Projeto Destroyer escrita por Gwen Stacy Parker


Capítulo 3
Shield


Notas iniciais do capítulo

Oie! Voltei! Estou amando os seus comentários diwásticos! Ai, como vocês são maravilindos! Bom, espero que gostem do cap!



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Fui andando atentamente e olhava para todos os lados. Recebi um mensagem e, pelo padrão, havia sido Fury que a mandara, mas nunca se sabe. A casa em que eu estava era escura e pequena, não era possível uma armadilha grande, mas uma três na frente e três atrás era bem possível. Um puxão na minha mente logo me indicou que alguém tinha levantado ou deslocado algo de metal e eu fiquei atenta. Não iria usar meus poderes, não faria nenhum movimento até eu saber com quem ou com o que estou lidando.

–Descanse, Sky- ouvi a voz profunda de Fury e suspirei de alívio.

A luz foi acesa e eu avistei Fury segurando uma escultura de metal pequena. Ah, essa era a coisa de metal. Aproximei- me dele e ele continuou me encarando sério. Eu estava com o meu uniforme. A máscara preta (estilo Snake Eyes do Gi- Joe) e meu collant cheio de variados tipos de armas. Havia o disfarce de voz e o visor estilo homem de ferro que eu havia implantado esses dias.

–Eu vou forjar minha morte- ele foi direto.

Encarei o homem a minha frente horrorizada.
–Como?- perguntei sem acreditar no que ouvia
–Farei todos acharem que estou morto-disse o óbvio e revirei os olhos. A irônica ali era eu, não ele.
–Isso eu entendi, gênio- respondi com o tédio evidente na voz- Quero saber como você fará isso.
–Eu pensei eu algo que cause impacto, uma explosão- ele respondeu simples
–Você tem andado muito com meu sobrinho, "algo que cause impacto"? -perguntei com um sorriso maldoso- Seu ego está inflando, Fury.

–A Shield está comprometida, você já sabe disso- disse ele - Estou tendo que tomar medidas drásticas.

–Percebi- disse e voltei a olhar para os lados.- Sou toda ouvidos, Nick.

***

“Encontre- me na terceira com a Broadway”

Agachei- me para pegar o bilhete e o coloquei no bolso, como se não estivesse acontecido nada. Ajeitei meu capuz na cabeça e voltei a andar pelas ruas de Nova Iorque. Mais um reflexo e vi alguma coisa de metal entre duas rachaduras na parede. Movimentei ele com as mãos disfarçadamente e o coloquei no meu bolso. Passei o dedo pela superfíce lisa e encontrei um H. agora um I. Ah, está escrito “Hill”.

Ótimo, sabia que Fury não tinha morrido. Bom, ele não morreu na explosão que já havíamos preparado, o soldado invernal o deixou incapacitado de uma forma inesperada. Funcionou do mesmo jeito, idiota. Depois (eu estava na Ásia), Steve e seus amiguinhos destruíram a SHIELD, deixando- me sem lugar para ir. Fui para a terceira com a Broadway e observei o pessoal que passava por lá.

Avistei Maria Hill logo, com seu porte ereto e seus óculos escuros e sua pele brilhante sob o sol, ela não fica muito discreta, fui andando até ela me perguntando o que estava fazendo. A ex- agente não falou nada, apenas virou as costas e foi andando comigo em seu encalço. Subimos numa escada e avistei Nick Fury escondido num beco.

–Bom dia- digo sem muita emoção na voz. Isso já está ficando muito tedioso.

–Temos uma pergunta para você, Sky: quer continuar a trabalhar na SHIELD?- ele perguntou e eu franzi o cenho confusa. SHIELD?

–Qual?- perguntei torcendo meu nariz.

–Coulson está recrutando agentes- ele disse e eu fiz aquela cara estilo “aaaaah”.



***

–Olha que surpresa encontrar o velho num asilo!- disse irônica enquanto via Steve sair de lá. Ele estava normal e quando me ouviu revirou os olhos. Percebi que ele iria abrir a boca para recrutar, mas já sabia o que ele responderia.- Eu sei que a Peggy está aí.

Seu olhar ficou desolado por um instante e ele me convidou para sentar numa das cadeiras onde os idosos sentavam. O soldado olhava para o chão inconsolável, sabia que Peggy significava o mundo para ele, mas acho que era a hora de superar. Não que eu esteja menosprezando, mas ele tem que seguir em frente. com uma aparência dessas ele pisca e já pega umas cem garotas.

–Como ela está?- pergunto e seguro sua mão, que estava em cima da mesa.

–Mal- ele respondeu simples e brevemente. Sua cara se contorceu de dor.

–Você precisa superar, Steve- eu disse e ele logo me encarou confuso.- Sei que Peggy é muito importante para você, mas não acho que deva se entregar pra sempre. Conheça outras garotas… que tal a agente 13? Aquela bonitinha que estava te espiando e, provavelmente, você já descobriu.

–Você sabia?- ele perguntou surpreso e com uma certa raiva no olhar.

–Claro, né, gato. Sei de tudo que se passa, passava, na verdade, na SHIELD.





***

Aaah, que tédio.

Eu realmente tenho nada pra fazer. Nada, com todas as letras. Quem diria que a vida de uma pessoa normal seria tão tediosa. Bufei enquanto me jogava no sofá toda suada, havia atualizado alguns programas da minha casa e agora… eu não faria nada (yey!). Olhei para o pen drive e dei de ombros. Essa era a única lembrança do meu irmão, então sim. Eu iria ver de novo.

O vídeo começou e, ao invés de focar em Howard, olhei ao redor, procurando dicas de onde eles estava e o que ele estava projetando naquela época. Franzi o cenho quando vi que havia um cartaz meio fora de sentido em sua parede. Todos os outros eram sobre projetos e plantas de algumas casa, mas esse era diferente. Pausei o vídeo e pedi para SIAM escanear a imagem.

–Mostre o formato 3D, por favor- pedi e ele fez uma maquete 3D da imagem. Fiz um mapa na minha cabeça, Howard estava no meio e o projeto bem no canto. Ampliei a imagem e arregalei os olhos quando vi o que estava escrito no cartaz.

www.hulijuhkis.com.br

Arregalei os olhos e corri para o computador, digitando o site e encontrei apenas dois versos.

Mana, com você sempre estarei

E sua mão sempre segurarei.

Pensei um segundo o que ele queria que eu fizesse. E sua mãe sempre segurarei! Pus a mão na tela do computador e logo um scaner foi ativado, aparecendo alguns relatos de Howard. Ele falava sobre algumas gemas do infinito e eu encarei confusa. Havia plantas de esquemas rastreadores de energia e mais um monte de coisa. Instalei alguns negócios que ele pediu e invadi um satélite do FBI, procurando algum sinal de energia. Achei um em Sokovia e outro na Austrália.

O que eu posso dizer?

Austrália, aí vou eu.

***

A moto corria a 300km/h, passando-me a sensação de liberdade que eu não sentia há décadas. Ao chegar na Austrália fui obrigada a pegar uma moto emprestada, acho que roubar é uma palavra muito forte. Estava com o traje da Destroyer, com minha mascara negra e meu uniforme negro, as armas e facas estavam em minha cintura prontas para serem usadas.
Nunca gostei muito de desertos, mas por ironia do destino (ou do Howard) lá estava eu atrás de uma das intenções de meu irmão.

–SIAM me passe novamente as coordenadas.

–As coordenadas aparecerão no visor. Latitude 23° 44' 00" S e longitude 13° 30' 00" E. Illogwa Creek- SIAM respondeu
–Obrigado, SIAM. -disse com um sorriso presunçoso nos lábios, seja lá o que Howard pretendia, eu estava prestes a desvendar.

Parei no lugar indicado e olhei ao redor confusa. Não havia nada. Absolutamente e completamente nada.

–O que raios há de errado?-perguntei- Tem certeza que estamos no lugar certo, SIAM?

–Absoluta, Destroyer.- SIAM respondeu

Respirei fundo nervosamente. Não acredito que eu vim aqui pra nada. Abaixei- me para analisar o solo, talvez tenha alguma coisa indicando, alguma coloração diferente. Alguma coisa assim. E adivinha o que encontrei? Nada!

Grunhi demoradamente e movi um pedaço inútil da minha moto e o joguei longe. Pera. Eu senti mais coisa de metal, e não era só a moto. Voltei a me concentrar e fechei os olhos demoradamente. Parecia um cubículo pequeno de metal, como uma sala ou um cofre. Levantei minhas mãos e me concentrei ao máximo para levar isso para a superfíce. Demorou alguns segundos, mas logo vi o chão tremendo e sorri. Ótimo. A sala foi saindo aos poucos, fazendo o chão rachar e o peso ficar cada vez mais pesado, mas nada que eu não pudesse aguentar, comparando a várias coisas, isso era uma pena.

Sorri por baixo da máscara satisfeita quando a sala apareceu por completo na superfíce e parei de usar de usar meu poder. Parei para analisá- la e vi que era um cubo enorme e pequeno, feito de aço maciço. Dei algumas voltas nele e de repente, um tiro me distraiu. Desviei instintivamente e olhei para cima, havia 5 armas e todas elas estavam ativadas. Sorri com a ingenuidade e amassei uma por uma com o meu poder.
Enquanto eu tentava desvendar por onde ela abria, ouvi um barulho de motor de moto e olhei para trás, encontrando uma moto correndo até mim velozmente, com um cara de capacete e roupa típica do deserto em cima dela. Ele sacou uma arma e atirou, fazendo- me usar meus poderes e desviá- las para longe. Pude perceber ele vacilando e movi a moto para longe, fazendo- o cair no chão. Voei até ele, observando sua estatura atlética e suas roupas cheias de pano.
–Quem é você?- ele perguntou com a voz abafada pelo capacete. Franzi o cenho, a achando bem conhecida.
–Quem é você- retruquei nervosa e tirei o capacete, quebrando a parte da frente.
A visão me fez respirar fundo e quase cair para trás. O homem tinha um bigode muito familiar, com um rosto familiar, e olhos familiares. Meu Deus. Como se respirava mesmo?
E ele ainda estava jovem! Como isso era possível?
Ele se aproveitou da minha distração e me deu uma pedrada na cabeça. Cambaleei para trás e me defendi do soco que ele tentou me dar.
–Pare!- grunhi nervosa, mas ele continuou a investir golpes em mim.- Idiota!
–Idiota? Eu?- ele perguntou nervoso e voltou a tentar acertar alguma parte do meu corpo, sem êxito (devo dizer). Eu tenho que contar para ele.
–Sim, deixe de ser um idiota, Howard- eu gritei e ele simplesmente parou de me atacar e paralisou.
–Como sabe o meu nome?- ele perguntou espantado e eu respirei o fundo.
–Vamos com calma, Drama Queen, me leve para um lugar em que as pessoas não possam me ver e podemos conversar.
Seus lábios entreabriram e ele arregalou os olhos. Pude vê- los se encherem de lágrimas, e eu( que não conseguia chorar há um bom tempo) simplesmente sorri.

–Hilary?- perguntou surpreso e ofegante.
–Oi, idiota.

–Co-como isso aconteceu?-perguntou aflito, mas logo tentou consertar- Quer dizer, eu sempre tive esperança, mas já estava perdendo-a.
Dei um sorriso fraco por debaixo da máscara e logo voltei a falar. Acho que era um momento bizarro para ambos.

–Te explicarei tudo, mas acho que você tem ainda mais coisas pra contar, não é, irmãozinho? -perguntei com um tom irônico na voz. Percebi Howard engolir em seco e dar um sorriso sem graça. Como havia sentido falta dele.
–Você tem mesmo que usar essa mascara?- arqueou a sobrancelha ironicamente- Ela é sinistra.

–Não posso tirar agora, não aqui- respondi pausadamente como quem está dando uma bronca em uma criança. Bingo! Mal nos reencontramos e já estamos discutindo. - Será que podemos sair daqui para conversar?
Howard olhou para os lados confirmado que estávamos sozinhos e voltou a me encarar entediado.
–Não sei como trouxe o laboratório para a superfície, mas peço que coloque-o debaixo da terra novamente.
Dei uma risada sarcástica.
–Por que eu faria isso?
–Porque você quer respostas -retrucou. Ele sorriu ao me ver calada, sabendo que isso era exatamente o que eu queria.
–Não sou só eu que quero respostas- finalizei a discussão. Ele revirou os olhos e apontou para o laboratório.
Direcionei minha mão direita na direção do laboratório e concentrei-me na imagem do laboratório debaixo da terra, como antes.
Quando finalmente consegui, voltei a encarar Howard que tinha uma expressão incrédula no rosto, fazendo- me prender o riso.
–Eu pensei que tivesse usado um aparelho ou algo do tipo- exclamou.- Tem muito para me contar, Senhorita Stark.

Eu apenas dei de ombros e nós nos encaramos por alguns momentos. Era tudo tão novo para mim. Howard olhou para o lugar onde eu coloquei o cubo e soltou um assovio.

–Ok, debaixo da terra já está. Agora quem vai mover toda essa terra e limpar toda a bagunça?


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Notas finais do capítulo

Que tal? Estou amando escrever!



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