Anjo das Trevas escrita por Elvish Song


Capítulo 26
Entrega


Notas iniciais do capítulo

AHAAA! Finalmente, teremos o "entendimento" que as leitoras estavam esperando. Divirtam-se, meninas!



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Sem interromper o beijo, Erik carregou Annika escadas acima, abrindo a porta de seu quarto com o ombro. O aposento era grande e iluminado por velas já quase apagadas, com móveis escuros e uma enorme cama de casal com dossel negro e lençóis vermelhos, onde a deitou. No caminho, ela desabotoara seu colete e parte de sua camisa e, ao ser deitada no leito, tinha um intenso desejo estampado no olhar, embora houvesse uma leve apreensão que o Fantasma só pôde tomar como medo. Fazendo-a se sentar, ele lhe acariciou o queixo e perguntou:

– É o que você quer, Annika? Sabe que eu jamais a forçaria a nada. Desejo-a desesperadamente, mas tem de ser o que você quer, também. – cheio de carinho e delicadeza, ele a levantou e a beijou outra vez, mas agora de um modo lento e carinhoso, dando a ela a chance de escolher. Para Annika, porém, não havia mais escolha: amava Erik, e tudo o que mais queria era estar em seus braços. Sabia que ele não seria como os outros, porém, as lembranças de todo o sofrimento já experimentado a deixavam um pouco receosa... Precisava ir devagar, embora seu corpo gritasse pelo contrário.

– Eu o quero, Erik. Confio em você, e desejo desesperadamente ser sua... Mas também tenho medo... – Annie baixou o rosto, constrangida, o que fez o artista segurar-lhe o queixo com delicadeza, para poder fita-la:

– Não tenha. Eu morreria antes de machuca-la, Annie. E, se realmente for o que quer, acredite, irei trata-la como merece.

Confiando nas palavras dele, a moça o abraçou e recomeçou os beijos, agora mais leves, mais carinhosos do que fogosos. Sentiu as mãos do músico em seu corpo, e não pôde conter um estremecimento quando ele a virou de costas para si, abraçando-a e começando a deslizar as mãos pela frente de seu corpo. No começo, segurou as mãos da própria Annika nas suas, para que não a tocasse diretamente; aos poucos, porém, começou-a a tocá-la por conta própria, afagando sua cintura, suas coxas, seus braços... Foi só quando ela relaxou que ousou subir as mãos até os seios macios, tocando-os com deleite, sentindo-os enrijecer contra sua palma, enquanto ela deixava escapar um gemido de prazer e arqueava o corpo. Puxando-a mais para perto de si, distribuiu beijos pela curva do pescoço, o que a fez inclinar a cabeça para o lado, dando-lhe maior acesso à pele sensível, enquanto as mãos femininas começavam a deslizar pela lateral do corpo másculo, explorando-o delicadamente, sentindo-lhe os músculos. Para Erik, que nunca fora tocado daquele modo, era surpreendente e delicioso, parecendo antes um sonho louco do que a realidade. Mas Annika era bem real, e continuou com o toque leve e sensual, que causava arrepios e tremores no Anjo da Música.

Virando-se para ele, a mulher começou a retribuir às carícias, beijando e mordiscando de leve a base do pescoço de Erik, passando as mãos no peito forte, descobrindo as inúmeras pequenas cicatrizes que, em vez de desagradá-la, atraíam-na mais ainda. Abrindo os últimos botões da camisa dele, deslizou esta e o colete pelos ombros largos, até deixa-lo de torso nu. Pôde ver certo desconforto e receio nos olhos dele, quando o fez – devia ser difícil, para ele, ficar exposto daquele modo – mas tratou de fazer o desconforto passar, sussurrando ao ouvido de seu amo:

– Você é magnífico, Erik! Não devia sentir vergonha. – e, como se para comprovar o que dizia, começou a beijar o peitoral magro, mas definido, correndo as unhas levemente pela pele muito branca, ouvindo com satisfação os gemidos de prazer que ele deixava escapar, enquanto as mãos grandes se entrelaçavam a seus cabelos dourados. Ela prosseguiu com as carícias, sabedora que era das coisas que mais prazer davam aos homens, até que ele a obrigou a parar e fita-lo nos olhos:

– Está tentando me enlouquecer, pequeno demônio? – a voz do músico estava rouca de desejo e paixão, e excitou a jovem ainda mais. Com um sorriso malicioso, ela respondeu:

– Eu mal comecei, Monsieur. – e mordeu os lábios provocadoramente, o que lhe rendeu um beijo intenso e faminto, enquanto ele a deitava na cama e se colocava por cima dela, cuidando para que seu peso não a machucasse.

Ao ser ver presa sob o corpo de um homem, Annie sentiu o desejo desaparecer momentaneamente; as piores lembranças de sua vida vieram assalta-la e, vendo o medo no rosto dela, Erik sussurrou, afagando o rosto suave:

– Não. Você não tem que se lembrar disso; sou eu, Annika. Sou eu quem está aqui, com você. – mas, mesmo assim, saiu de cima dela. Por mais que desejasse toma-la, fazê-la sua, refrearia este ensejo e iria tão devagar quanto pudesse. Pois na verdade, embora já houvesse estado com inúmeros homens, Annika era quase uma donzela, no que dizia respeito a prazer. Nunca sentira prazer, antes, e ele estava determinado a mudar isso. Movendo-se para os pés da cama, segurou-lhe uma das pernas nas mãos e, subindo a barra da calça lentamente, distribuiu pequenos beijos ao longo da perna dela, até o joelho, causando arrepios de prazer e arrancando gemidinhos de deleite. Repetiu o gesto na outra perna, mas não parou no joelho, subindo com as mãos pela coxa dela, dando leves mordidas que faziam-na arquear o corpo e arfar. Ergueu a barra da camisa, expondo-lhe o ventre, que ele beijou e acariciou com as pontas dos dedos, em toques tão leves quanto os de uma pluma, antes de começar a puxar a calça para baixo, para expor a moça.

Annika o ajudou, erguendo os quadris, e tornou a beijá-lo quando o Fantasma se deitou sobre ela novamente. Seus corpos se atritaram, numa carícia que fez se tocar cada centímetro de suas peles, fazendo ondas de prazer se espalharem por ambos, enquanto suas bocas travavam uma dança sensual. Annika percorria os ombros, costas e quadris de Erik com as mãos, apertando levemente cada músculo, arranhando-o devagar com as unhas, o que só atiçava ainda mais as chamas que o consumiam! Ele interrompeu o beijo e, tirando a camisa da mulher, começou a descer os lábios pelo pescoço da jovem, buscando-lhe o colo, que explorou demoradamente. Ela tentou segurar-lhe os cabelos, num gesto mais intenso, mas ele lhe prendeu as mãos acima da cabeça, e continuou o que pretendia. Queria dar a ela todo o prazer que pudesse, e seria difícil se controlar se a diabinha continuasse a provoca-lo daquele modo!

Quando a boca do Anjo encontrou seus seios, beijando-os e sugando-os com avidez, mas sem feri-la, Annika deixou escapar um grito abafado; Erik despertava em si sensações como nunca havia tido, e cada simples toque era uma nova descoberta, um novo tremor, uma nova e deliciosa tortura que a excitava desesperadamente, fazendo-a ansiar pelo ato final! Mas o homem encontrara uma nova tortura, muito mais deliciosa de se cometer, e dedicava-se a arrancar do corpo trêmulo da mulher cada gota refinada de prazer, tocando-a, beijando-a, explorando seu corpo com os lábios, sempre cuidando de se certificar que a expressão dela fosse de êxtase, e não, de dor. Ela se retorcia, presa pelas mãos do músico, e chamava seu nome em gemidos roucos que quase enlouqueceram o Fantasma. E quando, sem poder usar as mãos, ela começou a puxá-lo para si com as pernas, ondulando o corpo contra o dele para acaricia-lo, todo o autocontrole do Anjo se estilhaçou.

– Annika – sussurrou ele, mal suportando as novas e intensas sensações que só a moça podia despertar – eu preciso de você... – não a tomaria sem a permissão dela, sem que a própria moça dissesse estar pronta.

– E eu, de você – respondeu ela, quase sem voz, escapando ao aperto em seus pulsos e abraçando-o com força, as unhas deslizando pelas costas largas. Ante aquelas palavras de entrega total, o Fantasma a beijou e se ergueu ao lado da cama, terminando de se despir. Annika o observou enquanto o fazia, admirando cada detalhe de seu amado: era bastante magro, mas seus ombros eram largos, e os músculos possuíam força e volume, sem exageros; um corpo elegante como o de um felino, e puramente masculino, que ela poderia passar dias admirando, sem se cansar. Não foi com surpresa que viu as inúmeras cicatrizes que marcavam a pele extremamente pálida, sem torna-lo menos magnífico por isso... Erik tinha sua própria beleza, exótica e inigualável, como tudo o mais nele.

Imersa em paixão, ela se ajoelhou e o abraçou quando o Fantasma voltou para a cama, avançando sobre seu corpo. Continuou acariciando-a, tocando-a de formas que ela nunca fora tocada, fazendo-a tremer, contorcer-se e gemer de prazer, enquanto Annie devolvia cada toque e beijo, arrancando dele gemidos abafados e provocando-lhe espasmos de deleite. Seus corpos se tocavam completamente, o de Erik prensando-a contra a cama sem, contudo, machuca-la, na melhor sensação que já tivera. Ansiosa, mal suportando a espera, sentiu o músico afastar suas pernas, e enroscou-as em torno dos quadris estreitos, pronta para o que viria.

– Você me quer, Annika? – perguntou o Anjo, beijando-a logo abaixo do lóbulo da orelha.

– Faça-me sua, Erik! – implorou a pianista ao ouvido de seu amado, puxando-os para si com as pernas. Ele entendeu o desespero de sua amante e, mal podendo conter o próprio desejo, fez como ela pediu. Nervoso e ansioso, uma vez que nunca antes tivera uma mulher nos braços, posicionou-se melhor entre as coxas bem torneadas e, tão devagar quanto pôde, deslizou para dentro dela, vendo a mais pura expressão de êxtase se desenhar no rosto da mulher, que arfou e arqueou os quadris para recebê-lo. E nunca algo fora assim, para ambos.

Sentindo-o profundamente dentro de si, Annika arfou de prazer e o apertou com as pernas, para que seus corpos se unissem completamente; era perfeito, e ainda mais do que perfeito! Podia sentir Erik junto a si do modo mais íntimo que havia, num prazer com o qual jamais sequer sonhara! E quando ele começou a se mover sobre ela, não houve a tão conhecida dor, mas ondas de deleite que arrancaram gemidos altos de seus lábios, assim como faziam com ele.

Entrelaçados, movendo-se num só ritmo, completamente entregues, fundidos em corpo e mente, entregavam-se sem quaisquer reservas, sem qualquer pensamento que não fosse o aqui e o agora. E a cada movimento, a cada respiração, a cada sussurro desconexo e palavra murmurada, o prazer se tornava mais e mais intenso, até parecer que seria insuportável. De repente, o mundo pareceu se desfazer em milhões de estrelas, e tudo o que havia eram eles dois, abraçados, suados, cansados e extremamente felizes, após terem experimentado o êxtase do amor pela primeira vez.

Ficaram deitados por um longo tempo, abraçados, recuperando-se antes que Erik perguntasse a Annika, que se encontrava deitada em seu peito. Ao ver uma pequena lágrima escapar aos olhos dela, Erik perguntou, assustado:

– Eu te machuquei, minha querida?

– Nunca, meu Fantasma. Minhas lágrimas são de alegria. – sussurrou ela, acariciando-lhe o lado exposto do rosto. Tocando a máscara, perguntou – posso tirá-la?

Ele deu de ombros, permitindo, e ficou surpreso ao sentir os beijos da mulher pelo lado deformado de sua face, sem se importar minimamente com seu aspecto desagradável. Quis falar algo, mas ela alcançou seus lábios, e recomeçaram a se beijar, incapazes de se conter. Toques de mão se juntaram aos beijos, e foi a vez de Annika assumir o controle, para enlouquecer seu Anjo de prazer.

Por todo o resto daquela tarde, eles sequer deixaram o quarto, amando-se várias e várias vezes, descobrindo um com o outro como o toque de outro ser humano podia ser agradável, quanto prazer podia haver na íntima união entre dois seres que se queriam e amavam. E nada jamais fora tão perfeito. Sem promessas, sem planos, sem passado... Apenas eles dois, e a felicidade que compartilhavam, naquele instante.


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Notas finais do capítulo

E então? Estou redimida pelos capítulos tristes da fic? Espero realmente que tenham curtido, e me despeço com um beijo enooooormeee!