Elsa estava fugindo, fugindo de tudo, de todos, de ter que esconder quem ela era, pela primeira vez ela se sentia livre.

— Desculpe papai, eu tentei esconder... Deus sabe que eu tentei esconder, mas não posso segurar essa tempestade dentro de mim, tentei ser uma boa garota, não sentir, esconder − deixando sua coroa de lado seu posto sua irmã, embora se sentisse triste ela achou que era ali que devia estar —, mas eles sabem agora estou deixando para lá, o frio nunca me incomodou mesmo.

Subindo a montanha criando o seu próprio reino, se isolando de todos, o alivio de poder ser ela mesma a estava deixando cega as mudanças que ela fazia afetava seu reino.

Jack observava espantado, não era uma surpresa que ela não pudesse vê-lo, mas seu poder, seu talento, o que ela podia e estava fazendo, ele ficou tão admirado com o talento dela que quase não notou sua dor, suas palavras carregadas de sentimentos medo, tristeza, nostalgia, e, no entanto estava feliz e livre. Ele não conseguia entender porque alguém teria medo de um talento tão bonito e ela estava tão gloriosa aos seus olhos era tão frustrante ser invisível, ele não queria que ela se sentisse só, mas para saber mais dela ele teria que falar com alguém que soubesse dele e dela Jamie.

POV JACK

— Então não foi você certo? – disse Jamie assim que entrei pela janela da sala onde ele estava tomando chá.

— Não, e estou tão surpreso quanto você, o que é ela.

— Eu sei tanto quanto você caro amigo, a questão ela não sabe controlar o que está acontecendo é obvio e todos estão congelando aqui.

— Bem eu não posso ajuda-la se ela não me vê como farei algo? – é meio obvio não, pensei.

— Bem a princesa Ana partiu em busca de Elsa para poder trazê-la de volta e assim acabar com isso, você ajuda-la é um começo.

— É uma ideia. Vou ver se encontro a princesa.

— E enquanto isso eu continuarei com meu plano inicial, e ainda precisarei da sua ajuda.

— Bem será um pouco difícil estar em dois lugares ao mesmo tempo. – ironizou Jack — Mas posso ver o que eu consigo.

— E qual a ordem da vez, - ele mudou de assunto me frustrando.

— Ah você sabe, eu, Sandy, fada, coelho e noel.

— Eles continuam brigando?

— Como duas crianças... – nós rimos.

— Jack eu devo alerta-lo algo muito sério ocorreu a ela, não sei ao certo já que pelo que me parece às meninas cresceu em segredo, longe de todos, e inclusive entre elas.

— Tentarei ser delicado. – eu disse sendo sincero, — sei que costumo levar tudo na leviandade, mas vi que a moça estava sofrendo, e quero ajuda-la...

— Jack Oster !! – gritou sol entrando na sala vinda em minha direção com Maia a seguindo.

—Olá Jack, bom revê-lo.

— Digo o mesmo Maia. Como você está bela Sol! – a elogiei abraçando-a e fazendo truques com a neve. Maia a pegou pelo colo e depois de dar um beijo em Jamie seguiu rumo ao quarto, ignorei a leve pontada que surgiu em mim, o que será isso.

Despedi-me e já ia ser levado pela brisa gelada quando vi o casal. Parei e os observei.

— Venha comigo Céu.

— Argh, Celeste para você. Ainda não temos esse nível de intimidade. – ela se fingiu de ultrajada, mas o sorriso no canto de sua boca a entregou.

— Bem você disse ‘ainda’ então... Venha comigo e vamos adiantar esse processo de intimidade – ele disse flertando com ela e ela riu.

— Está tudo congelado eu não ando em nada que deixe o chão escorregadio. – ela semicerrou os olhos.

—Eu carrego você. – ele riu – Não me olhe como se eu fosse um louco.

— E não fale como se soubesse o que estou pensando.

— Bem, eu ganhei muito esse olhar hoje eu sei bem o que se passa por traz dele. – ela gargalhou recuando para dentro da pousada. — É melhor estar pronta amanhã, ou vou te levar de pijamas e tudo.

— Até depois Eli.

— Até Céu. – depois dessa a resposta que ele teve foi a porta batendo forte, bem forte que ouvimos a reclamação de uma senhora de dentro. Eli riu e continuou seguindo caminho o tempo todo olhando na direção da janela em que ela pensou que não dava para vê-la e o tempo todo eu sentia aquela pontada esquisita. Então eu o vi.

— O que anda aprontando por aqui Cupido?! – eu já tinha me esbarrado por alguns anos atrás.

— Amor de verão... Bem inverno aqui não? – ele riu e já ia sumindo por aí, quando tive a ideia.

— Eros tem muita demanda? Precisava de uma mãozinha por aqui...

— Você sabe como é, inicio de férias, pessoas se esbarrando, flechas a serem lançadas, é uma época meio difícil de dar uma folga... Tenho meus ajudantes, mas eles são meio atrapalhados. – ele abanou a cabeça ao rir. Provavelmente lembrando-se de uma das atrapalhadas dos desastrados, todos nós conhecemos alguns foram trágicos até como Helena de troia, obras dos projetos desgarrados.

— Ficarei te devendo um favor. – Ele já estava no alto quando parou refletiu e voltou.

— Tudo bem, mas depois dessa terá que me ajudar em um caso.

— Feito. – apertamos as mãos — Jamie Bennett que repassa nossos contos pelo mundo vai precisar de minha ajuda aqui para tornar a magia real enquanto ele conta as histórias, mas eu precisava ajudar uma princesa alcançar sua irmã.

— Princesa Ana, sim eu vim aqui exatamente por ela... mas porque?

— Ela está em uma missão para ajudar sua irmã e ajudar aqui.

—Mas se ela for como ela terá o coração partido... er, tudo bem vou cuidar disso. – coração partido? O que Eros estava aprontando? Deixando de lado repassei para ele as instruções.