Suddenly is Love escrita por maju7


Capítulo 5
Capítulo 5


Notas iniciais do capítulo

Queria pedir desculpa pela demora em postar, mas a inspiração foi embora e eu nem imaginava que um dia ela retornaria. Felizmente hoje acordei inspirada e resolvi dar continuidade. Espero que compreendam e não abandonem a fic. Tentarei ao máximo postar com mais frequência, só não quero postar capítulos de merda por cauda da pressa.

Aproveitar também para divulgar minha outra fic... "Upside Down", que escrevo na minha outra conta no Nyah. Espero que acompanhem e gostem, também. https://fanfiction.com.br/historia/692606/Upside_Down/



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/661340/chapter/5

POV NATASHA

Desço correndo as escadas do prédio e sinto lágrimas rolarem pelo meu rosto. Não tenho certeza se fiz a escolha certa em fugir dele. Estava travando uma luta intensa entre a razão e a emoção, enquanto minha cabeça dizia para eu me afastar dele, meu coração implorava para que eu derrubasse minhas barreiras e me permitisse descobrir o amor.

Paro abruptamente no ultimo lance de escadas e aperto os olhos com força. Viro-me para traz, de onde estava vindo e tento juntar coragem para voltar lá e me jogar nos braços dele, nem que fosse apenas por essa noite.

— Não, Natasha. Afaste esses pensamentos malucos da sua cabeça — sussurro para mim mesmo. — Se você fizer isso, irá partir o coração dele e ele não merece isso.

Volto a virar em direção à saída do prédio e antes que eu voltasse a descer, Steve aparece esbaforido chamando meu nome.

POV STEVE

Fico alguns segundos paralisado, tentando decidir se vou atrás dela ou se a deixo ir. Antes de tomar uma decisão, volto a lembrar do momento exato em que a vi pela primeira vez.

Logo após acordar em um quarto estranho, sem saber onde estava e como fui parar ali.

Ao lado da cama onde eu estava, tinha um rádio narrando um jogo de beisebol, coisa que me chamou a atenção. Olho ao redor e logo uma jovem moça entra e sorri.

— Bom Dia. Ou devo dizer “Boa Tarde”? — fala olhando o relógio.

— Onde estou? — essa é a única coisa que me interessa saber no momento.

— Num quarto de hospital em Nova York — fala delicadamente.

Continua a prestar atenção na narração do jogo e fico cada vez mais intrigado.

— Onde realmente estou — falo um pouco ríspido, não acreditei em nada do que ela disse.  

— Acho que não estou entendendo — pergunta um pouco nervosa.

— O jogo... É de 19 de maio de 1941. Eu sei por que eu estava lá — falo e imediatamente percebo que a moça contrair o corpo e desmanchar o sorriso.

Levanto-me e sigo lentamente até ela.

— Eu vou perguntar de novo... Onde estou?

— Capitão Rogers... — Não deixo que ela termine.

— QUEM É VOCÊ — grito a assustando.

Em piscar de olhos o quarto é invadido por dois homens armados. Não penso duas vezes antes de lançá-los contra a parede – derrubando a mesma – e saio correndo do local.

— Espere Capitão Rogers — Grita a moça, porem não dou ouvidos.

Continuo a correr atordoado pelos corredores de prédio, esbarrando em algumas pessoas e percebo que tudo estava estranho. Parecia que eu estava dentro de um daqueles filmes do futuro.

 Vejo um grupo de soldados vindo em minha direção e me escondo atrás de um balcão encostado na parece. Consigo chegar até a saída sem ser percebido e corro o mais rápido que eu consigo. Conforme vou prestando atenção no local onde estava, me espanto ao ver tantas luzes com imagens se movendo e pessoas andando de um lado para o outro, algumas conversando sozinha e segurando um negocio esquisito no ouvido.

Paro no meio da rua e fico a observar tudo te boca aberta.

— Meu Deus... Que lugar é esse — falo sozinho.

Logo sou cercado por vários “carros” – esquisitos até demais pro meu gosto – e ouço alguém falar comigo.

— Descansar, Soldado — viro-me em um sobressalto e me deparo um par de olhos verdes – que mais pareciam esmeraldas, de tão lindos – a me fitar.

A minha frente estava à mulher mais linda que já havia visto na vida, mais linda até que a Peggy. Ela trajava uma roupa um tanto quando esquisita. Um macacão bem colado ao corpo onde estava bem visível um coldre com uma arma na coxa direita.  Ela me encarava de braços cruzados e com um sorriso de canto de boca hipnotizante.

— Olha... Eu sinto muito pelo showzinho lá dentro, mas achamos melhor ir contando aos poucos.

— Contar o que? Quem é a Senhorita? Que lugar é esse? —  pergunto ainda atordoado.

— É uma longa história — fala tranquilamente. — Preciso que me acompanhe, assim poderei explicar-lhe melhor a sua situação.

— Não sei se devo confiar em uma pessoa que acabei de conhecer — falo desconfiado. — O que realmente quer comigo?

— Você está certo em não confiar em mim. Acredite... Nem eu mesma confio, mas na situação em que você se encontra não seria uma boa ideia ficar sozinho em plena Times Square.

Sorrio sarcástico e sacudo a cabeça em negação. Ela só pode estar louca se acha que eu vou cair nessa.

— Acredite Senhorita, eu nasci em Nova York e não é assim que eu me lembro da Times Square — falo ainda sorrindo.

— Em que ano acha que está soldado? — pergunta-me cruzando os braços e sorrindo levemente.

— Como assim em que ano estou? — pergunto sorrindo. — Estou em 1945.

A ruiva da uma bela de uma gargalhada e aproxima-se um pouco mais de mim.

— Ok. Não se assuste com o que vou lhe falar, mas você dormiu Capitão... Por quase setenta anos.

Ok. Isso está começando a me assustar. Por um momento cogitei a ideia de rir e perguntar qual era a brincadeira, mas olhando ao redor percebo que tudo está anormal demais para ser 1945.

— Você está bem? — a ruiva me pergunta preocupada.

— Sim — respondo. — É que eu... — êxito um pouco antes de responder. — Tinha marcado um encontro.  

Desde aquele dia ela esteve sempre ao meu lado, me ajudando a adaptar-me a esse novo mundo e sendo minha parceira de missões. Ela era a pessoa em que eu mais confiava. Eu não poderia deixa-la partir sem ao menos tentar.

Sou tirado dos meus devaneios por uma voz atrás de mim.

— Sua garota está indo embora, vai ficar ai parado vendo o tempo passar? — pergunta um senhor que até o momento não sabia que estava ali. Deve ser o guarda do prédio.  

— Vou atrás dela — sorrio para ele e corro até as escadas.

Enquanto descia, rezo para que ela ainda esteja aqui. Se eu não falar com ela agora, talvez não tenha coragem de falar tudo o que sinto depois.

No ultimo lance de degraus, vejo um vulto ruivo e logo grito seu nome.

— Natasha... Espera, por favor — falo parando a sua frente.

— Não faz isso, Steve — sussurra, negando com a cabeça.

— Eu não posso deixá-la partir sem ao menos me ouvir — aproximo-me dela e seguro em suas mãos. — Desculpa se eu me aprecei... Juro que não queria te desrespeitar, mas não estou mais aguentando ficar tão perto e ao mesmo tempo tão longe de você, se é que você me entende — sorrio docemente. — Desde a primeira vez que te vi, eu sabia que VOCÊ era a pessoa certa para mim. Por isso eu sempre recusava sair com as garotas que você me arrumava encontro.

— Você está errado, Steve. Eu não posso ser a sua “pessoa certa” nem pra você e nem para ninguém. Eu sou suja e quebrada demais para isso. Só vou acabar machucando você e eu não quero isso — lagrimas rolava pelo rosto dela. — Você é importante demais para mim. Não quero que se afaste nunca — coloca as mãos sobre o meu rosto.

— Eu juro, pela minha vida, que estarei ao seu lado, não importa o que aconteça — seguro em seu rosto com as duas mãos e sussurro. — Para todo o sempre.

— Você é romântico e sedutor e eu sou uma pedra de gelo. Por mais que eu queira, não acho que vá dar certo.

— Tenho certeza que nas mãos certas você derrete.

— E se não der certo?

— A gente vai tentando até acertar — Natasha sorri.

— E se mesmo assim não der certo?

— Aí a gente fica junto errado mesmo.

Não dou tempo para ela responder e selo nossos lábios, não dá forma como há beijei há alguns minutos atrás. Não foi um beijo gentil, foi um beijo guloso, profundo e exigente como um selvagem devorando sua presa.  Eu a empurrei contra a parede e a abracei de uma forma que preenchesse cada espaço que existia entre nós. Natasha correspondia ao meu beijo com a mesma urgência. Retribuindo com a mesma intensidade.

Quebro o nosso beijo e junto minha testa na sua. Fico apenas fitando-a por alguns segundo até que Natasha resolve falar.

— Acho melhor voltarmos para casa.

— É... É melhor voltarmos — roubo outro beijo dela e em seguida deixamos o prédio de mãos dadas. 


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Obrigada por não abandonarem rs'
Xoxo, Maju ✡