ecomoda toda tinha parado para ver o barraco, até mesmo o Dr. Guitierrez. Ariel, tomando aquilo como desperdício de tempo, acabou por se retirar também.

Na sala de Armando estavam Armando, Fernando, Mario e Omar, eles tentavam entender o que tinha acabado de acontecer, aquela briga protagonizada por ambas as estrelas das duas empresas, na verdade era mais um festival de desculpas, lamentações e promessas de retaliações pelo inconveniente. Agora, na cova estavam as duas feias, Betty e Lety. Apenas esperando as coisas se resolverem entres seus chefes.
Betty estava sentada junto de sua escrivaninha, olhava atenta a porta e Lety estava um tanto agitada e andava de um lado a outro dentro da pequna sala, que não era tão diferente da sua sala no escritório da Conceitos lá no méxico. Era impossível uma decifrar a outra, uma vez que ambas não trocavam uma única palavra, Leticia volta e meia emcarava Betty, mas Beatriz se focava em qualquer coisa no computador. Na presidência, os executivos se conversavam.

—  Olha, eu lamento de verdade o incoveniente, mas garanto que vamos dar um jeito nessa situação o quanto antes... — Ia se desculpando Armando Mendoza.
— De nossa parte pode esperar o mesmo, para que comecemos o trabalho o quanto antes. — Fernando complementava, ambos selando com o aperto de mãos. Nisso Mario se aproximava do presidente da EcoModa, lhe falando baixo ao ouvido. — Pelo menos seu morceguinho vai poder dividir a cova com o chupa cabra, um novo fenômeno da natureza... — E acaba levando uma discreta cotovelada nas costelas.
Eles se despedem e Fernando chama Leticia para irem embora, a jovem e feia mulher saía da sala de Betty aos tropeços, se despedindo de Mario e Armando às reverências.
Saindo para os elevadores, Omar dava uma última olhada para Patricia Fernandez, enquanto seguia falando com o presidente da Conceitos. — Pense pelo lado positivo, Fernando, quando pensavámos que não existia nada mais feio que sua assistente...
Fernando apenas ria meio incomodado com a piada. — Ah, Omar... Dá um tempo, dá um tempo...