Projeto Destroyer escrita por Gwen Stacy Parker


Capítulo 4
Howard


Notas iniciais do capítulo

OIIEEEE!
Desculpem pela demora, eu viajei e depois tive um bloqueio de inspiração e a minha coautora e eu não escrevemos... foi uma bagunça só. Mas a culpa é minha, não dela... sério. Perdoem- me. Enfim, aqui está mais um cap! Espero que gostem e prometo que não vamos demorar mais!



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Entramos numa cabana vazia, sem quase nada, exceto por duas cadeiras e poucas coisas tecnológicas.

—Maria, sou eu!- Howard gritou e ouvi uns passos vindo dos fundos. - Temos companhia.

Tirei minha máscara e apertei num botão que fazia a mesma ficar pequena e guardei no bolso. Quando me virei para ele, vi lágrimas em seus olhos

A tal Maria finalmente apareceu no cômodo. Ela  era um pouco morena, tinha longos cabelos castanhos e olhos azuis. Ao me ver ela franziu o cenho e direcionou um olhar confuso a Howard.
—Maria, essa é minha irmã, Hilary.
A mulher pareceu assustada, mas logo direcionou um sorriso singelo a mim e a Howard.
—Agora eu compreendo o porque falavam tanto da semelhança de vocês- ela disse com um tom animado na voz.- Vocês são idênticos!
Howard e eu nos olhamos ofendidos e dissemos juntos:
—Não mesmo, eu fiquei com a beleza.

Ela negou com um sorriso nos lábios.
—Aceita uma água, Hilary?
—Se não for incomodar, sim, por favor- respondi. Ela voltou para os fundos da casa e voltei a encarar Howard.
—Pode começar a explicar, Drama Queen.

—Tudo bem. Bom, você foi embora, eu investi na empresa e, depois de sofrer muito, segui em frente. Ajudei a criar a SHIELD, casei, tive o Tony, mas depois de muitos anos eu fiquei ciente de um plano da HIDRA para me matar. Descobri que estavam dentro da SHIELD e que me queriam eliminado. Além disso, descobri sobre as gemas do infinito e trabalhei que nem um doido para achar uma delas. Achei a que estava no cubo de ferro e forjei minha morte. A HIDRA iria me deixar em paz, não matariam Tony e vim pra cá, consegui manipular a gema e estamos jovens de novo- ele disse e eu pisquei algumas vezes, tentando absorver a história. Que loucura!

—Que isso!- exclamei meio confusa, cheia de perguntas.- Mas por que deixou Tony? Como descobriu que podia manipular a gema? Como descobriu da HIDRA? Como…

—Ei, calma, mana- ele disse me cortando e deu uma risada.- Conto depois. Minha  curta versão está aí, agora me conte a sua antes que eu arranque de você a verdade.
—Você nunca iria conseguir- desafiei com a sobrancelha arqueada e ele sorriu.
—Depois que vi você fazendo sua magia com o cubo lá, concordo com você- ele respondeu e eu dei de ombros como se fosse nada

—Bem, a história é simples. Fui capturada pela Hidra, usada como cobaia de experimentos, sofri  uma mutação, passei 70 anos congelada e fui treinada pra matar.-disse olhando para as unhas. Howard arregalou os olhos.- Foi coisa simples.

—Coisa simples? -perguntou horrorizado. Maria voltou com a água e sorriu de lado ao ver a expressão do marido.- Vi você sendo capturada, mas não sabia o motivo.

Bebi a água encarando um Howard pensativo. Um pensamento pareceu lhe ocorrer.
—Encontrou o Capitão Rogers?- perguntou. No passado eu contara a ele nossa discussão e Howard quis matar Steve por um segundo.
— Sim, ele não mudou nada- respondi sorrindo minimamente. Howard arqueou uma das sobrancelhas, como eu fazia.
—Continua uma babaca?
—Continua o Steve- retruquei. Howard revirou os olhos impaciente.- O Steve que conhecemos.

—O Steve que conheci te fez chorar- reclamou.
—O Steve que conhecemos é o nosso amigo, o Capitão, aquele que ajudou a salvar o mundo.

—Sem querer interromper, mas já interrompendo -disse Maria aparentemente sem graça- Posso fazer uma pergunta?
—Já fez uma, não?
Ela fuzilou Howard com o olhar, o que me fez dar uma risadinha maldosa.
—Fique a vontade, Maria. E não ligue para esse babaca.
Ela pareceu satisfeita com minha resposta, ao contrário de Howard, que resmungou algo incompreensível.
—Conheceu nosso filho, não é? -perguntou. Sorri  ao lembrar de quando conheci Tony.
—Com certeza, ele é bem abusadinho e egocêntrico, mas estou acostumada com esse tipo de pessoa- respondi apontando para Howard- Ainda assim amo os dois.

—Depois da ofensa diz que me ama, as vezes não te entendo- ele disse brincando com meus cabelos, coisa que ele sempre fizera.

—Fazer o que, é como quando vamos tirar um curativo rápido demais, a dor vem e depois tentamos amenizá-la- retruquei e Howard me empurrou de leve, levando- me a repetir o gesto.

—Será que pode deixar de ser chato por cinco minutos? -perguntei enquanto jogava ele no chão, graças a minha força (que era maior que a dele).
—Se você parar de reclamar pelo mesmo tempo, quem sabe.-disse irônico e se levantou com um gemido de dor. Dei uma gargalhada alta e fiquei séria novamente.
—Não mesmo, maninho.

 

***

—Tony Stark está te chamando- SIAM notificou e eu tomei um susto, temporariamente me esquecendo de que ele estava ainda comigo.

Eu, Howard e Maria estávamos tomando café da tarde tranquilamente, e eu nunca fiquei mais feliz em ter hackeado um satelite.

—O que ele tem?- perguntei.

—Uma chamada de vídeo- ele respondeu e eu mandei ele colocar na minha pulseira.

O som era amplo, então meu irmão e a esposa poderiam ouvir, mas ele só poderia ver aonde eu apontasse a pulseira.

—Tia- ele começou a dizer.- Temos problemas.

—O que foi dessa vez?- perguntei com o cenho franzido. Os vingadores sempre tinham problemas, não sei porque eu ele estava me ligando.

—Eu e Bruce demos vida a uma Inteligência Artificial que quer extinguir a humanidade- ele disse como se tivesse falando do tempo e eu arregalei os olhos. Howard e Maria pararam de comer e me olharam com os olhos arregalados.

—O que?- perguntei alarmada.

—Bom, a gente está resolvendo as coisas, mas Ultron é doido e pode ir atrás de você, então tome cuidado. Você é a única família que eu tenho- ele disse e eu assenti, evitando olhar para os Stark na minha frente

—Pode deixar. Cuide- se- eu disse e ele sorriu.- Tchauzinho.

Quando ele falou que eu era sua única família, eu quase senti as emoções dos pais na minha frente. Eles devem ter sentido agora o que resolveram deixar. Olhei para eles meio sem graça e vi que Maria chorava e Howard me olhava desolado. Tentei pensar em alguma coisa para falar, mas o que eu diria? Tecnicamente, Tony estava certo…

—Eu sinto tanta falta dele- Maria começa a dizer e Howard a abraça.

—Eu sei, amor, mas foi necessário- ele disse e eu franzi o cenho.
—Por que necessário?- perguntei.
—Iríamos privar Tony de muitas coisas, Hilary, ele iria crescer longe da sociedade, iria viver com medo... preferimos que ele crescesse não sabendo o que estava acontecendo e deixar o egoísmo tomar conta, a vê- lo sofrendo por causa da HIDRA- Howard disse e eu ponderei um pouco.

—Você tem razão, mas isso não significa que ele não sofreu.-disse escolhendo as palavras. Howard e Maria encararam-se- A dor de saber que perdeu alguém importante é enorme, o sofrimento na Hidra comparado a isso é fichinha. Experiência própria.

—Então você está falando que somos... pais ruins?- Maria perguntou meio indignada.

—Não- respondi rapidamente. A expressão de Maria melhorou um pouco. -Só disse que ele sofreu do mesmo jeito, por mais bonita que tenha sido a intenção.

—Mas foi difícil para nós também!- Howard exclamou e eu já vi que tinha falado merda.

 

—E foi pior pra ele!-retruquei no mesmo tom- Você mais que ninguém sabe a dor de perder os pais.

Ele me olhou sério e de um modo bem silencioso, saiu da sala.

***

Encarei o jornal que passava meio nervoso. Muitas pessoas estavam criticando os vingadores pelos acontecimentos em Sokovia. Nós estávamos tentando protegê- los e eles vêm com essa! Mas o que estava mesmo me incomodando era o fato de Sky não ter feito nada para nos ajudar. Ela controlava o metal, poxa! Acabaria com Ultron em cinco segundos!

Pra ser sincero, não era por ela não ter lutado conosco, e sim pela sensação que eu não sentia há muito tempo.
A sensação do abandono.
Meus pais foram assassinados e eu fiquei sozinho no mundo. Sem ninguém pra contar e chamar de família.Sky que mudou isso. Ela me mostrou que mesmo quando não há mais esperanças o mundo pode nos surpreender.Não ter minha tia quando mais precisei me fez voltar a me sentir o órfão de sempre.
Me fez voltar a me sentir o antigo Tony.

A criança que perdeu os pais e que o mundo imaginava ser feliz graças ao dinheiro.

—Você tá mais estranho que o normal- fui tirado de meus pensamentos pelo Picolé que me olhava estranho.
—Só estou pensando -retruquei mau humorado.- Sabe, algumas pessoas como eu tem cérebro pra tal coisa.

Ele revirou os olhos e voltou a falar:
—Será que posso saber no que o gênio e bilionário, Tony Stark, está pensando?
—Por quê raios eu contaria algo a você? -minha voz transbordava ironia. Ele deu uma risada.
—Talvez porque eu sou seu amigo.
Um amigo. Essa palavra soava tão acolhedora.
—Estou pensando na minha tia.

Só de ouvir o "minha tia" Steve já mudou a sua postura (o que era bastante suspeito). Sei que eles têm uma amizade de longa data e tals, mas isso era estranho. Ela era minha tia

Eca.
—E o que está pensando sobre ela?- ele voltou a perguntar interessado.
—Nada. Deixa pra lá, eu tenho que ir- respondo e me levanto, não deixando brecha para que ele comece a conversar. Eu não estava a fim de conversar.
—Tony!- ouvi a voz feminina que sempre me acalmava e rapidamente olhei para os lados. Acho que ir para oficina foi uma excelente escolha pois lá estava Pepper com um sorriso imenso.

—Pepper!- exclamei e ela correu até mim me dando um beijo. Quando finalmente parou para analisá- lo, franziu o cenho e entreabriu os lábios confusa.

—O que aconteceu?- ela perguntou preocupada, ainda com seus braços em volta do meu pescoço.

—Nada.

—Tony, me fala- ela disse com a sobrancelha arqueada.

—Nada, Pepper, se eu disse que…

—Você não vai mentir para mim…

—Eu estou bem, não tem nada…

—Tony!

—Me incomodando.

—É a Hilary, não é?

Parei de falar um pouco e ela tirou seus braços do meu pescoço com um sorriso vitorioso. Essa mulher é uma bruxa ou o que?

—Eu sabia- ela disse com um sorriso e estendeu a mão para mim.- Que tal conversar sobre isso no quarto?

Eu sorri para ela e entrelacei meus dedos com os seus. Eu tinha Pepper, tenho que me lembrar disso. Ela é a pessoa que eu mais amo… talvez a única. Sim, amei meus pais, estou aprendendo a amar minha tia( embora ela esteja começando a me irritar e ainda ta dando mole para o Steve)… mas Pepper…

Era a única.


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Notas finais do capítulo

Eaí? Que tal? Espero que tenham gostado! Bye!