PDV SAM

Carly estava animada e, talvez, animada nem fosse a palavra correta. Ela estava pirando. Não parava de dizer quão incrível seria conhecer a Europa; ver garotos europeus metidos e conhecer Paris. Não vou negar que também estava feliz, afinal, é a Europa, baby; mas eu bem que queria comida como “recompensa” desse cara.

(***)

Descemos as escadas para podermos ver algum filme, mas acabamos não vendo nada. Carly pegou de conversa com um garoto no celular, enquanto Freddie e eu estávamos sentados na poltrona nos beijando. Ela nos olhava as vezes e sorria de um jeito malicioso. Carly não pode ver nada, que já pensa outra coisa!

Freddie estava esticado na poltrona, enquanto eu estava em seu colo. Ele tinha um cheiro tão envolvente e tudo indicava que ele havia passado aquele perfume da Ferrari hoje, porque ele estava inebriante. Nos beijávamos calmamente, sem nem nos importar com as risadas de Carly. Era ótimo isso.

–Vamos sair daqui? - ele sussurrou no meu ouvido e me trouxe mais para perto, colocando uma das mãos na minha nuca.

–Pra quê? - me fiz de desentendida e ele sorriu.

–Carly, já voltamos! -ele se levantou me pegando no colo e andando até o andar de cima.

–Espera! No meu quarto não...Droga! - a morena protestou lá embaixo e eu ri de seu tom.

Fomos beijando até o quarto de Carly. Chegando lá ele me colocou no chão e me envolveu em seus braços, num abraço de urso , beijando meu pescoço de uma maneira doce. Me encaminhou até a cama, onde me fez deitar e veio por cima, chegando na altura do meu rosto. Sorriu:

–Você é linda! - segurou meus lábios num beijo sereno e com gosto de amor; se distanciou novamente – Você me vicia, sabia?

Chegou mais perto e repousou sua cabeça na curva do meu pescoço. Sua respiração leve fazia cócegas em mim. Eu não conseguia falar.

–Por que subimos? - perguntei, enquanto passeava, com os dedos, nos seus cabelos lisos.

Senti ele sorri. Sentou-se na cama e enfiou a mão no bolso, a procura de algo.

–Sabe...não tivemos tempo, mas acho que agora eu posso te falar isso com tranquilidade – tirou do bolso uma caixa de veludo e me olhou sorrindo. Levantou-se da cama e deu a volta, se ajoelhando ao meu lado.

–Samantha Puckett...quer voltar a namorar comigo oficialmente? - e ele abriu aquela caixinha e lá estava aquele mesmo anel. Eu não pude conter uma lágrima, até porque pelo menos uma tinha que rolar. Eu amava ele e o que eu mais tinha medo era de perdê-lo.

Sorri desconcertada e puxei ele pelo colarinho, até ele sentar na minha frente.

–Eu devia te bater, por me ter feito chorar! - encarei-o séria e ele gargalhou na minha frente – AH! Não acredito que te amo!

E sem mais delongas o beijei. Não o beijo que estávamos costumados a dar, mas um beijo mais quente e indecente. Ele voltou a me deitar e começou a fazer um trabalho melhor com a boca. Até…

–OPA...OPA...OPA.. - tiramos um pulo e vimos Carly parada na porta – Isto aqui não é motel para o casalzinho se engolir...Que sem-vergonhice!…NA MINHA CAMA!?

Ela desfez a pose de mãe mandona e veio até nós, que permanecíamos na mesma posição.

–Freddie sai de cima dela. Que isso, meu Deus! - ela puxou o braço do Freddie e depois me empurrou sentando-se na cama – Okay! Não vou contar isso para o Spencer, mas que não aconteça novamente!

–Ai até parece que estávamos transando! - resmungo baixo, mas ela pareceu ouvir.

–NÃO ESTAVAM, MAS TAMBÉM NÃO IA DEMORAR MUITO!

–Até parece que nunca aconteceu!

–COMO É FREDDIE?

Ele olhou para Carly assustado e saiu correndo.

Ai meu Deus! Onde fui arrumar um namorado tão medroso e uma amiga tão paranoica?