Assim que viu o carro de Regina dobrar a esquina, João tratou de voltar para a fazenda o mais rápido que pode...

 Logo que chegou encontrou Robin bebendo na sala.

—DONA GISELDA!DONA GISELDA!ROLAND!

—Mas que gritaria é essa?

 Robin surgiu com um copo de Whisky na mão. Logo vieram da cozinha Giselda, Isabel e Roland que já estava de pijama, com seu ursinho de pelúcia na mão, e um copo de leite. Antony apareceu também, vinha do escritório...

—O que aconteceu?

Robin perguntou.

—Acabaram suas chances com a Regina!

—Eu sei, ela saiu do casamento com o Graham. Mas não é você quem diz que o nosso amor deve “prevalecer”?

Robin diz com ironia em sua voz.

—Fica difícil isso acontecer quando uma das pessoas está deixando a cidade!

 Afirma João, entregando a carta a Giselda. Ele completa: -Eu disse que você ia perde-la.

—O QUE?Do que você está falando?

—Isso que você ouviu! E nessa carta (João aponta para a carta.) – Ela está se despedindo.

 Robin foi pego de surpresa com aquela notícia. Estava perdido em seus pensamentos até que escuta Giselda com a voz embargada começa a leitura.

“Bom sei que talvez vocês não aprovem a minha atitude... Fato é que eu não conseguiria me despedir, vocês são especiais demais... Enfim, Dona Giselda espero que a senhora continue assim,sendo incrível e maravilhosa como a senhora é!

Embora tenhamos nos afastado,e eu lhe considero como uma mãe... A mãe que eu não tive. Entendo o motivo do seu afastamento e não lhe culpo, afinal Robin é da sua família... Quero que a senhora saiba que muitos dos seus sábios conselhos serão seguidos por mim acredite! Eles tem significado demais para que eu os desperdice!

 Dona Isabel continue sendo assim tão receptiva e alegre como a senhora é.

 Sou eternamente grata pela maneira extremamente gentil que a senhora me tratou. É muito amável e lhe desejo toda a felicidade que estejas disposta a conquistar!

Não se culpe pelo seu erro,continue vivendo,a felicidade só é alcançada quando nós mesmos nos perdoamos! Se perdoe! A senhora errou,mas está tratando de repara-lo.Então... Siga em frente! E não se prive! Seja feliz!

  Doutor Antony, o que dizer sobre o senhor? Além do seu comportamento extremamente elegante elegante e educado... Muito obrigada pela receptividade, e pelo modo como cuidou de mim e da minha filha. O senhor por vezes foi meu pai. E sinto muito orgulho de mesmo por pouco tempo ter convivido com o senhor... E peço desculpas pelos erros do passado. Continue no comando do hospital, confio no seu trabalho, e sei que cuidará bem das pessoas... Obrigda por ter me permitido conhecer a sua personalidade fora de reinos,fora de hospitais...

  João Pequeno ah meu grande amigo! Meu salvador! E da pequena Elizabeth também... Obrigada! Desejo muita sorte para você nessa nova etapa da sua vida. E não estrague as coisas com Ruby, ela gosta de você! Cuide-se! Seja feliz, e dê uma chance para o amor, sem se preocupar com aparência,classe social, ou qualquer coisa que seja... Ame! Apenas ame!

  Hey meu pequeno anjinho Roland! Achou que eu estava esquecendo de você não é?

Pois fique sabendo que eu jamais me esquecerei de você querido. Não fique triste ok?! Eu sei que ficará bem,você está rodeado de pessoas que te ama! Sei que ficará bem...

 Quanto as histórias noturnas que você tanto almaneja, fique tranquilo,tenho certeza que alguém as narrará para você com tanto significado quanto eu!

 Siga sempre o conselho do seu pai, converse com as estrelas... Por mais que você não acredite elas ouvem você! Saiba que mesmo distante, estarei perto... Você faz parte de mim! Levo um pedaço de você comigo. Afnal EU TE AMO!Você é o meu anjinho! O meu pequeno e amado Roland!

  Espero que Robin tenha sucesso com a inauguração da fábrica, e que ele seja feliz com Mulan.

                                                                                 Fiquem bem.

                                                                                  Serei eternamente grata.

                                                                                                   Adeus.

                                                                                                             Com amor Regina!”

Todos estavam paralisados com aquela notícia, aquela carta! Regina soube apenas com letras,palavras,frases, emocionar à todos, de uma maneira tão singela que nem os mesmos poderiam explicar.

—Meu deus  que foi que eu fiz?

Giselda se questiona com os olhos marejados.

 Robin estava escorado no marco da porta,paralisado olhando para o chão enquanto deixava uma lágrima escorrer pelo rosto.

 Preocupado Antony pergunta:

—Robin?Robin? Você está bem?

Robin nada respondeu. As palavras de seu amigo ecoavam pela sua cabeça: “Eu disse que você ia perde-la.”

 Roland soluçava.

—Eu não entendo. Por que a Gina foi embora? Papa nós já perdemos a mamãe, não podemos perde-la também!

 Roland se aproxima de seu pai.

 Aquelas palavras machucaram Robin por dentro,ele estava sofrendo, seu filho estava sofrendo! Ele não queria perde-la,não podia perde-la! Tomou uma decisão...

—Você tem razão filho! Não podemos perde-la!

Robin pega Roland em seu colo, as chaves do carro e seu celular.

 Giselda pergunta: -Robin? O que você está fazendo? Onde vai?

—Vou impedi-la de partir! Não posso perde-la! EU A AMO!

Todos abrem um sorriso diante da declaração. Até mesmo Robin se surpreende com o que acabara de admitir, mas era a mais pura verdade, esse culpava por não ter percebido isso antes.

São despertos pela afirmação de João: -IMPOSSÍVEL! Quando eu vim para cá, ela já estava indo embora da cidade!

—Eu vou dar um jeito! Eu vou encontra-la!

 Robin saí pela porta, carregando Roland em seus braços, entram na caminhonete, e ele da partida.

 Enquanto dirigia pensava:

“Eu a AMO! Meu deus EU A AMO! Como sou estúpido! Fui um idiota! Estou a perdendo...Tenho que fazer algo,dizer algo!”

Lembrou-se do discurso dela horas antes...

“Demonstrações, o amor é feito de demonstrações! [...] em um piscar de olhos podemos perder,perder quem nos ama...”

É interrompido por Roland que exclama:

—VAI MAIS RÁPIDO PAPA!

—Nós vamos chegar filho! Nós vamos chegar!

“ Eu vou demonstrar Regina! Vou demosntrar o quanto eu AMO você! Não vá por favor...Espere!Espere! Estou a caminho! Preciso lhe dizer, me declarar... Pegar na sua mão,lhe roubar um beijo. Não posso te perder,estou indo... Espere apenas, por mim,por você, pelos nossos filhos.”

The Scientist – Coldplay

Vim para te encontrar, dizer que sinto muito

Você não sabe como é amável

Tinha que te ver, lhe dizer que preciso de você

Dizer que te escolhi

Conte-me seus segredos, faça-me suas perguntas

Oh, vamos voltar para o começo

Correndo em círculos, perseguindo a cauda

Cabeças numa ciência à parte

Ninguém disse que seria fácil

É uma pena nos separarmos

Ninguém disse que seria fácil

Mas também não disseram que seria tão difícil

Oh, me leve de volta ao começo

Eu só estava analisando números e figuras

Montando o quebra-cabeças

Questões da ciência, ciência e progresso

Não falam tão alto quanto meu coração

Diga-me que me ama, volte e me assombre

Oh, e eu corro para o começo

Correndo em círculos, perseguindo a cauda

Voltando a ser como éramos

Ninguém disse que era fácil

É uma pena nos separarmos

Ninguém disse que seria fácil

Mas também não disseram que seria tão difícil

Eu estou voltando para o começo

“Eu descobri quem é o seu pai... Me encontre agora na prefeitura.”

 Deveria confiar? Uma mensagem anônima?

 Mesmo desconfiada Regina acabou voltando para a cidade... A curiosidade em saber quem era seu pai era maior. Pensou até que fosse ele que havia mandado a mensagem.

 Assim que estacionou o carro pegou Elizabeth, e se dirigiu a prefeitura, entrando em seu gabinete, foi surpreendida por alguém a empurrando contra a parede, colocando algo em seu pulso, e tirando a menina de seus braços.

—Meu deus você! Você não devia estar morto...

Foi interrompida por uma pancada na cabeça.

 Regina despertou, logo que abriu os olhos percebeu que aquilo não era um pesadelo, era real. Só então se deu conta do risco que corria. Demosntrando medo.

 Estava amarrada na sua cadeira de prefeita. No meio da sua sala. Elizabeth estava no sofá sentada tão inocente...

—Vejo que a majestade a tão temida rainha má está com medo!

—GREG! Você não devia estar morto?

Ele solta uma gargalhada e diz: -Você precisa ver a sua cara nesse momento.

—Chega de joguinhos seu verme! Me diga como chegou até aqui!

—Ora,ora, vejo que a rainha má está despertando em você novamente!Mas vou lhe responder,seu avô Peter Pan agradeça a ele! Nós dois fizemos um acordo! Acho que isso passa de gerações, afinal seu pai entende muito bem de acordos não é mesmo?

 Regina ficou pálida, abriu a boca para dizer algo, não conseguiu, calou-se.

—O que é? Perdeu suas garras? Acho que acabei de te surpreender.

 Pausadamente e incrédula com o que acabará de descobrir, ela diz:

—Rum... Rumple... Não, não pode ser. Ele não! Ele não é o meu pai. Você está blefando!

—Por que é tão difícil para você acreditar que é filha dele? Você é filha do senhor das trevas Regina!

 Os olhos dela marejam. Ela controla seus sentimentos e pergunta: -Como ele te ajudou?

—Ele quem? O seu avô?

—Ele não é meu avô. Ele é o Peter Pan! E sim é dele que eu estou falando!

—Bom... Nós tínhamos um trato, eu levava o seu querido filho para a terra do nunca, e ele me manteria a salvo, toda aquela coisa de tirar a sombra... foi tudo uma mentira, só para vocês acreditarem que eu estava morto, estavam tão preocupados em salvar o menino que nem perceberam que tudo não passou de armação. Seu avô permitiu a minha saída de lá, e ainda me deu alguns presentes!

 Regina o encarava confusa, mas não era capaz de digerir muito bem aquela resposta. A revelação de que Gold era seu pai, se repetia constantemente em sua cabeça...

 Lembrou-se de tudo que viveu ao lado dele, momentos bons e ruins...

 Rumplestiltskin era responsável por grande parte das desgraças de sua vida. Seu próprio pai havia a destruído como ser humano, tinha a induzido a ser um monstro!

 Regina tinha consciência de que grande parte da mudança havia sido causada por ela, mas ele teve papel fundamental na sua transformação para a temível Evil Queen.

—Ele sabe?

—Sabe o que?

—Que eu sou filha dele.

—Sabe desde que você nasceu... Está decepcionada é?

Greg solta uma gargalhada.

—Então quando ele me... ele já sabia e mesmo assim, meu deus! Ele me usou para encontrar Neal! Ele nem se importou comigo.

—Ah que comovente! Você já parou para pensar que agora além de ser bisavódrasta e mãe, também é tia do seu filho? Que árvore genealógica hein?

Ele debocha. Regina apenas o encara.

Greg diz: -Cara feia para mim é fome!

—Por que você tá fazendo isso?

—Você estava indo embora, me preciptei. Vou me vingar de você! Tirou de mim o MEU PAI! E agora vai pagar! Lembra-se do nosso último encontro? Hã? Ele não foi finalizado, por causa daqueles idiotas que te salvaram, mas hoje isso não vai acontecer! Aproveite suas últimas horas de vida!

Mansão Mills...

 Robin e Roland enfim haviam chegado na mansão. O arqueiro batia fortemente na porta.

—REGINA!REGINA!REGINA!

—Gina abre a porta por favor!

 A porta é aberta por senhor Henry, que estava com seus olhos inchados de tanto chorar. Assim que Robin entrou com Roland em seus braços, percebeu que João estava certo. Já era tarde demais...

 Afinal assim que olhou para a sala viu que Henry chorava abraçado em Ema.

—Ela já atravessou o portal?

Robin pergunta ofegante.

Ema responde: - Não sabemos, mas acho que sim,faz uns quarenta minutos que ela foi...

—EMBORA!

Henry completa.

Robin coloca Roland no chão, e passa a mão em seus cabelos se questionando: - MEU DEUS! O QUE DEVO FAZER?

—Isso tudo é culpa sua!

Henry grita bravo, apontando o dedo para Robin.

—O QUE?

—Ela foi embora por sua culpa! Você machucou a minha mãe! Ela amava você!

Robin ficou inerte: “Ela me ama! Meu deus ela me ama!Sou um BURRO!”

Robin se aproxima de Henry e diz, o abraça e diz: -Eu vou encontra-la, eu prometo! Me desculpe por decepciona-los!

Ele abraça seu filho também. Um silêncio se forma no comodo. Até que Henry pergunta: -Você a ama?

—Sim.

—Como você sabe?

—Porque nada faz sentido sem ela.

Todos  abrem um sorriso.

 Robin se desvencilha do abraço e diz: -Agora eu preciso encontra-la!

Ema o questiona:

— Como você vai fazer isso?

—Só há um jeito! Eu também vou para Arendelle!Só volto de lá com ela eu prometo!

 Os meninos e o senhor Henry novamente esboçam um sorriso. Ema estava pensativa, preocupado ele pergunta: -O que foi algum problema?

—Como você pretende ir lá?

—Não sei, feijões mágicos talvez. Você tem algum?

—Eu não... Mas eu acho que a Regina tem, vamos procurar pela casa!

  Todos começaram a busca pelo feijão mágico...

  Meia hora se passou... Até que a campainha toca. Ema corre para abrir a porta. Surpreende-se com quem vê.

—ELSA?O QUE ESTÁ FAZENDO AQUI? VOCÊ NÃO DEVIA ESTAR EM ARENDELLE COM A REGINA?

—Ela não está aqui? Eu vim saber se ela mudou de ideia, porque ela não apareceu lá na floresta, eu esperei mais de uma hora por lá.

 Todos se aproximam e Henry exclama: -Então significa que ela não partiu ainda! Minha mãe ta na cidade!

Esboçam um sorriso,exceto Ema que havia ficado com um mal pressentimento. Logo a mesma falou:

—Estranho! Regina já saiu daqui há mais de uma hora!

Robin se preocupa: -Você acha que aconteceu algo com ela?

—Não sei...

—Vou procura-la!

Robin exclama.

—Eu também!

Afirma Ema.

Os dois saem em seus respectivos carros.

Robin pensava: “ Eu vou te encontrar Regina!Eu vou te encontrar!”

 Meia hora antes Prefeitura...

—Foi você, não é? Que colocou algo na bebida do David?

—Foi! Mas aquele príncipe é tão imbecil que mesmo assim não deu certo! Mas... Me diga porque estava indo embora?

Regina suspira e o ignora

—Ah já sei! Pera aí... Você tem outra fraqueza agora não é? Nossa... Você está apaixonada! Oh que fofo! Pena que não é correspondida. Quem diria Eevil Queen deixando tudo  para trás porque o sentimento não é recíproco.

—Você não tem nada com isso! Os motivos são somente meus.

—Nossa, vejo que esse assunto te deixa alterada. O famoso ladrão causa isso em você!?

Regina se mexe na cadeira, sentia-se desconfortável.

—Ta machucando é? Sabe eu acho que já está na hora de modificar as coisas... Está vendo isso? ( ele mostra à Regina uma flecha negra)

Regina não consegue se conter e demonstra mais uma vez o medo em seus olhos.

Ainda mais quando Greg aproxima a flecha do pescoço dela.

Com a respiração ofegante, e o coração acelerado, ela pergunta: -Você vai me atingir com ela? Vai... Vai me matar?

Ele se distancia dela e responde: -Sabe que eu não sei... Eu também tenho isso. (ele pega uma arma) Regina estava tão assustada que nada respondeu.

—Não vai dizer nada?

—Por favor não me mate!

—POR FAVOR? (ele grita) –POR FAVOR? VOCÊ TIROU MEU PAI DE MIM!

Ele cuspia as palavras no rosto dela, Regina estava com seus olhos marejados.

—O meu bebê da minha irmã por... Por favor.

 A voz dela saiu embargada.

—CALA A BOCA! (Greg dá um tapa na cara dela)

—CANCEI DE ESCUTAR SUA VOZ!

O tapa foi forte, Regina ficou com o rosto ferido. O canto de seu lábios escorria sangue.

—O meu bebê! Você não precisa ser que nem eu por...

—CALA A  BOCA! JÁ DISSE!

Com a alteração das vozes Elizabeth começou a chorar, um som estridente, que o irritou ainda mais.

Greg pega a Elizabeth de qualquer maneira e começa a sacudi-la: - CALA A BOCA SUA CRIANÇA INSUPORTÁVEL!

Elizabeth chora ainda mais.

 Regina grita desesperada: -SOLTA ELA! SOCORRO! SOCORRO!

Ele coloca a menina no sofá, vai até Regina e começa a enforca-la, a mesma vai perdendo o ar, e lágrimas lhe percorrem o rosto. Estava sufocada.

Greg a solta e cochicha no em seu ouvido: - Vamos nos divertir um pouco antes...

Ele começa a desamarrar Regina.

Assim que ele a solta ela exclama: -Eu não vou fazer nada com você!

—AH VA SIM!

Ele a empurra em cima da mesa. Regina começa a se debater, tentando sair de baixo dele.

—CALMINHA!

  Greg começa a passar a mão no rosto de Regina e tenta beija-la, a mesma cospe  na cara dele e chuta a barriga do mesmo, ela saí correndo. Ele logo vai atrás lhe puxa pelos cabelos e a empurra para cima da mesa, Regina caí com todo o seu peso sobre a mesa, fazendo com que mais objetos caíssem, e que a mesma adquirisse mais hematomas.

 Como estava com muita dor ela continua atirada em cima da mesa. Greg a pega e coloca o revólver na cabeça dela. A leva até Elizabeth.

—Não tente nenhuma gracinha ou eu  disparo! (Já diante da menina,ele completa): -Olha bem para ela! Esses são os últimos minutos de vida de vocês!

—Não por favor! Não machuque ela! Me mate! Se vingue! Mas a deixe viva! Por favor!

—Infelizmente já é tarde demais o prédio está cheio de gasolina por todo o lado! E como eu acho que você merece a morte da pior maneira possível, você vai morrer QUEIMADA! E ela também! O que eu posso fazer é deixar que essa bebê tão inocente e pura, seja a última a morrer aqui! Vamos! Vamos começar esse incêndio pelo andar de baixo!

—Elizbeth!

Regina disse em meio às lágrimas, enquanto Greg a guiava para fora daquele cômodo.

Estavam em frente a escada, Regina pode perceber no andar de baixo a grande quantidade de gasolina que havia...

Greg logo pegou um fósforo e o jogou, começando o incêndio.

Ema já havia percorrido diversos pontos da cidade e nada... No entanto, assim que dobrou a esquina e viu o carro da Regina, suspirou de alívio. Alívio esse que durou pouco ao perceber que as luzes estavam apagadas. Logo percebeu uma claridade excessiva no andar de baixo.

Ligou para Robin de imediato, o avisando que havia a encontrado.

Resolveu entrar pelos fundos, assim que entrou, pode sentir o cheiro de fumaça. Teve certeza que algo estava errado. Então gritou: -REGINA! REGINA,VOCÊ ESTÁ AÍ? ESTÁ BEM?

Assim que ouviu a voz de Ema, Greg empurrou Regina contra a parede, e novamente apontou a arma para sua cabeça.

Regina chorava.

—REGINA! VOCÊ ESTÁ BEM? –Ema novamente perguntou.

Regina age rápido e pisa nos pés de Greg, o mesmo grita de dor. Chamando a atenção de Ema, que logo os encontra.

 Sem pensar duas vezes, ele dispara um tiro nos ombros de Regina.

—REGINA!

Ema exclamou.

Regina deixava lágrimas escorrerem pelo rosto.

Ema logo disparou um tiro nas pernas de Greg, e foi até a amiga.

—Regina? Você está bem? Venha se apoie em mim. Consegue descer as escadas?

Regina diz que sim com a cabeça, logo elas descem alguns degraus, a fumaça aumentava. Regina sentia dificuldade, seu peso estava todo sob Ema.

—Meu Deus Regina! Oque houve?

Assim que chegaram ao patamar Regina lembrou-se: -Meu deus! Elizabeth! Elizabeth Ema!Ela  está lá em cima! Precisamos busca-la!

 Regina dizia fraca,chorando nervosa.

—Calma eu vou busca-la não se preocupe! Mas antes vou tirar você daqui!

—Não! Busque ela agora!

—Regina nós já estamos chegando na porta!

 Assim que girou a maçaneta da porta, ambas foram atingidas por uma forte explosão. Pararam sob o potamar da escada, infelizmente Regina havia sido atingida por barras de ferro que tinham caído sob suas pernas.

 As duas estavam assustadas,porém Ema logo trata de se levantar.

—Regina? Você está bem?

—Não.

Regina toca no ombro onde levou o tiro percebe que perdia uma grande quantidade de sangue. E também não conseguia mais se mexer

—Vem! Eu ajudo você!

Ema tente tirar as barras de ferro de cima das pernas de Regina enquanto dizia: -Vamos passar na sua sala buscar Elizabeth e sair pelos fundos.

M83- Wait

—EMA!

Regina pega na mão da loira e continua: -Eu não vou conseguir!Vou atrapalhar!Vá salve Elizabeth,salve-se!

—Não Regina! Eu não vou deixa-la aqui!

—SALVE ELIZABETH, é só o que eu lhe peço por favor... Vá logo!

—Mas...

—Vai Ema!Por favor!Salve um dos meus bebês!

Regina solta a mão de Ema.

—Eu vou, mas eu volto!

—Não Ema, não vale a pena! Não deixe Henry sem as duas mães dele.Diga que eu o amo!

Ela afirma enquanto uma lágrima escorre pelo seu rosto.

—Regi...

—Vai Ema! Salve ela para mim!

 Com pesar Ema subiu as escadas, passava pelo corredor havistou Greg caído.

Ouviu as tosses de Regina, a loira deixou lágrimas escorrerem. Sabia que embora estivesse fazendo a vontade da amiga, aquilo significaria que...

  Logo pegou Elizabeth que não parava de chorar, e saiu. Saiu chorando, deixava uma grande pessoa para trás...

 Robin dobrava à esquina, estava feliz.Iria encontra-la! Encontrar Regina!Se declarar,abrir seu coração para que ambos tivessem suas respectivas segundas chances. Mas... Tudo mudou,tudo mudou quando viu aquelas chamas...

 Logo desceu de sua caminhonete correndo.

Havistou Ema carregando Elizabeth em seus braços as duas choravam. Ofegante ele perguntou: -EMA?!Onde está Regina?!Onde ela está?!

Ema só balança a cabeça negativamente.

—Ela pediu para que eu salva-se Elizabeth! Robin eu ... eu sinto muito!

—Ela estava viva quando você saiu de lá?

—Sim mas...

—Isso já basta!

Ele saí,mas Ema o segura pelo braço.

—Robin ela...

—Por ela vale o risco!

Robin saí correndo.

 Assim que Ema saiu, Regina sentiu um alívio, sua pequena Elizabeth sobreviveria aquela tragédia...

 “Zelena... Me desculpe! Desculpe por não ter sido forte o suficiente, me perdoe! Não vou conseguir salvar a nossa menina! (Ela toca na sua barriga.) Perdoe por essa fraqueza... Não fui digna de sua confiança e sinto muito.”

  Regina sentia-se fraca,vulnerável,sozinha...

 As chamas tomavam conta do ambiente,logo a alcançariam.Sentiu seus pulmões perderem o ar, tudo ficou preto,fechou os olhos.

 Robin caminhava apressado, passava em frente a sala de Regina quando sentiu alguém puxa-lo para dentro.Era Greg.

 Robin logo revidou e lhe deu um soco. Apesar de estar cambaleante por conta do tiro, Greg vai até Robin e lhe dá um soco no estômago, exclamando: -Eu não vou deixar você salva-la!

—Foi você?! SEU MISERÁVEL!

Robin precisava salva-la, então o deixou de lado. Quando saia pela porta, sentiu algo fincar suas costas,mas não se importou... Apenas tirou e seguiu seu caminho.

 Assim que olhou para a escada a viu caída no potamar, o ambiente estava com muita fumaça, e as chamas começavam a tomar conta. Ele desceu as escadas rapidamente. Temia pelo pior...

Se agachou e a virou para ele. Ficou apavorado com a poça de sangue que havia em volta dela. Os hematomas que ela possuía.

—Regina meu amor o que fizeram com você?

 Robin a pega em seus braços, suspira aliviado,ao ver que ela ainda respirava ,mesmo que fosse levemente.

  Robin sentia seu coração em chamas,não pelo incêndio que vivenciava fisicamente,mas sim pelo que sentia emocionalmente. Carregava a mulher que amava em seus braços sem ter a certeza de que ela ficaria bem...

 Sua preocupação era tanta que nem percebeu a quantidade de pessoas que presenciavam tudo, as sirenes da ambulância, a movimentação dos bombeiros que começavam a chegar no local.

 Era só ele e ela... E a prefeitura que queimava atrás deles, enquanto ele a carregava.

 Foi desperto pela chegada dos enfermeiros em volta deles.

Robin coloca Regina na maca : -Salvem ela por favor!

Ema se aproxima: -Você está bem?

Ela pergunta vendo o estado de Robin.

—Estou, mas eu preciso acompanha-la! Preciso ir com Regina agora!

Ele entra na ambulância com Regina. Analisava as feições da mulher que amava...

“Quando um homem se apaixona

Perde a razão feito um menino

Sonha demais, fala sem pensar...

Ela é pra ele tão perfeita

Ela é tudo de bom

Se afasta se um amigo, disser que não...

Quando um homem se apaixona

Vê um mundo colorido

Chova ou faça Sol, ta tudo lindo...

Ele se veste só pra ela

Desiste do seu Jeans, se ela disser que tem que ser assim

Quando um homem se apaixona.

Como eu me apaixonei

Senti a sede dos aflitos, Por favor...

Baby,

Baby vem me saciar

Quando um homem se apaixona.

Trai os seus impulsos

Faz o que ela quer, sem reclamar

E se ela joga sua rede

Ele é um peixe suicida

Que entrega sem pensar...

A sua vida.

Quando um homem se apaixona.

Como eu me apaixonei

Senti a sede dos aflitos, Por favor...

Baby,

Baby vem me saciar

Quando um homem se apaixona.

Chora feito uma criança

Querendo ficar, tendo que ir

Quando um homem se apaixona.

Eu sei exatamente como

Faz como eu faço

Baby,

Eu colo em você”

“Quando um homem se apaixona ele perde a razão...”

Robin não podia perder sua razão,não podia perde-la.

Então ele preferiu se perder...

“Amor é isso, estar disposto a morrer por quem se ama.”

Ele foi atingido pela flecha negra.