Second Chances escrita por Mares on Mars


Capítulo 31
Your Family


Notas iniciais do capítulo

Capítulo cutie e não muito longo, com gostinho de "vai dar treta". Titia ama vocês!



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— Okay, todo mundo, atenção aqui – a professora Clara pediu e todos os alunos se aquietaram em seus lugares – O semestre está quase chegando ao fim em duas semanas, e nós vamos ter um grande trabalho nos próximos dias. Um trabalho muito grande e divertido para o Dia da Família.

— O que é o dia da família? – Eleanor perguntou após levantar a mão.

— É o dia em que todas as famílias vem até a escola e tem um grande piquenique e música, e nós apresentamos alguma coisa para eles – a mulher explicou e os alunos começaram a fazer sons de aprovação – Mas para esse dia acontecer, todos vão precisar fazer um painel ou um álbum de fotos sobre a família de vocês.

— Só de quem mora com a gente? – Hugo, o amiguinho de Eleanor perguntou com a mãozinha erguida no ar e resmungou depois – Porque se for só vai ter uma foto da mamãe.

— Não, o painel pode ter fotos de todos os familiares que vocês querem ver aqui no dia da família – a professora esclareceu pacientemente e Eleanor sorriu.

— O meu álbum vai ficar enorme – ela cochichou para Sophie e Lorelai, suas amiguinhas sentadas a seu lado e Sophie perguntou o por que: – Porque minha família é bem grande ué – Eleanor respondeu orgulhosamente e a professora voltou a falar:

— O painel ou o álbum devem ter fotos do familiar, o nome deles ou o nome que vocês costumam chama-lo e algum motivo pelo qual ele é importante. E também pode ter fotos de algumas datas que foram importantes para vocês – explicou calmamente e deu um sorriso largo – E eu sei que vocês não vão decorar tudo isso, então tragam aqui o caderno de vocês que eu vou escrever as instruções – ela disse por fim e em ordem de chamada os alunos entregaram-lhe os cadernos.


Uma hora e meia depois foi o fim do período de aulas e assim que o sinal tocou, Eleanor disparou para fora da sala de aula na companhia de seus três amiguinhos, Hugo, Sophie e Lorelai. Na porta do colégio, ao contrário do habitual, quem a esperava era Fitz, segurando um enorme pirulito psicodélico em cada mão.

— Tio Fitz – a menina gritou com empolgação ao vê-lo e fez questão de levar os amiguinhos para ele conhecer – Esse é o meu tio Fitz – disse apontando para o engenheiro – E essa é a Sophie, o Hugo e a Lorelai – falou em seguida e apontou para cada amigo em sequência.

— Ele é bonito – Lorelai comentou com uma risada brincalhona e o cientista abaixou-se para ficar da altura das crianças.

— Muito obrigada pelo elogio – ele disse com uma pequena reverência e arrancou risadas das crianças – Eleanor, a tia Simmons tá no carro e vai levar a gente pra almoçar num lugar muito legal, vamos? – ele perguntou e a menina concordou com empolgação, e imediatamente despediu-se dos amigos e começou a saltitar ao lado de Fitz até o carro. Assim que a menina pulou para dentro do carro e o engenheiro prendeu o cinto de sua cadeirinha, Simmons virou-se com um sorriso imenso para cumprimentar a pequena e em seguida, manobrou para fora do estacionamento, com Fitz a seu lado configurando o gps e Eleanor começou a falar sobre o trabalho que tinha para fazer.

— Tem que ter fotos de todo mundo que é importante pra mim e eu tenho que dizer o porque eu gosto deles – ela explicava com um sorriso empolgado.

— Eu vou estar nesse trabalho? – a bioquímica perguntou brincou e Eleanor revirou os olhos e bufou ofendida.

— É claro que sim, e o tio Fitz também – a menina confirmou e em seguida começou a divagar – E a tia Yoyo e o tio Mack também, e o tio Hunter e a tia Bobbi também, e vai ter até uma foto da barriga da tia Bobbi, porque o bebê também importa – disse seriamente e o casal nem ousou rir do tom de voz da menina – Eu só não sei aonde eu vou conseguir as fotos – reclamou com um muxoxo e Simmons sorriu.

— Eu tenho o jeito perfeito para resolver esse problema – garantiu, olhando para Eleanor através do espelho retrovisor.

— Mesmo? – a menina perguntou com os olhos brilhando.

— Assim que nós chegarmos em casa eu te mostro – a mulher confirmou e a pequena comemorou, enquanto abria a embalagem de um dos pirulitos que Fitz havia dado.


Um pouco depois da uma da tarde, após o almoço, FitzSimmons levaram Eleanor de volta pra casa e imediatamente a cientista arrastou a menina para seu quarto.

— Eu tenho certeza, tá por aqui em algum lugar – a mulher dizia enquanto vasculhava algumas caixas em seu armário. Eleanor estava sentada na beirada da cama, com as perninhas balançando enquanto observava o progresso que Simmons fazia – Ahá – ela exclamou assim que encontrou uma caixa azul e quadrada bem no fundo do guarda-roupas.

— Achou? – a menininha perguntou, mesmo sem saber o que a mais velha procurava.

— Achei – Simmons afirmou e levou a caixa até a cama, onde abriu-a e de lá tirou uma câmera Polaroid.

— O que é isso? – Eleanor questionou assim que viu o aparelho.

— É uma câmera fotográfica – disse com um sorriso – É antiga e foi a minha mãe que me deu quando eu era um pouco mais velha que você, e é bem fácil pra usar. Você olha aqui nessa lente, aponta para o que você quer que apareça na foto e aperta esse botão aqui – explicou com paciência, demonstrando cada passo – E depois, sua foto sai aqui – falou assim que a câmera “cuspiu” um papel, onde segundos depois apareceu a imagem de Eleanor.

— Incrível – a pequena disse com empolgação e Simmons passou o objeto para as mãos da menina, pendurando-o em seu pescoço primeiro.

— Por segurança – comentou assim que a pequena olhou com estranheza por ter uma câmera pendurada em seu pescoço – Agora vai, e faz do jeitinho que eu te ensinei e tira uma foto minha – pediu e sorriu, posando para a foto enquanto a criança replicava o que havia sido ensinado. Segundos depois, uma foto de Simmons estava nas mãos de Eleanor, que mostrou-a com orgulho – Ótimo, agora você pode ir e tirar fotos de todo mundo que você quer colocar no trabalho – orientou e com pulinhos, a menina saiu do quarto.


A semana que se seguiu foi recheada por Eleanor perseguindo e fotografando sua família. Algumas ficavam boas, mas essas eram a minoria. Outras ficavam escuras demais, claras demais, borradas demais ou revelavam muito do ambiente em que viviam. Por exemplo, em uma das fotos, Bobbi e Hunter seguravam grandes fuzis em frente a um dos quinjets. No fim das contas, a família se solidarizou com Eleanor e entregou para ela os celulares, onde ela escolheu as fotos mais bizarras e divertidas da família, e mesmo sob protestos da parte dos adultos, ela quis coloca-las em seu trabalho. Simmons e Fitz a ajudaram em todos os minutos, e até “fabricaram” mais fotos para que o trabalho da menina fosse digno de uma nota A, e foram os responsáveis por montar digitalmente a capa do álbum para a apresentação. Depois que todas as fotos foram separadas e colocadas em seus devidos lugares do álbum, Fitz se ofereceu para escrever a mão as legendas das fotos, mas Eleanor recusou e disse que ela mesma escreveria tudo, e após horas da menina escrevendo em suas letras e palavras infantis, o trabalho estava quase pronto.

— Mamãe, você precisa ver o meu trabalho – a pequena disse empolgada, saltitando de um lado para o outro atrás da mãe, que observava seriamente a tela do celular.

— Filha, me mostra depois ok? – May pediu sem nem olhar para a criança e Phil, que estava sentada no sofá próximo à mulher, estranhou seu comportamento.

— Filha, vem mostrar para o papai – ele ofereceu, afastando a menina de Melinda, que agora segurava o celular contra a orelha, como se esperasse ser atendida por alguém, e com um olhar desconfiado, Phil saiu da sala na companhia da filha.


Uma hora depois, Phil foi até o quarto que dividia com May a procura da mulher, e ao encontra-lo vazio, foi até o antigo quarto da mulher. Lá estava a chinesa, carregando o pente de algumas armas e colocando-as em uma bolsa.

— Posso saber o que você tá fazendo? – ele perguntou seriamente e mesmo assim, Melinda continuou a andar pelo quarto, enfiando munição em uma Python – Melinda, fala comigo – exigiu com o tom elevado e ela parou subitamente.

— Minha mãe precisa de mim – disse rapidamente e escancarou a porta do guarda roupa, tirando de lá uma faca de combate de algumas camisetas básicas.

— Sua mãe precisa de você? Essa informação é um pouco vaga – ele respondeu e sentou-se na beirada da cama.

— Ela precisa de mim, e nós somos espiões, informações vagas fazem parte da profissão – rebateu imediatamente, enquanto enfiava duas calças limpas em sua mala – Eu vou hoje, vejo o que ela precisa e volto a tempo da apresentação da Eleanor na terça. Vai ficar tudo bem! – garantiu assim que terminou de empacotar tudo o que precisava e vestiu uma jaqueta de couro por cima de sua camiseta. Em um movimento ágil, enfiou os pés em suas botas sem salto, ficando muito mais baixa do que o normal e encaixou sua faca dentro do sapato, a centímetros de sua panturrilha.

— Tem certeza que vai ficar tudo bem? Porque você vai sair por aquela porta armada até os dentes e isso me preocupa porque você normalmente não precisa de nada disso – ele questionou com as sobrancelhas franzidas – Francamente, tem uma Python na sua mala! – exclamou apontando para a bolsa que ela pendurava agora em seu ombro.

— Eu te dou minha palavra – prometeu e ficou na ponta dos pés para dar-lhe um beijo breve – Se cuida, e cuida das minhas filhas – ordenou seriamente e após um aceno do homem, ela saiu do quarto carregando sua mala.


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Notas finais do capítulo

Eu sempre adoro ler o que vocês acharam!!!



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