Waking Up - Aprendendo a Viver escrita por Soll, GrasiT


Capítulo 7
Capítulo 5 - ENCARANDO AS CONSEQUÊNCIAS - 2ª PARTE


Notas iniciais do capítulo

Pessoas desculpe a demora em postar!

Boa leitura a todos!!!!

;*



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Narração: Bella Swan

“Ah Bells que bom que já desceu, eu tava indo lá te chamar...Vem senta aqui

do meu lado. Saí pra lá Jazz, hoje a Bella vai sentar aqui” Alice falava comigo e tocava o namorado para a outra cadeira.

 

“Não, por favor, não toca ele Alice! Deixa ele sentar onde ele quer! Jazz fica sentado ai...”

“Viu Allie, deixa eu sentar onde eu quiser... a Bella que manda!” Ele falou dando uma piscadela pra mim.

 

“Não mesmo... A Bella vai sentar aqui do meu lado... E agora você fica bem quietinho e senta lá do lado do Edward... Ou eu te mando sentar em outro lugar! O que você acha maninho?” Alice era realmente boa com ameaças. Jasper lhe lançou olhar que foi engraçado de ver. Tive que me segurar pra não rir, ao que tudo indicava Jazz tava com ciúmes de mim! Ele me olhou brincalhão, virando os olhos para cima.

“Bella eu me rendo… o lugar é todo seu!”

“Obrigada (?) ” Era pra ser uma afirmação. Mas não teve como evitar que saísse uma pergunta.

 

“É obrigada pode ser apropriado... Uhum” Ele falou em um fio de voz.

 

“Te devo uma Jazz.” Sorri para ele e Alice saltitava na cadeira dando tapinhas

no assento ao lado dela. Eu não queria me sentar ao lado do Ediota. Daria meu sangue pras baratas, mas não sentaria.

Jantamos com calma, tinha comida italiana. Falamos bobagens e demos algumas risadas. A comida estava ótima, a única coisa que não me fez digerir a comida direito eram as olhadas que o Cullen me lançava. Ele fora o único que não dera uma risada durante aquele momento. Eu ainda não estava completamente bem, ria na medida para não desapontar ninguém. Ele parecia ferver por dentro! Aquilo estava me fazendo ferver também. Eu tremia da cabeça aos pés. Durante todo o jantar. Eu queria saber qual era o seu problema! Queria que ele me jogasse, de vez, na cara o que o incomodava tanto em mim! Queria bater de frente com ele até obter as respostas. Custasse o que fosse inclusive, a minha permanência em Forks.

Carlisle teria plantão no hospital e teve que sair logo após o jantar, Esme alegou cansaço e se retirou após beijar a cada um que estava na mesa. Ficamos conversando em volta da mesa por mais um tempo.     

 

Eu estava absorta naquele garoto analisando seus atos. E o interessante era que ele fazia o mesmo. Não conseguia acompanhar as suas expressões, eu não ouvia mais nada ao meu redor, ele sim. Sem vergonha nenhuma eu continuava a lhe fitar. Me espantou que ninguém ali tivesse me chamado atenção. Vi ele sorrindo debochado e abrindo a boca pra começar a falar. Pisquei e despertei para ouvir.

“Sabe o que é pior do que gente mesquinha Alice? São os intrusos... quando as pessoas não tem vergonha na cara mesmo! Vem pra os lugares e não são convidadas! Invadem a privacidade alheia! Vem usar o nosso lar, pedir atenção para si e ainda se dizem não interesseiros! E acham que podem contar uma história triste, e que daí tudo vai ficar bem! Isso sim é pior! Gente metida e mentirosa!” Ele falou cuspindo entre os dentes. E quando terminou olhou pra mim. Bestificada e de queixo caído quanto aquilo.     

 

Eu tremi. Senti a cólera invadir o meu ser e perder a paciência. Não sei porque já não tinha ligado o foda-se pra ele. Com uma calma calculada, abaixei e ergui meus olhos em sua direção.          

“Então é isso o que você pensa de mim? HEIN? Que eu sou uma intrusa? RESPONDE!!! Uma interesseira? FALA SEU IDIOTA! Põe pra fora!” Falava com a raiva contida na minha voz.

 

“É sim eu acho isso! Você veio pra cá do nada, e quer mudar toda a nossa rotina. Vem com essa história de rejeição maternal e suicídio pra quem sabe, alguém, aqui te aceitar. Você quer carinho? Adote um cachorro! Você quer atenção? Tente se matar de novo... Mas não venha aqui na minha casa, usar a minha família e meu lar pra fugir de seus malditos problemas. E não espere que eu me importe com o seu maldito bem estar! Por mim que pegue fogo!!! Eu não suporto olhar essa tua cara monstrenga! Tua presença aqui é irritante!” Ele bufou. Achando que aquilo seria o fim, mas do que ele me chamou mesmo? Monstrenga? Foi isso?

“Ah você ACHA ISSO TUDO?! Então é bom você rever seus malditos conceitos! Porque eu não vim aqui contar historinhas tristes e nem tentar a salvação como você mesmo disse antes! Muito menos usar seu lar e sua família! Eu não vou ficar aqui pra sempre ok?! E não preciso da SUA atenção! Muito menos do SEU carinho! E principalmente eu NÃO QUERO QUE VOCÊ SE IMPORTE!!!!” Ele me olhava com uma cara de espanto. “O que?” Qual o espanto aqui? Achou que eu ia aguentar seus desaforos passivamente? Acha que o que eu falo é mentira? E quer que eu fique quita. Rá se liga EDIOTA!!!     

 

“O qu...?” Ele tentou falar. Eu não tinha acabado com ele ainda.   

“Vamos, ligue para o meu pai... e fale com o GENERAL SWAN!” Ele arregalou os olhos, acho que ninguém tinha lhe contado da profissão de meu pai. “Isso ligue...” Lhe atirei o celular que estava em meu bolso. Ele pegou com susto, quase deixando o aparelho cair. Eu estava fora de mim. “Fale com um General de alto escalão do exército americano! Conte... Anda disca pra ele seu fraco! Fala que você desconfia de mim... Fale o que você PENSA de mim! Você vai ouvir um General falar Edward Cullen, não um pai. E eu te garanto... Não vai ser nada agradável!” Ele nem se mexia na cadeira! Não fazia menção de ligar pra Charlie. Acho que sequer respirava “Mas quanta covardia aqui!” Ri sarcástica. E com desprezo emendei. “Agora escute com atenção, se você não sabe o que eu sou e o que eu passei não venha me julgar! E mais uma coisinha seu estúpido: você sabe o que é pior do que gente mesquinha e intrusa?” Esperei. “IGNORANTES! Assim... exatamente como você é!”.     

 

Sai dali espumando pela boca. Então era isso... Ele achava que eu mentia! Ridículo! Eu não acreditava em que meus ouvidos tinham ouvido e muito menos em minha reação. Subi as escadas batendo os pés. Esquecendo-me de que não estava em casa. Nem pude analisar a reação de ninguém. Provavelmente teria magoado Alice... Ainda bem que Esme não estava lá. Mas a única coisa que sei é que enquanto me dirigia ao meu quarto, o silêncio era pertubador. Fiquei esperando pelas risadas, normalmente era isso que acontecia quando eu gritava com pessoas como Edward Cullen. Hesitei em minha porta. Nada. Dei um passo para dentro do quarto e antes de fechar a porta pude ouvir.           

 

“Como você pode fazer isso com ela Edward?” Era Alice, de fato ela me defenderia.           

 

“Bem feito Edward...” Rosalie?         

 

Não queria ouvir mais nada. Entrei para o quarto e comecei a jogar as minhas coisas dentro da mala novamente. A chuva caia forte lá fora, chicoteava com força nas janelas. Eu estava possuída. Aquilo ali estava sendo ótimo. Exceto por ele. Que fazia Forks parecer um inferno. Eu não me importava com ele. Não mesmo! Quem ele pensava que era para me tratar assim? Como ele podia sequer pensar que eu mentiria sobre um assunto tão delicado como aquele? Ele não tinha entendido que eu estava ali por Charlie? Por mim minha vida já nem existia mais!       

 

Eu deixaria os Cullen assim que terminasse minha mala. Eu simplesmente jogava tudo ali dentro. Na verdade atirava como bolas. Eu tinha vontade de gritar. Eu queria explodir. Sumir. Eu quis quebrar alguma coisa. Eu estava surtando de tamanha a angustia que eu sentia. Eu me recusava a chorar. Já chorara demais desde que chegara aqui. Não seria esse infeliz que me faria derramar mais uma lágrima sequer ali dentro. Eu não sabia pra onde voltar. Muito menos o que fazer. No dia seguinte era sábado e a única imobiliária da cidade não estaria aberta. Eu ficaria vagando pelas ruas? Eu tava perdida! O que eu estava fazendo de minha vida?! Ótimo início Isabella Swan. De cara já chega arrecadando pessoas que te odeiam. Isso é tão típico. Isso é tão... Minha vida. Me lembrei.

 

Continuei com meu ritual de jogar as coisas dentro da mala. Coloquei o computador e joguei um porta-retrato sem dó nem piedade. Ao pegar o segundo me vi bebê nos braços de Charlie. Um momento de lucidez me passou. Eu estava fugindo. Tentando deixar os problemas pra trás. Sendo egoísta. Eu estava sendo covarde.

Respirei, olhei para fora. Na escuridão da floresta parecia haver algum consolo. Eu não poderia sair dali. Em minha casa seria pior para Charlie se eu voltasse ou se eu sumisse. Qualquer uma das duas opções eram erradas. Eu tinha que me resignar e aguentar o que eu poderia. Não podia permitir que meu pai sofresse mais com as ingratidões de Renée. Calmamente comecei a retirar os meus pertences da mala novamente.

Depois de cinco minutos eu percebi que eu precisava dormir. Senti a velha letargia de dor me dominar. Abandonei minhas roupas de qualquer jeito e me joguei na cama cobrindo-me com o edredom macio que ali estava.

 

Narração: Alice Cullen

 

... Vem pra os lugares e não são convidadas! Invadem a privacidade alheia! Vem usar o nosso lar, pedir atenção para si e ainda se dizem não interesseiros! E acham que podem contar uma história triste, e que daí tudo vai ficar bem! Isso sim é pior! Gente metida e mentirosa!”     

 

O que aquele bocaberta do meu irmão estava falando? Ele está falando essas coisas pra Bella? Só podia ser, ele tava fuzilando ela com os olhos. Ela já aguentara demais na vida dela. Ela certamente não iria aguentar mais essa dele. Bella o respondeu se controlando. Tentando encontrar alguma força pra não perder a paciência. Ele continuou falando suas asneiras.

Ele estava sendo um completo idiota desde que ela chegou. Questionando-a sem nenhuma prudência e agora dando uma indireta, no entanto, bem direta pra ela. Todos nós sabíamos o que ele pensava sobre a vinda dela. Mas ele falar assim todo debochado era ridículo. E ele não tinha razão nenhuma quanto a isso. Ele era extremamente egoísta. Ele não entendia que ela estava ali pelo pai? Tadinha não tinha amor pela própria vida e ele ainda não estava colaborando.

 

Deus Pai Eterno! Ele mandou ela se suicidar de novo??? Não creio! Olha a cara da Bells... acho que ela vai explodir... Ela não mudou nadinha mesmo.

 

“Ah você ACHA ISSO TUDO?! Então é bom você rever seus malditos conceitos!” HAHAHA ela mandou ele rever os conceitos??? TOMA DONO DA RAZÃO! Pensei comigo.

 

“Porque eu não vim aqui contar historinhas tristes e nem tentar a salvação como você mesmo disse antes! Muito menos usar seu lar e sua família! Eu não vou ficar aqui pra sempre ok?! E não preciso da SUA atenção! Muito menos do SEU carinho! E principalmente EU NÃO QUERO que você se importe!!!!” Bella gritava com ele. Eu ia acompanhando a cena, até com gosto. Edward merecia aquilo. Ele tava com cara de bobo. Surpreso com a reação dela pelo visto. Eu tentava conter as risadas que dava em minha mente.

 

“O que? Qual o espanto aqui? Você achou que eu ia aguentar seus desaforos passivamente? Acha que o que eu falo é mentira? E quer que eu fique quita. Rá se liga EDIOTA!!!” Do que ela chamou ele? EDIOTA??? HAHAHAH Adorei, Bella é ótima mesmo! Ainda não acreditava que ele tava a fazendo passar por isso.

“Vamos, ligue para o meu pai... e fale com o GENERAL SWAN! Isso ligue” Agora que ele se caga todo!!! Ele não sabia que Charlie era do exército? Bella atirou o celular que tinha consigo na cara dele. Uh... Quase que caiu. Ela estava enlouquecida!

 

“Fale com um General de alto escalão do exército americano! Conte... Anda disca pra ele seu fraco! Fala que você desconfia de mim... Fale o que você PENSA de mim! Você vai ouvir um General falar Edward Cullen, não um pai. E eu te garanto... Não vai ser nada agradável!” Ela o desafiava, mas ele bobalhão nem se movia.

“Mas quanta covardia aqui!” Uh! Ela o chamou de covarde? EU AMO A BELLA!!! É naquela situação bem que ele tava sendo bem covarde. Tava caladinho feito um cão sem lar. Ela deu uma risadinha debochada da cara dele. Mas logo sua feição se transformou em aversão. Aquilo já tinha perdido a graça. Era sério. Edward estava deixando mais marcas de rejeição em minha amiga. Isso não era justo. Eu seria a primeira a falar com ele.  

 

“Agora escute com atenção, se você não sabe o que eu sou e o que eu passei não venha me julgar! E mais uma coisinha seu estúpido: você sabe o que é pior do que gente mesquinha e intrusa?”             O que? O que era pior? O que Bella? Me perguntava calada.        

 

“IGNORANTES! Assim... exatamente como você é!”.         

 

Eu fiquei muda. Inclusive em pensamento. Todos que antes já não falavam. Agora não mexiam, não respiravam. Acredito que esperando alguma reação de Edward. À minha amiga, sobrou sair dali. Como se faz quando se dá um tapa na cara de alguém que merece exatamente isso. Ela subiu as escadas batendo os pés com força. Quando achei que já era tempo dela ter chego eu abri minha boca. Ah ele ia ouvir mais um pouco. Eu não entendia a atitude dele. O que estava passando pela cabeça do meu irmão?! Se ele não estivesse com tanta raiva, diria que ele estava caidinho por Bella.

 

“Como você pode fazer isso com ela Edward?” Eu indaguei.

 

“Bem feito Edward...” Pelo visto não ia ser a única a falar ali. Rosalie o repreendia também. Ele olhou atônito para nós.

 

Narração: Rosalie Hale        

 

Olha quanta merda esse babaca ta falando pra garota?! Mas esse idiota merece ouvir umas verdades! Só espero que ela não fique quieta. Mas, posso apostar meu mega hair que ela não é tão fraca como aparenta. Por que bonitinha ela até que é. Ela devia estar cansada da viagem. Até dava pra ver que ela tinha peitos. Ela também é tímida, não vai ser fácil essa garota se adaptar na escola. Sem falar que ela parece um garoto. Mas deve gostar de meninos mesmo, ela não desgrudou os olhos desse bocaberta que tá enchendo ela de merda durante todo o jantar. E ele ainda a enchia de coisa, ele não via que a garota é depressiva?!  

O mínimo que a gente pode fazer é ajudar ela. Alice me pediu pra colaborar, eu não queria muito... Mas depois que eu a vi, achei que seria um ótimo desafio pra mim.

Opa. Ela tá reagindo... Na verdade ela tá descendo o pau nesse retardado que se acha dono da razão. Acompanhei aquela briga. Edward, mais do que ninguém, merecia alguém pra colocar ele em seu devido lugar. Ria mentalmente.     

 

“IGNORANTES! Assim... exatamente como você é!”.         

 

Bem feito, bem feito, bem feito. Ela acertou na mosca. IGNORANTE. Ponto final. Ela tinha plena consciência do que Edward Cullen era para mim, um ignorante. Quem sabe essa Bella tinha muito mais coisas em si do que ser a depressiva da casa.       

 

Achei que ninguém ia falar nada. E como não sou da família, ainda, não ia ser a primeira a opinar. Por respeito à Esme e Carslile, sempre escondi o que eu realmente penso de Edward, mas que ele é um legitimo mané... Ah isso ele é. Ele achava que a vida tinha que ser do jeito que ele queria. Mas o que ele nunca via era de que a vida nunca era o que nós queremos que ela seja. E depois eu que sou a fútil da história? Me poupe.

 

“Como você pode fazer isso com ela Edward?”Allie parecia não acreditar. Eu não ia deixar essa oportunidade passar.

“Bem feito Edward...” Cantarolei com prazer! Ele nos olhou achei que ia nos matar.

 

Narração: Emmett Cullen Mas que merda é essa?! O maninho tá metendo a boca na Bebelildis... Ah cara que chato! Pô que droga. Ah meu! Não! Ele não entende nada mesmo! “Ah você ACHA ISSO TUDO?! Então é bom você rever seus malditos conceitos!” A noivinha do boneco assassino gritou! BRIGA? BRIGAAAAAA!!!! Eu tava pipocando pra que saísse uns tapinhas ali! Uhm tapinha de amor não dói. PORRADA! PORRADA! PORRADA! PORRADA! PORRADA! PORRADA! PORRADA! Só penso na pancadaria que isso vai dar! Porque a Bebelildis agora tá metendo a boca no Edinho. Uhmm... meter a boca.... uhmmm delícia... uhmm vou ter que conversar com a anjinha hoje a noite mais de perto. Ixii, a Bella sabe xingar hein! Eu falei pro mano não irritar ela! Agora ele não vai poder juntar os olhos durante a noite. Vai que ela vai suicidar ele! Porra... isso não vale! Ela ficou bem doida da cara! Meu, parecia que ela ia derrubar as escadas... “Como você pode fazer isso com ela Edward?” Ihhh Brother... Ferro tudo.

 

“Bem feito Edward...” Não, minha anjinha não precisava se meter... Olha a cara de demente dele!

 

Narração: Jasper Cullen. Mas esse guri ta sendo um idiota cego. E a Bella também. Se eu bem conhecia bem meu irmão isso iria acabar na cama. Rá... Eles não percebem não? Só estava preocupado com Esme. Ela já estava nervosa com Edward, se souber disso vai pirar de vez. Não vai ser eu que vou contar, mas alguém iria fazer isso. Provavelmente seria a minha naniquinha.  

 

A Bella ficou muito magoada, estava escrito na cara dela. Também pudera. Não gostaria que alguém me chamasse de mentiroso se eu contasse que tinha tentado me suicidar, sem falar de todo o resto que ele disse. Alguém tinha que conversar com Edward sobre suas atitudes. Quem sabe ele me ouvisse. Eu só o encarava em silêncio. Essas ações dele me envergonharam. Coitados de nossos pais, eles estão recebendo a garota de braços abertos e ele a trata assim.   

 

“Como você pode fazer isso com ela Edward?” Minha bonequinha o recriminou.  

 

“Bem feito Edward...” Até a Rose??? É pelo visto meu irmão iria ouvir muito ainda hoje!

 

Narração: Edward Cullen.

 

Ela estava se controlando pra não gritar comigo. Isso era nítido. Eu não esperava uma reação assim ao meu comentário. Só falei o que eu tava pensando sobre ela. Mas a questão é que não sei bem se penso isso mesmo dela. E ela quis saber o que eu pensava. Só falei. Pirei com ela! Eu estava pasmo. Ela estava completamente irritada, assim como eu fico com sua presença. Só que ela explodiu. Tão vulnerável. Começou a gritar.

 

“... E principalmente eu NÃO QUERO QUE VOCÊ SE IMPORTE!!!!” Ela não queria que eu me importasse?! Como não? Ela não queria que as pessoas ali se importassem? Não era isso?! Não tava entendendo nada! Ela não ia me dar chance de falar. Ela não estava com seu melhor controle. “O que? Qual o espanto aqui? Achou que eu ia aguentar seus desaforos passivamente? Acha que o que eu falo é mentira? E quer que eu fique quieta. Rá se liga EDIOTA!!!” Edi...        

 

“O qu...?” Tentei perguntar mas de nada adiantou... Ela inventou um apelido com meu nome é isso?! MAS DEFINITIVAMENTE EU ODEIO ISABELLA SWAN! Ela continuava gritando.        

 

“Vamos, ligue para o meu pai... e fale com o GENERAL SWAN!” O que? GENERAL SWAN? TIPO GENERAL, GENERAL MESMO? TO FERRADO. Me questionava... Vai saber do que o cara era capaz... com uma filha suicida!   

 

“Isso ligue...” Ela enfiou a mão no bolso do casaco e jogou um objeto prateado em minha direção. Quando ia acertar minha cara que vi que era um celular e quase deixei cair. No susto o peguei. LOUCA! COMPLETAMENTE LOUCA!

 

“Fale com um General de alto escalão do exército americano! Conte... Anda disca pra ele seu fraco!” FRACO? Ela era mesmo filha de um general! Santo Deus! Ela está completamente fora de si! Seus olhos pareciam que saltariam das órbitas a qualquer momento! Mas não esperava que ela me atirasse o celular na cara! Ela ainda estava gritando e não via razão nenhuma no que ela dizia. O seu pai mentiria também se fosse necessário. Eu não queria falar com o pai dela. O cara é um general!

 

“Fala que você desconfia de mim... Fale o que você PENSA de mim! Você vai ouvir um General falar Edward Cullen, não um pai. E eu te garanto... Não vai ser nada agradável!” Eu estava estático pensando em responder, mas não encontrava nada que pudesse calar aquela boca. Acho que nem conseguia respirar.

 

“Mas quanta covardia aqui!” Ela riu com sarcasmo de mim, deboche do forte. Mas logo sua feição se tornou amarga. Puro desprezo e ódio. Fraco, covarde... O que mais teria ali??? Ela me odiava. Isso, por algum motivo, doeu no meu coração.

“Agora escute com atenção, se você não sabe o que eu sou e o que eu passei não venha me julgar! E mais uma coisinha seu estúpido: você sabe o que é pior do que gente mesquinha e intrusa?” Ela esperou, pra mim não havia uma resposta para aquela pergunta. “IGNORANTES! Assim... exatamente como você é!”.

 

Ela me chamara de ignorante?         

 

Eu queria reagir jogar ela contra uma parede. Mas meu cérebro não respondia. Eu não respondia. Ouvi Bella subir as escadas à base de pisadas fortes. Que gênio que ela tem! Mas em uma coisa ela tinha certa razão. Talvez, e só talvez eu não pudesse julgá-la. O silêncio era vergonhoso. Todos me olhavam. Eles iriam me culpar?

 

“Como você pode fazer isso com ela Edward?” Sim eles iam me culpa... Começando por Alice, eu fiquei louco com isso!   

 

“Bem feito Edward...” O que? A Rose? Não... isso é demais!         

 

“BEM FEITO o que Rosalie? E como eu pude fazer o que Alice?”             

 

“Ainda pergunta Edward! Olha só o que você falou para a Bella! Você está pensando mesmo que ela inventou essa história de suicídio pra conseguir a nossa atenção?! Acha mesmo Edward?” Alice me perguntava. Ela estava em pé e fazia uma força sobre-humana para não berrar. Eu não pretendia responder.         

 

“Me responda as coisas quando eu pergunto!” Eu não ia responder, era um fato. Ela esperou. “Você é mesmo um covarde. Foge das conseqüências de suas próprias atitudes! O que você está pensando?! Que ela seria rejeitada aqui?! Onde ela se criou?! Que iríamos negar um abrigo a ela seja qual fosse o motivo? MEU DEUS EDWARD ela é minha irmã também!" Bateu no peito com força. "Você mesmo ouviu de Carslile que ele fez o parto da Bella! Nosso pai é padrinho dela! É como se fosse pai também... Agora me responda... Você acha que ela mentiria para nós? RESPONDE!”       

 

“EU NÃO CONHEÇO ELA TÁ BOM ALICE! EU NÃO SEI DO CARÁTER DELA! E QUE MERDA! OLHA A QUANTO TEMPO VOCÊS NÃO SE VÊEM! FAZ 9 ANOS ALICE! COMO PODE CONFIAR TÃO CEGAMENTE NELA?!”       

 

“PELO SIMPLES FATO EDWARD DE EU CONHECER E ME LEMBRAR O SUFICIENTE DA MALDITA MÃE DELA! VOCÊ NÃO TEM IDEIA O QUE BELLA TINHA QUE FAZER PRA TER A ATENÇÃO DELA, E AINDA ASSIM NÃO ERA COMPLETA!!! ESME ERA MAIS MÃE DE BELA DO QUE RENÉE! OU POR QUAL O MOTIVO QUE VOCE ACHA QUE NOSSA MÃE AMA TANTO A BELLS?”           

 

“SEI LÁ... ELA TEM ESSA CAPACIDADE DE MANIPULAR PARA DEIXAR AS PESSOAS ENCANTADAS!, DEVE SER ISSO!”      

 

“CAPACIDADE DE MANIPULAR EDWARD? A ISABELLA É UMA DAS PESSOAS MAIS PURAS QUE EXISTEM... VOCÊ DEVE ESTAR ENCANTADO POR ELA SE É NISSO QUE VOCÊ ACREDITA! SEU BOCÓ! VOCÊ NÃO ENTENDEU O MOTIVO PELO QUE ELA ESTÁ AQUI AINDA SEU IDIOTA?!.” Dei de ombros, pra mim ela ainda era uma usurpadora! Mesmo que me jogassem mil argumentos eu não poderia ceder agora. Fiquei quieto.     

 

“MEU DEUS... PÁRA TUDO! EU NÃO ACREDITO EM VOCÊ MEU IRMÃO! VOCÊ ACREDITA MESMO QUE ELA TÁ AQUI PRA USAR A GENTE?! VOCÊ NÃO PENSA NÃO? É BURRO TAMBÉM?”          

 

“AGORA CHEGA ALICE! EU JÁ OUVI DEMAIS POR HOJE OK? FUI CHAMADO DE COVARDE, FRACO, EDIOTA, IGNORANTE, AGORA VOCÊ VEM ME DIZER QUE EU NÃO PENSO E QUE SOU BURRO?!”      

 

“Talvez, só quem sabe, você tenha ouvido isso tudo porque você realmente seja essas coisas!” AHHH ROSALIE HALE NÃO!           

 

“CALABOCA ROSE! NÃO VEM SE METER!”         

 

“CALABOCA VOCÊ SEU EDIOTA! HAHAHAH ADOREI ESSE APELIDO!” Ela falou olhando para as unhas.         

 

“Olha pras bobagens que você disse pra pobre! Você mandou ela tentar se suicidar de novo! Exatamente como a própria mãe da menina disse pra ela tentar mais uma vez! Você alguma vez, sequer alguma vezinha na sua vida ouviu alguém te dizer que queria te ver morto? NÃO NÉ OTÁRIO? Então imagine como isso é ruim, vindo de uma mãe! E pior ainda, de alguém que nem conhece você! Você se sentiria como?! Pense um pouco em tudo o que você disse a ela... você a chamou de mentirosa, intrusa, metida, interesseira e de monstrenga! Você acha que ouviu demais? SE ORIENTA EDWARD! Só de olhar pra ela dá pra se perceber que ela já ouviu muito mais que você em toda a sua vida!” O que elas queriam de mim, que eu a amasse e vivesse por ela?! Isso era impossível. Meus irmãos só observavam em completa mudez.    

 

Respirei fundo. Tentando me acalmar. Podia ouvir que estava havendo uma tempestade do externo das nossas paredes. Ia ser uma noite turbulenta. Agradeci pelo isolamento acústico da casa. Assim Esme não estaria ouvindo toda aquela gritaria. Um problema a menos para mim. Por enquanto.

 

“Olha... posso não ter feito certo... Mas ela que pediu pra escutar o que eu disse! E se queria ouvir, deveria aguentar! E ela é bem forte pelo visto! Vocês não precisam ficar defendendo tanto a pobre garotinha!” Frisei as duas últimas palavras em tom de deboche.            

 

“Viu só Edward!” Alice falava indignada. “Viu... é assim que você age! Debocha, tira sarro da cara da garota... Pra que? Pra ser mais um na vida dela? Mais um pra desprezar? E por quê? Por que faz isso? O que ela te fez? Eu não entendo!”     

 

“Eu que não entendo Alice! O QUE VOCÊS QUEREM DE MIM? ME RESPONDA, POR QUE EU NÃO SEI O QUE ELA FAZ COM VOCÊS, MAS EU ELA ME DEIXA COMPLETAMENTE PIRADO! SÓ DE OUVIR O NOME DELA ME DÁ UMA COISA RUIM OK?! Não posso negar isso... não é você mesmo que diz que quando sentimos alguma coisa ruim devemos ficar atentos? EU ESTOU ATENTO!” Alice começou a me olhar como quem acabara de descobrir o fogo. Sem mais nem menos estourou numa risada. Era deboche?           

 

“HAHAHAHAHA EDWARD como você é engraçado! Eu sei bem o que você sente e posso te dizer... Você está errado! Talvez essas sensações que você sente não sejam o que você está pensando que é seu burrinho! HAHAHAHA que engraçado!”     

 

“DO QUE VOCÊ TÁ RINDO NANICA?” Do que ela estava falando?          

 

“Descubra por você mesmo bobalhão... Você não é o sabe tudo?! Então, boa sorte com isso. E a propósito... Só esquece a Bella! É só isso que eu quero... e que todos queremos! Que você deixe ela em paz. Se não por nós seus irmãos, por nossos pais... Porque essa sua atitude é completamente egoísta Ed.” Ela me falou e logo pegou a mão de Jazz que estava a seu lado. Estranha essa atitude de pegar na mão de Jasper. Foi tão natural.           

 

“Boa noite gente. Vem Jazz... preciso conversar com você”. Despediu-se e saiu dali com nosso irmão de arrasto. 

 

“É maninho... te avisei, agora cuidado pra ela não te suicidar” Era o asno do Emmet que falava com o rosto um tanto derrotado. Olhou pra namorada e falou baixinho.           

 

“Vem anjinha, vamos. Essa discussão me deu uma ideia muito manera!” Deu um risinho sacana para a futilidade em pessoa e se levantou. Ela nem se moveu olhando pro abelhudo.

 

“Vem logo galega!  Vamos se não meto a boca em você!” Ele subia e descia as sobrancelhas em tom brincalhão. Podia saber qual era o duplo sentido que havia nessa frase. Rosalie parecia não entender. Ou fazer charminho. “AH ROSINHA DILICINHA!” Em um movimento brusco ele a levantou da cadeira e jogou o corpo da namorada em seu ombro. Ele deu uma mordida na bunda dela! DEUS! Aquilo era demais pra mim! 

 

“Uhmm Emmet! HAHAHA”.

 

Eles não sabiam fazer mais nada além de sexo?! Não. Não sabiam. Ri comigo mesmo. Subiram as escadas com risadinhas irritantes. Eu fiquei ali. Sentado. Sozinho. Com raiva. Irado com Bella, por estar ali, por todos quererem ela presente, e comigo mesmo. Por meus sentimentos confusos. 

 

Não daria o braço a torcer. Não cederia apenas um milímetro que fosse. Meu orgulho me impedia. Eu estava confuso quanto a mim mesmo. Nunca tinha agido dessa forma antes. E ela não queria que eu me importasse. Mas depois de ouvir tudo o que me disseram, meu coração estava apertado. Eu não queria que ela realmente morresse. Foi impensado o que eu falei. Quando pronunciei as palavras logo me repreendi.           

Como poderia desejar que ela tentasse se matar novamente? Como eu era burro. A garota realmente não tinha me feito nada. Mas estava me incomodando de estar na minha casa. Me irritava ela estar dormindo de frente para o meu quarto. Me enchia de fúria por ela me deixar com essas atitudes tão desconexas.       

Eu não me encontrava mais. Quis estar vazio por dentro. Vazio de sentimentos e dúvidas. Mas isso era o que mais tinha dentro de mim: dúvidas. Tentei silenciar minha mente, esvaziar meu coração. Fechei meus olhos e quis sumir. Como eu fui tolo!

Havia coisas a serem entendidas, explicadas. Primeiramente dentro de mim. Todas aquelas sensações era tudo novo pra mim. Eu estava louco. E ainda me indagava sobre o que Alice tinha me dito há minutos atrás, que eu estava errado quanto aos meus sentimentos e que ela sabia o que eu estava sentindo. E que minhas sensações provavelmente não eram repulsa pela monstrenga. Aquilo martelava sem parar na minha cabeça. Estava difícil de respirar.

 

Pude ouvir o vento e os pingos grossos e fortes da chuva bater contra as janelas da sala de estar. Suspirei. Estava repleto de melancolia. Eu estava arrependido. Gostaria de ter voltado no tempo e ter evitado aquele confronto. Mas era impossível. Me restava agora esperar para ver como as coisas seriam daquele momento em diante. Depois de um tempo ali, que eu nem sabia o quanto de tempo tinha se passado, resolvi que o melhor a fazer era subir para o meu quarto e tentar dormir.

No instante em que me apoiei com os punhos na mesa vi o que tinha em minhas mãos: o celular de Bella.

 

AH QUE DROGA!

 

O que eu iria fazer? Com toda certeza aquele celular não passava pela fresta inexistente da porta. Não podia ficar com aquele aparelho. Tinha que devolvê-lo, mas não queria ver mais o rosto dela por hora. O que me restava? Ir lá e deixar na frente da porta do quarto dela? Talvez não. Era muito chato isso. E ela saberia que tinha sido eu. E quem sabe entendesse como uma afronta... Vai saber! Ela tem um gênio bem forte. Acho que o general poderia muito bem ser ela. Poderia deixar ele ali na mesa de jantar. Mas não gostava da moça nova que vinha limpar a casa. Pensei por alguns minutos, e decidi que era melhor pedir pra Alice entregar a Bella pela manhã. Subi as escadas com um peso enorme nas minhas costas.

Chegando a minha porta hesitei, olhando para o quarto à frente. Talvez fosse melhor eu mesmo devolver o maldito celular. Mas não consegui sequer erguer minha mão para bater na porta. E quem sabe ela nem ouviria, com tanto barulho da tempestade. Como o bom medroso que sou corri para o meu quarto.   

 

Ali no calor do meu refugio, podia ver o grande rio que corria há vários metros atrás na floresta. A chuva criava uma camada espessa, mas ainda assim podia ver suas águas sendo agitadas, ainda assim ele era encantador. Na cena de tempestade e revolta podia ver algum alívio. Sentei em minha cama, largando o celular de lado, fiquei por longos momentos observando a chuva cair forte, fazendo meus pensamentos turbulentos se dispersarem. Era um bom calmante todo aquele temporal.

 

Esse pensamento me fez pensar em uma palavra: ironia.  

 

Eu estava divagando em pensamentos quando um barulho me chamou atenção. Era constante, uma música pra falar a verdade... E eu conhecia... Era Green Day? Sim. Da onde que tava vindo aquela música? Senti uma leve vibração na minha perna direita. Olhei na direção e vi as luzinhas azuis, verdes e vermelhas piscando.

AH NÃO! NÃO PODE SER! E AGORA O QUE EU VOU FAZER?

 

Era o celular de Bella berrando ao meu lado. Eu fiquei atônito. Pegando o aparelho nas mãos não sabia o que fazer. Caminhava de um lado para o outro, desesperado por uma solução. Eu chamaria a garota, mas ela não abriria a porta quando eu anunciasse quem era. Eu não atenderia. Ou quem sabe eu atendesse. Ou talvez atirasse aquele objeto contra a parede. 

 

QUE QUE EU FAÇO? QUE QUE EU FAÇO MEU DEUS?!

 

Aquela coisa se tremilicava inteira na minha mão. Ô agonia. Vou atender. Sem pensar mais no assunto apertei o “send” sem nem mesmo ver quem era. 

 

“A-alô?!” Atendi relutante. Apertando a ponte do meu nariz com o dedo polegar e o indicador!       

 

“Bella?!” Era um homem com a voz grossa.            

 

“Ahmm… Não!” Era obvio que não era a Bella.       

 

“Deus será que errei o número” O ouvi sussurrar do outro lado da linha.   

 

“Não, não você não errou o numero, esse celular é da Bella... mas é quem?” Eu queria saber quem era o homem que estava falando.         

 

“EU É QUE PERGUNTO QUEM É!!! CADÊ MINHA FILHA?!” Me ferrei!    

 

OK. Parabéns Edward Cullen, você tirou sorte grande. Estava falando com o General. Tive que tomar fôlego antes de continuar.

 

“Senhor Swan, aqui é Edward Cullen, filho de Carslile. O senhor não me conhece...” Falei com calma. Ouvir o nome de meu pai pareceu acalmar o General.   

 

“Ah sim! Como vai? Pode passar para a Isabella por favor?” Ai que merda.. O que eu iria falar? Arrisquei.

“Na verdade não...”   

 

“Como assim não rapaz?” Ele me interrompeu nervoso.     

 

“É que bom... Assim... Na verdade.” Eu não sabia o que dizer. “Uhmm.. Ela está dormindo!”  

“Dormindo?"

 

“Sim dormindo”          

 

“Como você está com o celular dela?”         

 

“Ela esqueceu aqui na...” Na onde? “Sala.”  

 

“Ah sim... a viagem deve ter cansado Bella. Bom amanhã eu ligarei para falar com ela, mande um abraço a seus pais garoto.” 

 

“Claro... mandarei sim” Falei feliz porque ele iria desligar. “Até logo Sr. Swan.”    

 

“Até log... Espere.” Ele me pediu um pouco relutante. E eu respondi bastante relutante.        

 

“Sim?!”           

 

“Como ela está?”       

 

“Uhm? Como assim?”

 

“Sim como minha Bells está? Ela contou a vocês?  

 

“Bom ela nos contou uma história. Não sei lhe dizer, ao certo, como ela está Sr. Swan”.

 

“Só Charlie garoto... Sabe Edward... É Edward certo?!” “Isso Edward”

 

“Eu não queria que ela tivesse ido. Mas era isso ou eu a perdia. A história que ela contou foi sobre o suicídio?” Ah meu Deus seria verdade?!

 

“Foi sim. Sinto muito por isso.”

“Oh não, não sinta”. “Não sentir?”  

 

“Não... A Bella cometeu um grande erro... Mas isso me fez abrir os olhos. Ela foi muito forte. Nem os médicos acreditavam que ela iria acordar do coma. Acredita que me pediram se eu não queria que desligassem os aparelhos?!” Eu fiquei mudo ouvindo. A dor em sua voz era tangível. Senti-me sendo apunhalado. A mão que segurava o punhal era a minha. Ele continuou. “Eu sabia que ela iria sobreviver, ela precisa saber o que é viver. Acho que ela nunca teve um namorado sabe... hã. Ela tem tanta coisa pra conhecer. Quantos anos você tem Edward?”   

 

“Eu, uhmm 18 quase 19 Charlie.”     

 

“Muito bem. Você pode me fazer um favor garoto?” Favor? Eu? O que ele queria de mim?  

 

“Claro!” Me arrependi de ter falado tão rapidamente.          

 

“Você poderia cuidar de Bella pra mim?”     

 

“EU? COMO ASSIM? NÃO! POSSO PASSAR A TAREFA PARA ALICE! ELA SERÁ MAIS COMPETENTE COM ISSO!” Soltei, já entrando em desespero.      

 

“GAROTO, PRESTE ATENÇÃO AGORA!” Ele falou como um verdadeiro general. “Se eu quisesse que Alice cuidasse de Bella eu pediria a ela. Eu quero saber de alguém, que não conhece minha filha, como ela está. O que está acontecendo com ela. E principalmente alguém que a proteja.” Proteger? Pelo que eu pude perceber ela não precisa de proteção!           

 

“Não entendi” Falei sinceramente.    

 

“Ela não precisa que alguém a proteja dos outros, mas seja protegida de si mesma. Bella é uma criança e não tem nenhum amparo depois de que ela me deixou aqui com essa doida. Faça isso, por favor. Só me mantenha informado e, pelo amor de Deus, a minha filha viva garoto!”   

 

Ele sofria. A dor dele era real. A história era real. Seria minha oportunidade de me redimir dos absurdos que proferi?    

 

“Tudo bem Charlie, eu faço.” Falei usando um tom, um tanto quanto, ríspido. Estava quebrando e pisando em cima de meu orgulho.      

 

“Certo garoto, até logo, mande lembranças a todos... Mais uma coisa: não conte a Bella sobre essa conversa.” Sem esperar por resposta, desligou.           

 

Estático, eu fiquei pensando no que eu tinha acabado de acordar com o pai da monstrenga. Eu não poderia fazer aquilo. Eu não suportava nem ficar no mesmo ambiente que ela, como poderia cuidar dela?! Não tinha jeito.           

 

Eu não era a pessoa certa pra essa tarefa. Rosalie quem sabe? Mas ela e a guria provavelmente se estranhariam logo. Uma é o oposto da outra. Alice, Charlie não queria. Jasper jogaria na minha cara que eu tinha aceitado e que como homem deveria honrar minha palavra e se negaria. Mas quem estava se negando era eu! Quem sabe Emmet, mas isso faria a garota deixar de ser uma suicida pra se tornar uma assassina! Temi por ela. Não pelo abelhudo.       

Eu não sabia o que fazer, nem como fazer, a ordem que o General me incumbia! Eu sentia que iria enlouquecer. Quem sabe se eu mentisse, mentisse bem eu conseguiria levar essa tarefa adiante. Não ficaria perto dela. Só saberia das suas novidades por Alice. Ela quem sabe me ajudaria com isso. Eu era um mentiroso convincente. Estava decidido. Eu iria mentir. E o cansaço chegou. Tirei minha camiseta, a calça, e de cueca mesmo me atirei na cama sob os lençóis. Tentei manter meus olhos fechados, mas algo estava me irritando profundamente. Rolei na cama por horas, mas não conseguia sentir o sono chegando. Meus pensamentos iam e voltavam para o quarto de frente ao meu. Resolvi que quem sabe uma música me ajudaria a relaxar e a esquecer. Mas isso só piorou minha situação.

 

KINGS OF LEON - NOTION

 

http://www.youtube.com/watch?v=yPoPTTqSvUQ


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Notas finais do capítulo

Hey gente!

Demorou um pouquinho mais saiu
Espero que tenham gostado!

Edward foi um completo idiota com a Bella não?

Comentem muito!!!!

Porque muitas coisas legais estão por vir!

Beijos! MAIS UMA COISA QUE EU ESQUECI: TODAS VOCES DEVEM TERORKUT CERTO? QUEM PUDER AJUDEM WAKING UP VOTANDO: http://www.orkut.com.br/Main#CommPollResults?cmm=86113045&pct=1269675549&pid=2078818504