No Ritmo escrita por JéChaud


Capítulo 48
Chegou a hora de recomeçar


Notas iniciais do capítulo

Olá meus amores, tudo bem??!!!
Amoreeeesss mioooooos, vocês viram o "Na próxima edição" da 92??? SIMMMMMMMM A FOTO É CEBONICA, OS DIZERES dão a entender que todos vão se esquecer da Monica, mas nosso CEBOLA NÃO... Na minha opinião, o amor dele é tão forte que não vai esquecer dela.... FIQUEI EMOCIONADA, DESMAIADA E ANSIOSAAA ♥ ♥ ♥ ♥ ♥

Agora voltando a fic, aqui vai mais um capítulo com muitooo carinho pra vocês ♥ ♥ ♥
Obrigada genteeeeeee sério mesmo, vocês são incriveis, muito obrigada de verdade pelos comentários, favoritos, pelo carinho ♥ ♥ ♥



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/662571/chapter/48

 

Monica retribuiu o abraço em forma de despedida, por cima do ombro dele pode ver claramente o olhar que por noites ela sonhou, Cebola estava encostado em uma pilastra no lado oposto do clube olhando a cena de braços cruzados ressaltando seus músculos.

Ela então se soltou do enlaço e encarou o olhar por alguns segundos de insanidade, teria ficado ali por horas se sua mãe não a chamasse para entrarem no taxi que tinha acabado de chegar.

Ela sabia que não devia, mas desejou do fundo do coração poder voltar e abraçar o Cebola, passar a noite em claro na beira do lago onde tantas vezes ele a levará, conversando sobre os sonhos, os planos que fizeram e agora não passavam de lembranças que voavam com o vento.

—-

— Amiga, estávamos esperando você chegar pra contar como foi – Magali falou animada ao ver a Monica entrando pela porta.

— Ih... Pelo jeito não foi muito bom – Denise comentou reparando no semblante triste da amiga.

— Desculpa meninas, obrigada por terem me esperado, preciso de vocês – Monica respondeu correndo para o abraço delas.

— O que aconteceu Mo? – Magali perguntou aconchegando a cabeça da amiga em seu colo.

— Meus pais estavam lá gente, como não lembrei disso?! Os pais do Fabinho também...

— Nossa amiga...

— Fabinho?! Aquele carinha que empurram pra cima de você? – Denise a cortou assustada.

— Sim De, ele mesmo e amigas foi super estressante, se eu contar vocês não acreditam – Monica comentou tentando manter se calma.

— Conta miga – Magali pediu atenciosa.

— O Cebola deu um murro bem no olho do Fabinho – Monica falou pausadamente como se aquilo perfurasse seu coração – E meu pai viu tudo.

— O QUE? – Ambas levaram aos mãos a boca num reflexo do susto.

— Pois é, gente eu nunca imaginei que um dia poderia acontecer uma coisa dessa – Monica se queixou.

— Estou chocada amiga – Magali falou com a voz falhada.

— Em contra partida a coreografia foi incrível, todos amaram... E no final ele me beijou – Ela contou com os olhos marejados.

— Ai ami, não acredito, que difícil tudo isso – Magali lamentou fazendo carinho em sua cabeça – Mas e ai seu pai falou o que?

— Ele falou um monte Maga, queria me levar embora, gritou na frente do Cebola que ele não tinha classe, que eu dancei qualquer coisa la em cima, e que ele pagou as melhores escolas de dança e eu joguei tudo que aprendi fora – Monica concluiu deixando uma lágrima escorrer sorrateiramente pela sua face.

— Não chora ami, foi horrível sim o que ele disse, mas prova para o seu pai que você é boa, que seu sonho é esse, tenho certeza que vai passar na prova da Le Ballet, você é a melhor bailarina da Lemon toda – Denise segurou em suas mãos limpando as lagrimas que caiam do rosto da amiga.

— Ain amiga, muito obrigada de verdade, é difícil meninas, não ter apoio do meu pai, ele acha que sou um fantoche, quer me empurrar o Fabinho de todo jeito, o pior foi ver eles maltratando o Cebola, no final da festa ele estava com uma cara de arrasado, eu tentei o defender amigas, mas é tudo tão complicado – Monica se levantou colocando as mãos no rosto para aparar o choro.

Magali e Denise se entreolharam com pena, ver a amiga nesse estado as deixava preocupadas.

— Você vai passar Mo, se quiser te ajudamos a readaptar a coreografia – Denise propôs sob a confirmação da Magali.

— Obrigada meninas - Monica abriu um sorriso fraco para as amigas, sabia que elas queriam a ajudar e ficava muito feliz por isso.

—-

Cebola chegou em casa exausto, sua cabeça doía no mesmo compasso que seu coração, tomou um remédio, arrancou a camiseta e deitou de bruços na cama, em todo esse tempo que se envolveu com a Monica nunca tinha enxergado esse muro que separava suas condições sociais, ele não tinha nem de longe metade do dinheiro que a família da menina possuia, mas isso nunca os impediu de ficarem juntos, nunca foi um fator a ser considerado quando fizeram planos para o futuro.

Ela jamais entrou no assunto e nem pareceu se preocupar nenhuma das vezes que saíram com quanto ele tinha no bolso, isso a tornava diferente da sua família, isso a tornava diferente de tantas e tantas que ele já tinha se envolvido, ela era humilde, quando dançavam as barreiras socioeconômicas desapareciam, ambos entravam em uma só sintonia, como se as almas se fundissem.

As palavras ditas pelo Fabio, tinham entrado feito espadas em seu peito, era realmente muito mais fácil para ele a conquistar, tinha a proteção dos pais dela, a mesma classe econômica, cresceram juntos, mas mesmo assim Cebola tinha a impressão que a conhecia muito mais que ele, conhecia a Monica sorridente, que dança por amor, corre atrás dos sonhos, a que tinha planos felizes para o futuro, planejava viajar, casar e ser feliz...
            Pensar nisso fazia com que ele a amasse ainda mais e sua dor se intensificasse como se comprovasse que ele tinha jogado tudo isso aos ares.

Pensou durante um bom tempo em como poderia ter se segurado e não ter desferido aquele soco no rosto do Fabio, mas na hora juntou tudo que já tinha escutado a Monica lhe contar, junto com o que tinha acabado de ouvir e não aguentou, quando se deu por conta o pai dela já estava lá o defendendo, o menino já estava no chão com um circulo vermelho semi formado no olho esquerdo e ele se viu mais longe ainda da chance se reconquista-lá.

Analisou a tela do celular durante alguns minutos, se dividia entre a vontade de ligar ou mandar mensagem para saber se estava tudo bem e a razão que lhe dizia para deixar essa conversa para outro dia. Pensou mais um pouco e por fim concluiu que realmente era melhor esperarque a poeira abaixasse antes de tentar algum tipo de contato.

—-

Monica recebeu pelo menos umas dez mensagens do Fabinho durante todo o domingo, respondeu apenas uma, e se irritou com as outras. Dentre todas elas uma ligação  lhe chamou atenção, a diretora da ONG, atendeu ansiosa e a noticia que recebeu foi confortante, tinham amado a apresentação dos dois, inclusive os indicaram pra diversos eventos empresarias que aconteceriam, Monica se sentiu anestesiada em meio a todo aquele estresse que tinha acordado.

Passou quase que o dia inteiro pensando em sua coreografia, agora estava sozinha e teria que readapta lá totalmente, por mais chateada que estivesse, tinha que admitir que a coreografia que ela e o Cebola criaram tinha ficado incrível e tirando alguns retoques já estava prontinha, porém também sabia que isso não seria mais possível, dançar com ele estava fora de cogitação, foi uma decisão difícil mas já estava tomada, as próximas semanas até o dia da apresentação seriam de dedicação ao balé, sem envolvimento com terceiros, sem descanso e com total profissionalismo.

Sentia uma saudade indescritível dele e esse sentimento ficou pior na segunda quando sua aula acabou e ela foi retirar a chave com a diretora para retomar os ensaios.

— Boa tarde Alice, pode me emprestar, por favor, a chave da sala do meio? Vou retomar meus ensaios pra valer mesmo hoje – Monica pediu forçando um sorriso, sem muito sucesso.

— Boa tarde Monica, claro querida, normalmente o Cebola que vem pegar, mas ele ainda não chegou, não vai esperar por ele pra começar? – Alice perguntou estranhando.

— Ah, houve um imprevisto, ele não vai mais fazer parte da minha audição – Monica contou tentando ser o mais breve possível nesse assunto.

— Como assim? Vocês estavam indo tão bem, eu os vi por diversas vezes ensaiando, a coreografia ficou incrível – Alice lamentou.

— É... Eu sei, mas infelizmente não poderá dançar – Monica concluiu deixando claro pelo tom que não era uma conversa que gostaria de ter naquela hora.

— Que pena, a diretora da ONG me ligou para elogiar vocês, se eu fosse você pensaria melhor no fato de tira lo de sua apresentação, você é ótima e ele também, são a junção de dois grandes talentos, toma a chave – Ela estendeu o objeto metálico.

— Obrigada Alice.

—-

Monica abriu a sala e junto com o mormaço causado pelas janelas fechadas a nostalgia lhe atingiu em cheio, bem no rosto. Qualquer lugar do aposento que olhasse lembrava de algum momento que passou com ele e tão forte quando aquela sensação, foi o que sentiu quando a musica começou a tocar e ela a tirar os passos antes dados por ele, o preenchendo com novos. 


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Bom pessoal, espero que tenham gostado ♥
Se puderem deixem suas opiniões, são sempre super mega bem vindas ♥

" Chegou a hora de recomeçar, ter cada coisa em seu lugar, tentar viver sem recordar jamais... E se a saudade me deixar falhar, deixar o tempo tentar te apagar ♪" Não sei viver sem ter você - CPM 22.

Beijinhos e espero vocês no próximo capítulo ♥ ♥ ♥



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "No Ritmo" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.