Cidade de Boston, Doze anos atrás...

–Jack, você não me pega!
–você que pensa.
Lá estava eu, correndo como uma condenada, fugindo de um certo garoto moreno de seis anos com seus cabelos encaracolados. Eu amava o jeito de como esses cachinhos balançavam e caiam sobre seus olhos sempre que abaixava a cabeça ou ficava com vergonha.
Sempre me perguntava o porque de ele não gostar desses cachos-Super-fofos-dos-deuses-iluminados-de-pura-beleza.
Foi esse o nome(nada criativo) que eu batizei seus cachos, e quando eu perguntava por que ele os detestava, ele apenas respirava fundo e dezia:"por que me deixam esquisito".
Sempre ria desses argumentos.
Depois de correr uma maratona e meia ele parou de repente e perguntou:
–tá bom eu desisto, você corre demais.
–eu nunca perco uma corrida.-afirmei sorrindo-
–Lara, posso te perguntar uma coisa? -disse sentando no meio-fio.
–claro.
–se eu morre-se hoje, você choraria no meu enterro?
–claro que não, você não vai morrer hoje
–mas se eu morre-se, você choraria?
–Jack, o que houve?
–você esqueceria de mim logo em seguida?
–Jack, me explica direito o que você quer dizer.
–não é nada, mas me promete uma coisa?
–tudo bem.
–promete que mesmo que eu vá embora, você nunca vai me esquecer ou me deixar dos seus pensamentos?
Não entendi o que ele quis dizer, mas decidi concordar.
–não importa o que aconteça, eu vou sempre estar ao seu lado e nunca vou te esquecer.
–e Lara, não importa o que aconteça, eu nunca vou te deixar, e nunca vou sair do seu lado.
E encerramos nosso dia com essa promessa, esquisita, mas ainda era uma promessa, mas eu queria ver até quando ela duraria, se duraria uma eternidade ou uma outra vida . Só sei que da minha parte ela será cumprida.