Lado a Lado escrita por Skye Jonhson, Dan Jonhson


Capítulo 4
O peso da culpa


Notas iniciais do capítulo

Demorei mais voltei. Deixa frisar algo, sei que muito estão detestando a Anna, mas tenham calma ela não continuara mala por muito tempo hahahaha... Essa atitude dela é normal pela idade afinal ela perdeu pai de certa forma e tem conviver com outra mulher que não é sua mãe, mas algumas coisas faram ela ver a situação de outra forma. É isso espero que gostem.

Boa leitura!



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Os dias que vieram depois do beijo foram de dúvidas e pensamentos que Regina queria insuportavelmente esquecer, mas o fato era de que Emma Swan estava povoando seus pensamentos depois daquele beijo sem sentindo na cozinha. E tudo que morena queria era esquecer, mas a pior dúvida era como seria quando se encontrassem de novo? Como iria encara-la sem ficar constrangida? Essas perguntas que Regina não tinha a mínima ideia de como responder. Então se afundar nas tarefas doméstica e cuidar dos filhos eram as melhores saídas, foco em outras coisas.

– Querida, eu comprei sua roupa do dia das bruxas. Vamos ver se o tamanho está bom. – Regina disse assim que viu Anna subindo as escadas.

Ela estava sentada em grande poltrona de frente a escada. Era o lugar que sempre via todos que circulavam pela casa e onde ela gostava de descansar na maioria das vezes. Anna se aproximou para ver o que mãe tinha comprado para sua reação não foi das melhores.

– Uma hippie? – A garota questionou assim que mãe colocou as calças coloridas perto do seu quadril para medir o tamanho.

– Não disse que queria ir de hippie Anna?

– Isso foi mês passado mãe.

– Ah... É... Então isso foi mês passado. De que quer ir esse mês?

– Elvis. – Anna disse sorrindo e Regina sorriu de volta.

– Elvis, mas que tipo de Elvis, o Elvis de jaqueta de couro preta?

– De franja dourada.

– Ah... o de franja dourada... Antes das drogas, de engordar, do exército e dos filmes de segunda. Esse Elvis que você quer. – A morena foi falando enquanto ia à escrivaninha ali próxima pegar linha e agulha. Anna já ia deixando a sala quando a mãe lhe chamou novamente. – Querida... Quando o papai estava com a Emma no banho, o que achou que estivessem fazendo?

Anna demorou um pouco para responder, mas a resposta foi direta.

– Sexo é claro. – E isso pegou Regina completamente desprevenida.

– Ah tá... – Regina deu os ombros e se virou de costas tentando formular alguma resposta simples para a filha. E mais uma vez Anna a deixou numa saia justa.

– Mãe, por que a Emma grita?

– Ela grita é?

– É. Durante o sexo.

– Anna, como você sabe que ela grita durante o sexo? – Regina se aproximou da filha cruzando os braços e buscando mais detalhes. Por um breve momento aquele assunto parecia estar lhe interessando mais do que deveria e ela nem mesmo notou isso.

– Mãe, eu vivo no mesmo país que ela. – Regina deu um sorriso sacana. E sentou novamente na poltrona trazendo a filha para seu colo.

– E por que está me perguntando isso?

– Só para saber.

– Eu gosto de falar com você sobre tudo mãe. – Anna rebateu com cara de sapeca.

– Gosto de falar sobre tudo com você também filha.

– E já que meu pai estará trabalhando, quer fazer alguma coisa no sábado só você e eu?

– Claro, mas vai ter que ser a tarde, porque vou a Ruby Lucas para mudar de apartamento e vocês vão ficar com a Emma. – Anna fez uma cara de nojo e Regina não sabia o que responder.

– De novo mãe? Mas que saco.

– Vocês vão a uma sessão profissional de fotos lá no Central Park. E tenho certeza que vão se divertir muito. – Não havia opções e Anna sabia que era aquilo ou ficar o fim de semana em casa.

(...)

Emma estava confusa e frustrada não sabia o porquê de ter beijado Regina Mills. Ela seria a última mulher na face da terra que Emma Swan se interessaria. Mas seu passado era conhecido e todos sabiam que a fotografa gostava de variar seus gostos tanto sentimentais quanto sexuais e no passado ela havia beijado uma garota, mas nunca tinha indo nada além disso. Só que aquela mulher insolente e mandona mexia com suas estruturas, por mais que Emma negasse em admitir isso em voz alta. Pensar naquele beijo trouxe convicções que até agora Emma desconhecia para si mesmo. Regina Mills tinha corpo de dar inveja a muitas modelos que a fotografa já havia trabalhado e a morena já tinha dois filhos e estava acima dos trinta.

– Ela tinha uma bunda linda e aquela boca com aquela cicatriz incrivelmente sexy. – Emma pensava consigo mesma em voz alta. – Que merda Swan! O que te deu na cabeça para beijar aquela mulher doida? – A loira se questionou.

– Eu não acredito que você beijou a ex-mulher do seu namorado loira. – Uma voz disse atrás de Emma. Ela não havia percebido a entrada de Lily, uma amiga de longa data com que Emma dividira o apartamento há uns anos atrás.

– Cristo Lily! Quer matar do coração? – A fotografa perguntou totalmente assustada dando um pulo do sofá. Lily se sentou ao lado e cumprimentou esquecendo a reclamação da amiga.

– Pode parar de dar bronca e não desconverse. Agora me conte que história é essa de você beijar a rainha de gelo.

– Eu não quero falar sobre isso e quem foge dos assuntos é você nessa amizade e não eu, hein. – Emma disse se levantando e indo em direção a cozinha. Ela sabia que sua melhor amiga não iria desistir fácil e ponderou que talvez fosse bom conversar com alguém sobre o bendito beijo que deu em Regina a duas semanas atrás. – Senta, você venceu. Vou contar o que houve, mas sem piadinhas ok?

Lily cruzou os dedos de depois beijou como se fizesse uma promessa.

– Eu prometo sem piadas.

Lily se sentou enquanto Emma preparava o café e contava tudo que acontecera e que vinha acontecendo entre ela e Regina. Lily como sempre fez piadas e riu inúmeras vezes de tudo deixando Emma furiosa, mas ela era assim e não tinha muito jeito.

– Eu não acredito que você está levando uma surra de duas crianças. Cadê a líder voraz do time que ganhava tudo na escola, Emma Swan? – Lily lembrava Emma tentando encoraja-la.

– Não é assim que as coisas funcionam Lily e eu gosto do mesmo do Kill, por isso tento agradar aquelas pestinhas. É diferente dessa vez entende.

– Diferente e você beijou a ex dele, Swan.

– Por Deus! Por quanto tempo vai jogar isso na minha cara? Eu beijei aquela mulher insuportável para ela calar a boca. Eu não aguentava mais ela reclamando de tudo. – Lily soltou uma gargalhada para lá de alta. Ela conhecia bem Emma e sabia que fora muito mais que isso.

– Escuta aqui loira... eu posso até acreditar que com Killian seja diferente, mas que há uma tensão entre você e a rainha do gelo isso há e você pode negar o quanto quiser. Só que uma hora isso vai te consumir e tudo vai queimar intensamente. – As palavras da amiga pensaram sobre Emma como uma avalanche de rochas. Tensão entre ela e Regina? Será que tinha mesmo?

– Não sei do que está falando Paige.

– É mais fácil negar do que admitir Swan. E você tem uma sessão em duas horas é isso que vim te lembrar.

Emma se levantou correndo e o restante daquela conversa ficaria para depois. Sobre Regina Mills ela não tinha ideia de como lidaria com ela ainda e o pior como iria se comportar perto dela depois de praticamente beija-la a força.

(...)

Ben e Anna estavam sentados perto dos degraus do castelo que ficava no meio do parque enquanto Emma trabalhava. Eles estavam entediados e completamente desanimados, a loira queria ter dado mais atenção, porém seu trabalho exigia muito dela naquele instante.

– Troquem as posições das mãos, coloque de cima para baixo. – Emma gritava para as modelos enquanto disparava a câmera mais uma vez. – Dilan dá para você subir um pouquinho? – O modelo atendeu ao pedido e Emma continuou a fotografar. – Sobe mais e Rapunzel estica a mão de novo.

– Não seria legal se o cabelo dela despencasse. – Ben cochichava com a irmã.

– Que saco! – Anna respondeu alto e Emma escutou.

– Acho que vai dar para acabar antes do almoço. – Emma comentou com seu assistente.

– Está bom. – Logo ele informou ao resto da equipe como seriam as coisas. – Olha só pessoal, vamos tentar terminar antes do almoço. – Ouvindo isso Anna ficou furiosa e começou a falar mais alto.

– Que droga! Cinco horas aqui. Estamos com fome.

– E morrendo de fome! – Ben completou.

Emma jogou a carteira para eles os instruindo a ir comprar um sorvete.

– Vão tomar outro sorvete que eu já estou quase acabado. Eu juro.

Ben abriu a carteira e sorriu maravilhado com quantidade de dinheiro que havia lá dentro.

– Estamos ricos!

Sem alternativa e com estomago roncando, Anna pegou a mão do irmão e eles partiram para procurar o sorveteiro que andava pelo parque.

Mais de duas horas depois e completamente exausta, Anna acabou adormecendo encostada a uma pilastra perto da torre do castelo. Emma foi até ela para chamar ela e o irmão para irem embora.

– Oh bela adormecida acorda. – A loira chamava a garota a cutucando nos ombros. – Cadê seu irmão?

– Eu não sei. – Anna respondeu ainda sonolenta.

Emma olhou em volta sem achar qualquer sinal do menino e entrou em pânico. Tinha perdido Ben pelo Central Park. Elas saíram em busca dele gritando por todo canto onde tinham estado, tentando achar algum vestígio do garotinho.

– Ben... Ben. – Emma gritava correndo pelo parque e Anna a seguia logo atrás.

– E se ele foi sequestrado? – A menina questionou preocupada.

– Ele não foi sequestrado, só está escondido. – Emma respondeu agitada e continuo a gritar pelo menino. – Ben...

– Talvez ele esteja dentro do castelo.

– Bem lembrando. – Emma pegou a garota pelo braço e Anna puxou o braço bruscamente, não querendo contato com a loira.

– Não toque em mim. Você dá azar.

Emma não queria iniciar outra briga naquele momento com Anna e ignorou a atitude da menina e continuou a gritar por Ben. Elas foram para torre mais alta do castelo em busca do menino o chamando, mas não tiveram sucesso. Por fim checou a torre pelo lado de fora e mais uma vez nem sinal de Ben. Emma entrou em desespero total e gritou lá de cima frustrada, ela tinha deixado um menino indefeso sumir e pior ainda... Regina a culparia eternamente por isso.

Na delegacia um garotinho com o rosto todo sujo de chocolate fazia um dos seus truques de mágica entretendo os policiais ali presente.

– Está bem olhe com muita atenção. – Ben dizia enquanto fazia o truque de enfiar um lenço entre seus dedos e fazia desaparecer depois. E deixando os policiais completamente surpresos e admirados com truque.

– Mostre, mostre... – Disse um policial que estava perto do menino.

– Abra a mão garoto. – Disse outro logo atrás.

E quando Ben abriu a mãozinha o lenço na estava mais lá. Todos começaram a rir em seguida.

Regina tinha sido informada sobre o desaparecimento do filho e correu para delegacia. Quando a morena adentrou o local estava desesperada a procura do filho e quando o viu ela correu em sua direção.

– Ben. – Regina disse tirando o menino de cima da bancada onde estava e trazendo para seus braços.

– Mamãe. – Ben respondeu animado recebendo aquele abraço forte da mãe.

– Ah querido... – Regina apertou mais o menino se sentindo em paz por ver que seu filho estava bem, mas ela precisava ter certeza disso. Colocou o menino no chão para verificar e se abaixou ficando na altura de Ben.

– Você esta bem filho?

– Sabia onde eu estava?

– Sabia sim meu príncipe.

– Ele estava no zoológico. – Um policial chegou informando a Regina.

– No zoológico? – Regina questionou o menino.

– Eu queria ver os macacos.

– Meu Deus. – Nervosa, Regina pegou a mão do menino e deu a Anna para se certificar que o garoto não sumiria mais uma vez. – Segura a mão dele e não perde ele de vista.

Emma em apareceu em seguida junto com Killian e as coisas começaram a esquentar.

– Regina me desculpa, eu não... – A loira tentava se justificar, mas foi em vão porque Regina a interrompeu bruscamente.

– Eu só vou falar uma vez, então presta atenção. – Killian se colocou na frente para ouvir melhor o que a ex-mulher dizia e sabia que não seria uma boa coisa. Regina se dirigiu diretamente a ele sem se quer olhar para Emma.

– Esta mulher não tem a menor condição de olhar os meus filhos.

– Nossos filhos. – Killian a corrigiu.

– Sabe o que poderia ter acontecido ao seu filho Killian? Foi muita sorte a polícia ter encontrado ele e não um lunático. Eles podiam... – Regina argumentava com voz já embargada.

– Regina não piore as coisas, a Emma já se desculpou e poderia acontecer com qualquer um.

– Menos comigo Killian.

– Nós erramos, as pessoas erram Regina. – O homem rebateu querendo defender a namorada.

– Pois eu não vou ficar aqui esperando o próximo erro. Eu não vou ficar esperando nossos filhos caírem nas garras de alguém louco.

– Regina tenha calma, por favor, não faça isso.

– Eu não vou ter calma! – A essa altura Regina já berrava e Anna e Ben assistiam a discussão dos pais assustado. – Eu vou procurar um advogado.

– Não faça isso, prometemos nunca fazer isso Regina.

– Quebramos muitas promessas, não foi Killian? – Aquela resposta tinha sido para ferir Killian e ele ficou desarmado e sem resposta perante Regina.

Para morena aquele dia havia acabado. Ela só queria pegar os filhos e sumir dali e era o que faria. Regina saiu de perto do homem e foi em direção aos filhos dando de cara com Emma em seu caminho.

– Não descarrega nele. A culpa foi minha. – Emma tentou mais uma vez se desculpar.

– Emma é melhor você... – Killian se intrometeu, mas Emma continuou pedindo desculpas.

Agora estava de frente com Regina olhando para aqueles olhos castanhos intensos que transbordavam raiva por ela naquele instante. Todas as sensações que sentira na cozinha da casa da morena quando a vira pela última vez vieram fortes e intensas, mais uma vez Emma queria calar aquela mulher mandona com beijos que a fizessem perder o rumo. E acima de tudo ela queria que ela a perdoasse mais que qualquer outra coisa na vida naquele momento.

– Desculpe, desculpe... Mas assim não vai facilitar as coisas para ninguém.

– Não cabe a mim facilitar as coisas para você, Swan. Eu tenho que cuidar dos meus filhos e eles não querem ficar com você. – Regina respondeu de forma ácida à Emma e saiu de perto dela indo até os filhos.

Ela pegou ambos pelas mãos o puxando para saída do local.

– Eu vou mover uma ação e você nunca mais ficará sozinha com essas crianças. Está ouvindo? Nunca...

Foram as últimas palavras de Regina que saiu em seguida levando os filhos consigo e deixando Killian desesperado para trás. Emma sentiu o peso da culpa por ver o namorado mal, mas sabia que não podia fazer nada. Afinal de contas Regina era mãe e não ela.


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Notas finais do capítulo

A coisa esta preta, mas fiquem tranquilos que a partir do proximo tudo ficara calmo e a Regina vai descobrir algo que mudara tudo. E essa coberta vai aproximar mais ela e a Emma. Sejam legais e me digam comentem o que acharam! Feliz Natal a todos e se comportem! Ate mais.



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