Perseu o herdeiro de pã escrita por Thalia Jackson


Capítulo 4
Percy




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—Pã?—eu perguntei surpreso com tal revelação—mas todos disseram que você avia morrido.

—sim. Mas eu não poderia ir sem deixar alguém em meu lugar—ele suspirou—meu tempo como senhor da natureza acabou, por essa razão devo escolher um herdeiro. Eu escolhi você.

—eu! Mas por quê?—perguntei ainda tentando compreender tais palavras—sou um filho do mar, oque poderia fazer pelas florestas?

Ele riu como se estivesse falando com uma criança boba.

—você e paciente, esperou por mais de 2000 mil anos sem escolher seus domínios apenas porque queria escolher da forma certa, além de ser uma das pessoas que mais se interessa por esses assuntos na Grécia. Meu herdeiro precisa ter essas qualidades—ele sorriu tristemente—além disso, não tenho mais tempo, o ritual deve ser feito agora. Você aceita?

Eu assenti. Se o grande Pã acha que sou a pessoa certa porque diria não?

—eu Pã, o senhor da natureza, concedo a Perseu todo poder sobre meus domínios. Você aceita Perseu?

—sim eu aceito—respondi com confiança.

Pã se transformou em uma luz branca, que me rodeou, e uma nuvem de pontos brilhantes, que saíram da caverna e transformaram-se em lindas estrelas sob o céu noturno.

Quanto à luz branca, ela me rodeou ate formar um pequeno tornado que logo sumiu. Eu me sentia diferente ainda que soubesse ser eu mesmo.

Olhei para trás e vi Achila me analisando quando notou que eu também a encarava, ela apontou para o fundo da caverna, onde havia uma parede que parecia ser feita de um mármore negro tão reluzente que pude ver meu reflexo nele. E me surpreendi ao encontrar alguém tão diferente do garoto infantil de todas as manhãs.

La estava um jovem alto e forte que aparentava ter cerca de dezesseis anos, pele pálida e profundos olhos verde grama. Trajava roupas semelhantes às de um caçador, botas de couro marrom, calças de couro também marrom, camiseta verde escura com mangas que iam ate os cotovelos, braceletes de couro amarrados nos pulsos e um anel marrom com desenhos verdes na mão direita. No alto do curto cabelo negro-petróleo, extremamente emaranhado, jazia uma coroa de galhos entrançados. A postura, automaticamente firme, sugeria se tratar de alguém importante.

Levei a mão esquerda ate meu rosto e o homem no reflexo copiou o movimento, depois a coloquei sobre a rocha e minha mão foi de encontro com a dele. Era reaumente eu, me virei novamente em direção à ninfa como de para conferir ela apenas riu confirmando com a cabeça.

—olá Perseu — me virei rapidamente e vi um homem saindo de uma sombra.

Ele era mais alto que eu e aparentava ter cerca de vinte e cinco anos. Sua pele era acinzentada e os cabelos negros e lisos caiam por sua testa. Vestia calças jeans casaco de couro e tênis de cano alto, tudo preto exceto o cachecol que era azul escuro. Ele parecia irradiar escuridão. O reconheci de uma figura de um dos muitos livros que li.

—Erebus. O primordial das sombras. — constatei surpreso. Ele apenas riu assentindo.

—vejo que me reconhece — o primordial disse enquanto me analisava da cabeça aos pés com uma sobrancelha erguida.

—mas afinal de contas o que um primordial poderia querer comigo? — perguntei curioso.

—oferecer um presente — eu levantei uma sobrancelha.

—que tipo de presente? — questionei desconfiado.

—na verdade, dois presentes. Primeiro uma arma, seu símbolo de poder — ele explicou fazendo surgir uma espada de bronze celestial. —seu nome e Anaklusmus (contracorrente) esta espada foi forjada pelos próprios ciclopes, resfriada no Lete, o rio de esquecimento, e temperada no coração do monte Etna.

Peguei a arma e a analisei melhor. Ela tinha lamina de fio duplo, cabo envolvido em couro e uma guarda chata rebitada com pinos de ouro. Era a primeira espada que realmente equilibrava-se em minha mão.

—em segundo quero oferecer-lhe parte do meu poder, transformando-o em deus das sombras. —ele falou como quem oferecia uma um refrigerante, tipo “ei você quer ganhar parte do meu pode imortal?”.

—e porque você faria isso? Oque vai ganhar me dando poder?—perguntei irritado. Pode parecer loucura mais eu sei que imortais são egoístas e jamais farão algo de bom sem que ganhe outra coisa em troca.

Ele assentiu rindo tristemente. Isso estava bom demais para ser verdade, tinha de ter algo de errado.

—você e um rapaz esperto Perseu — Erebus disse se recostando na parede, ele esfregava as mãos uma na outra como se algo o incomodasse — imagino que Astorleu não tenha te falado algo sobre uma marca, falou?

—ele... Ele me disse que era um feitiço capaz de neutralizar o poder de qualquer imortal — eu disse e suspirei. Porque o interesse repentino na marca?

Erebus assentiu parecia preocupado com algo.

—mas ele marcou seu pulso certo?—ele me perguntou parecia quase esperançoso.

Eu confirmei com a cabeça, o primordial suspirou de alivio.

— não quero te alarmar sem motivos. Por hora apenas aceite os presentes. Quanto ao favor não irei obriga-lo a fazer.—ele me estendeu a mão com a palma para cima—O que me diz?


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Notas finais do capítulo

vou logo avisando, os primordiais não vão interagir com a maioria dos outros personagens, e quase não irão aparecer.
próximo capitulo Percy e Ártemis vão se conhecer.
comentem.