Pungente escrita por Shan Hanfei


Capítulo 2
Tiago




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Eu estava em um daqueles intervalos realmente deprimentes. Comprava um lanche, às vezes um refrigerante, comia e ficava sentado, conversando com Júlia e achando interessante cada palavra do que ela dizia. Quão louco é isso? Pois é. Minha atitude era tão ridícula. Eu conseguia enxergar isso, mas não conseguia me desgrudar dela. Tão curioso.

Era sexta-feira. Cheguei à escola completamente ansioso para sair de lá. Rotina da vida de um estudante do ensino fundamental, pois estávamos à beira de dois dias de folga dos professores, dos cadernos e de tudo o que vinha com o pacote “estudar”. Meu maior problema no último dia útil da semana eram as duas aulas dobradas de matemática. Cem minutos de puro sofrimento. E como se não bastasse a matéria já ser chata por si só, meu professor não era muito fácil de lidar, também.

Estávamos aproveitando os vinte minutos do intervalo, conversando no refeitório. Maçãs estavam sendo distribuídas pela merendeira. Dia de maçã = dia de vê-las sendo atiradas pelo pátio, que era bem grande, mas a chance de cair na cabeça de alguém era gigantesca. E por isso, todos se protegiam na área coberta do prédio. Os inspetores corriam atrás de quem atirava a fruta. Era engraçado acompanhar as carreiras. Até que uma menina morena, com estatura de 8ª série, atirou uma maçã que, por pura má sorte, atingiu certeiramente a cabeça de um menino baixinho. Poderia estar na 5ª ou 6ª série. A inspetora mais velha, com uns 75 anos, conhecida pelos alunos amorosamente como “tia Lucinda”, flagrou a cena e perseguiu a menina até o banheiro feminino.

– Vamos lá ver o que vai acontecer! – Eu disse para Júlia.

E então, fomos em direção ao banheiro. A ação tinha sido flagrada pela maioria dos alunos, de modo que todos se reuniram do lado de fora do toalete para acompanhar o desfecho.

Foi quando reparei em Marcos bem ao meu lado. Ele era da minha sala. Porém minha atenção não recaiu sobre ele, e sim na pessoa com quem ele estava conversando. O garoto lindo. O garoto que havia quebrado o braço. Senti meu rosto ferver e desviei a atenção. Não queria saber deles. Não me interessava. Queria ver a menina sendo apanhada e levada à direção. Porém reparei que o garoto lindo estava me encarando. Marcos comentou algo para mim, mas não prestei atenção. Fiquei sem graça.

Saí do local. Vi a menina ser levada para a sala da diretora e logo o sinal para o início da quarta aula foi ouvido. Subimos rumo à sala 7, para a chata e deprimente aula de matemática, do chato e deprimente professor Carlos. Estava tentando decifrar o que Marcos havia dito diante do banheiro, mas não conseguia. Tudo porque o olhar do garoto bonito me deixou desconcentrado.

Carlos entrou na sala e já começou sua aula. Estava prestando atenção à matéria. Matemática nunca foi o meu forte, mas tentava entender tudo para conseguir ao menos uma média aceitável no fim do bimestre. Obviamente, quase nunca tinha sucesso nisso. Mas tentava. Foi quando ouvi um sussurro em meu ouvido:

É verdade que você ficou com o Tiago?

Estremeci. Congelei. Eu? Ficar com um garoto? Ficar com um garoto na escola? Ficar com um garoto na escola, e na frente de todo mundo? Ele só podia ter entendido errado, ou então o rumor se tratava de outro Gustavo.

– Eu?! Tá doido? – Me virei e vi que era Lucas quem estava ao meu lado.

Ele olhou para o outro lado da sala, onde Marcos estava sentado. Este abriu um grande e irônico sorriso e afirmou:

– Você ficou que eu vi! Com o Tiago!

– Mentiroso! – gritei. Céus, aquilo não poderia estar acontecendo. Não poderiam estar fazendo aquilo comigo. Justo comigo! Eu não havia ficado com garoto nenhum. Jamais, em toda a minha vida. Não sabia quem era Tiago.

– É verdade, Gustavo. Deixa de mentir! Foi no intervalo, hoje! – afirmou Marcos mais uma vez.

Eu já não estava congelado. Meu sangue estava fervendo. Meu rosto ficou quente e senti que estava ficando vermelho. E todo mundo prestando atenção no Marcos, ia passar a me questionar. Tentei esconder meu rosto virando-o para a lousa. Não queria continuar a discussão, não queria que o professor ouvisse. E estava torcendo para que poucos colegas tivessem ouvido tal absurdo. Carlos não aparentava ter ouvido os comentários maldosos da minha classe naquele momento. Desejei que ele continuasse absorto na explicação.

Subitamente, me virei para Júlia.

– Ei, Júlia! Você estava comigo no intervalo, você sabe que eu não...

– Eu sei, Gustavo – disse ela, me cortando. – Não liga para esses comentários.

Foi o fim. Não consegui mais me ater às palavras de Carlos. Não consegui acompanhar a matéria de matemática, mesmo me esforçando como nunca para prestar atenção. Como podiam inventar aquilo a meu respeito? Contra mim? Tá certo que eu não era conhecido como um “pegador”, e que eu não era visto “pegando” as meninas da escola. Na verdade, eu não era visto pegando menina nenhuma. Mas qual a necessidade de inventar que eu estava beijando um garoto? Isso já era demais pra mim.

Os comentários maldosos me acompanharam até a aula seguinte, onde por fim, pararam. Os meninos me odiavam, não podia ter outro motivo. Frequentemente, vinham me perguntar se era mesmo verdade. Eu os via cochichando e olhando para mim. Eles riam. Mateus era o único garoto da sala que não se aproximou, não perguntou absolutamente nada e não riu. Ele não se importou, digamos. Razão dele.

“É verdade mesmo?”. Eu estava tão cansado de olhar para a cara de qualquer um que me perguntasse isso. Eu estava tão cansado de dizer que “não”. Mas o pior era que as perguntas variavam: “Gustavo, você é gay?”, “Gustavo, você ficou com o Tiago?”. Que droga. Que merda, com o perdão da palavra. Aquela sexta-feira estava demorando mais que o habitual para ir embora.

Quando eu decidi ignorar completamente as perguntas idiotas a meu respeito, foi quando os canibais decidiram parar de me incomodar. Quem era o Tiago da 7ª série F, informação que me foi dada pelos idiotas em várias de suas perguntas? Será que ele existia? Será que ele estava inventando aquilo sobre nós? Mas por qual motivo? Por que um rapaz hétero inventaria que tinha beijado outro rapaz? Na péssima sociedade em que vivemos, isso não faria bem nenhum à reputação e à popularidade dele. Isso estava começando a me enlouquecer. Se Tiago existe, por que estaria tramando isso contra mim? Não podia ser, definitivamente. Tiago nenhum me conhecia.

E então a coisa toda clareou. “Quer ficar com você”, foi a afirmação que Marcos fez a mim durante o intervalo. Referindo-se ao garoto lindo, que coincidentemente estava me encarando no momento. Será que ele era o tal Tiago? Que péssima forma de descobrir o nome do meu crush, então.

Na troca de aula para a última matéria do dia, tive a certeza. Vi Marcos conversando com o garoto que eu suspeitava no corredor. E fiquei nervoso ao ver a cena. Tinha que ser ele. E o garoto lindo me olhou novamente, sem deboche. Como era lindo. Como era cruel. Que situação.

Os dias se passaram. Os cochichos na minha sala de aula diminuíram, mas persistiam. Eu estava menos irritado, furioso, nervoso. Mas sentia ódio por cada colega da sala. A 7ªA havia me decepcionado de uma maneira indescritível. Uma tristeza só. Não fosse por Júlia, eu teria que aguentar aquela perseguição e abuso psicológico completamente sozinho. Ninguém moveu um único dedo para me defender.

***

Na terceira sexta-feira de maio, o professor Mateus de história não apareceu para dar aula. E como não deveria deixar de ser, todos ficamos muito contentes. Aula vaga, cinquenta minutos fazendo vários nadas no pátio. Não havia professor eventual disponível, então foi um prato cheio. Partilhamos o pátio com outra turma que também estava com aula vaga. Não sabia qual e não me interessava. Reparei em Elica andando de mãos dadas com um garoto no pátio. Existe gosto pra tudo, mesmo. Sentei em um dos bancos com Júlia. Nossa outra amiga, Juliana, não estava conosco. Ela era um tanto desagradável, então tudo estava ótimo.

Estávamos conversando quando um grupo de meninos se aproximou de onde estávamos. Entre eles, o garoto lindo que presumia ser Tiago.

– Ele quer ficar com você – disse um dos jovens, apontando para Tiago.

Congelei e quis sair correndo do local. Mas eles formaram um círculo ao redor do banco, e não havia escapatória.

– Ah é? – questionei, nervoso. – Pois diga a ele que vai ficar querendo. – E então encontrei uma forma de abrir espaço entre dois dos garotos e saí andando calmamente de lá. Minha vontade era de correr, mas presumi as gargalhadas e isso só pioraria minha autoestima. Júlia não me acompanhou.

Quando alcancei uma distância considerável do grupo, me permiti dar uma olhada para saber exatamente quem estava me coagindo. Marcos estava lá, claro. E Rafael. Aquilo me machucou de uma maneira que nunca tinha sentido na vida. Rafael tinha se voltado contra mim, estava fazendo parte do grupo de canibais que adorava se alimentar da desgraça e humilhação alheia. Corei e tentei me controlar para as lágrimas não caírem. Não ia voltar lá. Fiquei o mais longe possível deles e em um local estratégico. Caso viessem me incomodar novamente, eu poderia caminhar para outra direção sem ter que passar por perto deles.

Como a aula de Mateus era dupla, aparentemente eu ia passar os dois períodos completamente sozinho. Parabéns para todos os envolvidos. Para mim. Para os canibais. E para Júlia, por ter ficado na companhia deles. Os minutos demoraram várias horas para passar, mas por fim, o sinal tocou e eu subi correndo para a sala 1, onde teríamos aula de português.

Júlia entrou cerca de três minutos depois e sentou na carteira atrás de mim. Estava com raiva, logo, não me virei e nem comentei nada. Em seguida, ela se curvou para falar comigo.

– O Rafael estava me perguntando se você ia mesmo ficar com aquele menino.

– Nossa! E você disse o que? – perguntei, virando-me para fitá-la.

– Eu disse que não, é claro!

Por algum motivo, me senti mais confiante. O problema era que o tal Tiago não conseguia abandonar meus pensamentos. Constrangedor. Eu queria que ele fosse para o inferno.

***

A sexta-feira, por fim, acabou. Mas meus pesadelos continuaram. Por mais que me esforçasse, Tiago parecia ter escolhido a minha cabeça como seu habitat. Não conseguia me concentrar completamente em qualquer atividade que quisesse realizar. Focalizava seu rosto, sua boca, seu sorriso... Tiago tinha me atraído, mas agora era doentio. Ele estava me fazendo passar pela maior humilhação da minha vida. Eu deveria odiá-lo, desprezá-lo. Deveria imaginá-lo sendo atropelado por um ônibus. Sendo atingido por um raio. Ou algo do tipo. Mas estava tudo errado e isso não poderia acontecer.

A confusão de pensamentos foi tamanha que logo me peguei perguntando: “e se eu tivesse dito sim?”, “por que você optou pelo não?”, “será que você está arrependido de ter dito não?”. Ah, que vergonha de mim mesmo. Nitidamente as investidas de Tiago e seu grupinho não passavam de brincadeiras maldosas, e eu aqui debatendo comigo mesmo se deveria ter aceitado seu pedido, ou não. Sorte que ninguém possui acesso a meus pensamentos além de mim. Seria capaz de me matar se alguém pudesse lê-los. Todos os tipos de questionamentos foram feitos. E se fosse sério? E se tudo não passa de uma brincadeira para me humilhar? Mas será que Tiago queria mesmo ficar comigo? Será que ele queria mesmo me beijar? Algo do tipo parecia tão distante para uma pessoa como eu. Mas Tiago possui um rosto tão bonito, tão desejável...

Os dias passavam como se fossem meses. Cheguei a um ponto que já estava com vergonha de ir à escola. Não queria estar lá, e odiava o fato de ser obrigado a fazê-lo. Consequentemente, passei a reparar cada vez mais em Tiago. O garoto lindo. O garoto lindo que supostamente queria ficar comigo. Comigo! E o pior da situação é que eu não podia me abrir com ninguém. Não podia confiar tal absurdo a nenhuma pessoa. Tive vontade de contar tudo a Júlia, mas o receio de que ela pudesse parar de falar comigo foi mais alto. E se ela dissesse para todos que eu realmente estava me sentindo atraído por outro menino? E que esse garoto era justamente aquele com quem eu supostamente tinha ficado. Deus!

As aulas, que já eram tediosas, tornaram-se cada vez mais depressivas. Meus pensamentos não conseguiam deixar o rosto dele. Novamente, senti medo de mim mesmo. Mas o que tinha de errado nisso? Por que eu tinha que ser motivo de piada? Ora, o grupo de amigos dele ouviu atentamente. “Ele quer ficar com você”. “Pois diga a ele que vai ficar querendo”. Ponto. Não tinha acontecido nada e esse era o fim da história.

Talvez os meus trejeitos sejam contribuintes cruciais para as armações que tramam contra mim. Porque, claro. Mesmo com tom de brincadeira, o menino heterossexual que pede para ficar com um homossexual não é motivo de chacota. O homossexual que disse não, sim. Tão frustrante.

Em meus habituais devaneios, finalmente percebi o motivo de tanto interesse. O motivo de Tiago jamais sair de minha cabeça. Até aquela tarde, nunca nenhum outro menino tinha feito qualquer tipo de proposta a mim. Foi um deboche, mas foi uma proposta. Por que eu tinha que me encantar justamente por quem estava querendo tirar sarro de mim?

Meus pensamentos foram interrompidos quando, vários dias depois, Júlia me cutucou na aula de português.

– E aquele garoto? O Tiago?!

Não. Não! Não aceito isso. Nem ao menos Júlia vai conseguir me deixar em paz em relação a isso tudo?

– O que tem ele? – Perguntei, de forma ríspida.

– Vocês se falaram? Ou se falam...?

– Ué, por que a gente teria que se falar? – Já estava nervoso.

– Ah, sei lá. Pensei que vocês se conhecessem...

– Claro que não! Eu odeio ele!

E isso era mentira, obviamente.

– Odeia ele? Nossa! Mas vocês se conhecem? Vocês poderiam ficar.

Não me controlei. Encarei Júlia com uma fúria estampada em meu rosto. Justo ela, minha melhor amiga, fazendo um questionamento desses. Embora eu concordasse que a gente poderia ficar, não queria ouvir essas coisas por parte dela.

– Definitivamente, a gente não poderia ficar. – Minto mais uma vez. – E chega desse assunto, por favor.

O desejo estava começando a falar alto demais para me permitir concentrar nas matérias. Como isso poderia ser possível? Até outro dia, eu não sabia nem o nome dele. Só o via pelos corredores porque sua beleza me chamava atenção. Na verdade, até o presente momento, eu não sabia muita coisa sobre ele além de seu nome e série.

***

Como se não bastasse Tiago, eu também estava enfrentando problemas no meu próprio círculo de amigas. Cristina já não fazia parte, porém Juliana estava começando a mostrar suas verdadeiras garras. Do tipo de pessoa que hoje conta uma história para Júlia, e no dia seguinte conta uma versão diferente dos mesmos fatos para mim. Detalhe: ambas as versões eram mentirosas. Juliana era falsa.

No passado, tive muitos desentendimentos com as irmãs de Juliana. Ela começava com as discussões e não aguentava ouvir as verdades, fosse quem fosse. Para intimidar, ela corria para as irmãs mais velhas, que apareciam sempre para tirar satisfações com quem estivesse perturbando a “pobre irmã mais nova”.

Se dependesse de mim, Juliana não seria capaz de ouvir minha voz na sala de aula. Em duas ocasiões, ela causou briga entre mim e Júlia. Contando mentiras, fazendo nos desentender por coisas bobas. Claro que sua proeza não durava mais de um dia, ou dois. Mas ela era sempre a culpada dessas interrupções em nossa amizade. Como eu gostaria de mandá-la para o espaço.

***

Por conta da amizade com Juliana, eu tive mais receio ainda de contar a Júlia sobre minha sexualidade. Queria dizer que eu me considerava bi, mas queria dizer somente pra ela. Juliana era uma ameaça e não era digna de confiança. E embora Júlia fosse minha melhor amiga, eu ainda não me sentia seguro em fazer esta revelação. Ora, se nem para Mateus, que conheço a vida toda, eu revelei... Imagine para Júlia, que conhecia há menos de um ano.

Por conta do bullying que sofria, acabei me fechando. Tinha vergonha de falar em público, em voz alta, ou qualquer coisa parecida. Alguns meninos ainda riam da minha cara, até mesmo aqueles que fazem parte do grupo de Tiago, que eu nem ao menos conhecia. Juntou isso ao fato de que eu nunca er visto pegando ninguém. Sempre um motivo para piadas.

Brian, um colega de classe, era um destes inconvenientes:

– Quantas meninas você pegou até agora? – Perguntou ele para mim, em uma aula de ciências.

– Isso não é do seu interesse. – Respondi friamente.

– Só eu esse ano eu já peguei sete! – Disse ele, sorrindo.

– Hum, ok. Quem perguntou?

Ignorei a resposta que ele deu, nem consegui ouvir direito. Uma de minhas melhores habilidades é bloquear meus ouvidos para certas coisas que sou obrigado a escutar. Às vezes, alguns canibais se juntavam perto de mim para falar sobre meninas. Sobre o quanto elas eram gostosas e todas essas baboseiras. Como isso me irritava. Minha ingenuidade era tamanha, que falar de sexo me deixava muito constrangido. Sem falar, claro, nas piadinhas maliciosas e terríveis que faziam sobre mim e para mim: que eu gostava muito de linguiça e salsicha. Do tipo que te dá vontade de saltar do último andar de um prédio, ou então, explodir todo o local com todos os preconceituosos dentro. Muitas vezes me controlei para não pular no pescoço de ninguém, com a intenção de apertar até a luz deixar os olhos da vítima. É um pensamento sádico, sim. Mas só estando na minha pele para entender.

Novamente, dou sorte por ninguém conseguir ler meus pensamentos. Minha vida seria ainda mais insuportável se isso fosse possível. O tempo todo, Tiago estava na minha cabeça e isso seria o meu fim. Seria a maior humilhação de todas.

Tiago. Tiago. Como isso era possível? Estaria eu gostando dele? Ou seria uma mera atração, aumentada mil vezes por conta de sua investida? Eu não podia estar me interessando assim. Não falei com ele nenhuma vez na vida. Você está se apaixonando? Não. Não podia.


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Notas finais do capítulo

Os comentários estão abertos para opiniões. O que vocês acharam das atitudes de Tiago? Era tudo uma brincadeira ou tinha fundo de verdade?

E Gustavo: será que está se apaixonando por um cara o qual nunca trocou uma palavra na vida? Será que isso é realmente possível?

Também fiz uma pequena abordagem ao preconceito que homossexuais sofrem em salas de aulas, por colegas que apenas querem "zoar" e acham que não estão fazendo mal algum. Espero que tenham gostado e até o próximo capítulo!



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