A Vingança II escrita por mazu


Capítulo 6
Jogos Doentios -Parte 2.


Notas iniciais do capítulo

Hey galera!

Tudo bom?
Então... Sim, esses capítulos estão sendo muito curtos mas prometo que a partir de agora vão ficar maiores.



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Preciso achar um jeito de escapar daqui e ir ajudar o Seiji. Mas... O que será que aconteceu com os outros? Será que estão bem?
Meu desespero aumenta mais cada vez que mais cacos de vidro entram e cortam os meus pés. Eu não consigo achar a saída e não enxergo absolutamente nada.
Seiji continua a gritar desesperadamente e sinto uma pressão esmagadora na minha cabeça.

Pensa, pensa, pensa.

Enquanto estou quieto, perdido em meus pensamentos, Seiji dá mais um grito e eu escuto exatamente dá onde veio.

O grito veio da minha esquerda.

Corro nessa direção. A essa altura do campeonato estou pouco me fodendo para os vidros e para a dor, eu tenho que achar meu irmão.
Corro até bater na parede e arrasto a mão por alí, deve ter uma maçaneta em algum lugar. Finalmente, minha mão encosta em algo gelado e eu abro um sorriso. Achei a maçaneta.
Abro a porta e simplesmente me atiro. Qualquer coisa que tiver alí vai ser melhor que aquela maldita biblioteca. Caio de joelhos no chão mas rápidamente me levanto e começo a seguir a luz, sim, a luz. Estou num corredor completamente escuro, mas em um dos cantinhos de uma das paredes posso ver um feixe de luz atravessando o que parecer ser um buraco de fechadura e aquele pequeno vão entre a porta e o chão.

Os gritos de Seiji vem dalí, então eu corro rápidamente pra perto da porta e a abro. A cena que eu vejo é assustadora.

Seiji está caído em um canto e ele está usando seu uniforme de presidiário. Está pálido, com os cabelos suados grudados no rosto, os dentes cerrados e só consigo ver uma poça de sangue ao redor dele.
–SEIJI! -Grito e começo a me aproximar. Quando o faço percebo que ele está segurando o braço direito com o esquerdo e é dalí que vem o sangue.
–O-O que ela fez com você?... Seiji, deixa eu ver.
Ele me encara e dá um sorriso super forçado.
–Não... não acho que você... possa fazer muita coisa, Hiroshi.
Ele para de segurar o braço e eu vejo... QUE NÃO HÁ BRAÇO. O sangue jorra por aquela ferida horrível, um corte totalmente amador e que deve ter doído muito.
–Merda, merda, merda... Temos que parar essa sangramento. Anda, tira a camisa.
Seiji segura um dos meus braços com a mão esquerda.
–Hiro... já era.
–NÃO FALA ISSO! Já era nada! Eu vou dar um jeito, eu vou te salvar.
–Hey... Desista, tudo bem. Eu... não sou um ser humano bom, então esse seria meu destino, de qualquer maneira.
–CALA A SUA BOCA E ME ESCUTA. TIRA A CAMISA PRA EU PODER AMARRAR...
–ME ESCUTA VOCÊ!
Ele se exalta e posso ver suas esforçadas tentativas de se manter consciente.
–Só escuta... Enquanto ela fazia isso comigo... disse algo sobre Ryo, mas não o meu irmão. Hiroshi, eu acho que ela trouxe seu filho pra cá e vai fazer alguma coisa ruim com ele então por favor, me esquece e vai procurá-lo.

Olho pra porta, pra Seiji, pra porta novamente e depois pra ele de novo...
–EU NÃO QUERO TE DEIXAR!
–Mas você não vai... nunca deixará e nem nunca deixou. Quando todos me odiavam e mesmo contra a minha vontade você sempre foi me visitar na cadeia, sempre esteve do meu lado... Me desculpa, Hiroshi. Desculpa por demorar tanto tempo pra enxergar isso.

Começo a chorar e o abraço forte.
Não... Eu não aguento. Eu já perdi um, não aguento perder o outro.
–Por favor, Seiji! Não me deixa...
–Nunca irei... Agora se apressa, você tem que achar meu sobrinho. Eu vou tentar me virar aqui. No pior dos casos... Eu te amo, branquelo nojento. Não se esqueça de mim.
–Eu também te amo, por favor... Fique vivo.

Saio correndo daquele lugar sem olhar pra trás. Pelo o que Seiji disse aquela cretina está com meu filho. Eu só queria entender o porquê dela estar fazendo isso e...
Eu tinha dito que iríamos protegê-las. Nós 3, eu, Shinji e Ren. Nós iríamos proteger ela, a Liz, Erin e Mina... Mas não protegemos e Miya morreu.

Agora sei porque ela está fazendo isso.
Ela quer vingança.
Vingança contra aqueles que não a protegeram... "A deixaram pra morrer".
Um sentimento horrível de culpa começa a me sufocar.
Se eu tivesse a protegido nada disso estaria acontecendo... Se nós tivéssemos a protegido... Céus, o que nós fizemos?!

Atravesso a porta e estou de volta ao salão, ela deve estar aqui por perto. A única iluminação daquele lugar eram as luzes coloridas, mal dava pra enxergar. Sigo na direção da porta que leva ao palco, a abro e nesse exato momento todas as luzes do lugar se acendem.
Posso ver Ren acorrentado em uma das pilastras nos cantos do palco, que sustentam o teto. Ele provavelmente estava tentando se soltar mas quando as luzes se acenderam ele parou e olhou na minha direção.
–HIROSHI VAI EMBORA! É UMA ARMADILHA.
–O QUÊ?
–ARMA-DILHA... CUIDADO! DO SEU LADO.
Ele tenta avisar mas é tarde demais... Só sinto minha cabeça bater contra a parede e a última coisa que escuto é uma risadinha.

Continua...


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