Broken Ice escrita por Capitain Scarllet


Capítulo 3
Estranged


Notas iniciais do capítulo

Oi pessoal!!
Quase que não deu pra postar ... u.u
Obrigada pelos coments! Fantasminhaas, podem aparecer, eu não mordo :p

Deem uma chance à historia, sei que não tem Jelsa agora, mas é que eu construi um universo para colocá-los, então não vale tentar *-*

Vou explorar mais um pouco da minha querida Seren, não sei pq, mas gostei tando dela ... coisa de autor, quanto à Idun ... quem já sabe quem ela é ... sem spoilers!! ^^

Enfim, divirtam-se!!



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Seren seguia a estrada principal com sua filha segurando em uma das mãos, horas haviam se passado e a noite já estava a ponto de se findar e um novo dia nascer. Idun já apresentava cansaço, mas ainda nem haviam encontrado uma casa sequer no caminho, não tinham chegado a nenhum reino, nenhum outro povoado, estava ficando cada vez mais preocupada, será que tinha feito uma boa escolha?

– Já estamos chegando mãe? – a pequena Idun se manifesta, seus olhinhos estavam pesados e as perninhas pediam para uma parada

– Quase, meu amor – disse Seren, mas não sabia se chegariam a algum lugar.

De repente, o trotar de um cavalo se faz presente. Seren para e percebe que o som vem de tras de si. Pega Idun no colo e se esconde atrás de uma arvore, podia ser um ladrão, qualquer um.

Alguns metros atrás, um velho mercador voltava para sua casa sentado numa carruagem vazia, haviam se passado varias luas enquanto comercializava nos vilarejos vizinhos, não via a hora de chegar em casa. Enquanto andava tinha ouvido vozes do que parecia ser uma criança e se alarmara com isso. Chegando onde julgava estar a criança, mas não encontrara nada

– Tem alguém aí – chamou, sem resposta – não se assuste se houver, sou um mercador, ouvi uma criança – olhava em volta e percebeu uma movimentação por tras de uma das tantas arvores da floresta - olá? – chegou perto e deu de cara com uma jovem mulher apontando-lhe uma faca

– Fique longe! – alertou ela. Assustado ele pode perceber uma pequena garota escondida.

– Não tenha medo, sou um velho mercador que está indo para casa – viu a mulher a sua frente abaixar o objeto e o encarar desconfiada – posso ajuda-las em alguma coisa?

– Não – disse Seren firmemente, mas decidiu por apenas perguntar – mas, por acaso sabe de algum vilarejo ou reino nessa direção?

– Claro, ao final dessa estrada está Arendelle, minha casa, por acaso está indo para lá? O caminho é longo à pé – fitou Seren, abaixando os olhos em direção a pequena figura encolhida aos pés dela .

– Estamos bem, obrigada pela informação – disse duramente, pegando Idun nos braços cansados, cambaleando um pouco.

– Olha, sei que sou apenas um estranho, mas deixe que eu leve vocês até Arendelle, o caminho é cansativo, e sua filha não merece essa caminhada. Não sei a razão de viajarem assim, mas deixe-me ajudar um pouco.

Seren ponderou, Idun não aguentaria mais, estava exausta e, sem duvida, não merecia tamanho esforço, por outro lado, aquele senhor pode não ser tão bom quanto aparenta, mas achava que podia se proteger

Por fim decidiu aceitar a ajuda. Subiu na carroça e acomodou Idun com a cabecinha em suas pernas, minutos depois a pequena garota já estava dormindo profundamente. Seren acariciava os cabelos finos de Idun enquanto olhava para o caminho, vendo a distancia até suas dolorosas lembranças aumentar cada vez mais.

– Posso perguntar o seu nome – disse o velhinho a sua frente, fitando-a curioso.

– Meu nome é Seren, esta é minha filha Idun – disse calmamente.

– Eu sou Apsel, é um prazer conhece-las – sorriu um pouco e continuou – sei que disse que não queria saber mas ... por que uma jovem mulher com sua filha estavam sozinhas na floresta?

– Tivemos que sair do nosso vilarejo por motivos pessoais – disse rispidamente, não queria falar sobre isso, tinha medo de desabar em lagrimas em frente a um completo desconhecido

– Entendo, e já sabem para onde vao?

– Ficaremos em alguma estalagem por lá, depois resolveremos o que fazer

– Deve ter sido algo bem grave para sair tão desprovida de sua casa carregando sua filha dessa forma – disse com um tom preocupado, encarando os brilhantes olhos azuis de Seren

– E foi – disse num suspiro

O silencio se instalou na carroça, Seren estava com sono, mas a preocupação a assolava “o que faremos quando chegarmos lá? Não tinha pensado nisso, estou com Idun e não tenho onde e nem como nos manter, acho que o que fiz foi precipitado, mas não quero ter que voltar para aquela casa”. Em seu rosto, uma careta de preocupação se fez presente chamando a atenção do velho Aspel, que estava com as rédeas do cavalo em mãos.

– Sabe, senhora Seren, na minha casa tem um quarto de hospedes, tenho uma esposa e um casal de filhos, se quiser pode ficar lá

Ela despertou de seus pensamentos, franziu a testa com ar de desconfiança e descrença, era gentileza demais – Não quero incomodar, senhor Aspel, já o dei muito trabalho.

–Não é trabalho algum, digo isso por estar com uma criança pequena e uma estalagem pode não ser adequada para ela, se aceitar poderá ficar o tempo que precisar para conseguir uma casa ou um emprego. É só uma oferta, mas faço questão que pense no assunto

– Pensarei, obrigada – disse mais relaxada, parecia que ele realmente a queria ajudar, mas estava relutante sobre as intenções dele

– Por ora, peço que aceite, ao menos, o desjejum na minha casa, devem estar famintas e nós sempre temos lugar para mais um

– Não quero incomodar sua família

– Já disse que não incomoda! Aceite ao menos isso e verá que não tenho intenções de fazer algum mal a vocês.

Ele percebera que ela estava com medo de aceitar qualquer coisa, era compreensivo, pois ele não passava de um estranho, mas queria poder ajudar aquela moça. Seu filho tinha a mesma idade que ela, talvez isso seja um motivo pelo qual quer tanto ajudar.

– então vou aceitar, senhor Aspel – disse por fim, um desjejum não faria mal e ela torcia para que ele parasse de tentar ser tão gentil, o que para ela era incompreensível.

Algumas horas depois e o Sol já iluminava a floresta, a temperatura estava amena, evidenciando que a primavera chegaria a poucas luas dali. Os enormes portões de madeira envoltos de pedras que formavam uma fortaleza surgiram poderosamente no horizonte, os blocos de pedra brilhavam com a luz direta do sol que recebiam, parecia que os muros eram feitos de pedras preciosas.

Seren havia adormecido com Idun em seu colo, a viajem a cansara mais do que esperava. Sonhava que despertava em seu quarto com Idun reclamando que Jack jogara um copo de agua em seu rosto para que acordasse, rapidamente, em sua imaginação, correu para o quarto dele, encontrando o mais velho gargalhando sentado na cama, relutante, ela se aproximava para ver se ele estava mesmo ali, de repente, ele levantou os olhos que estavam azuis, suas madeixas ganharam um tom acinzentado e reluzente, seus dentes brilhavam como flocos de neve.

Antes de tudo desaparecer pôde ver Jack se aproximando e dizendo “Eu te amo, mãe”.

– Senhora Seren – balançou-a de leve Aspel, querendo desperta-la do que parecia um sonho ruim

Ela abriu os olhos sobressaltados, encarando o velho homem em sua frente, tentando assimilar o que estava acontecendo. As lembranças vieram como um borrão em sua mente, fazendo-a perceber que estava apenas sonhando com seu amado primogênito.

– Ah, desculpe senhor Aspel – passou a mao na testa,, retirando as gotas de suor que lá estavam – O que disse?

– Ainda não tinha dito nada – soltou um breve riso, achando graça da mulher grogue de sono à frente – estamos chegando – apontou para frente, em direção aos muros do reino.

Seren se virou e seus olhos se arregalaram, nunca tinha visto uma construção tao grande e majestosa. Dava pra ver ate a ponta da torre mais alta do castelo sobre os muros, um cone pontudo que parecia tocar o céu. Sorriu, foi inesperado ver algo tão belo ao acordar. Rapidamente tratou de despertar idun para que ela tivesse a mesma impressão, afinal, crianças adoram novidades.

Idun despertou pesarosa, estava horas adormecida, mas parecia que tinha acabado de fechar os olhos, isso estava acontecendo com uma frequência no mínimo perturbadora. Encarou a construção à frente, seu rosto se contorceu em uma careta de admiração, mas seus olhos não retratavam o mesmo, estavam sem brilho, sem a curiosidade de uma criança comum.

Passaram pelos grandes portões, os guardas permitiram a passagem do conhecido mercador de tecidos e jóias que de tempos em tempos passava pela enorme construção. Aspel explicou-lhes sobre as tripulantes extras e eles não se importaram em deixar passar, oferecendo-lhes as boas vindas por estarem em Arendelle.

Estavam no que parecia ser um saguão que dava a entrada para o castelo, que mantinha as portas abertas exuberantemente, também havia uma fonte no meio. Passaram sobre uma ponte de pedra, perfeitamente construída e muito bela. Seren e Idun estavam maravilhadas, nunca haviam saído do pequeno vilarejo e agora se deparavam com várias casas ao final da construção, era tudo tão lindo que a mais velha não pode impedir, no seu intimo, pensar que Jack adoraria estar ali.

O mercador conduzia seu cavalo calmamente por entre as ruas largas cheias de crianças correndo e brincando com cães, mulheres conversavam animadamente na porta das suas casas, algumas paravam e comentavam sobre as duas figuras desconhecidas sobre a carroça do senhor Aspel, estranhando a presença delas ali.

Seren não se sentia à vontade, mas eram tantas novidades que a curiosidade estava maior que sua vontade de chorar que, de uns meses pra cá, estava sempre presente. Idun permanecia impassível, via as crianças brincando e a lembrança de seu irmão veio à mente, reprimiu as lagrimas que faziam seus grandes olhos arderem, decidira que tinha que se manter forte para confortar a mãe.

Mal sabia ela que a maturidade tão precocemente adquirida iria se transformar numa máscara de frieza e indiferença. Sorrir fazia parte da memória de seu irmão, sorrir era doloroso. Não queria mais. Não queria ser mais a criança que foi. Sem seu irmão, nada era completo.

A carroça parou quando chegaram a uma casa de dois andares, simples e parecia ser confortável. A porta é aberta e uma senhora de cabelos grisalhos, com um longo vestido azul-claro apareceu com um sorriso suave nos lábios. Ela se aproximou do veiculo, viu o senhor Aspel pular e abraça-la, parecia ser sua esposa. A doce senhora desviou os olhos do homem a frente e encarou os grandes olhos de Seren.

– Parece que você achou algo no caminho, não é mesmo Aspel – ela deu uma risadinha – sejam bem vindas, meu nome é Idália, quem são vocês – perguntou docemente.

–Sou Seren e esta é minha filha Idun , seu marido fez a gentileza de nos ajudar à chegar aqui

– Hum, então estão viajando, conhecem alguém aqui em Arendelle?

– na verdade não – um tom de frustração se fez presente na voz de Seren – tivemos que sair da nossa casa e vamos ficar por aqui até decidir o que fazer

– Ah coitadinha – a velha senhora tinha um olhar surpreso, mas logo um sorriso gentil se fez presente – então estavam no lugar certo e na hora certa – ela chegou mais perto e segurou gentilmente as mãos de Seren, Idun observava a moça a sua frente com um olhar distante, frio – vocês podem ficar aqui, temos um quarto vago, podem ficar o tempo que quiserem – seus olhos brilhavam de animação.

– Agradeço senhora Idália, mas já demos bastante trabalho a seu esposo e somente aceitamos acompanha-los no desjejum, não queremos incomoda-los.

– Isso não é incomodo nenhum, você tem uma criança contigo, fique o tempo que precisar, se for se sentir melhor, pode ajudar tecendo os tecidos para o comercio, não vejo problema algum em ter mais uma ajudante

– Er.. eu não – Aspel a cortou

– Mas que teimosia, senhorita Seren, apenas fique, não ligamos de ter mais uma filha em casa, acho que irá se dar muito bem com Katarina, minha caçula, não será incomodo nenhum – disse firmemente

– Tudo bem – suspirou derrotada – ficaremos até resolvermos o que fazer, não é Idun – ela olhou para sua filha que parecia estar num universo distante

– Sim mãe – sua voz era vazia, isso preocupou Seren, que perguntaria o que acontecera com a filha, mas se sobressaltou quando olhou novamente para a porta da casa da senhora Idália.

Um homem saiu do interior da construção, com roupas parecidas com as de seu pai, tinha cabelos negros e olhos arrebatadoramente verdes, brilhavam como a mais pura esmeralda. Ele de inicio não percebeu a presença da jovem mulher e sua filha conversando com a mãe, apenas se dirigiu para ajudar seu pai a retirar o que ainda restava na carroça. Terminando, viu-se na necessidade de perguntar algo a sua mãe, e aí sim ele viu. Seus olhos automaticamente se fixaram na mulher que segurava uma criança, ela era bela, corpo esbelto, cabelos curtos e castanhos, mas brilhavam no contato com a luz do sol, mas isso não foi tudo.

Os olhos. Eram os olhos azuis mais lindos que vira durante toda a sua vida, ela parecia um anjo.

Ainda vidrado na imagem da perfeição à sua frente, se aproximou de sua mãe a fim de saber quem era aquela adorável moça.

– Ah Oskar, achei que estava na rua do comercio – Idália exclama ao vê-lo, o que o desperta de seus pensamentos e o faz desviar, a contragosto, os olhos da bela criatura a frente

– Ah mãe, já fui e já voltei – uma risada nervosa escapou de seus lábios, voltando a encarar a mulher , disse – e quem seria essa bela jovem com quem vos fala – perguntou ele, pegando de leve na mão de Seren, depositando um tímido beijo sobre ela.

O toque das mãos fez uma corrente elétrica invadir o interior dos dois, o doce toque dos lábios do desconhecido, estranhamente, fez com que as bochechas da moça ganhassem um tom avermelhado.

– Esta é Seren e sua filha Idun – agora que ele reparava na garota, parecia uma copia da mãe, mas seus olhos não tinham tanto brilho quanto os da mais velha, e sua fisionomia não deixava de parecer deprimida – elas vão passar um tempo conosco, até se estabelecer em um lugar certo – disse a senhorinha, que tinha percebido algo diferente no ar. Um diferente bom.

– Seja bem vinda, senhora Seren – disse cuspindo o “senhora”, por mais que não tinha visto o marido este deveria existir, afinal, ela tinha uma filha

– Senhorita, por favor – disse firme, porém com um tom meio tristonho. Mas o sorriso vindo de Oskar não passou despercebido pela jovem, que se mostrou incomodada com isso.

– Vamos Seren - interveio Idália– vou mostrar o quarto de vocês – virou-se para Oskar – onde está Katarina, filho?

– Ainda está na rua do comercio – seus olhos não desgrudavam de Seren, que evitava encará-lo a qualquer custo.

– Tá, me avise quando ela chegar – sorrindo, guiou Seren e Idun até o segundo andar.

O quarto não era grande, mas era espaçoso. Havia uma cama de solteiro – grande o bastante para mãe e filha dormirem-, um armário e uma cômoda. Uma grande janela se estendia na parede inversa à porta, era um lugar agradável.

–espero que gostem, meninas – disse sorridente Idália.

– Sem dúvida é maravilhoso senhora – disse Seren com um sorriso doce – é muita gentileza nos receber assim, agradeço muito, muito mesmo

– que isso minha cara, agora pode me chamar apenas pelo nome, sem formalidades. A partir de hoje serás minha mais nova filha e essa linda mocinha sera minha netinha.

Idun tentou esboçar um sorriso, mas não saiu muito bom, tornando-se uma careta.

– Vou deixa-las se instalarem, qualquer coisa podem descer, logo colocarei o desjejum, devem estar famintas – virou-se saindo pela porta

– Obrigada novamente – disse Seren antes que a velha mulher saísse de seu campo de visão. – Bom, como se sente Idun? Está estranha desde a estrada, você não é quieta assim.

Idun a encarou, não tinha expressão alguma, mas olhar nos olhos da mãe lhe apertou o coração, e as lágrimas que tanto lutara para conter, desceram lavando seus pequeno rosto. Seren se assustou de inicio, mas tratou de envolver seus braços nela. – Eu não consigo mãe – a voz chorosa se fez presente – eu quero meu irmão de volta – os soluços ficaram intensos, fazendo-a dar pequenos pulinhos – eu preciso dele mãe – ela agarrava a roupa da mais velha com força, tentando esvair a enorme dor que dominava seu coração.

– Eu também minha pequena – a voz chorosa de Seren preencheu o ambiente depois de um breve silencio – mas não podemos fazer nada – lágrimas já desciam pelo rosto alvo – temos que pensar que ele está em um bom lugar, alegre como sempre, brincando com os anjinhos – apertou mais a filha contra seu corpo. A dor era insuportável, mas esse era o único modo de expressa-la, nos braços do que restou de sua família, sua pequena Idun.

Oskar tinha terminado de ajudar seu pai a descarregar tudo que faltava, levara tudo para dentro e tomou um copo de agua. Pensou na imensa beleza da moça que agora habitava o quarto perto do seu. Os olhos brilhantes e azuis pareciam tristes e a carinha deprimida de Idun despertara algo em sua mente. As duas estavam sofrendo. Queria poder ajudar, mas como?. ”Chega” pensou, sua cabeça já estava doendo e decidiu subir para seu quarto a fim de trocar de roupas, estava suado e não queria, de modo irracional, que a nova moradora o visse daquela maneira.

Subiu as escadas silenciosamente e passou devagar em frente a porta do quarto recém-ocupado. Parou. Um choro de criança foi ouvido, Idun estava chorando enquanto dizia frases que, para ele, pareciam desconexas

“eu preciso dele mãe”

Dele quem? Foi a primeira pergunta mental de Oskar. A curiosidade já tinha o arrebatado de novo

“eu também minha filha” a voz de Seren foi ouvida, também chorosa, o que apertou o coração do jovem rapaz “mas não podemos fazer nada” podia ver a dor nas palavras ditas da moça.

De súbito afastou-se da porta, trancando-se no seu quarto. Eu não deveria ouvir a conversa dos outros mas ... ao que me parece elas perderam alguém muito importante. Seria o marido de Seren, afinal, ela havia o corrigido quando a chamei de ‘senhora’? Não sabia, mas um pensamento tomou sua mente por completo e seu coração o apoiou de imediato.

Não queria mais deixa-las sofrer. Faria de tudo para suavizar a dor delas, haja o que houvesse, iria cuidar para que elas JAMAIS sofressem novamente.

–---❄----

À quilômetros dali, um rapaz de exóticos cabelos platinados e brilhantes olhos azuis estava no topo de uma montanha coberta de neve. Sentia frio? Claro que não, seu corpo era tão gelado quanto a neve que se encontrava sob seus pés. Seus olhos estavam vidrados na imensa lua que se fazia presente no céu cheio de estrelas daquela noite.

Jack já havia desistido de ter a resposta do Homem da Lua, já fazia bastante tempo desde que ouvira a voz em sua cabeça. Depois daquele dia em que descobriu ser invisível foi para a floresta e vagou por varias noites, sempre esperando por ouvir a voz que vinha do enorme astro azulado. Encontrou várias aldeias, mais pessoas que não o viam. Se sentia só, mas algo dentro de si não permitia que ele manifestasse tristeza, estava sempre pregando peças nas crianças durante as ultimas noites de inverno e acabava por se divertir com isso.

Descobrira que podia contar com o vento para leva-lo em todo e qualquer lugar do mundo, em sua “casa” deveria estar de dia, mas, agora, ele presenciava uma bela noite. Não tinha mais as roupas de quando acordara, em uma de suas passagens por uma aldeia, achara o que parecia ser mais confortável, um casaco de cor azul, estava meio furado, mas isso não o incomodou, suas roupas o estavam incomodando e tratou de vestir a peça achada. Ao colocar a peça, os lugares onde havia furos e rasgados receberam uma leve geada, dando um toque original que agradou a Jack.

Continuaria a vagar pelo mundo, pregando peças em crianças desavisadas e levadas, se divertindo enquanto que, em seu interior, o vazio se fazia presente e, mesmo sem ter consciência, almejava pelo dia em que poderia dividir sua solidão com alguém, até que ela termine e não sobre mais dor e confusão em sua mente.


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Notas finais do capítulo

E então, mereço um coment??

Meus capítulos são longos né?! Tenho a mania de escrever demais rsrs
Críticas são muito bem vindas!!

Bjs e até semana que vem



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