Opostos Perfeitos escrita por Eloá Gaspar


Capítulo 7
Capítulo 7


Notas iniciais do capítulo

Espero que gostem!



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No calor da discussão, Asle não pode conter sua natureza impulsiva e fez aquilo que seu subconsciente desejava desde do primeiro dia em que pôs os olhos sobre Elsa, a beijou. E não foi um simples beijo, nada parecido com os descritos em histórias de princesas que são defendidas por príncipes encantados. Foi O beijo. O melhor beijo que Asle havia dado em toda a sua vida. Após a pergunta cheia de provocação de Elsa, a única resposta que Asle podia dar era segurar a Rainha pela nuca e grudar seus lábios nos dela.

Elsa tomou um choque com a atitude de Asle, a boca quente dele contra a sua fria provocou a sensação de chamas ardendo em suas veias. Elsa nunca tinha sentido aquilo, nunca mesmo. Nunca havia sido beijada, ainda mais por alguém como ele. Em um primeiro momento Elsa tentou resistir, mas os lábios ardentes de Asle se movendo contra sua boca fizeram a Rainha apagar qualquer ideia de fugir, Elsa resolveu se entregar ao momento tocando seu pescoço e braço com as mãos frias.

Asle sentiu seu corpo todo arrepiar ao toque frio de Elsa e ele adorou isso, era como ter a sensação agradável de um banho gelado em um dia quente, multiplicado por mil e isso o incentivou a aprofundar o beijo, pressionando seus lábios com mais força e intensidade, tocando o lábio inferior da Rainha com a língua a instigando.

Elsa com os novos movimentos de Asle se sentiu tentada abrir a boca para dar passagem a novas sensações, mas como alguém que começa a tomar uma caneca de chocolate quente Elsa hesitou com medo de se queimar. Asle ao contrario não hesitava nem por um momento e continuava com sua missão em fazer a Rainha ceder e ele obteve sucesso, afinal, chocolate quente era bebida preferida de Elsa.

Asle conseguiu passagem e pode aproveita plenamente da sensação de explorar a boca de Elsa. Era gelado e suave como um sorvete que derrete na língua. Asle adorava sorvete, desde criança era sua sobremesa favorita, seu sabor preferido era creme, mas a parti de hoje era Elsa. Sua mão livre tomou a cintura da Rainha a levando para mais perto de si.

Elsa não sabia que era possível se sentir assim, tão plena, completa e sem controle de suas ações, a cada movimento da língua de Asle contra a sua, a fazia ficar ainda mais fora de si, um gemido baixo escapou de sua garganta fazendo Asle sorri contra sua boca. Elsa não podia acreditar que mesmo em um momento como esse ele podia ser extremamente irritante, aquela atitude a fez voltar a realidade e se afastar de Asle,  mas antes que qualquer sorrisinho presunçoso pudesse se desenhar no rosto dele, Elsa acertou um belo tapa em seu rostinho bonito.

— Nunca mais faça isso! - Elsa gritou passando a mão pelo rosto nervosa.

— Você ficou maluca? - Asle questionou levando a mão onde havia recebido o tapa.

— Eu? Você que me beijou a força.

— Te beijei a força? Não era o que parecia. - riu com prazer, fazendo Elsa sentir vontade de congelá-lo na hora.

— Não me provoque mais. - como Elsa queria matá-lo.

— Acredite, não sou eu quem esta provocando aqui. - o olhar de Asle não era de raiva e nem de irritação, era intenso e Elsa sabia bem o que era, ela havia sentido o mesmo ao beijá-lo, mas nunca admitiria.

— Não se aproxime mais de mim, nunca mais.

— Cuidado com o que você pede, Majestade. Eu sei bem que não é isso que você quer.

— Como pode saber o que eu quero?

— Da mesma forma que sei que esse foi o melhor beijo da sua vida. - respondeu convencido.

— Isso não é grande coisa, foi o único. - Elsa falou aquilo apenas para quebrar seu argumento, mas aquilo sim tinha sido um tapa para Asle.

— Foi seu primeiro beijo?

— Foi. - Elsa respondeu simplesmente.

— Como? Você é linda e … - aquilo parecia ser impossível para Asle.

— E passei a vida trancada dentro de um quarto e depois disso assumi um reino. - para Elsa aquilo era óbvio.

— Me desculpa.

— Eu não acredito que você está me pedindo desculpa por ter roubado meu primeiro beijo e não por ter me beijado a força.

— Primeiro! O primeiro beijo é algo importante. Segundo, não foi um beijo a força.

— Você acha que eu sou algum tipo de princesinha sonhadora, que esperava um lindo príncipe encantado vir e me beijar? Por favor! Você esta me confundindo com a minha irmã. - rebateu ofendida.

— Você realmente é diferente de todas as outras. Mas mesmo assim, um lindo príncipe encantado veio e te beijou. - Asle não conseguia perde uma oportunidade.

— Você um príncipe encantado? Jamais. E você não veio e me beijou. Você me agarrou contra minha vontade.

— Continue a repetir que você foi forçada a me beijar, vai que uma hora você acredita. - Elsa não conseguia suporta aquele sorriso debochado.

— É verdade e eu odiei você ter me agarrado. - mentiu.

— Mentira! Eu sei muito bem que você adorou, como todas as outras. - Asle precisava urgentemente aprender a fechar sua boca grande.

— Todas as outras? - Elsa nunca lançou um olhar tão frio e cortante como agora.

— Não foi isso que eu quis dizer. - Asle tentou conserta a grande besteira que cometera, mas já era muito tarde.

— Só cala a boca. Você esta dispensado. - Elsa respirou fundo e se recompôs tentado demonstrar o máximo de indiferença possível.

— Você está me demitindo?! - Asle sentiu o desespero tomar o lugar de todas as suas emoções.

— Ainda não, mas que isso nunca mais se repita. - Elsa tinha conseguido se revestir de uma frieza e indiferença que fez o coração de Asle estremecer.

— Elsa. - ele queria arruma um jeito de conserta aquilo.

— Nunca mais se esqueça que você está diante da Rainha.

Pela primeira vez a atitude de Elsa de superioridade, domínio e frieza não irritou Asle, e sim partiu o seu coração. Ele sabia que a tinha magoado, mesmo que ela não demonstrasse.

— Vá. - Elsa ordenou e ele não questionou.

xxx

— Elsa! - Anna bateu na porta de seu quarto e a Rainha se sentiu tentada a mandá-la embora como antigamente, mas ela havia prometido nunca mais fazer isso.

— Pode entrar. - respondeu após descongelar a fechadura.

— O que aconteceu? - Anna perguntou após fechar a porta e se sentar na cama de frente para irmã.

— Nada. - mentiu.

— Elsa! Você enfiada nesse quarto, com a porta trancada com gelo e essa cara de Rainha da Neve. Tenta mentir para outro, mas para mim não.

Anna estava certa, ela já tinha mentido muito para si mesma, ela tinha que dizer a verdade a alguém. Quem melhor que Anna?

— Asle. - confessou tentando não parecer tão idiota como se sentia.

— O que tem ele?

— Ele me beijou.

— Finalmente, eu pensei que ele fosse mais rápido. - Anna comentou com naturalidade.

— Anna! - Elsa a encarrou chocada.

— O que? Eu já tinha comentado sobre a relação de vocês.

— Não existe uma relação nossa. - Elsa respondeu com raiva.

— O que aconteceu? Ele não beija bem? - Elsa não conseguia acreditar nas perguntas da irmã.

— Não é isso.

— Então ele beija bem? - Elsa já não conseguia conter o rubor.

— Anna, esquece o beijo.

— Como assim esquece o beijo? Foi seu primeiro beijo, eu quero saber tudo.

— É, foi. E ele se importou mais com isso do que em não dizer “Eu sei muito bem que você adorou, como todas as outras.” - Elsa não se preocupou mais em esconder sua raiva.

— Ele não disse isso. - Anna falou incrédula.

— Ah, ele falou. Eu também não acredito, mas ele falou. “Todas as outras”. - Elsa quase rugiu a última frase, fazendo nevar dentro do quarto.

— Eu sei que esta com raiva e com todo direito, mas não precisa me congelar aqui dentro.

— Desculpa. - Elsa suavizou suas expressões de raiva fazendo a neve cessar.

— Mas mesmo com esse grande furo e tudo mais. Como foi o beijo? - a ruiva insistiu.

— Anna!

— Eu sei que ele foi um babaca, mas está na cara dele que ele fala mais que a língua. Ele com certeza não fez por mal. Contudo, eu quero saber se o beijo ele fez bem.

— Você é inacreditável. E não vai desistir.

— Não mesmo. - sorriu feliz por vencer.

— Foi bom. - respondeu em um sussurro tímido.

— Bom? - Anna não ia se contentar com tão pouco e apesar da vergonha, Elsa precisava compartilhar aquilo com alguém.

— Eu não sei explicar. Foi melhor que chocolate quente. - emendou envergonhada.

— Olha só! Isso sim é uma resposta.

— Satisfeita?

— Podia ter mais detalhes. - sorriu como uma criança.

— Não força. - respondeu sorrindo com a irmã.

xxx

— Lembrou que tem um amigo? - brincou Julian ao ver Asle na porta da sua nova casa.

— Eu andei muito ocupado. - respondeu com seu sorriso largo entrando na casa.

— Eu já estava com saudades, amigão. - falou animado se sentado com Asle no sofá da pequena sala.

— Eu também, mas trabalhar para a Rainha toma muito tempo.

— Entendo. Mas foi bom você aparecer, eu tenho tanto o que contar. - o sorriso de Julian quase não cabia no rosto.

— Que bom que alguém tem coisas boas para contar. - comentou com o ar triste atrás do sorriso simpático.

— Vejo que você será o próximo a contar novidades.

— É, mas primeiro você.

— Eu amo esse lugar. Eu vou ficar por aqui, o emprego é ótimo, as pessoas são amáveis e eu conheci uma garota.

— Uma garota? - perguntou dando total atenção ao amigo.

— Sim, ela é incrível. Ela e a mãe trabalham na plantação e o pai é meu superior, e apesar do jeito durão é um ótimo chefe e sogro.

— Sogro? Já?

— Sim! Eu a pedi em namoro a dois dias atrás e ela aceitou. - felicidade tinha ganhado um novo sinônimo e esse era Julian.

— Acho que Arendelle tem algum tipo de vírus do amor no ar.

— Por que? Você também está apaixonado?

— Vou te contar tudo.

Asle começou a falar de suas quase três semanas com Elsa, de todas as brigas, provocações, momentos de amizade e intimidade, o beijo e finalmente sua grade mancada.

— E eu não sei o que fazer.

— Você podia pedir desculpa e falar a verdade.

— Verdade? - perguntou confuso.

— Que você está completamente apaixonado por ela. - respondeu como se fosse óbvio e na verdade era.

— Acho que vou fazer isso.


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Notas finais do capítulo

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