O Que Realmente Sou? escrita por Nanatk


Capítulo 6
Visita Inesperada




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Assim que deixamos Jeff em um dos diversos quartos da Casa Assombrada, que tinha de três a quatro andares, se contar o subsolo. Ele ainda estava desacordado, o que me fez estranhar, ja que uma vez que o golpe da Evy não foi tão forte.
–Bem, pelo menos ele não vai nos perturbar. Por um bom tempo.-disse Evy, que verificava o lenço nos olhos do mesmo os dando mais um nó para ficar difícil de soltar ate mesmo pra nós.
–Acho que sim...-eu disse distraída.
–O que foi?-João me perguntou, enquanto me olhava, meio preocupado.-Algo estranho..?
–Sei lá...só..acho estranho. Bem, tanto faz. Agora que o pegamos, precisamos de mais ajuda. É isso. Mais pessoas da nossa idade.-eu disse como se aquilo fosse a esperança para impedir o fim do mundo.
–Como assim?-João disse, claramente confuso.
–Nada. Ana não está bem da cabeça. Ela precisa de um médico.-Ela me olhou. Passamos a noite sem falar nisso, já que a decisão era de não deixar Evy irritada. Ficamos acordados o máximo que conseguimos. Até umas seis da manhã, quando o sol já havia saído. Evy saiu pra comprar comida, e voltaria logo. Incrivelmente, a casa tinha banheiros e vários quartos. A sala de jantar tinha mesa e cadeiras. E a cozinha tinha pia, fogão e geladeira, e alguns armários que tinham pratos, talheres, copos e mais. Os banheiros tinham chuveiros, vasos e pias também. Os quartos todos tinham camas, armários e TVs. E incrivelmente a casa tinha energia e água tanto quanto gelada. Estava verificando tudo para ver se tinha alguma coisa faltando. Parei a frente do quarto em que o serial killer estava. Conseguia ouvir algumas coisas caindo, ou serem jogadas no chão. Ele havia acordado?
–O que esta fazendo?-João sussurrou ao meu lado, me assustando.
–N-n-nada- eu disse nervosa, droga.
–O que ele está fazendo?- ele encostou a cabeça na porta, tentando ouvir. Ouvimos vários palavrões e coisas quebrando. E ele reclamando do pano que ele não conseguia tirar dos olhos. Saímos de perto da porta e fomos pro primeiro andar. Assim que nos afastamos da escada do segundo andar caímos na risada. Evy chegou logo em seguida nos olhando confusa.
–Ai gente. Não sei vocês dois. Mas eu acho-ela disse colocando ênfase no "eu acho"-que vocês formam um belo casal-ela disse rindo em seguida.
–Ah cala a boca sua idiota infeliz-eu disse jogando um travesseiro do sofá na cara dela, rindo. Eu senti meu rosto ficando quente.
–Hehe...não sei não Evy...sei que Ana é afim de mim, mas não faz meu tipo-ele riu mais. Nossa, achei que ia morrer de rir ali até um barulho nos fazer parar de rir.
–O que...?-olhamos para as escadas. Ali estava algo estranho de se ver. Uma garotinha com um ursinho de pelúcia marrom da metade do tamanho dela, estavam na metade da escada, ela nos olhava curiosa e confusa ao mesmo tempo. Estava de pijama, um vestidinho rosa que ia até os joelhos. Seus olhos eram verdes, sua pele branca, e cabelos castanhos claros meio ondulados. E...tinha sangue saindo de sua cabeça. Sally, a garotinha morta pelo tio. Foi um ótimo exemplo de uma professora minha e da Evy, que dizia que não podíamos confiar em ninguém, e a idiota da professora alterou a historia toda, já que ninguém na nossa sala ninguém lia creepys.
–Q-quem são vocês..?-ela disse
–Ahn....somos pessoas boas, não precisa ter medo de nós.-João disse calmo.
–P-Por que Jeff está trancado no quarto ali em cima? Ele fez algo ruim?- nos olhamos.
–Desculpa ter que fazer isso. Mas Jeff fez coisas ruins. Ele deixou muitas pessoas feridas.-Evy disse.
–Por que ele fez isso..?-ela disse como se fosse chorar.
–Não se preocupe com isso. Não vamos machucar ele se ele não nos machucar. Hum....você...gosta de biscoitos?-eu disse dando um pra ela. Ela estendeu a mão para pega-lo comendo-o logo em seguida.
–É bom. É de chocolate com morango-ela disse sorrindo.
–Sim...é o meu favorito.-eu disse dando mais alguns pra ela.
–Obrigada....já tenho que ir. Mas vou ver vocês depois.-ela disse desaparecendo. E pensar que aquilo ja estava acontecendo, e ainda nem era meio dia. Comemos um pouco e verificamos o quarto do Jeff, que estava deitado na cama. Olhei para ele enquanto fechava a janela. Não que aquilo pudesse dete-lo. Sentei na cama, o encarando. Assim que ia levantar, senti algo me puxando pelo braço. Droga. Era ele me puxando pra cama, e o pior era que ele segurava com força.
–Me solta, droga. Me solta!-eu disse
–Hm....acho que não-ele riu sádico.-Por que deveria?-ele continuou rindo. Realmente não queria e nem iria me soltar. Por que so acontece comigo? Ele finalmente me soltou um tempo depois.
Não quis falar disso nem pra Evy e nem pra João. Meu braço tinha ficado meio vermelho, mas por sorte o dia estava frio e eu usaria um casaco, e eles dois não veriam o pequeno estrago. Quando saímos, fomos para meu condomínio novamente, decidimos ver umas pessoas. Uns amigos da nossa idade. Considerando entre Evy ter 15 e João 17 e eu 16 , e chamarmos mais três pessoas...


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