O garoto do capacete vermelho escrita por Puella


Capítulo 8
A coisa não é tão simples assim


Notas iniciais do capítulo

Voltei! Estive longe sim, mas é que tenho andado ocupada mesmo, e não pude dar tanta atenção as minhas fanfics como antes.... espero que entendam e peço desculpas. Sobre a fic, bem algumas coisas ainda estão em construção, tipo to lendo algumas coisas e pesquisando outras, o que justifica esse carater mais introdutório dela. Na real gente a ação de verdade vem daqui a uns quatro capítulos, fora umas tretas aí que vão surgir.... esepero que gostem!

O desenho é um brinde a parte... pra vcs verem como eu não larguei a fic, até artes conceituais ela tem (vou colocando mais ao longo da história ;) )



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Niki Lauda estava emburrado.

Bem, isso era algo até normal para quem o conhecia, mas era por um motivo engraçado. Enquanto o pobre rapaz tentava inutilmente ler seus manuais de pilotagem, vários pilotos o arrodeavam, com sorrisos pidões. Queriam participar de seu reforço especial. E nem mesmo os “nãos” de Niki pareciam adiantar. Dando um suspiro rendido, o austríaco cedeu, mas não de forma fácil.

— E o que eu ganho com isso?

— Ora, estará nos ajudando – disse um italiano chamado Arturo Mesário, um colega próximo de James.

O restante concordou em coro.

— Eu me mato de estudar feito um idiota para aprender todo o conteúdo. Acham justo eu ter todo esse trabalho para depois passar pra vocês assim de graça? Não é assim tão simples – Niki tinha o seu dedo indicador em riste – ou vocês acham que é fácil estudar isso aqui? Vocês deveriam fazer o mesmo!

— Não seja tão dramático, Jerry little friend— James disse com seu ar cara de pau, seguido de algumas risadas.

Niki estreitou os olhos, e então algo saltou de sua mente.

— Ah, já que é assim, - o austríaco deu um sorriso malicioso - se quiserem se utilizar de meus serviços, vão ter que pagar por eles.

— Mas você ajuda a Lilly – disse John Watson.

— Ela me paga fazendo bolos e struddel para mim - “E, ao contrário de todos vocês, ela estuda e se esforça” pensou para si mesmo.

Isso era mentira ele sabia bem, no fundo Niki gostava de ajudar a jovem com ou sem bolos - embora amasse aquele struddel de maçã.

— Isso é um absurdo!

— Absurdo é vocês me explorarem de graça!

James interveio.

— Pêra ratinho, já que é assim, eu posso pagar em forma de umas dicas de como chegar numa mulher, seria um aprendizado e tanto! O que acha?

Niki o encarou com ceticismo, ignorando tal comentário.

— Bom, decidam-se e depois me procurem, isso se ainda quiserem – ele pegou seus livros e se afastou do grupo – Até mais.

Quando o austríaco estava distante o grupo se pôs a falar.

— Sujeitinho difícil ele – Jody suspirou.

— Egoísta, isso sim! – Arturo comentou – Ele não entende que o negócio é difícil mesmo? E agora? O que faremos?

— O jeito é se virar- James deu os ombros -  Mas não se preocupem, eu vou ver como podemos conseguir a ajuda do ratinho, mesmo que ele não queira – e então o inglês deu um sorrisinho bem filho da puta – e talvez... a gente nem precise pagar um centavo para aquele rato.

— Como? – indagou John.

— Eu tive um plano – o inglês deu um meio sorriso – fiquem tranquilos. Vai ser chuchu beleza!

Lilly havia acabado de entrar no dormitório, após a fase da primeira peneira aquele recinto ficou repleto de beliches vazias. Fazia alguns dias que a garota andava preocupada. Quando descobriu que passara na primeira fase se sentira feliz, confiante e capaz, porém depois que parou para pensar, se deu conta de que não seria tão simples assim.

O que faria em relação a sua família, caso ela seguisse em frente na Divisão. Isso ainda ficou mais grave quando recebera uma carta de tio Willi. Seus pais, segundo ele, não pareceram muito animados com o resultado. Ao comentar o assunto com Niki, se sentia ainda mais confusa. Lilly era diferente dele em muitos aspectos. Enquanto que para Niki as coisas eram preto no branco, para Lilly, os fatos sempre iam para além do que aparentam. Ela era ousada, idealista e corajosa, mas também muito sentimental e preocupada, ainda mais em relação a sua família. Diferente de Niki que era frio, Lilly era mais calorosa. A garota jamais romperia os laços familiares com seus parentes. O que Lilly queria era fazer algo que contribuísse para o bem das pessoas. Talvez também por um capricho juvenil, afinal ela era fascinada pelo heroísmo. Diferente de Niki que via isso como bobagem e nada mais.

Talvez ela fosse uma das poucas pessoas ali com um sentimento tão puro. Niki queria ser piloto porque era o seu sonho, e porque era a única coisa que ele acreditava que saberia fazer muito bem. James só estava ali por adrenalina e por gostar de desafiar a morte.

A garota sentou em sua cama e abriu uma de suas malas para pegar um pacote de O.B., no mesmo instante, seu amigo dentuço aparece no dormitório, e ainda por cima, reclamando. Mas ela estava alheia demais para ouvir. Algo sobre assholes irresponsáveis que não corriam atrás das próprias obrigações e de como James era um imbecil se achava que a coisa mais importante na vida de um homem era poder pegar mulheres.

— Aquele filho de uma... – ele então a fitou - Não esperava te encontrar – ele sessou os resmungos assim que a viu, e então fitou uma caixa que ela segurava, tinha escrito TAMPAX na tampa – O que é isso?

— São absorventes.

Niki fez uma careta.

— E o que são absorventes? Não tinha visto você com isso antes?

“E não teria como ver” ela pensou rindo por dentro.

— Você é tão focado em seus objetivos que está alheio a muitas coisas a sua volta Niki.

O garoto tinha uma expressão confusa. Ela riu.

— Não se preocupe, é coisa de mulher.

— Nunca vi Mariella com essa coisa aí.

— Mariella? – agora foi ela que perguntou – Quem é?

Nem Niki sabia porque lembrara daquele nome naquele momento. Sua ex-namorada parecia algo tão distante.

— Ah – ele lambeu os lábios, um velho hábito que tinha – ela era minha namorada.

— Você tinha uma namorada? – a jovem arqueou as sobrancelhas.

— Tinha, não tenho mais.

— E porque vocês terminaram?

Niki bufou.

— Eu terminei. Quando eu vim para cá.

— E ela? – a jovem o fitou com um misto de surpresa e curiosidade.

— E lá vou saber – ele respondeu ranzinza – que importa isso agora?

— Desculpe – ela encolheu os ombros – só fiquei curiosa.

— Por quê? – Niki a fitou com o rabo do olho.

Lilly levantou da cama levando junto a caixinha de O.B., fitou o amigo com o rosto caído um pouco para o lado.

— Sei lá, é que eu achava que você fazia do tipo cara solitário.

Lauda franziu as sobrancelhas dando os ombros.

— Sou um rapaz sério e reservado, mas isso não quer dizer que eu seja um solitário.

Lilly deu um riso fraco.

— Entendi, Niki, desculpe.

— Não foi nada demais – ele balançou as mãos e então mudou de assunto – mas então, vai me dizer o que são esses absorventes?

A garota riu deixando Niki sem jeito. As preocupações da jovem pareciam ter anuviado por um momento. Ela retirou um pequeno tampão da caixa mostrando para o rapaz que fitou aquilo com estranheza.

— Isso é o absorvente?

— É, eu prefiro chama-lo de tampão? Essa coisa pequena faz milagres, ainda nesse contexto em que estou lidando.

— Não entendo?

— Niki, você já deve ter ouvido falar que as mulheres sangram uma vez por mês, não?

— Nunca tinha reparado – disse ele com toda a sua honestidade, o que fez com que Lilly risse outra vez.


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Notas finais do capítulo

No próximo, teremos segunda peneira e outras cositas a mais.....

Vejo vocês nos comentários!

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