Na manhã seguinte, enquanto a vida florescia lá fora na nova vida de Hinata, a de Gaara estava um tanto confusa. Este estava deitado em sua cama até tarde, coisa que nunca acontecia, parecia estar um tanto barbudo e um tanto fedido, também havia indicios que não havia dormido bem, do seu lado a Loira Ino Yamanaka repousava com uma respiração calma e controlada.

“Ainda não sei direito o que se passou ontem. Ela foi Embora e eu estou confuso. Nem me deixou explicar. Só fiquei parado a observando ir embora, depois sai, causei a maior confusão da minha vida e trouxe pra cama, novamente, quem deveria estar vivendo sua vida isolada da minha, já que não carrega dentro de si um filho meu. Eu não sei porque estou tão preocupado, promessas são apenas promessas. Mas eu vou sair pra procurá-la, vou traze-la de volta, meu escritório já está uma bagunça”

Gaara saiu da cama só de cueca, arrumou uma roupa e foi tomar uma ducha rápida. Depois sentou na cozinha e comeu uma fatia de torrada (bem queimada) com um pouco de geléia e um pouco de café. Fazia tempo que não usava a mesa, sentiu uma dor. Se lembra de quando adquiriu fama, Hinata estava lá, cuidava tão bem dele. Lembra-se do tempo de escola e também do beijo casto que ela depositou em seus lábios. E apesar disso, nada mudou na amizade dos dois, ou mudou?

Sempre esteve tão presente, cuidava de seu dinheiro, da sua casa, da sua agenda de shows e até do seu guarda-roupa cuidava, nada faltava. Apenas o companheirismo foi sumindo, dando lugar à um ponto de interrogação. Um Espaço vazio.

Depois foi ao quarto e acordou a Loira, que se levantou com uma cara emburrada, tomou um banho, arrumou sua bolsa, e depositou um beijo ardente em Gaara:

—Por favor, vá embora – Ele disse com um pouco de rancor na voz – Por favor Ino, vá embora. Não quero te ver mais.

Ela o olhou com descrença e os olhos encheram de lágrimas. Agarrou com os dois braços o corpo musculoso de Gaara e não o queria largar, se recusava a ir embora, batia o pé.

—Como você pode dizer isto? - ela olhou chorosa – eu transei com você por amor e agora você vem me mandando embora, olha aqui ruivo, se sua garota te deixou o problema é dela, mas você não pode falar assim comigo.

—Ino, presta a atenção. Primeiro, ela não é minha garota. É a menina mais importante da minha vida, minha melhor amiga, meu primeiro amor de escola que eu nunca dei bola. Segundo: Eu não te amo, tá legal?

—Você não pode estar falando sério. Na cama você jurou...

—Nunca acredite em Juras de amor que um cara faz na cama, principalmente se ele mora com a melhor amiga, fim de papo. Agora por favor Ino, vá embora, não quero discutir com você, pelo menos vai pra sua casa e me deixa pensar sobre as decisões que eu devo tomar, só para inicio de conversa.

—Você é um puta de um sacana, Sabaku no Gaara. Quando você ver que a Hinata não gosta mais de você e que você está indo atrás dela atoa e vier atrás de mim, eu estarei com outro, prontinha pra te dar um pé na bunda, pra dizer que você me perdeu.

—Só que eu nunca irei atrás de você Ino, aceite isso. Eu nunca corro atrás de mulher alguma. Por isso da fama que eu tenho, as necessidades das mulheres não são prioridades pra mim. Agora vai logo.

—Eu te odeio.

E foi desse jeito que ela saiu correndo, chorando com as mãos no rosto. Nunca iria desculpá-lo por tal humilhação. E Gaara, este estava arrumando suas coisas pra ir atrás de Hinata. Pegou só seu violão, um pouco de dinheiro, iria comprar um presente para ela e talvez comprar a sua volta para casa. Colocou uma roupa preta e com a chave do carro na mão entrou no carro sem se lembrar de uma direção até que veio a resposta: estava na casa do pai, disso tinha certeza e era pra lá que iria.

Dirigindo a 200 km/ por hora em uma estrada de apenas 100 km, Gaara chegou rapidamente ao seu destino, deveria ser 13 horas quando chegou. Um sol quente e a terra fazia seus pés por dentro dos sapatos queimarem. Ouviu alguém cantando. Seguiu o som dando a volta no casarão, realmente era imenso. Chegou ao que deveria ser a janela da sala e a avistou, toda linda e sorridente, se estreitou pela janela, Hinata olhou para a janela.

—o que você está fazendo aqui? Não tenho mais dever de cuidar de você, por favor saia da casa do meu pai agora mesmo ou chamarei meu primo pra dar um jeito em você, se você não for agora eu vou!

Não acreditando nas palavras dela, ele terminou de subir, Hinata deu um tapa na cara dele e saiu correndo para o quarto e depois desceu as escadas correndo, pegou o carro de Gaara (que como ele era burro deixou a chave junto) e foi embora. Ele só encarando a sala vazia.

“Me ferrei e o pior era que Ino tinha razão, ela me rejeitou”.