Heroes escrita por DreamingAboutLife


Capítulo 2
[Parte I - It starts with ULTRON] Capítulo 1 - Hostage


Notas iniciais do capítulo

Este capítulo passa-se durante os primeiro minutos do filme Avengers - Age of Ultron, durante a invasão da base em Sokovia. Por esse motivo a ação e as falas são em tudo semelhantes ao que ocorre no filme ^^
Espero que gostem (:



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/661768/chapter/2

A neve cobria o terreno, enquanto o ar frio lhe entrava nos pulmões. Não era particularmente fã do frio. Mas quem é que seria após setenta anos preso no gelo?

A sua mão aumentou o aperto no acelerador da Harley, seguindo a trajetória que o escudo ia fazendo à sua frente, derrubando soldados à sua passagem. Desviou-se quando Thor aterrou à sua frente, atirando pelo ar um dos veículos inimigos, que Hulk apanhou uns metros mais à frente, descartando-o para voltar depois a sua atenção para alguns dos soldados que seguiam a pé, abrindo assim caminho para o Jipe em que seguiam os dois assassinos do grupo.

Em conjunto, os Avengers, continuavam a abrir caminho por entre o inimigo tentando chegar à sua base que se erguia numa colina rochosa. Tony avançou em direção ao edifício centenário, passando por Steve no seu caraterístico fato metálico vermelho e dourado. Poucos segundos depois a voz do milionário fez-se ouvir no intercomunicador.

— Merda!

— Linguagem! – o Capitão repreendeu automaticamente, sem qualquer controlo sobre as suas palavras. Preparou-se mentalmente para um comentário elaborado pela mente sem filtro de Stark. – JARVIS, qual é a visão daí de cima?

— O edifício está protegido por uma espécie de escudo de energia. – a voz robótico de sotaque britânico respondeu de imediato, acessando o campo de batalha e a base inimiga através de satélite. – A tecnologia de Strucker está muito além de qualquer outra base da Hydra que tenhamos tomado.

Steve conteve as palavras não tão politicamente corretas que queriam sair da sua boca perante a informação.

— O cetro de Loki tem de estar aqui. Strucker não conseguiria montar esta defesa sem ele. – a poderosa voz de Thor entoou no auricular. Podendo depois ser ouvido num tom mais sussurrado – Finalmente.

Os soldados continuavam a aglomerar-se à sua volta, tentando derrubá-lo da mota ou obter um tiro certeiro. Protegeu-se com o redondo escudo de uma série de disparados antes de atirar o escudo na direção de onde tinham vindo, derrubando com eficiência quatro inimigos.

— Este finalmente está a demorar um pouco demais, rapazes. – a voz de Natasha ripostou, seguindo-se o som de três tiros.

— Yup. – respondeu Clint. – Acho que perdemos o elemento surpresa.

Steve agarrou o soldado que se encontrava mais perto de si e atirou-o em direção de um pequeno grupo que se apressava na sua direção.

— Esperem um segundo. – a voz de Tony fez-se ouvir – Ninguém vai lidar com o facto do Cap ter dito “linguagem”?

— Eu sei. – respondeu Steve com um pequeno suspiro. Mais um grupo de soldados se aproximou num veículo militar. Apertando o travão, o super soldado saltou do acento da Harley e usando o seu peso e força, ganhando balanço com uma cambalhota aérea, lançou a mota na direção do grupo, fazendo o veículo cair para a frente com o súbito peso adicional. – Escorregou.

O capitão começava a arrepender-se amargamente da sua pequena repreensão.

Misseis começaram a ser disparados. O cheiro a pólvora enchia o ar. E durante uma fração de segundos ele não estava nos bosques frios de Sokovia, mas na neve invernal dos bosques de Itália no ano de 1944. Com balas a atingirem o solo à frente dos seus pés, enquanto soldados alemães pertences à divisão da Hydra atacavam os Howling Comandos numa aproximação a uma base inimiga.

E tão depressa como recuara no tempo, Steve estava de volta ao século XXI, enquanto balas atingiam o solo à sua frente e o seu escudo atingia inimigos. Uma árvore serviu como esconderijo durante dez segundos, antes de agarrar o escudo que se aproximava e de o atirar novamente numa diferente direção. A explosão de um carro de patrulha armado foi ouvida enquanto o escudo de vibranium retornava.

A batalha parecia intensificar-se, ao contrário do que haviam previsto. Apesar de uma derrota iminente, os soldados da Hydra pareciam vir em cada vez mais número, agindo de forma cada vez mais imprudente.

E num momento em que Steve aproveitava uma clareira aparentemente vazia para recuperar fôlego, algo invisível embateu no seu corpo, lançando-o ao ar. Fazendo uso dos seus reflexos e equilíbrio ampliados pelo soro, caiu rapidamente de forma graciosa e quase silenciosa sobre os seus pés. Os seus olhos escortinaram o perímetro, atentos a um novo ataque. Quando nada viu levantou-se e correu.

— Temos um aprimorado no terreno. – avisou rapidamente a equipa, tentando alertá-los para um possível ataque inesperado.

— Clint foi atingido. – a voz frenética de Natasha respondeu de imediato e Steve conteve novamente a vontade súbita de praguejar.

O seu escudo colidiu com soldados. Os seus pés e mãos também. Definitivamente eram mais do que haviam esperado. Frenético e desejoso que mais um dia de trabalho terminasse agora que um companheiro se encontrava ferido. Tinham de terminar a missão antes que mais alguém fosse ferido.

— Stark, nós precisamos mesmo de entrar! – disse ofegante, tentando aumentar o ritmo de batalha. Não podiam continuar naquele ritmo para sempre.

— Estou a aproximar-me. – Tony respondeu. – A ponte baixou, malta. – a resposta que queria ouvir veio momentos depois.

Thor apareceu à sua frente apenas segundos depois.

— O “aprimorado”? – perguntou o asgardiano.

— É um borrão. – Steve respondeu. – De todos os jogadores que enfrentámos eu nunca tinha visto isto. Na verdade… - acrescentou – Continuo sem ver.

Olhou em volta, com esperança de vero aprimorado que o atingira momentos antes.

A voz de Natasha fez-se ouvir no auricular, informando a equipa que Clint se encontrava gravemente ferido e que teria de ser levado para um local seguro. Thor rapidamente se voluntariou para levar o arqueiro ferido para o Jet, não sem antes indicar para Steve e Tony recuperarem o cetro.

— Entendido. – Steve respondeu. No entanto Thor não subiu aos céus sem antes juntos derrubarem mais um grupo de soldados inimigos.

E foi enquanto via Thor afastar-se que a voz de Stark lhe chegou, fazendo-o arrepender-se cada vez mais do seu desleixo com as suas palavras anteriormente.

— E pelo amor de Deus, cuidado com a linguagem.

Steve abanou a cabeça, perguntando-se como é que acabara naquela equipa de super heróis cujo passatempo preferido parecia ser deixar-lhe os nervos em franja.

— Esta não vai desaparecer num futuro próximo. – lamentou-se.

Foi quando Steve conseguiu finalmente chegar à base que recebeu a indicação de Natasha de que os soldados no exterior se rendiam e a situação estava controlada. Está na altura de cantar a Banner uma canção de embalar.

Aventurando-se mais dentro da base, abrindo portas pela força, o super soldado procurou Strucker. Ele não poderia ter ido longe. Alguns soldados ainda se encontravam no edifício, no entanto não representaram nenhum problema para o Capitão, que os derrubou com facilidade. Foi após desarmar e derrotar, em poucos segundos, mais um soldado que encontrou Strucker, subindo por umas escadas e tentando encontrar uma saída.

— Barão Strucker. – disse quase em jeito de saudação quando este se deteve à sua frente. Num confronto direto, o homem que era um dos lideres da Hydra não parecia tão imponente ao desafiador como nas fotografias contidas nos ficheiros que outrora haviam pertencido à SHIELD. – Bandido número um da Hydra.

— Tecnicamente, sou um bandido para a SHIELD. – o barão respondeu, parecendo que, mesmo visivelmente derrotado e sem hipótese de fuga, o sarcasmo não o havia abandonado.

— Então, tecnicamente, está desempregado. Onde estás o cetro do Loki? – as palavras saíram de forma lenta, a sua postura altiva.

— Não se preocupe, eu sei quando estou derrotado. – Strucker respondeu, com uma aparência tão calma quanto a de Steve. – Espero que mencione o quanto eu cooperei.

— Vou colocar logo a seguir a experiências ilegais em humanos. Quantas é que há?

A resposta encontrou-o sob a forma de uma jovem mulher. Algo vermelho apareceu na sua visão periférica e a próxima coisa que Steve sabia era que estava a rolar escadas abaixo. O impacto expelindo-lhe forçosamente o ar dos pulmões. Mas rapidamente se recuperou, subindo as escadas em corrida. Mas a jovem mulher rapidamente desapareceu por uma porta de metal, que se fechou misteriosamente.

— Temos um segundo aprimorado. Mulher. Não ataquem. – comunicou à equipa.

A sua atenção voltou-se então para o Barão. Toda a paciência e calma de antes evaporando-se rapidamente. O facto de o ex-agente ter decidido falar não ajudou muito ao seu corrente estado de humor.

— Terá de ser mais rápido do que…

E antes que ele pudesse terminar a frase, o pé de Steve entrou em contacto com o escudo que havia caído, pontapeando-o na direção de Strucker.

Informou a equipa de que tinha capturado Struker e, após prender as mãos do homem atrás das suas costas, voltou à sua exploração do edifício. Dois aprimorados tinham aparecido, mas não havia forma de saber que eram os únicos no terreno, ou ainda os únicos que se encontravam na antiga base.

Alívio atingiu-o quando ouviu a voz de Tony dizer que tinha encontrado o cetro. No entanto a informação não o demoveu da sua busca por experiências humanas que ainda pudessem estar no edifício.

Encontrou salas de armamento e até salas que pareciam áreas de encontro e descanso entre soldados. Num corredor particularmente húmido encontrou uma sala envolvida pela escuridão. Uma cadeira de metal encontrava-se no centro, algemas pendendo do encosto. Um aparelho que não consegui identificar num dos cantos do espaço. Uma sala de interrogatório. Uma sala que parecia ter sido usada recentemente. A questão era: quem teria estado Strucker a interrogar.

Foi no fundo do mesmo corredor que encontro uma sala iluminada por intensas luzes brancas. Várias celas, isoladas por uma parede de vidro como se de montras se tratassem, constituíam a parede oeste. Estavam vazias, com a exceção de uma. No canto mais afastado, jazia um vulto no chão de uma das celas.

Steve aproximou-se com passos cautelosos, erguendo instintivamente o escudo no seu braço direito, pronto para um ataque. Mas o ataque não veio e o vulto continuou imóvel, sem qualquer sinal de vida. Num exame mais próximo percebeu que se tratava de uma mulher. O corpo delgado estendido no chão de forma descuidada, um halo de comprido cabelo mogno escondendo o rosto feminino.

Colocou a mão no vidro, tentando perceber a sua espessura. Não parecia espesso, no entanto apresentava mais resistência que um vidro normal.

Afastou-se alguns metros. Hesitou por um momento, considerando que o que estava a tentar fazer poderia de alguma forma ferir a mulher no interior da cela. Mas não sabia com certeza de que ainda estaria viva e não tinha qualquer outra forma de chegar a ela. Respirou fundo e num movimento rápido atirou o escudo contra o vidro. O escudo voltou para si rapidamente. Apenas uma longa e fina ranhura na superfície transparente.

Tentou mais uma vez. O vidro finalmente começou a estalar sobre a força do resistente metal. Foi quando o escudo entrou em contacto com a parede cristalina uma terceira vez que esta se partiu em milhões de pedaços, obrigando Steve a proteger o rosto com o braço. Quando voltou a olhar para dentro da cela, vidro revestia quase todo o chão, continuando a mulher exatamente no mesmo local.

Entrou então rapidamente no cubículo mobilado apenas com uma cama de ferro e um lavatório e ajoelhou-se junto da silhueta feminina. Com cuidado virou-a e repousou o pequeno corpo contra o seu peito e na segurança dos seus braços. Afastou-lhe delicadamente o cabelo do rosto, observando as suas feições. A pele da jovem estava pálida. Era possível ver uma sombra negra sob os seus olhos, denunciando cansaço e poucas horas de precário sono. Parecia ter perdido peso. Os lábios carnudos, ressequidos, haviam perdido um pouco da sua cor rosada. Não parecia ferida. E no entanto manchas de sangue adornavam a roupa branca e desgastada que vestia.

Levou hesitantemente dois dedos ao pescoço delgado. Um suspiro de alívio abandonou-o quando sentiu uma pulsação estável sob a pele.

Ainda a observou durante mais algum tempo antes de comunicar aos restantes:

— Encontrei uma refém.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Peço desculpa por qualquer erro ortográfico que me possa ter passado.
E como de costume, um comentário não custa muito e faz uma autora feliz (:



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Heroes" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.