Second Chances escrita por Mares on Mars


Capítulo 29
I didn't see that coming


Notas iniciais do capítulo

CAPÍTULO COM ALTA DOSE DE FOFURA.



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Os dias que se seguiram a festa de aniversário de Lucy foram preenchidos com a expectativa de Eleanor para o primeiro dia de aula. Os pais da menina se dedicaram a providenciar todo o material escolar necessário e preparar a menina para estar longe da família pela maior parte do dia. A pequena ainda estava hesitante a respeito disso, assim como sua mãe.

— Você tem certeza que é uma boa ideia Phil? – ela perguntou na véspera do primeiro dia de aula da menina. Ela acabara de sair do banheiro, vestida para dormir, enquanto Phil estava sentado na cama, com seus óculos quadrados no rosto, lendo atentamente um capítulo de O Retorno Rei.

— É claro que é uma boa ideia – ele garantiu, sem desviar os olhos de seu livro, e Melinda acomodou-se em seu lado da cama. Com um movimento, ela puxou os óculos do homem e colocou-o em seu próprio rosto, pronta para começar a ler um livro novo que comprara na livraria há dois dias – Você precisa comprar um óculos pra você – provocou, assim que ela apoiou-se em seu peito e abriu o livro.

— Eu não preciso, eu tenho o seu – rebateu e respirou fundo, antes de retornar ao assunto anterior, enquanto folheava o livro até a página inicial da história – Eu acho que vou precisar de calmantes para lidar com a Eleanor na escola – brincou e ela olhou-a com carinho.

— Chega de ler – ele declarou e ela resmungou.

— Eu nem comecei a ler ainda – reclamou, mas ele já tinha puxado o óculos para fora do rosto dela e tirado o livro de suas mãos.

— Amanhã vai ser um dia longo amor e já é mais de meia noite – disse carinhosamente e puxou-a mais para perto, deixando os dois corpos bem colados e confortáveis, e em apenas alguns minutos de silêncio, ambos caíram no sono.

A manhã seguinte começou bem antes do normal. Geralmente, todos se reuniam na cozinha para o café da manhã as 8:00. Naquela segunda feira, todos estavam sentados a mesa antes mesmo das 7:00, aguardando para ver Eleanor em seu uniforme da escolha.

— Vocês estão prontos? – Phil perguntou com empolgação, entrando na cozinha após as 7:00 da manhã. Passara a última meia hora ajudando Melinda a arrumar a pequena para sair – Ela tá tão linda – comentou em seguida e a chinesa entrou na cozinha, acompanhada da pequena Eleanor, que tinha os cabelinhos escuros presos em duas tranças e vestia um conjuntinho de saia plissada azul e uma blusa de botões branca, com o símbolo da escola. Por cima do uniforme, vestia o casaquinho cinza que Bobbi dera de presente.

— Empolgada para o primeiro dia? – Mack perguntou com sua voz trovejante, e a menina escalou-o até poder sentar sobre o joelho de seu titio favorito. Com um sorriso enorme, ela balançou a cabeça afirmativamente e o agente sorriu.

— Eu aposto um sorvete que você vai fazer um monte de amiguinhos – Hunter disse com um sorriso e estendeu a mão para pequena, que apertou-a imediatamente, aceitando a aposta.

Depois do café da manhã, Melinda buscou a mochilinha da filha no quarto e checou pela milésima vez se havia colocado tudo o que a menina precisava dentro. Por último, olhou-se no espelho, avaliando novamente a roupa que havia sido escolhida por Bobbi para a ocasião – calça jeans escura, uma camisa de seda e um blazer azul marinho, com saltos no pé – e suspirou irritada. Na véspera, Skye havia convencido a agente de que mães que levam seus filhos a escolha geralmente estão muito bem vestidas, e Jemma confirmou, embora May duvidasse que isso era verdade. Quando finalmente deu-se por satisfeita, com a roupa e o conteúdo da mochila, que tinha o formato do R2D2, uma exigência de Eleanor, a mulher dirigiu-se até a garagem, onde Phil lutava com o assento infantil no banco traseiro do SUV.

— Eu ainda acho que nós deveríamos levar a Lola – ele reclamou, assim que a viu entrar na garagem e ela revirou os olhos, entrando no banco do motorista do Lexus preto.

— Phil, se nós formos em um corvette vermelho conversível, nós vamos atrair muito mais atenção do que nós queremos – ela respondeu imediatamente e ele finalmente conseguiu fechar o cinto da cadeirinha em volta de Eleanor.

— Como se isso não fosse acontecer com esse seu carro enorme – ele resmungou, entrando no banco do passageiro e ela riu da criancice do homem.


Em dez minutos, eles estavam na frente da escola, observando vários pais acompanhando seus filhos para dentro do prédio. Aparentemente, Simmons e Skye estava certa sobre o que as pessoas vestiam.

— Parece que elas vão pro fashion week – Phil comentou, observando um grupo de mães muito bem vestidas.

— Eu vou ter que fazer compras desse jeito – a mulher brincou e até Eleanor deu uma risadinha – Filha, se você quiser nós podemos ir embora agora mesmo – May disse, virando o corpo para encarar a pequena no banco de trás.

— Tá tudo bem mamãe – a menina garantiu com um sorriso empolgado, e ambos os pais saíram do carro. Phil abriu a porta traseira e ajudou a garota a se soltar do cinto. May contornou lentamente o carro, adaptando-se com os saltos finos sob os pés.

— Você está linda – ele elogiou, passando o braço direito em volta da cintura da chinesa e ela sorriu em agradecimento. Eleanor escalou facilmente o pai, instalando-se no colo dele – Pronta querida? – perguntou para a menininha e ela assentiu. Lentamente, o casal caminhou para dentro do prédio, com Eleanor no braço de Phil, conversando calmamente sobre o filme que assistira na noite anterior com Hunter e Mack. Como o esperado, vários olhares foram direcionados para os três, e era possível ouvirem alguns sussurros mães se perguntando quem eram eles.

— As vantagens da cidade pequena – Melina ironizou, falando baixinho e o homem sorriu. Ao chegarem na entrada principal da escola, uma inspetora recebia os alunos, e sorriu quando viu o casal com a menina.

— Você é a Eleanor – a mulher simpática disse com empolgação e a menina assentiu – Eu sou a Diana, você pode me chamar de Tia Diana – apresentou-se com um sorriso carinhoso – Qualquer coisa que você precisar, é só me procurar.

— Ouviu filha? – a mãe disse e Eleanor balançou a cabeça positivamente. Pedindo licença por um segundo, Phil e Melinda sentaram-se no banco que tinha próximo a entrada e a chinesa sentou a menina em seu colo – Você lembra do que a tia Simmons explicou? – perguntou, olhando-a diretamente nos olhos.

— Se eu precisar falar com qualquer um de vocês, eu peço pra ir no banheiro e aperto o meu colarzinho – ela repetiu o que a cientista havia explicado no dia anterior, passando o dedinho indicador sobre o colarzinho redondinho em seu pescoço – E eu não posso mostrar pra ninguém – acrescentou e os pais sorriram orgulhosos.

— Muito bem filha – Phil elogiou e deu um beijo na testa da menina. A inspetora na porta do colégio avisou que era hora de todas as crianças entrarem, e com um peso no coração, o casal se despediu da pequena, que andou timidamente para dentro da escola.

— Ela vai ficar bem, não vai? – Melinda disse com insegurança, e o homem puxou-a para um abraço.

— É o primeiro dia dela? – uma mãe perguntou subitamente, aproximando-se do casal, e May agradeceu por não estar armada. Quando se assustava, seu primeiro instinto era sacar a arma que sempre estava posicionada em seu quadril. O casal se separou e olhou para a mulher que se aproximara. Ela era bonita, mais jovem que eles, com um sorriso muito afetado e um longo cabelo loiro cheio de cachos, vestida em um deslumbrante terninho branco e saltos ainda maiores que os de Melinda.

— É sim – a chinesa respondeu, tentando parecer agradável.

— É a primeira criança que vocês mandam pra escola? – a loira disse em seguida, olhando para a entrada da escola.

— É a segunda, nós temos uma filha mais velha – Phil falou rapidamente, e olhou sobre o ombro, verificando se Eleanor já havia entrado.

— Eu sou Sarah Miller – a mulher apresentou-se, estendendo a mão para o casal, que cumprimentou-a rapidamente.

— Phil e Melinda Coulson – o homem apressou-se em dizer e sorriu.

— Minha filha, Claire, é o primeiro dia dela também – disse com empolgação – Ela é minha única filha, e eu não podia estar com mais medo – completou, parecendo subitamente desanimada.

— Nós também estamos com medo – Melinda garantiu e sorriu para a outra mãe – Amor, nós temos que ir senão vamos nos atrasar – disse subitamente e Phil concordou.

— Claro, trabalho – respondeu em seguida e rapidamente, despediram-se da mulher mais jovem, que disse que havia sido um prazer conhece-los.

— Devo me preocupar? – a chinesa perguntou, assim que entraram no carro, e o diretor olhou-a sem entender – Eu vi o jeito que você olhou pra ela – provocou, fingindo estar com ciúmes e ele corou violentamente.

— Ah Mel, não foi nada ... – ele começou a justificar-se e ela caiu na risada.

— Não tem problema, ela era realmente linda – rebateu com um sorriso, e logo, manobrou o carro de volta a rua principal.


— Hunter... hm, eu posso falar com você? – Bobbi perguntou, por volta das dez da manhã. A base estava silenciosa, a maioria dos agentes estava no ginásio, e Hunter estava na sala, assistindo desenhos com Lucy.

— Claro que sim, pra você todo o tempo do mundo – ele respondeu com um sorriso carinhoso e deu tapinhas no sofá ao seu lado, para que ela se sentasse. Lucy estava deitada no colo do titio, com os pés pra cima, olhando para a televisão como se tivesse hipnotizada.

— Eu preciso te contar uma coisa ... – a agente disse, com um nó na garganta, e a expressão de Hunter ficou séria.

— Tá tudo bem? – questionou com preocupação e ela assentiu.

— Não tem jeito mais fácil de dizer isso, então, lá vai ... – começou, e deu um longo suspiro, antes de anunciar: – Nós vamos ter um filho, Hunter, eu estou grávida – falou rapidamente e o homem piscou várias vezes, permanecendo completamente imóvel – Hunter? – ela chamou, após longos dois minutos de silêncio.

— Diz mais uma vez – ele pediu, ainda com a expressão intacta e ela repetiu:

— Nós vamos ter um filho, eu estou grávida.

— Mais uma vez...

— Nós vamos ter um filho ...

— Nós vamos ter um filho – ele repetiu o que ela dissera, e fechou os olhos com força, apertando os braços em volta da pequena Lucy em seus braços. Quando reabriu os olhos, Bobbi pôde ver as lágrimas que ameaçavam cair e ele começou a rir – Eu vou ser pai – disse com emoção, e puxou Bobbi para um abraço – Eu te amo meu amor, mil vezes obrigada – ele agradeceu emocionado, quase chorando contra o ombro da mulher, que estava em choque com a reação do marido – Lucy, eu vou ser papai – disse com empolgação, levantando a menina em seu braços e a pequena riu – A gente precisa contar pra todo mundo – falou com uma risada e arrancou um sorriso apaixonado de sua esposa.

— Você tá feliz – ela disse incrédula e ele levantou-se em um salto, com a pequena rindo em seu colo.

— É claro que eu tô feliz – garantiu e puxou Bobbi pela mão – Desde que essas meninas vieram pra cá, e eu comecei a ajudar a cuidar delas, eu venho querendo um bebezinho só nosso – disse com carinho e a loira lutou para manter suas lágrimas pra si – Agora, se me dá licença, eu preciso fazer uma coisa – ele pediu e entregou a bebê para a mulher, que olhou-o com desconfiança.

— Hunter, o que você vai fazer? – perguntou com uma careta e ele deu-lhe um beijo breve, antes de correr para fora da sala.

— Eu vou ser pai – ele gritou a todo pulmão, e continuou correndo pela base, gritando a mesma frase toda vez que via alguém. Bobbi correu atrás dele, com Lucy no colo, rindo com empolgação, toda vez que ele dizia as palavras – Eu vou ser pai, eu vou ser pai – gritou novamente, assim que entrou na cozinha, e encontrou o resto de sua equipe reunida.

— O que? – Skye perguntou com o queixo caído, um sorriso já começando a se formar em seu rosto.

— Eu vou ser pai ... Essa mulher linda acabou de me dizer isso – ele repetiu, apontando para Bobbi, que entrara na cozinha um segundo depois dele, e ela sorriu orgulhosa, quase explodindo de felicidades com a reação do marido. Melinda rapidamente se aproximou e abraçou a agente mais jovem.

— Eu estava certa – disse com carinho e sorriu para a mulher, pegando Lucy em seus braços para que os outros agentes pudessem dar os parabéns para o casal.

— Agora que você vai ter um bebê, está proibida de ir a campo até o final da gravidez – Phil disse com firmeza, quando todos já haviam parabenizado os dois – E o mesmo vale para você Hunter.

— Mas eu não estou grávido – o homem reclamou e os agentes riram.

— Nós queremos que você conheça seu filho antes de morrer, é só isso – May provocou e ele revirou os olhos – Até o bebê nascer, você fica na administração.

— Por administração você quer dizer: fazer a limpeza da base – resmungou e todos sorriram.

— Isso exige uma comemoração – Skye sugeriu, quase dando pulinhos e Phil concordou.

— Essa noite, eu vou fazer um jantar muito especial – o diretor garantiu e logo, todos os agentes voltaram a suas funções.


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Notas finais do capítulo

E aí, o que acharam?



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