A Vingança II escrita por mazu


Capítulo 5
Jogos Doentios -Parte 1.


Notas iniciais do capítulo

A partir daqui a parada vai ser bem punk então se preparem (hueheue) ♥



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Acordo no susto, tive um pesadelo.
Nesse pesadelo eu estava andando numa estrada e o pessoal estava logo a minha frente. Todos os meus amigos mais a Victoria e Ryo. Eu os gritava, pedia pra diminuirem a velocidade e me esperarem mas de nada adiantava, eles não me escutavam.
Eu corria e corria cada vez mais, porém, eu parecia estar cada vez mais distantes deles.

Olho ao redor, eu estou na biblioteca. Estou sentado, sem camisa e acorrentado em uma cadeira entre duas estantes imensas de livros que formavam um corredor. Tento me soltar com todas as forças mas só sentia dores nos pulsos.
–AHHHHHHHHHHHHHHH. -Grito com todas as minhas forças, tentando liberar a raiva.
DE NOVO. NESSA MESMA MALDITA SITUAÇÃO. ACHO QUE AS PESSOAS TEM TARA EM ME ACORRENTAR E AMARRAR .

Escuto uma porta abrir, fico em silêncio e logo vejo Elizabeth parada entre as estantes.
–LIZI! Que bom que está bem, eu estava tão preocupado, agora vem cá e me ajuda por favor!
Ela começa a se aproximar e fica de frente pra mim. Elizabeth se inclina, ficando com o rosto colado ao meu.
–O-O que você está fazendo?...
Ela começa a lamber o meu rosto, depois pescoço até chegar no ombro onde ela dá uma mordida que me faz gritar até minha garganta doer.
–AHHHHHHHHHHHHHHHH ELIZABETH VOCÊ ESTÁ LOUCAAAAAAAA?
Ela começa a rir e me encara enquanto limpa o sangue que escorria pela boca.
–Olá, Hiroshi querido.
–O QUÊ QUE TÁ ACONTECENDO, SUA LOUCA? DOENTE!
–Oh Hiroshi... Você não lembra de mim?
–O QUÊ QUE VOCÊ USOU QUE TE DEIXOU ASSIM?
–Hum, pelo visto não lembra mesmo... Deixa eu refrescar sua memória.
Ela crava as unhas da mão esquerda na minha cabeça e aproxima a boca do meu ouvido.
–"Meninas, procuramos tudo mas não achamos ninguém. Não se preocupem, nós vamos protegê-las, certo?" "Certo, boa noite Hiroshi". Se lembra agora?
...
Miya.
–Mi-Miya? Mas como?... ELIZABETH PARE DE MENTIR.
–Ela não está mentindo, até porque, Elizabeth não está mais aqui.
–O QUÊ VOCÊ FEZ COM ELA?
–Shhhhh, em breve você saberá. Mas agora.... Vamos jogar um jogo.
–VAI JOGAR UM JOGO NO INFERNO, SUA CRETINA. DEVOLVE A LIZ!
Miya agarra meu pescoço e o aperta com uma força inacreditável.
–VOCÊ NÃO FALA DO INFERNO! VOCÊ NÃO SABE COMO É LÁ. EU PASSEI 720 ANOS NAQUELE LUGAR, ACORRENTADA, SEM PODER ME MOVER, APENAS SENTINDO MINHA HUMANIDADE SE ESVAINDO ENQUANTO ESCUTAVA AQUELES GRITOS DE SOFRIMENTO.
Ela finalmente solta o meu pescoço e eu consigo respirar.
–Quem... Quem é você?
–Eu? Eu sou Miya.
–Certo então... O QUE é você?
–Eu... -ela se aproxima e cola o rosto no meu. - Eu sou um demônio.
De repente, seus olhos ficam completamente negros. Não há diferenciação entre esclerótica, pupila e íris.
–Agora... Vamos ao nosso jogo.
Ela dá um sorrisinho, mudando totalmente seu humor. A alguns segundos estava brava, agora está alegre.
–Hiroshi, eu vou te falar dois nomes e você tem que me dizer qual gosta mais, certo?
Achei que ela faria algo pior então fico muito aliviado.
–Certo, comece logo.
–Então tá, entre... Shinji e Mina, quem você gosta mais?
Fico a encarando por um tempo, pensando na resposta. Não pode ser assim tão simples. Deve ter algo por trás disso.
–Shinji. -Respondo.
–Certo... Ren e Austin.
–Ren.
Ela dá um grande sorriso.
–Erin ou Victoria?
–O quê? Porque está colocando minha esposa no meio?
–SÓ RESPONDA.
–Victoria.
–Ryo seu filho, ou o outro Ryo?
–... VOCÊ É DOENTE? NÃO HÁ RESPOSTA PRA ESSA PERGUNTA!
–RES-PONDA! -Ela grita e crava as unhas em cima da mordida que deu no meu ombro.
–Ryo meu filho.
Meus olhos começam a lacrimejar. Eu já não estou suportando mais isso.
–Victoria ou Seiji?
Quando ela pergunta isso eu começo a tentar me soltar da cadeira desesperadamente. Nunca senti tanta vontade de bater em uma mulher.
–É isso! Exatamente assim! Agora responda.
–... Seiji.
–Porque?
–Ah vai se... Porque ele é meu irmão.
–Mas a Victoria não é sua esposa? Mãe do seu filho?
–É, mas é diferente...
–Entendo. Bom saber. Nosso primeiro jogo chegou ao fim... Agora vamos ao segundo.
As luzes se apagam e uma escuridão intensa toma conta da biblioteca.
–Eu vou te soltar e você vai ter que achar a saída daqui na escuridão total. Se eu fosse você tomaria cuidado e iria rápido.
–Cuidado? Rápido? Por...
As correntes se rompem e eu me levanto da cadeira. Não consigo ver nada e não escuto mais a Miya, ela não está mais aqui.
Começo a andar me apoiando numa das estantes. Eu estou sem blusa e descalço, até agora não consigo entender.
A estante acaba e eu começo a andar sozinho, sem apoio. Eu ia andando tranquilamente até pisar em algo que corta os meus pés e eu dou um grito muito alto, é vidro.
Agora entendi porque ela disse pra eu ter cuidado. Acho outra estante e me apoio nela. Eu ia arrastando a mão por ela mas algo corta a minha mão também. Há lâminas nas estantes.

Merda, merda, merda, merda.

Começo a andar bem devagar, tomando cuidado pra não me ferir mais. Consigo evitar bem os vidros no chão, mas de vez em quando acabo pisando em alguns.
O lugar está quieto demais, só escuto minha respiração e as batidas do meu coração. Porém, o silêncio é cortado com um grito muito alto.
–SAI DAQUI! ME DEIXA EM PAZ.

É o Seiji! Como ele está aqui?

Com certeza Miya o trouxe.

Miya disse pra eu me apressar... É por causa disso. PROVAVELMENTE ELA VAI MATAR O SEIJI SE EU NÃO SALVÁ-LO.

Continua...


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