PDV SAM

Acabamos a primeira aula que era da Srta. Briggs, nunca estive numa aula tão chata, mas algo estava me intrigando: Freddie não tinha ido. Ele não me disse que seu primeiro horário era diferente do meu e da Carly. Então assim que saímos da sala, Carly e eu fomos para o refeitório.

–Estranho...cadê o Freddie? - perguntei para Carly, que abria uma garrafa de suco.

–Não sei! Talvez ele tenha ido embora.

–Mas sem me avisar?

–Ele deve estar mal por não poder ir na viagem!

Fiquei mal por ele, afinal que graça tinha ir para a Europa sem meu namorado? Carly notou minha expressão triste e tentou me animar:

–Não fica assim, Sam!

–Eu sei mas… - fui interrompida por um abraço, me virei para trás e vi Freddie todo sorridente. Nem parece que não ia á Europa.

–Por que o sorriso? - Carly o questionou e ele colocou uma mala em cima da mesa.

–Bom, vocês vão depois da aula e eu não queria ficar longe da Sam – ele me abraçou de lado – Então, aproveitei que minha mãe não estava em casa, fui até lá, peguei umas roupas e voltei correndo…Vou fugir!

Ele disse isso como se fosse certo. É claro que eu faria o mesmo se minha mãe tivesse me proibido de viajar, mas vindo do Freddie isso não é normal.

–Freddie, você não…
–Eu sei, Carly, fica tranquila! Eu só não quero ficar longe da Sam1 – ele virou me rosto e me deu um selinho demorado.

Depois foi até a fila para pegar seu lanche, enquanto eu e Carly ficamos nos encarando.

–Ele é doido!

–Por mim! - completei orgulhosa e Carly apenas sorriu.

Mais Tarde…

Depois da aula, chamamos um táxi que nos levaria até o aeroporto. Spencer estava lá, com sua perna engessada e reclamando com alguém no telefone, ao qual eu não dei nenhuma atenção. Só faltava Gibby e se esse gordinho estranho se atrasar e nos fazer perder o voo, juro que ele vai perder aquelas gorduras dele só correndo daqui até a China, porque ele vai apanhar e muito.

–Meu Deus, cadê o Gibby? - a morena reclamou olhando para o relógio no alto do aeroporto.

–Estou aqui! - ele respondeu...Espera, aquele é o tal Clovis?

–Gibby, o que esse cavalo está fazendo aqui? - Freddie saiu do meu lado e foi até o garoto retardado que alisava a crina do animal. Já estávamos começando a chamar atenção.

–O Clovis ora! Ele não poderia ficar sozinho!

–Pensei que tinha devolvido. - agora foi a vez de Carly, que já estava impaciente.

–E tinha, mas resolvi comprá-lo.

Ah meu Deus, eu vou enlouquecer. Levantei e fui até aquele cavalo, que provocou o término do meu namoro, e encarei Gibby, que continuava a acariciar o bicho.

–É o seguinte, Cornelius, esse bicho não vai entrar no avião. Ou você deixa ele aí ou nós vamos te deixar aí!

Ele choramingou.

–Mas ele não pode ficar sozinho...Freddie, fala para ela! - ai que cena ridícula.

–Ela tem razão, Gibby! - até que enfim alguém me entende – Deixa o cavalo aí!

Ele saiu cabisbaixo para fora e depois voltou em passos lentos. Parece até uma cena de novela mexicana. Logo nos chamaram para embarcação, mas tivemos um problema na entrada: Spencer tropeçou, não sei onde, e caiu de cara no chão. Assim não tem jeito! Nunca vamos chegar na Europa. Depois de muitas reclamações do moreno, conseguimos entrar no avião. Nem acredito!

–Sabe que tua mãe vai enlouquecer, né? - cutuquei Freddie.

–Não tem problema! Ela tem que entender que eu cresci!

–Cresceu! – repeti vagamente segurando uma gargalhada.

–Que foi? Eu cresci sim!

–Não falei nada.

Engoli a gargalhada e ele fechou a cara, mas logo voltou ao normal quando lhe dei um beijo.

–Notou a Carly e o Gibby?

–O que? - apontei para os dois, que estavam na poltrona ao lado, e sorri.

–Eles ainda vão namorar!

Os dois conversavam animadamente sobre como seria legal a Europa e não sei o que lá mais. É claro que conversar animadamente com Gibby era algo bem difícil, já que o mesmo não era lá o garoto mais legal do mundo e só Carly conseguia fazer isso. Por isso acho que os dois ainda vão acabar se casando.